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Uma raposa passou por um souto e sentiu piar um mocho; disse ela para si:
– Ceia já eu tenho.
E foi muito sorrateira trepando pelo castanheiro em que estava piando o mocho, e filou-o.
O mocho conheceu a sorte que o esperava, e viu que não podia livrar-se da raposa sem ser
por ardil. Disse então para ela:
– O raposa, não me comas assim como qualquer frango desses que furtas pelos galinheiros; tu
também sabes andar à caça de altenaria, e é preciso que todos o saibam. Agora que me vais
comer, grita bem alto:
«Mocho comi!»
– Mocho comi!
– A outro sim, que nenja a mim! replicou-lhe o mocho caindo-lhe de entre os dentes e voando
pelo ar fora, livre do perigo.
(Airão)
A ÁGUIA E A CORUJA
– O águia, se vires uns passarinhos muito lindos em um ninho, com uns biquinhos muito bem
feitos, olha lá não mos comas, que são os meus filhos.
A águia prometeu-lhe que os não comia; foi voando e encontrou numa árvore um ninho de
coruja, e comeu as corujinhas. Quando a coruja chegou e viu que lhe tinham comigo os filhos,
foi ter com a águia, muito aflita:
– O águia, tu foste-me falsa, porque prometeste que não me comias 05 meus filhinhos, e
mataste-mos todos!
Diz a águia:
– Eu encontrei umas corujas pequenas num ninho, todas depenadas, sem bico, e com os olhos
tapados, e comi-as; e como tu me disseste que os teus filhos eram muito lindos e tinham os
biquinhos bem feitos entendi que não eram esses.
– Pois então queixa-te de ti, que é que me enganaste com a tua cegueira.
(Porto)
Frase proverbial, quando se vêem muitas crianças juntas; liga-se à lenda do Malcho, preso em
uma estreita casa, no fundo do mar, e girando em volta de uma coluna, até acabar o mundo.
Aos navios que passam faz a pergunta: – Ainda não acaba o mundo?
Apenas temos encontrado a frase, mas não a lenda vulgar na tradição da Catalunha e da
Sicília.
A BARATA E OS FILHOS
A barata saiu debaixo de umas pedras com os filhos e disse-lhes, enquanto eles ainda
pequenos estavam ao sol:
(Ilha de S. Miguel)
A RAPOSA E O LOBO
A raposa e o lobo mataram dois carneiros e fugiram. Depois que se acharam seguros,
deitaram-se a comer, mas só puderam comer um, e o outro ficou inteiro. Diz a raposa:
– Mas nem eu nem tu temos faro, como é que o havemos tomar a achar?
O lobo fiou-se, mas a raposa foi ao lugar onde estava enterrado o carneiro e comeu um grande
pedaço. No outro dia toma o lobo a perguntar-lhe:
– Comecei-te.
Exclama o lobo:
– Que nome! Vamos comer o carneiro?
– Ai, compadre (disse-lhe a raposa), hoje também não pode ser; estou convidada para ir ser
madrinha.
O lobo fiou-se; a raposa tornou a ir comer sozinha. Ao outro dia vem o lobo:
– Meei-te.
A raposa tornou a escusar-se com outro baptizado, e foi acabar de comer o carneiro. O lobo
vem:
– Acabei-te.
(Airão)
NOTA – Nos Contes populaires de la Grande Bretagne, trad. de Brueyre, p. 362 (vid. nota 1, p. 364 e 365). A fábula dos
Highlanders versa sobre uma panela de manteiga; é popular na Noruega, como se vê pela colecção de Absjörnsen, A Raposa
e o Urso.
A RAPOSA NO GALINHEIRO
De uma vez uma raposa apanhou um buraquinho num galinheiro, entrou para dentro fazendo-
se muito esguia, e depois que se viu lá, comeu galinhas à farta. Quando foi para sair estava
com a barriga muito cheia, e por mais que fez não pôde passar pelo buraco. Viu-se perdida,
porque já vinha amanhecendo. Por fim teve uma lembrança: Fingiu-se morta.
Vai para lhe dar pancadas e matá-la, mas vê-a hirta, com a língua atravessada nos dentes e os
olhos envidraçados:
E pegando-lhe pelas pernas atira-a para o meio da horta para a enterrar. A raposa assim que
se viu fora do galinheiro, pernas para que te quero! botou a fugir pelos campos fora e fez do
rabo bandeira. O lavrador deu a cardada ao dianho, e jurou que nunca mais se fiaria em
raposas.
(Airão)
A RAPOSA E O GALO
Uma raposa viu um galo pousado em cima de um palheiro, e não podendo agarrá-lo começou
a falar-lhe cá de baixo:
– Ó galo, tu não sabes? Veio agora uma ordem para todos os animais serem amigos uns dos
outros. Nós cá as raposas já não temos guerra com os cães, estamos amigos; e tu podes-te
descer cá para baixo, que eu já te não faço mal.
Estava nisto, quando vem uma matilha de cães, e farejando a raposa, botam-se atrás dela. A
raposa ia sendo agarrada, mas fugiu o mais que podia. O galo de cima do palheiro gritava-lhe:
E fugia por entre uns tremoçais, que já estavam secos, que faziam uma grande bulha, e ela
dizia:
– Ai, que rica festa! E logo hoje, que vou com tanta pressa.
(Airão)
NOTA – Nos Contos Populares da Grã-Bretanha, trad. de Brueyre, p. 369, vem também esta fábula. Acha-se em La Fontaine,
Le Coq et te Renard.
O LOBO E A OVELHA
Uma vez um lobo encontrou uma ovelha, que andava a pascer, e disse-lhe:
– Ó ovelha! eu como-te.
Respondeu a ovelha:
– Pois sobe ali para cima, que eu entretanto vou pascendo, e depois entro-te lá mesmo pela
boca dentro.
O lobo subiu para o alto do monte e esperou. A ovelha assim que viu o lobo longe, fugiu. O lobo
começou a correr atrás dela, e como a não pudesse agarrar, disse:
Respondeu a ovelha:
Crescimento na jornada;
De um tamanho cortesão,
Na aspereza do deserto,
Em alvoroço e balança,
Já começam de enjeitar;
As casas estremeceram;
O Ratinho da montanha,
O coitado só consigo
Ai baldias esperanças,
NOTA – É o nº CVII das Fábulas de Babrius: «Dois ratos, um habitando nos campos como verdadeiro labrego, e outro
recolhido em uma despensa bem fornecida, combinaram de viverem juntos. O citadino foi prontamente cear ao campo o qual
começava a verdejar e a florir. Depois de ter roído algumas raízes de trigo húmidas e empastadas de terra, diz:
– Que vida miserável que tu aqui levas, pior do que a da formiga, roendo alguns grãozitos que apodrecem na terra. Eu cá,
tenho tudo em abundância, até mesmo supérfluo; comparando-me contigo, eu vivo dentro do Corno de Almateia. Se queres
anda daí comigo; todos os teus dias a teu grado se tornarão dias de festa, e tu deixarás às toupeiras o cuidado de esgaravatar
este torrão.
Leva ele então o rústico consigo, tendo-o convencido de vir para a habitação e tecto dos homens. Foi-lhe mostrando onde
estava a provisão de farinha, onde amontoados os legumes, as seiras de figos, as talhas de mel e as bocetas de tâmaras.
Enquanto o camponês ficava maravilhado da opulência que estava vendo, metendo-se por todos os lados, e arrastando um
queijo que tirara de um açafate, vieram abrir a porta. Imediatamente atirou-se de um salto rápido e todo trémulo procurou o
esconderijo de um pequeno buraco, soltando confusamente alguns guinchos e sem roçar pelo corpo do seu hospedeiro.
Depois de alguns momentos de expectativa botou o focinho de fora, e quando levava à boca um figo de caixa, entra um outro
homem a buscar qualquer cousa. Os dois amigos esconderam-se o melhor que puderam, e o rato dos campos disse para o
seu amigo:
– Goza tuas riquezas, regala-te em jantares assim, atasca-te nas delicias dos teus esplêndidos bródios e de todas as
satisfações de que gostas sempre em alarmes. Quanto a mim não deixarei a pequena moita de terra que me dá abrigo, e me
faculta remoer tranquilamente os meus grãozinhos.» (Trad. de Beyer, p. 85, Ed. 1844.)
A esperança é saborosa:
NOTA É a 6ª Fábula de Loqman: «Um leão tendo envelhecido, chegou a não poder já ir à caça de outros animais. Resolveu
empregar a manha para alcançar a subsistência. Fingiu-se doente, e retirou-se a uma caverna. Aconteceu pois que qualquer
dos animais que o ia visitar era por ele despedaçado dentro da caverna e devorado. Veio visitá-lo a Raposa, e parando à porta
do antro cumprimentou-o nestes termos:
Respondeu-lhe o Leão:
Replicou a Raposa:
– Meu senhor, nessa intenção vinha eu, mas estou a ver pelas pegadas marcadas no solo, que muitos são os visitantes que
entram, e no entanto não vejo que haja saído um só deles.» (Trad. árabe por Joseph Benoliel, Op. cit. p. 23).
A Fábula CII de Babrius O Leão Doente e os Animais, é este mesmo tema graciosamente tratado. (Trad. de Beyer, p. 79)
AGLAU OU A BEM-AVENTURANÇA
E OS PORCOS DA ALDEIA
Um Bacorote orgulhoso
De quexiquer espantoso;
O CERVO E O CAVALO
O Cavalo vencedor
Dá a só rica liberdade,
A FORMIGA E A CIGARRA
A RÃ E O BOI
A CEGA FÁTUA
(D. Francisco Manuel de Melo, Obras Métricas, Églog. II, est. 77 e seg.)
O ÓDIO E O AMOR
A FORTUNA E O MOÇO
(D. Francisco Manuel de Meio, Obras Métricas, cart. II, est. 24 e seg.)
NOTA – Acha-se nas Fábulas de Babrius, nº XLVIII: O Obreiro e a Fortunas.
«Uma noite, sobre a borda de um poço estava dormindo imprudentemente um operário. Ele acreditava que ouvia a Fortuna a
rir para ele e dizer-lhe: – Meu amigo, vê lá se acordas! Queres tu. se tu caíres, que os homens me acusem, e que eles a meu
respeito digam malévolas palavras? Todos me fazem responsável, desde que lhes acontece o menor acidente, ou a mais
pequena queda.» (Trad. Beyer. p. 44.)
AS LEBRES E AS RÃS
E afogar-se de repente
VARIANTE
Diz que lá não sei onde se ajuntaram as Lebres a conselho, e que por todas foi apontado, que
se fossem lançar em uma lagoa, e se afogassem, sem ficar mais geração de tão triste gente,
perseguida de todo o mundo, que toma seu perigo por divertimento. Ora indo já correndo todas,
fizeram tão grande matinada, que as ouviram as Rãs que estavam junto do charco; e como
tivessem grande medo do ruído, foram-se lançando na água, ganhando-lhe a dianteira do
precipício.
Notou isso uma das lebres, que ia diante, e parou, fazendo deter as outras, a quem disse:
– Senhoras, tende mão, não nos lancemos a perder por miseráveis, pois vemos que ainda o
são mais estas Rãs, que têm medo de nós, e a nosso respeito se precipitam.
O que digo, que não há estado tão triste no mundo que não haja outro mais triste, com que
aquele possa consolar-se.
O LOBO E A RAPOSA
Já no balde se metia:
Toparam-se ao perpassar;
O FILÓSOFO E O FANFARRÃO
Apostava um Fanfarrão,
O Filósofo vilão.
É medir no entendimento
O próprio merecimento
Na virtude te geraste,
(D. Francisco Manuel de Meio, Obras Métricas, cart. VIII, est. 16 e seg.)
JÚPITER E O SÁBIO
A Júpiter se queixava,
E a presente conhecesse,
Se queres de pensamentos
Lançar pelo vento as redes,
Ditas e arrependimentos.
(D. Francisco Manuel de Meio, Obras Métricas, cart. IX, est. 25 e seg.)
Os Ratos fizeram entre si uma grande, e a seu parecer, útil consulta (fábula é, mas doutrinal),
querendo dar remédio à perseguição, que lhes faziam os Gatos; pois raramente lhes
escapavam das unhas; e dando cada qual seu parecer, acordaram que se deitasse um grande
chocalho no pescoço dos Gatos, e com isto os não tomariam descuidados, pois ao tom do
chocalho se poriam em cobro, ou acautelariam. Contentes todos com a traça, que parecia boa,
respondeu um mais autorizado e velho: – E qual há-de ser o primeiro da companhia, que se
atreva a deitar esse chocalho? – Aqui calaram e pasmaram todos.
A TARTARUGA E A ÁGUIA
Viu a Tartaruga voar a Águia por esses ares com tanta soltura e liberdade, quanta tem a rainha
das Aves (fábula é com sua doutrina), e quis ela também fazer o mesmo. Pediu com
encarecimento à Águia a quisesse levar ao alto, e tirar daquele poço, onde andava. – Es mui
pesada, e impedida de membros e concha, lhe disse a Águia. – Não importa isso nada,
respondeu a Tartaruga; que quem tão bem se meneia na água, que faz mais resistência, por
ser mais grossa, melhor o fará no ar, que é mais delgado. – Que não tens asas, nem
instrumentos para te ter? – Não releva , replica ela, isto quero experimentar. Pera que te pões
nesses perigos? lhe pergunta a Águia.
– Porque quero ser conhecida, e não estar toda a minha vida em um poço, ou charco
escondido; e se vós voais, também eu. – Alto, vamos ambas acima. – Pega a Águia da
Tartaruga, e em a largando, que esperais fosse dela? Caiu, e fez-se em pedaços. E vem o
Conto a dizer: Que se não há asas, ou posses, pera que é querer voar ou dar de comer a
ventos? Quem vive e se meneia no seu poço, pera que quer ares? Quem na sua herdade ou
quinta, pera que quer Corte, ou Cidade? Quem no seu quartau , pera que em coches? Quem
no pano honesto, pera que em galas, ou mangas perdidas, senão pera se perder? – Oh! que
anda o outro assim, e é costume do tempo e da Cidade! – Quiçá terá asas o outro, com que
possa sustentar esse fausto e esse vento; mas quem se não pode bulir mais que uma
Tartaruga, porque se não contenta com a sua concha, ou com andar metido nelas?
Lá me lembra a mim fazer menção a Esopo, em uma Fábula sua, de certo Homem, que tinha
em sua casa um Ídolo, alfaia de seus antepassados, os quais fizeram dele seu mealheiro, ou
depósito do seu dinheiro; porque além de o terem ali mais escondido, cuidaram o tinham mais
guardado, encomendado ao seu Deus. O Homem, herdeiro da casa e do Ídolo, não sabendo do
Tesouro deu em pobreza, (como dão muitos herdeiros de grandes casas); e achando não ter
outro meio mais eficaz pera se livrar da lazeira, que encomendar-se ao Deus, pois o tinha de
casa, começou de lhe fazer suas novenas e preces: e pera ter mais efeito, ia-se ao campo
todos os dias, e colhendo das flores e boninas, o enramava, e com mil capelas o laureava, e
punha nas mãos ramalhetes, despois perfumes, etc. Continuou sua devoção per muitos dias;
mas como o Deus era de pau tais tinha as respostas. A lazeira cada vez era maior, a bolsa
mais magra, a fome mais viva; e quanto mais o apertavam as necessidades, mais deprecativas
e brados multiplicava, e o Deus não lhe acudia. Ele um dia enfadado de tanto buscar de
bonina, e fazer de ramalhetes sem proveito, deu-lhe a cólera e enviando-se ao Ídolo, lhe pegou
per uma perna e deu com ele no chão: e como era já antigo e carunchoso, quebrou em
pedaços: começam de se espalhar os dobrões e as moedas de caras, ouro velho e fino. Ele,
que não cabia de contente, olha pera o Idolo, e diz-lhe:
– E assim vos quereis vós? Por bem zombastes de mim e por mal me acudistes; quisestes-vos
por mal. – Vem a dizer isto, que há gente, que quanto mais a animais, e fazeis de bem, mais de
pedra e mais de pau se faz: vindes a tratá-la como Deus, e não há fruta no mundo que não vá
pera aquele Ídolo; as primícias, que são de Deus, ele as logra; não há cravo, nem bonina, que
suas mãos e narizes não gozem; as cortesias e continências não têm número; mas pera vos
fazer bem, é falar com um pau, ou com um Ídolo feito dele; tais como estes, espedaçá-los e
maltratá-los, deitam alguma cousa.
NOTA – Encontra-se este tema nas Fábulas de Loqman: «O Homem e o Ídolo. – Um homem tinha em casa um ídolo a que
prestava culto e a quem oferecia cada dia um sacrifício, até dar cabo de tudo o que possuía em despesas com o ídolo.
Apareceu-lhe o ídolo e lhe disse:
– Não desbarates o que te pertence por mim, que depois me deitarás a mim as culpas. (Eis o conceito. Há tal que despende
todos os seus bens no pecado, e que depois pretende que foi Deus que o empobreceu.» (Fáb. 16, trad. de Joseph Benoliel.)
É tema de uma simplicidade primitiva; mas na Fábula de Babrius A Estátua de Mercúrio, há já o espírito critico do génio grego:
«Um homem tinha um Mercúrio de pau; era um artista. Todos os dias lhe oferecia libações e sacrifício, mas não melhorava de
fortuna. Por fim, zangado contra o Deus, agarrando-o por uma perna, atirou-o ao chão e escacou-se-lhe a cabeça.
Espalharam-se logo muitas moedas de ouro, que este tal foi apanhado e dizendo:
– Mercúrio, tu és um deus esquisito e ingrato para os teus adoradores. Enquanto me prosternei diante de ti não me concedeste
nenhum dos teus favores, agora que me arrebatei até ao ultraje, é que te tornas liberal. E um culto inteiramente novo que eu
desconhecia.» (Fábula CXVII. Trad. Beyer, 1844.)
AS DUAS MÃES
Vieram duas mulheres diante de Salomão com uma demanda notável. Traziam consigo dois
meninos, um morto outro vivo: o vivo cada uma dizia que era seu filho, o morto cada uma dizia
que o não era. Que faria o grande Rei nesta perplexidade? – Parta-se o menino vivo pelo meio,
e leve cada uma a sua parte. – Ouvida a sentença, uma das mulheres consentiu, e disse,
parta-se: a outra não consentiu, e disse, viva o menino, e leve-o embora minha competidora. E
qual destas duas seria mãe? A que disse, viva o menino. Assim o julgou Salomão, e assim era:
porque a que disse, mona, mostrou que não amava; a que disse, viva, provou que amava, e da
que amava o menino, desta era filho.