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G.L.M.E.

TO
A.R.L.M. CAVALEIROS TEMPLÁRIOS Nº 32
ORIENTE DE PALMAS-TO

Tolerância

A tolerância, do latim tolerare (sustentar, suportar), é um termo que define o


grau de aceitação diante de um elemento contrário a uma
regra moral, cultural, civil, política ou física.
Do ponto de vista da sociedade, a tolerância é a capacidade de uma pessoa
ou grupo social de aceitar outra pessoa ou grupo social, que tem uma atitude
diferente das que são a norma no seu próprio grupo. Desta forma, a partir da
tolerância, é possível a garantida a aceitação de diferenças sociais e
a liberdade de expressão. Tolerar algo ou alguém é permitir que algo
prossiga, mesmo que a pessoa não concorde com tal valor, pois é dado o
respeito de discordar.
O que entendemos por tolerância se aplica em diversas áreas:

 Tolerância social: atitude de uma pessoa ou de um grupo social diante


daquilo que é diferente de seus valores morais ou de suas normas.
 Tolerância civil: afastamento entre a legislação, a sua aplicação e
a impunidade.
 Tolerância segundo John Locke: «parar de combater o que não se pode
mudar».
 Tolerância religiosa: atitude respeitosa e convivial diante das confissões
de fé diferentes da sua.
 Tolerância farmacológica ou medicamentosa: diminuição da
responsabilidade a um fármaco, ou seja, a diminuição do efeito
farmacológico com a administração repetida da substância.
 Tolerância técnica: margem de erro aceitável, ou capacidade de
resistência a uma força externa.
 Tolerância em gestão de riscos constitui o nível de risco aceitável
normalmente definido por critérios pré-estabelecidos.

Para falar de Tolerância, inevitavelmente, temos que traçar grandes fatos


históricos de intolerância.

Desde a Reforma Protestante, de 1517, a Cristandade se dividira em dois


campos de opostos. Acusando uns aos outros de heréticos, católicos e as mais
diversas seitas religiosas que desafiaram a autoridade de Roma, entraram em
guerra permanente entre si ensangüentando a Europa. Sem contar as
inúmeras guerras nas cruzadas, católicos e ortodoxos, etc.

Em seguida da reforma de Lutero, em 1517, foram os camponeses alemães


quem se rebelaram na Grande Guerra Camponesa de 1524-1526, depois os
príncipes luteranos insurgiram-se contra o Império de Carlos V, e a Holanda
calvinista pegou em armas contra o domínio católico (1568-1648).

A França, por sua vez, conheceu, a partir de 1562, oito guerras religiosas
movidas pela Santa Liga contra a União Calvinista que tiveram seu ápice
com a matança da Noite de São Bartolomeu (1572), sem omitir-se a
instalação do Santo Oficio encarregado pelo Papado de dar combate às
heresias nos reinos católicos. Até que a Europa inteira, dividia em dois
campos hostis, entrou em convulsão durante a Guerra dos Trinta Anos (1618-
1648).

Entre 1642 e 1658 a Inglaterra padeceu com a Revolução Puritana e com a


ditadura de Cromwell. Quando um príncipe se proclamava por uma das
crenças, considerava inimigo do estado quem não o seguisse. Milhares de
europeus pereceram devido ao ódio teológico que separou católicos dos
protestantes, que inclusive alcançou as terras do Novo Mundo.
Em todas aquelas ocasiões, as partes em conflito consideravam-se as
verdadeiras seguidoras de Deus, enquanto que seus inimigos certamente
eram guiados pelo próprio Satanás.

Filosofia contra o fanatismo ( maçonaria contra o fanatismo )

A situação ficou tão caótica que alguns monarcas decidiram intervir.


Catarina de Médice, rainha da França, emitiu o édito da Tolerância assinado
em 1562. Não se dava abrigo a ninguém. Estavam seguros os fanáticos,
ironizou Voltaire, de alcançar a glória divina quando vos corta o pescoço.
(in Dicionário Filosófico, fanatismo).

Os humanistas

Naquele mesmo período em que a reforma protestante avançava, diversos


filósofos e humanistas já haviam se manifestado contra a possibilidade de
existência de uma única religião ( católica ).

O francês Sebastian Castellio, um teólogo erudito no seu tratado publicado


em latim De haereticis , um sint persequendi , 'Sobre os hereges: se devem
ou não ser perseguidos', em 1554, afirmou que o importante era levar uma
'vida genuinamente cristã', e 'de viver de um modo santo, justo e religioso',

‘Do mesmo modo que aceitamos uma boa moeda não nos importando com a
imagem nela cunhada’, argumentou Castellio, por igual existe a 'boa moeda
da religião' que circula em todos os lugares, 'sendo aceita por todos os
homens racionais', servindo de lastro a todas as divergências de credo que
possam se suceder. Se a crença é verdadeira, nada deve impedir a sua prática.
De qualquer maneira era preciso evitar a 'coação das consciências' e a atitude
de 'lutar e matar-se uns aos outros', conclamando a que católicos e
protestantes vivam lado a lado em harmonia - esta era a única forma de evitar
a ruína da república'. Concluiu.

Os humanistas creditavam a Tolerância a justamente a estabilidade de uma


nação.
No seu tratado intitulado 'Os Seis livros da republica', de 1576, o famoso
jurista esclarece que nenhum dogma religioso tem fundamentos que não
possam ser colocados em dúvida, tanto que assim que a história da religião
demonstrava que os profetas e líderes religiosos, em todas as épocas,
mantinham-se em desacordo sobre quase tudo e que nenhum deles podia
cabalmente defender a 'verdadeira religião'. ASSIM, 'era mais seguro acatar
todas as religiões de que escolher uma entre muitas' e que evidentemente a
uniformidade da fé, além de ser imoral, não podia ser imposta a força ou por
qualquer outro recurso violento.

Os que clamavam por 'uma fé, uma lei, um rei', eram os responsáveis pela
guerra civil que não se acabava, visto que era uma loucura esperar haver paz
num reino dividido entre súditos que praticavam religiões diferentes. Pelo
bem da tranqüilidade coletiva, tinham sim é que acostumar-se em conviver
com aqueles que obedeciam a outro catecismo.

John Locke

John Locke escreveu a Carta sobre a Tolerância, aparecida em Londres em


1689, ano da Gloriosa Revolução.

A solução do problema para Locke era a imprescindivel separação dos


assuntos do Estado daqueles da Igreja. Enquanto os interesses de um se
misturavam com os do outro não haveria progresso em direção à tolerância.
Deveria haver uma separação radical entre a política (ao encargo do rei) e a
religião (sob auspício do sacerdote).
Para Locke, o Estado nasceu da necessidade do Homem obedecer a Lei
Natural, com a função de assegurar a segurança da sua vida, do seu corpo,
liberdade e bens. Para isso o homem delega ao Estado a capacidade de
utilizar de força inclusive contra o próprio homem para lhe dar as garantias
acima.

Já a igreja para Locke é de outra essência, uma associação livre, espontânea


e incompatível o uso da forma do Estado . A Igreja jamais deveria recorrer
à coerção, pois a eficácia da autentica religião era senão a fé. A conversão
deveria se dar não pela espada mas pelo anúncio da paz e do amor que advém
dos Evangelhos, pois a verdade somente se impõe por meios espirituais e
nenhum outro mais.

Tolerância e Maçonaria

Segundo Castelanni "A tolerância é uma das virtude mais discutidas na


Maçonaria. A palavra é bonita e usada com muita freqüência. Entretanto, a
sua prática é demasiadamente difícil. Não porque evitamos praticá-la, mas
porque é terrivelmente complicada, a demarcação dos seus limites, para
sabermos onde ela termina, e onde começa a complacência ou mesmo a
conivência”.

Estabelecer, evidenciar e discutir esses limites não é nada fácil. A cada


necessidade de empregar a tolerância, deve-se analisar a situação por
diversos ângulos . Um pequena discussão ou divergência de pensamento é
imperioso o uso da Tolerância. Vivemos tempos de grande instabilidade
politica e social em nosso país, eis que é um bom exemplo de praticarmos
este que é um dos mais importantes e fundamentais alicerces da Franco
Maçonaria: A tolerância.

E para você irmão, qual o limite que separa a tolerância da conivência?

Samuel A. B. Chiesa, 33º, M.M, Cad.1405


Bibliografia
Locke, John - Carta sobre a tolerância. Lisboa: Edições 70, 1987.
Michaud, Ives - Locke. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1991.
Polin. Raymond - Introdução à Carta sobre a Tolerância de John Locke. Lisboa: Edições
70, 1987.
Skinner, Quentin - As fundações do pensamento político moderno. São Paulo: Cia das
Letras, 1996.
Castelanni, Jose - "Os Maçons e a Questão Religiosa" Editora A Trolha - 1996

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