Sei sulla pagina 1di 4

LÍNGUA NÃO-INDO-EUROPEIA I

Margarida Petter

TOM: MODULAÇÃO E ALTERNÂNCIA

1-TOM – ACENTO - ENTONAÇÃO

2- Língua tonal é aquela “em que uma comutação fonologicamente limitada à altura ou à
melodia de uma sílaba única é suscetível de constituir o único traço de uma comutação
entre duas unidades significativas mínimas numa construção sem mudanças (inchangée)”
(Creissels, 1994: 175).

É uma comutação desse tipo que aparece nas frases em bambara:


______ ._________________________________
__ . _____________ . _________. ________________
_________________________________________
_________________________________ . _________
1) a ja ci ku nu
3psg acab.-3p. enviar ontem
‘ele o enviou ontem’

______________ .__________________________
______ . _____________________. ____________
______________________ . __________________
_________________________________ .________
2) a ja ci ku nu
3psg acab.-3p. quebrar ontem
‘ele o quebrou ontem’

3- Os sistemas tonais mais comuns das línguas dos troncos nigero-congolês e nilo-saariano
opõem duas alturas tonais distintivas, alto e baixo, e permitem a sucessão de dois tons
pontuais numa mesma sílaba, constituindo os tons modulados ou de contorno. Há línguas,
como o mende, que opõem 5 níveis tonais distintos.

4- Notação fonética dos tons

5- Processos tonais:

5.1. DOWN-DRIFT
É um fenômeno que afeta o nível absoluto dos tons numa dada extensão, provocando uma
queda da altura do tom no enunciado. O tom no início do enunciado será mais alto do que
no final. O downdrift provavelmente tem origem na tendência geral da voz humana a baixar
no final do enunciado (Childs, 2003: 91).
(sem mudança) Downdrift
A A A A B A
| | | | | |
CV CV CV CV CV CV
__ __ ___ __
___
___

Bambara
___ . ____________________________
____________ . ___________________
______ . _____________ . ____ . _____
________________ . _______________
______________________________ . _
i tu ma dl cama mi
2Psg inac. Neg cerveja muito beber
‘Você não bebia muita cerveja’.

5.2. DOWNSTEP

Resulta da gramaticalização do downdrift, o que significa que o abaixamento não é mais


previsível. Na representação abaixo, o tom baixo desencadeador do processo se perdeu,
representado por (B) e (CV), o tom alto sofreu downstep. Esse fato mostra a relevância do
tom flutuante (não associado), que resulta provavelmente de perda de material segmental,
que pode ocorrer tanto em sincronia como em diacronia.

A (B) A
| | |
CV (CV) CV
___
__
[ ´ ↓´]

6- ALTERNÂNCIA TONAL E TOM FLUTUANTE

Malenquê de Kita

su saba be yan ’há três casas aqui’


su nani be yan ’há quatro casas aqui’
su bi saba be yan ’há trinta casas aqui’
su bi ˈnani be yan ’há quarenta casas aqui’
bi nani ’quatro gols’
bi - transforma em tom abaixado o tom alto seguinte. Para predizer o
comportament tonal dessa unidade, é necessário e suficiente atribuir-lhe uma forma de base
na qual figure um tom flutuante baixo |bí `|. .

7- TOM E CONSOANTE

No que se refere à influência eventual das consoantes sobre o tom da vogal


precedente, parece que somente as laringais h e  exercem, respectivamente, efeito de
abaixamento ou de elevação da vogal precedente.
Quanto à influência sobre o tom da vogal seguinte, as obstruintes vozeadas têm um
efeito de abaixamento e as não vozeadas exercem um efeito de elevação da realização
melódica da vogal seguinte. Em iorubá a frequência fundamental de uma vogal de tom alto,
baixo ou médio, varia em função da consoante precedente, começando num nível inferior
se a consoante for vozeada.

8- MODULAÇÃO TONAL

É resultante do acúmulo de dois tons pontuais num só segmento vocálico. Sua


aparição deve ser descrita como uma complexificação imputável às regras de realização
tonal que operam a partir de estruturas subjacentes, nas quais uma vogal só pode ser
associada a um tom simples único.
Iorubá: modulação tonal resultante do encontro de duas vogais idênticas associadas a tons
diferentes:
 v >  > : ‘coma-o’
kpe v > kpe e > kpe ‘chame-o’
mo ri v > mo ri i > mo ri: ‘eu o vi’

PRONOME OBJETO DE DE TERCEIRA PESSOA: | + VOCÁLICO | - copia os traços


da vogal precedente. Do ponto de vista tonal, tem um tom alto depois de um lexema com
tom médio ou baixo; tom médio depois de um lexema com tom alto. Provoca, além do
alongamento, uma modulação tonal para tornar sensível sua presença.

9- TOM GRAMATICAL
9.1. Morfemas de conjugação manifestos por variações tonais

Em kposso (cuá-Togo), a frase mínima verbal se compõe de um índice do sujeito e


de uma base verbal. Do ponto de vista tonal, a única variação que afeta a base verbal diz
respeito ao imperativo dos verbos com tom alto, cuja consoante inicial é vozeada: esses
verbos, no imperativo, tomam um tom baixo-alto.

Ao contrário, a sílaba, índice do sujeito, que precede imediatamente a base verbal


apresenta dois tipos de variação:

a) o fato de que essa sílaba constitui um índice de sujeito se manifesta no nível de sua
forma segmental:
1sg ni ~ n 1pl u ~ 
2sg e ~  2pl i ~ 
3sg o ~  3pl a

b) ao contrário, as variações tonais dessa sílaba constituem a conjugação propriamente dita:


o fato que ela esteja com tom alto, médio ou baixo é a expressão de uma distinção aspecto-
modal entre injuntivo, inacabado e acabado:

u dzi umeli ‘comamos arroz’


u dzi umeli ‘nós comemos arroz’ (inacabado)
u dzi umeli ‘nós comemos arroz’ (acabado)
As formas negativas correspondentes às três formas com valor aspecto-
modal enumeradas em (b) caracterizam-se por um alongamento e uma modulação tonal da
sílaba que precede a base verbal: somente a negação da forma do injuntivo destrói um
pouco a coerência do sistema: além da modulação tonal, a negação é, nesse caso, marcada
simultaneamente por um morfema su que se intercala entre o índice do sujeito e a base
verbal:
u: su dzi umeli ‘não comamos arroz"
u: dzi umeli ‘nós não comemos arroz’(inacabado)
u: dzi umeli ‘nós não comemos arroz"(acabado)

O kposso ilustra assim o caso de morfemas com valor aspecto-modal e de


morfemas de negação que têm um significante exclusivamente ou principalmente tonal,
mas cuja manifestação é relativamente simples, na medida em que ela não interfere
absoltamente com o tom da base verbal: qualquer que seja o tom do índice do sujeito que
lhe é prefixado, a base verbal manifesta invariavelmente seu tom lexical, que pode ser alto,
médio ou baixo.

10- Alguns parâmetros dos sistemas prosódicos africanos (Clements, G, in Heine & Nurse,
2000: 158):
a) número de contrastes tonais lexicalmente contrastivos:
0= acento previsível (suaíli, uolofe, árabe)
1= acento tonal (somali, tonga)
2= A vs. B (haussá, bambara, quicuio)
3= A vs. M vs. B (iorubá, tera, bobo)
4= lendu, moba, bamileque
5= gimira, uobe, dan
b) unidade portadora do tom: sílaba ou mora
c) tipos de tons de contorno (modulados) : AB, BA, BAB, MA, etc.
d) função dos tons flutuantes (lexical, fonológica, gramática,, sintática)
e) associação tonal: lexical ou derivada
f) downstep: presente ou ausente
g) características entonacionais: downdrift, suspensão de downdrift, abaixamento final, tons
de fronteira, etc.

Potrebbero piacerti anche