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BAFÔMETRO
1. OBJETIVO:
Apresentação e realização de experimentos abordando o aspecto fenomenológico. Verificar as evidências de
uma reação de oxirredução em um simulador de bafômetro.
2. INTRODUÇÃO TEÓRICA:
Aulas em laboratórios são fundamentais para uma aprendizagem significativa, onde os conceitos científicos
poderão ser aplicados no cotidiano de cada aluno. As atividades experimentais permitem ao estudante uma
compreensão de como a Química se constrói e se desenvolve, presencia a reação ao “vivo e a cores”. A
experimentação pode ter um caráter indutivo ou dedutivo. No primeiro (indutivo), o aluno pode controlar variáveis e
descobrir ou redescobrir relações funcionais entre elas. Porém é no caráter dedutivo que eles têm a oportunidade de
testar o que é dito na teoria [2].
A utilização de métodos diversificados com aulas práticas bem planejadas facilita muito a compreensão da
produção do conhecimento em química, podemos incluir demonstrações feitas pelo professor e experimentos
realizados pelo próprio aluno buscando a confirmação de informações já adquiridas em aulas teóricas, cuja
interpretação leve a elaboração de conceitos, sendo importantes na formação de elos entre as concepções
espontâneas e os conceitos científicos, propiciando aos alunos oportunidades de confirmar suas ideias ou então
reestruturá-las.
Entretanto, para a realização de uma aula prática, diversos fatores precisam ser considerados e os principais
são: instalações da escola, material e reagentes requeridos e as escolhas das experiências [3].
Cabe ao professor buscar alternativas, como por exemplo, a realização de experimentos com materiais
domésticos, pois o objetivo da experimentação é possibilitar ao aluno a criação de modelos que tenham sentidos
para ele, a partir de suas próprias observações [4].
Investigar, pesquisar e refletir sobre o tema é relevante para que essa dificuldade possa ser
superada/minimizada, e sendo umas das ferramentas fundamentais para o processo de ensino-aprendizagem.
3. MATERIAIS
Béquer de 600 mL; Proveta de 100 mL; Pipeta de Pauster; Bécher de 50 mL; Espátula; Vidro de relógio; Erlenmeyer.
Até a década de 50, a oxidação do etanol pelo dicromato de potássio em meio ácido (ou mesmo
permanganato de potássio em meio ácido) era o método padrão de análise para a determinação de álcool em ar
expirado pelos pulmões (ou mesmo em plasma sanguíneo). É ainda usado nos ‘bafômetros’ descartáveis (Figura 1).
Figura 1: A foto A mostra o tubo após o teste de uma pessoa que não ingeriu álcool. A foto B mostra o tubo após o
teste de uma pessoa intoxicada e, consequentemente, sem condições para conduzir um veículo. Os ‘bafômetros’
descartáveis ilustrados pela foto são fabricados pela companhia americana WNCK, Inc., mas outras empresas
fabricam dispositivos similares [5].
Para efeito de ensino de química, é interessante simular o conjunto ‘ébrio-bafômetro’ baseado na reação
química, uma vez que ilustra vários aspectos de química inorgânica, físico-química (oxirredução, por exemplo) e
química orgânica de interesse para alunos do ensino médio e superior. Para montar esse conjunto, são necessários
um erlenmeyer com rolha de dois furos, um tubo de ensaio, tubos de vidro, álcool comum (70%), solução de
dicromato de potássio 0,1 mol/L misturado com igual volume de ácido sulfúrico a 20 mL/L (ou seja, dicromato de
potássio 0,05 mol/L em meio fortemente ácido). O simulador ‘ébrio-bafômetro’ segue o esquema apresentado na
figura abaixo.
4. REAGENTES
100 mL de álcool etílico
100 mL de água
Dicromato de potássio K2Cr2O7
Ácido sulfúrico H2SO4
5. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
Coloque o álcool etílico no recipiente com “furos” e faça uma adaptação semelhante à figura 2 com
erlenmeyer no lugar do tubo de ensaio.
Adicione uma ponta de espátula de dicromato de potássio, em seguida, adicione 50 mL da solução ácida.
Promova a inserção de ar, fazendo borbulhar o álcool etílico para interagir com a solução ácida de dicromato
de potássio.
Observe a reação de oxirredução e a mudança de coloração.
Procedimento experimental:
Primeiro você coloca cerca de duas colheres de dicromato de amônio sobre a tela de amianto que ficará
sobre o tripé. Agora basta acender o fósforo e colocar fogo no centro do círculo de dicromato e observar a reação
ocorrer.
Para que essa reação comece, o dicromato precisa receber uma energia mínima, que é a chamada energia
de ativação. Ela é fornecida quando acendemos o fósforo e o aproximamos do dicromato.
Então, inicia-se uma reação inorgânica de decomposição do dicromato de amônio, com formação de três produtos,
uma substância simples (gás nitrogênio) e duas substâncias compostas (óxido de crômio III e vapor de água). Essa
equação química é dada por:
(NH4)2Cr2O7(s) → Cr2O3(s) + N2(g) + 4 H2O(v) + energia
RESPONDA:
1) Qual a mudança de coloração observada na reação do bafômetro? Quais íons cromo associados a cada cor?
2) Para que se inicie a reação de oxirredução e também decomposição do dicromato de amônio, é necessário uma
energia de ativação para a transformação de reagente em produtos. Como foi fornecida essa energia de ativação?
3) Qual o principal cuidado ao trabalhar em laboratório com reagentes que contém cromo? Qual íon do cromo é
classificado como potencialmente cancerígeno?