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Nota Inicial espiritual, resultante do movimento de Contra-Reforma.

Essas preocupações determinaram as duas


Este material serve apenas como estudo manifestações literárias do Quinhentismo brasileiro: a
introdutório da Literatura Brasileira. Dessa forma, literatura informativa, com os olhos voltados para as
riquezas materiais, e a literatura dos jesuítas, voltada
faz uma análise despretensiosa das
para o trabalho de catequese.
características literárias, tentando traçar um
paralelo com letras de canções atuais. Espero Literatura Informativa
que gostem, Prestação de contas e a obrigatoriedade do registro
sobre o Novo Mundo, em forma de cartas, diários,
Bons Estudos!!! tratados ou crônicas formam aquilo que também
podemos chamar de literatura dos viajantes ou dos
Romão Júnior. cronistas, reflexo que é das Grandes Navegações.
A principal característica dessa manifestação é a
PERIODIZAÇÃO DA LITERATURA BRASILEIRA
exaltação da terra

A Literatura Brasileira tem sua história


Literatura de Catequese
dividida em duas grandes eras: a Era Colonial e a Era
Nacional. Elas estão separadas por um período de Em 1549, chegaram os primeiros jesuítas, incumbidos de
transição e apresentam subdivisões, chamadas de catequizar os índios e de instalar o ensino público no
escolas literárias ou estéticas literárias, ou mesmo, país. Fundaram os primeiros colégios, que foram,
estilos de época. Assim temos: durante bastante tempo, a única atividade intelectual
existente na Colônia.
ERA COLONIAL (de 1500 a 1808) Os jesuítas deixaram inúmeras cartas, tratados
descritivos, peças teatrais, crônicas históricas e poemas.
Quinhentismo (de 1500 a 1601)
O instrumento mais utilizado para atingir os
Seiscentismo ou Barroco (de 1601 a 1768) objetivos pretendidos pelos jesuítas – catequizar e
moralizar o nativo brasileiro – foi o teatro.
Setecentismo ou Arcadismo (de 1768 a 1808)
BARROCO

ERA NACIONAL (de 1836 até nossos dias) Características


• Pessimismo.
Romantismo (de 1836 a 1881)
• Desequilíbrio entre a razão e a emoção.
• Dualidade; contradição.
Realismo
Naturalismo (1881 a 1893) • Tendência à ilusão (fuga à realidade objetiva,
Parnasianismo subjetividade).
•Tendência à alusão (descrição indireta).
Simbolismo (de 1893 a 1902) • Predomínio de figuras como a metáfora, a antítese, o
paradoxo a hipérbole, o hípérbato.
Pré-Modernismo (de 1902 a 1922) O Brasil no século XVII
O Brasil tornara-se, ainda no século XVI, um
Modernismo (1922 até nossos dias) empreendimento comercial importante para Portugal.
A vida da Colônia passara a organizar-se, desde então,
QUINHENTISMO em torno dos engenhos de açúcar concentrados na Zona
Marco inicial: Dá-se em 1500 com o descobrimento do da Mata nordestina.
Brasil, momento em que a Carta de Pero Vaz de A cidade de Salvador, capital da Colônia desde a criação
Caminha é escrita ao rei D. Manuel do Governo Geral em 1549, foi então transformada não
Marco final: O Quinhentismo brasileiro encerra-se em apenas em centro político e econômico, mas também em
1601, com a publicação de Prosopopéia. Obra de Bento pólo, quase único, da produção cultural. Por isso, o
Teixeira Barroco brasileiro é chamado por alguns historiadores de
Em conseqüência dessa nova realidade Escola Baiana.
econômica e social, o século XVI também marca uma O Barroco brasileiro
ruptura na Igreja: de um lado, as novas forças burguesas
rompendo com o medievalismo católico, no movimento Costuma-se dar como marco inicial do Barroco no Brasil
da Reforma Protestante e, de outro, as forças o ano de 1601, quando foi publicado o poemeto épico
tradicionais ligadas à cultura medieval dos dogmas Prosopopéia, de Bento Teixeira Pinto
católicos no movimento Contra-Reformista.
Assim, o homem europeu, especificamente o ibérico,
apresenta-se em pleno século XVI com duas
preocupações distintas: a conquista material, resultante
da política das Grandes Navegações e a conquista
Que a mesma culpa, que vos há ofendido.
Vos tem para o perdão lisonjeado.

Se uma ovelha perdida e já cobrada


Glória tal e prazer tão repentino
Vos deu, como afirmais na Sacra História:

Gregório de Matos Eu sou, Senhor, a ovelha desgarrada,


Cobrai-a; e não queirais, Pastor divino,
Seu espírito profundamente barroco pode ser percebido na Perder na vossa ovelha a vossa glória.
Gregório de Matos. In: AMADO, James (org.). Gregório de Matos — obra
contraditória diversidade dos temas que desenvolveu em sua Rio de Janeiro: Record 1992.
obra:
despido: despeço. cobrada: recuperada. sobeja: é necessário.
a. lírica religiosa (sacra); Sacra História: as Sagradas Escrituras.

b. lírica amorosa; Texto III


Juízo anatômico da Bahia
c. poesia satírica;
Que falta nesta cidade? ...................... Verdade.
d. poesia burlesca. Que mais por sua desonra? .............. Honra.
Falta mais que se lhe ponha? ................... Vergonha.
Textos para Leitura
O demo a viver se exponha,
Texto I por mais que a fama a exalta,
numa cidade, onde falta
Senhor: Verdade, Honra, Vergonha.

Posto que o Capitão-mor desta vossa frota, e assim os Quem a pôs neste socrócio? .............. Negócio.
Quem causa tal perdição? ............. Ambição.
outros capitães escrevam a Vossa Alteza a nova do achamento E o maior desta loucura? ..............Usura.
desta Vossa Terra Nova, que nesta navegação agora se achou,
não deixarei também de dar minha conta disso a Vossa Alteza, Notável desaventura
o melhor que eu puder, ainda que — para o bem contar e falar de um povo néscio, e sandeu4,
— o saiba fazer pior que todos. que não sabe, que o perdeu
Negócio, Ambição, Usura.
Tome Vossa Alteza, porém, minha ignorância por boa
Quais são os seus doces objetos? .......... Pretos.
vontade, e creia bem por certo que, para alindar nem afear, não Tem outros bens mais maciços? ............. Mestiços.
porei aqui mais do que aquilo que vi e me pareceu. Quais destes lhe são mais gratos? ............ Mulatos.

................................................... Dou ao demo os insensatos,


. E o Capitão-mor mandou em terra no batel a Nicolau dou ao demo a gente asnal,
Coelho para ver aquele rio. E tanto que ele começou a ir-se que estima por cabedal
Pretos, Mestiços, Mulatos.
para lá, acudiram pela praia homens quando, aos dois, quando
aos três, de maneira que, ao chegar o batel à boca do rio, já ali Quem faz os círios mesquinhos? ........... Meirinhos.
havia dezoito ou vinte homens. Quem faz as farinhas tardas? ............... Guardas.
Quem as tem nos aposentos? ................ Sargentos.
Eram pardos, todos nus, sem coisa alguma que lhes
cobrisse suas vergonhas. Na mão traziam arcos com suas E que justiça a resguarda? ...................... Bastarda.
setas. Vinham todos rijamente sobre o batel: e Nicolau Coelho É grátis distribuída? ....................... Vendida.
Que tem, que a todos assusta? ..................... injusta.
lhes fez sinal que pousassem os arcos. E eles os pousaram.
Valha-nos Deus, o que custa.
................................................. o que EI-Rei nos dá de graça,
.Texto II que anda a justiça na praça
Bastarda, Vendida, injusta.
A Jesus Cristo Nosso Senhor Gregório de Matos (httpllwwwbib.vitt.futurousp.br/)
Texto IV
Pequei, Senhor; mas não porque hei pecado, Quis o poeta embarcar-se para a cidade e antecipando a
Da vossa alta clemência me despido; notícia à sua senhora, lhe viu umas derretidas mostras de
Porque, quanto mais tenho delinqüido, sentimento em verdadeiras lágrimas de amor.
Vos tenho a perdoar mais empenhado.
Ardor em coração firme nascido;
Se basta a vos irar tanto pecado, Pranto por belos olhos derramado;
A abrandar-vos sobeja um só gemido: Incêndio em mares de água disfarçado;
Rio de neve em fogo convertido:

Tu, que um peito abrasas escondido; TOMÁS ANTÔNIO GONZAGA


Tu, que em um rosto corres desatado; (Pseudônimo: Dirceu)
Quando fogo, em cristais aprisionado; (1744-181 O)
Quando cristal em chamas derretido. Marília de Dirceu (obra poética mais importante do
século XVIII brasileiro).
Se és fogo como passas brandamente? Cartas chilenas (principal obra satírica do século XVIII,
Se és neve, como queimas com porfia? atribuída a Gonzaga)
Mas ai! que andou Amor em ti prudente!
ROMANTISMO NO BRASIL
Pois para temperar a tirania, (1836-1881)
Como quis que aqui fosse a neve ardente,
Permitiu parecesse a chama fria.
In: Gregório de Matos — poemas escolhidos. (seleção de José Wisnik). São →No início do século XIX, ocorreu em nosso país um fato
Paulo: Cultrix. que desencadeou sua emancipação política e social: a vinda
da Família Real.
Após a chegada da corte de D. João VI ao Rio de Janeiro,
ARCADISMO
várias medidas foram tomadas para possibilitar o
O Brasil no século XVIII
A descoberta do ouro em Minas Gerais (final funcionamento da administração do reino português aqui no
XVIII. o centro econômico da Colônia deslocou-se do Brasil:
Nordeste para o Sudeste.
Essa região tornou-se o centro político e cultural: → Abertura dos portos; fundação do Banco do Brasil;
durante toda a metade do século XVIII, Vila Rica (atual criação dos tribunais das Finanças e da Justiça;
Ouro Preto) e Rio de Janeiro (capital do Vice-Reino desde
→ Permissão para a instalação de indústrias; implantação da
1763) substituíram Salvador como pólos de produção e
irradiação de idéias. imprensa;
→ Inauguração da Biblioteca Real com 60 mil volumes.
Cronologia do Arcadismo
Início: 1768- Publicação das Obras Poéticas de Cláudio CARACTERÍSTICAS
Manoel da Costa.
Término: 1836- Início do Romantismo. Individualismo/egocentrismo/egotismo
Predomínio da emoção, do subjetivismo
Arcadismo no Brasil Escapismo ou evasão
A liberdade de criação
Introdução de alguns temas e motivos estranhos ao modelo Nacionalismo
europeu, como a paisagem tropical, elementos da flora e da Religiosidade
fauna brasileiras, ou certos aspectos peculiares de nossa Idealização do amor e da mulher
realidade colonial, a mineração, por exemplo; Valorização da natureza

A utilização de episódios da história da Colônia em poemas


heróicos; AS GERAÇÕES ROMÂNTICAS

A utilização do índio como tema literário. → Na PRIMEIRA GERAÇÃO, como o próprio nome já
sugere, encontramos um forte nacionalismo e uma grande
Principais convenções da poesia neoclássica aversão à influência portuguesa (ou seja, lusofobia).

1. Personagens mitológicas utilizadas alegoricamente. Gonçalves Magalhães


1ª GERAÇÃO Gonçalves Dias
2. Bucolismo e pastoralismo: a vida campestre jdealizada e
estilizada; o sujeito lírico sempre caracterizado como um → Na SEGUNDA GERAÇÃO, as características
pastor; a mulher amada, como uma pastora. românticas são levadas às últimas conseqüências. A
angústia, a dor, o escapismo, a infância e a morte tornam-
3. Ambientação no locus amoenus (lugar ameno): se a temática central.
idealização da natureza, estilizada em cenário perfeito.
Álvares de Azevedo;
Casimiro de Abreu;
Principais Autores 2ª GERAÇÃO Junqueira Freire;
Fagundes Varela.
CLÁUDIO MANUEL DA COSTA
(Pseudônimo: Glauceste Satúrnio)
(1729-1789) → TERCEIRA GERAÇÃO ROMÂNTICA, marcada pelo
Obras poéticas (1768) — marco inicial do Arcadismo no aprofundamento do espírito nacionalista, do liberalismo e da
Brasil. poesia social e libertária.
Vila Rica — poema épico.
Castro Alves [...]
3ª GERAÇÃO (a escravidão, a república e
o amor erótico) Texto III
Minha terra tem palmeiras,
ROMANTISMO NO BRASIL - PROSA Onde canta o Sabiá;
AMBIENTAÇ As aves que aqui gorjeiam,
ÃO TIPO DE Não gorjeiam como lá.
ROMANCE
(TEMÁTICA) Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Corte Urbano Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.
Província Regionalista
Histórico Em cismar, sozinho, à noite,
Indianista Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.

Textos para Leitura


Texto I Texto IV
Lira XIX (1. parte) País Tropical
Enquanto pasta alegre o manso gado, Composição: Jorge Ben Jor / Wilson Simonal
Minha bela Marília, nos sentemos
À sombra deste cedro levantado. Moro num país tropical, abençoado por Deus
Um pouco meditemos E bonito por natureza, mas que beleza
na regular beleza, Em fevereiro (em fevereiro)
Que em tudo quanto vive nos descobre Tem carnaval (tem carnaval)
A sábia Natureza.
Atende como aquela vaca preta Tenho um fusca e um violão
O novilhinho seu dos mais separa, Sou Flamengo
E o lambe, enquanto chupa a lisa teta. Tenho uma nêga
Atende mais, ó cara, Chamada Tereza
Como a ruiva cadela [...]
Suporta que lhe morda o filho o corpo, Texto V
Se eu morresse amanhã
E salte em cima dela.
Se eu morresse amanhã, viria ao menos
Fechar meus olhos minha triste irmã;
TextoII
Além do horizonte Minha mãe de saudades morreria
Composição: Erasmo Carlos / Roberto Carlos Se eu morresse amanhã!

Além do Horizonte deve ter Quanta glória pressinto em meu futuro,


Algum lugar bonito Que aurora de porvir e que manhã!
Prá viver em paz Eu perdera chorando essas coroas
Onde eu possa encontrar Se eu morresse amanhã! (...)
A natureza Álvares de Azevedo
Alegria e felicidade Texto VI
Com certeza... Quando tudo está perdido
Sempre existe um caminho
Lá nesse lugar Quando tudo está perdido
O amanhecer é lindo Sempre existe uma luz
Com flores festejando
Mais um dia que vem vindo... Mas não me diga isso
Hoje a tristeza não é passageira
Onde a gente pode Hoje fiquei com febre a tarde inteira
Se deitar no campo E quando chegar a noite
Se amar na relva Cada estrela parecerá uma lágrima
Escutando o canto
Dos pássaros... Queria ser como os outros
E rir das desgraças da vida
Aproveitar a tarde Ou fingir estar sempre bem
Sem pensar na vida Ver a leveza das coisas com humor
Andar despreocupado [...]
Sem saber a hora Texto VII
De voltar A cruz da estrada
Caminheiro que passas pela estrada, critica a falsa moral, a critica a falsa moral, a
Seguindo pelo rumo do sertão, excessiva religiosidade excessiva religiosidade
Quando vires a cruz abandonada,
Deixa-a em paz dormir na solidão. temas contemporâneos temas contemporâneos
[...]
É de um escravo humilde sepultura,
Foi-lhe a vida o velar de insônia atroz.
Deixa-o dormir no leito de verdura,
Que o Senhor dentre as selvas lhe compôs.
[...]
Dentre os braços da cruz, a parasita,
Num abraço de flores se prendeu.
Chora orvalhos a grama, que palpita;
Lhe acende o vaga-lume o facho seu.
[...]
Caminheiro! Do escravo desgraçado
O sono agora mesmo começou!
Não lhe toques no leito de noivado,
Há pouco a liberdade o desposou.
Castro Alvas (1883). In: Mansa Lajolo & Samina Campecieh (org.).
Literatura comentada. 2 ed. São Paulo, Nova Cultural, 1988. p. 89-9
Realismo no Brasil
Romantismo X Realismo
subjetividade objetividade
imaginação realidade circundante
fantasia fatos observáveis
sentimento razão
Verdade individual Verdade universal
Volta ao passado Análise e crítica do
presente

Características gerais da obra machadiana

→ Personagens
Busca inspiração nas rotineiras do homem. Penetrando na
consciência das personagens para sondar-lhes o
funcionamento. Mostra a vaidade, a futilidade, a hipocrisia,
a ambição, a inveja e a inclinação ao adultério. Mostra a
diferença entre essência e aparência.

→ Processo narrativo
Preocupa-se com a análise das personagens, por isso
apresenta pouca ação.

→ Visão de mundo
a) Humor→ marcado pela ironia na crítica ao ser humano.
b) Pessimismo→conseqüência da constatação de que o
homem se deforma por causa de um sistema social que o
leva a tornar-se hipócrita para ser aceito socialmente.

NO BRASIL
Narrativa realista Narrativa naturalista
(Machado de Assis) (Aluísio Azevedo)

análise individual análise dos agrupamentos

valorização do indivíduo Valorização do coletivo


vê a sociedade ‘de cima vê a sociedade ‘de baixo
para baixo’ para cima’

o homem é um ser social o homem é um ser natural


(valorização dos instinto)

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