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21 de março de 2016
1. RESUMO
Os íons Bi+3, Cu+2, Sb+3 e Sn+2 fazem parte do 2º grupo de cátions. Esse grupo de cátions
tem como reagente precipitante, o íon sulfeto. Neste experimento utilizou-se a Tioacetamida
como gerador de íons sulfeto para precipitar os sulfetos metálicos de Bi+3, Cu+2, Sb+3 e Sn+2 em
pH igual a 0, 5. Obteve-se a separação dos sulfetos do subgrupo do cobre em relação aos sulfetos
do subgrupo do arsênio de acordo com a insolubilidade do primeiro e a solubilidade do segundo
subgrupo na presença da base KOH. Ao longo do experimento, separou-se os íons em tubos de
ensaio diferentes, confirmando sua identidade, ao final de cada processo, por meio da formação
de precipitados de cores diferentes.
2. INTRODUÇÃO
O segundo grupo de cátions é constituído por: Bismuto (III), Cobre (II), Antimônio (III)
e (V), Estanho (II) e (IV), Mercúrio (II), Chumbo (II), Cádmio (II), Arsênio (III) e (V).
Esse grupo de cátions forma precipitados de cores diferentes; sulfeto de cobre (II) CuS
(preto), sulfeto de bismuto (III) Bi2S3(marrom), sulfeto de antimônio (III) Sb2S3 (laranja),
sulfeto de antimônio (V) (laranja), e sulfeto de estanho (IV) SnS2 (amarelo), (VOGEL, 1981).
Dentre o grupo do arsênio encontramos os íons antimônio (III) e estanho (II). Taís íons
apresentam caráter anfótero: seus óxidos formam sais, tanto com ácidos como com bases. O
antimônio, Sb (Ar = 121,75) é o metal brilhante, branco prateado, que funde a 630ºC, e é
insolúvel em ácido clorídrico e em ácido sulfúrico diluído. E o estanho, Sn (Ar = 118,69) é um
metal branco prateado, maleável e dúctil em temperaturas normais, mas a baixas temperaturas
torna-se quebradiço, devido a sua transformação em outro estado alotrópico, funde a 231,8ºC;
esse metal dissolve-se lentamente em ácido clorídrico diluído (VOGEL, 1981).
3. OBJETIVOS
O objetivo desse experimento é separar os íons do 2º grupo de cátions Bi+3, Cu+2, Sb+3 e
Sn+2, da amostra original, de modo que cada tipo de íon fique em um tubo de ensaio diferente
ao final de cada processo; e confirmar a identidade de cada íon por meio de análises qualitativas.
4. PARTE EXPERIMENTAL
4.1.MATERIAIS
- Centrifuga
- 6 Tubos de ensaio
- Estante para tubos de ensaio
- Pinça de madeira
- Espátula
- Papel indicador ácido-base
- Capela
- Chapa de aquecimento
- Béquer pequeno
- Papel tornassol rosa
4.1.1 . REAGENTES
- HCl 6 M
- KOH 0,5 M
- 𝑁𝐻4 Cl 6 M
- NaOH 6 M
- 𝐻𝑁𝑂36 M
- NH3 15 M
- HgCl2 0,1 M
- CH3COOH
- H2C2O4
- Al (s)
- Tioacetamida 13%
- Água destilada
4.2. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
2ª etapa: Observou-se que o tratamento da solução com H2S formou precipitado contendo
Bi2S3, CuS, SnS2 e Sb2S3. Para as reações que geraram esse precipitado tem-se:
2 BiO+ + 3H2S → Bi2S3 (s) + 2H3O+ (aq)
Cu 2+ (aq) + H2S → CuS (s) + 2 H+
[SnCl6] 2- (aq) + 2 H2S (aq) → SnS2 (s) + 4 H+ + 6 Cl- (aq)
2 SbO+ + 3 H2S → Sb2S3 (s) + 2 H3O+ (aq)
Os sulfetos metálicos de Bi+3, Cu+2, Sb+3 e Sn+2 são muito insolúveis e por isso puderam
precipitar. Possuem valores muito pequenos de Kps, Bi2S3 (Kps= 1, 0 x10-96), CuS (Kps=
-37 -70
8,0x10 , SnS2 (Kps= 1, 0 x10 ) e Sb2S3 (Kps= 1,6x10-93), indicando a baixa solubilidade
desses sulfetos, de acordo como reportado na literatura (MARTINS, C.R. et al., 2010).
Com a adição da base KOH ao precipitado, houve a solubilização de SnS2 e Sb2S3. Entretanto,
os sulfetos Bi2S3 e CuS permaneceram insolúveis. Os sulfetos de Bi2S3 e CuS não reagem com
bases.
A separação dos sulfetos do subgrupo do cobre em relação aos sulfetos do subgrupo do
arsênio deve-se a insolubilidade dos primeiros e a solubilidade do segundo com a base KOH.
3 ª etapa: observou-se que a adição de HNO3 provoca a solubilização dos sulfetos de Bi e Cu,
produzindo também enxofre elementar. A solução torna-se acida com HNO3. As equações que
descrevem a reação são:
Bi2S3(s) + 2 NO3- + 4 H+ → 2 Bi+3 (aq) + 3 S0 (s) + 2NO (g) + 2 H2O
3 CuS (s) + 2 NO3 (aq) + 8 H+ → 3 Cu2+ (aq) + 3 S0 (s) + 2NO (g) + 4 H2O
Devidos aos baixos valores de Kps para os sulfetos de Bi+3 e Cu +2
a solubilização dos
mesmos só acontece na presença do ácido oxidante HNO3.
Ao adicionarmos NH3 à solução ácida, que contém HNO3, Bi +3 e Cu2+, observa-se que
NH3 reage com esse ácido formando complexos. As reações são dadas por:
Cu2+ (aq) + 4NH3 ↔ [Cu (NH3)4] 2+ (aq)
[BiO (H2O) n] + +NH3 (aq) → Bi (OH) (s) + NH4+
O Cu2+ com NH3 forma na solução o complexo [Cu (NH3)4] 2+, de cor azul, confirmando a
presença de Cu2+.
O Bi +3 formou um precipitado branco, BiO (OH). A esse precipitado foi adicionado SnCl2
+3
e NaOH. Para confirmar a presença de Bi , era esperado obtermos uma cor preta no
precipitado; no entanto, obtemos uma cor azul no precipitado. Esse resultado inesperado
aconteceu pela manipulação errada na etapa da separação do liquido sobrenadante do
precipitado; solução de íons de cobre ficaram ainda presentes no precipitado.
Tubo A: para fazer a identificação do Sb, precisou-se adicionar H2C2O4 à solução, que formou
o complexo solúvel de Sn. A reação é dada pela a equação:
[SnCl6]2- + 3 H2C2O4 (s) → [ Sn (C2O4)3] 2- + 6Cl- + 6 H +
Com a adição de Tioacetamida (H2S) houve a precipitação de Sb2S3, precipitado de cor
laranja.
Havia uma grande quantidade de sulfeto de Sb, na solubilização em HCl concentrado
restando resíduo solido desse sulfeto. A coloração do resíduo forneceu uma indicação sobre sua
composição provável. A cor laranja do resíduo indica a presença do íon Sb+3.
É necessário medir o pH em 0,5, antes da adição do reagente do grupo, para que a solução
contendo a amostra original apresente uma acidez adequada, a fim de que todos os cátions do
grupo estejam contidos no precipitado. Os sulfetos metálicos de Bi+3, Cu+2, Sb+3 e Sn+2 são
muito insolúveis e possuem baixos valores de Kps, por isso puderam precipitar.
A separação dos sulfetos do subgrupo do cobre em relação aos sulfetos do subgrupo do
arsênio deve-se a insolubilidade dos primeiros e a solubilidade dos segundos com a base forte
KOH. Os sulfetos do subgrupo do cobre tornam-se solúveis na presença do ácido oxidante
HNO3; o íon Cu2+ formou com NH3 o complexo [Cu (NH3)4] 2+
, de cor azul, confirmando a
presença de Cu2+ e a confirmação da presença de Bi +3 mostrou-se falha devida a manipulação
errada no procedimento de separação do liquido sobrenadante do precipitado. Nos sulfetos do
subgrupo do arsênio a formação de precipitado de cor laranja indicou a presença do íon Sb+3 e
na identificação do íon Sn+2 um precipitado de cor cinza.
7. REFERÊNCIAS
VOGEL, A.I. Química Analítica Qualitativa. 5 ed. Gimeno, A. (tradutor), Ed. Mestre Jou.
São Paulo, 1981.
BROWN, T.L.; LE MAY, H.E.; BURSTEN, B.E; BURDGE, J.R. Química a ciência central.
9 ed. Robson, M. (tradutor). São Paulo: Prentice Hall, 2005.
MARTINS, C.R; SILVA, L.A; ANDRADE, J.B. Sulfetos: porque nem todos são insolúveis?
Revista Química Nova, V.33, n.10, pp. 2283-2284. 2010.