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Tradução
Guilherme Bitar da Silva
Raphaela Alencar
Revisão
Ricardo (Caco) Penna Quintanilha
Design de capa
Melissa Tiers
Projeto Gráfico
Carlos Jorge
Hi-Brain Institute
Nenhuma parte deste livro pode ser reproduzida ou transmitida sob qualquer forma, eletrônica ou mecâ-
nica, incluindo fotocópias, gravação ou qualquer sistema de armazenamento ou recuperação de informações,
sem a permissão expressa, datada e assinada dos autores.
Aviso legal: os autores deste livro não dispensam conselhos médicos nem prescrevem o uso de qualquer
técnica como forma de tratamento para problemas físicos, emocionais ou clínicos sem o acompanhamento de
um médico, quer direta quer indiretamente.
Tiers, Melissa
KIT ANTIANSIEDADE
Técnicas rápidas para reconectar o cérebro
523
CDD-612.115
CDU-165,6 / .8
Prefácio
Melissa Tiers é provavelmente uma das mais reco-
nhecidas trainers de PNL e Hipnose da atualidade. Fun-
dadora do “The Center For Integrative Hypnosis”, em Nova
Iorque, é professora de hipnose Integrativa, Psicologia
Neurolinguí�stica e dá treinamentos de saúde mental em
todo o mundo.
Quando comecei a estudar hipnose, os livros de Me-
lissa Tiers me chamaram bastante atenção por dois moti-
vos: sua incrí�vel didática e suas excelentes referências bi-
bliográficas. Nos livros de PNL e Hipnose é muito comum a
ausência de fontes bibliográficas: os autores escrevem algo
do tipo “pesquisas indicam que a hipnose...” sem se preo-
cuparem em identificar a fonte dessa informação. Pesso-
almente, me sinto ofendido quando isso acontece, não me
parece honesto intelectualmente um autor fazer esse tipo
de coisa. Felizmente, nos livros da Melissa, nunca temos
esse tipo de problema.
O segundo motivo pelo qual fico realmente encan-
tado pelo trabalho da Melissa é pela sua didática. Em seus
livros e cursos, ela é capaz de tornar qualquer assunto, por
mais complicado que seja, em algo muito claro.
Quando surgiu a possibilidade de traduzir e lançar
esse material no Brasil fiquei muito animado. Afinal, seu
livro: “The Anti-Anxiety Toolkit” é um dos livros mais vendi-
dos no mundo sobre as aplicações terapêuticas da Hipnose,
PNL e EFT para o combate aos transtornos de ansiedade.
Esse livro não traz apenas técnicas, mas também incrí�veis
referências bibliográficas e leituras recomendadas, para
que seus estudos possam progredir ainda mais após a lei-
tura desse livro.
Espero que você consiga controlar sua ansiedade para ler
esse livro! Boa Leitura!
Alberto Dell’Isola
Prefácio 3
Neuroplasticidade e o “Modelo de Doença” da Dependên-
cia 5
Mitos que cercam o “Modelo de Doença” do Ví�cio:
5
A Pesquisa de 1990
6
Pesquisa de Neurociência e Tratamento validada de forma
empí�rica 9
A Biologia do Desejo: por que o ví�cio não é uma doença
10
Trauma e Adversidade da Primeira Infância: Implicações
Neuro-cognitivas 11
Memórias Traumáticas, Adversidade da Primeira Infância
e Estresse Pós-Traumático, uma abordagem de reconsoli-
dação de neuropsicoterapia 12
Pesquisa de Reconsolidação de Memória em Populações de
Abuso de Substâncias 14
O Metapadrão da Mudança da PNL: 14
Protocolo de tratamento de dependência 16
Ní�vel 1 - Técnicas rápidas 16
Ní�vel 2 - Reconsolidando Sistemas de Memória 16
Ní�vel 3 - Facilitando o Poder Pessoal 28
Pesquisa de Neuroplasticidade para Aplicações Clí�nicas
30
Demais Referências bibliográficas 31
Outras Leituras Recomendadas: 33
Kit Antiansiedade 34
Detenha o mandão no seu cérebro 34
Estimulação bilateral 35
Visão periférica (pare o mundo) 36
Coerência cardí�aca 36
Um momento de cair o queixo 37
O giro ao contrário 38
Torne-se o diretor (tomada um) – Auto-hipnose para re-
programar o cérebro 38
Torne-se o diretor (tomada dois) 40
Mudando de perspectiva 42
Os dois passos metafóricos 43
Modificando o diálogo interno 44
O alí�vio está em suas mãos 45
Técnica da liberdade emocional (EFT) 46
Boas intenções apenas 47
A jornada emotiva 49
Unindo todas as técnicas 50
Invertendo os pensamentos 50
Neste curso, você aprenderá:
Por que o modelo de “Doença” do ví�cio é impreciso e até pre-
judicial.
8
Neuroplasticidade e o
“Modelo de Doença”
da Dependência
No campo da Medicina da Dependência, o “Modelo de
Doença” é regra. Essa teoria afirma que as mudanças mal adap-
tadas no cérebro e no corpo, resultantes do uso prolongado de
drogas, uma vez estabelecidas, tornam-se bastante estáveis e
permanentes. O Instituto Nacional de Abuso de Drogas National
Institute on Drug Abuse (NIDA) diz que o ví�cio é uma doença
crônica semelhante a outras como câncer, diabetes tipo II e do-
enças cardiovasculares.
9
Por que o modelo da doença não funciona (e por que faz mais mal
do que bem):
- Fere os sentimentos de controle pessoal das pessoas e pode,
assim, se tornar uma profecia autorrealizável;
- Falha na diferenciação entre “os piores” alcoólatras e adictos e
aqueles com menor grau de dependência de uso de substâncias;
- Estigmatiza pessoas – em suas próprias mentes – para a vida;
- Interrompe a maturação normal para os jovens (ou seja, par-
te da fase de desenvolvimento da experimentação), para quem
essa abordagem é completamente inapropriada;
- Realiza-se como modelos de consumo de álcool e drogas para
as pessoas que demonstraram menor capacidade de adminis-
trar suas vidas;
- Isola o alcoolismo e o ví�cio como problemas para o resto da
vida do alcoólatra ou adicto;
- Limita a interação humana, principalmente restringindo-a a ou-
tros alcoólatras ou adictos em recuperação, contatos que apenas
reforçam sua preocupação com o consumo de álcool e drogas;
- Conduz um programa rí�gido de terapia que é fundado – nas pa-
lavras do diretor do Instituto Nacional do Governo sobre Abuso
de A� lcool e Alcoolismo National Institute on Alcohol Abuse and
Alcoholism (NIAAA) – “em palpites, não em evidências e não em
ciência”, enquanto ataca terapias mais efetivas.
A Pesquisa de 1990
Em 1990, a revista American Health publicou um estudo
dizendo que, de acordo com uma pesquisa feita com a população
americana, as pessoas são cerca de dez vezes mais propensas a
mudar por conta própria do que em tratamento. Essa conclu-
são foi válida até para os ví�cios considerados mais difí�ceis como
tabagismo ou consumo excessivo de álcool. A maioria dos res-
pondentes descreveu o abandono como algo que eles fizeram
naturalmente, por conta própria.
10
Pontos a considerar
1 Alexander, Bruce K., (2001) "The Myth of Drug-Induced Addiction", a paper delivered to the Cana-
dian Senate, January 2001, retrieved December 12, 2004.
2 Vietnam War: “How Vietnam War Veterans Broke their Heroin Addictions” by James Clear (2016); Beha-
vioral Psychology, Habits.Vietnam Veterans Three Years after Vietnam: How Our Study Changed Our View
of Heroin by Lee N. Robins PhD, John E. Helzer MD, Michie Hesselbrock MSW and Eric Wish PhD.
3 Hughes, Caitlin Elizabeth, and Stevens, Alex. “What Can We Learn From the
Portuguese Decriminalization of Illicit Drugs.” British Journal of Criminology, vol. 50,
no. 6, 2010, 999-1022.
11
ou NESARC, para abreviar. Esses dados são relevantes porque
vêm de uma pesquisa representativa da população dos EUA
como um todo – ao contrário de muitos estudos de dependência
que apenas examinam pessoas submetidas a programas de tra-
tamento de dependência de drogas e álcool (esses estudos, mui-
tas vezes, descobrem que as pessoas recaem rapidamente sem o
tratamento continuado, levando a hipóteses errôneas de que os
adictos não podem sair do ví�cio sem tratamento, ou que o ví�cio
é uma doença crônica ou, especialmente, que a abstinência é ne-
cessária e que a moderação bem-sucedida raramente é alcançá-
vel). O que encontramos quando ampliamos nosso escopo, como
neste estudo, é que a maioria das pessoas com Dependência de
Substância (conforme definido no DSM-IV da APA) abandona o
ví�cio sozinha, sem qualquer tipo de tratamento ou envolvimento
em 12 passos.
Ponto 2: você tem mais chances de acabar com seu ví�cio se você
nunca for exposto a programas de tratamento ou programas de
12 passos.
A cultura de recuperação afirma que você não pode aca-
bar com seu ví�cio sem tratamento ou reuniões de 12 etapas, mas
os fatos mostram que uma porcentagem maior de pessoas acaba
com sua dependência sem obter esse tipo de “ajuda”.
12
não há diferença no resultado se você recebe tratamento ou não.
Mas, se você quiser uma vida de “recuperação”, talvez você deva
ficar em tratamento!
4 E. Hecht, “A Retrospective Study of Successful Quitters” Paper presented at the Annual Meeting of
the American Psychological Assocition, Totonto, Canada, August 1978.
5 D. Waldorf, “Natural Recovery from Opiate Addiction: Some Social- Psychological Processes of
Untreated Recovery,” Journal of Drug Issues 13 (1983): 255-256.
6 Dr. Mitchell Max, Interviewed on National Public Radio’s Morning Edition, May 4th 1989; cf J. Porter
and H. Jick, “Addiction Rare in Patients Treated With Narcotics,” New England Journal of Medicine 302
(1980): 123.
13
que “entre essas 11 mil pessoas, houve um caso de dependência
séria, ou seja, um centésimo de um por cento, e outros três casos
questionáveis foram observados”. O Dr. Max conclui que a razão
pela qual as pessoas que recebem narcóticos por orientações
médicas não se tornam viciadas é que elas não tomam a droga
por euforia ou escape, ou seja, não se consideram dependentes e
rejeitam esse rótulo se lhes for sugerido.
Fragmentos de “The Truth About Addiction and Recovery”. Escri-
to por Stanton Peele & Archie Brodsky.
Pesquisa de Neurociência e Tratamento validada de forma em-
pí�rica
7 Doidge, N. (2007). The brain that changes itself: Stories of personal triumph from the frontiers of
brain science. New York, NY: Viking Press. Schwartz, J. M., Stapp, H. P., Beauregard, M. Quantum Phy-
sics in Neuroscience & Psychology: A Neurophysical Model of Mind-Brain Interaction. Philos Trans R
Soc Lond B Biol Sci. 2005; June 29; 360 (1458): 1309- 27.
14
Aqui estão alguns pensamentos do excelente livro “A bio-
logia do desejo” (The biology of desire) de Mark Lewis, que expli-
ca brilhantemente o ví�cio. Leia o livro, de verdade.
8 The Biology of Desire: Why Addiction is Not a Disease. Mark Lewis, PH.D
Philadelphia, PA: Perseus Press.
15
Trauma e Adversidade da
Primeira Infância:
Implicações Neuro-cognitivas
Em 1995, os médicos Vincent Felitti e Robert Anda lan-
çaram um estudo epidemiológico em larga escala, avaliando
as histórias de infância e adolescência de 17 mil indiví�duos,
comparando suas experiências iniciais com seus registros de
saúde na idade adulta. Os resultados foram chocantes: quase
dois terços dos voluntários encontraram uma ou mais das Ex-
periências Adversas Infantis, Adverse Childhood Experiences
(ACEs), um termo de Felitti e Anda cunhado para abranger os
eventos crônicos, imprevisí�veis e induzidos por estresse que
algumas crianças enfrentam, incluindo crescer com um paren-
te deprimido ou alcoólico, perder um parente por causa de di-
vórcio ou outras causas, sofrimento de humilhação crônica, ne-
gligência emocional ou abuso sexual ou fí�sico. Essas formas de
trauma emocional foram além dos tí�picos e cotidianos desafios
do crescimento.
16
genes façam seu trabalho. A� medida que a função desses genes
vai sendo alterada, a resposta ao estresse vai-se reajustando em
“alta” para as situações vividas, promovendo a inflamação e a
doença.
17
7. Conectividade cerebral - crianças e adolescentes que experi-
mentaram adversidade crônica na infância apresentaram cone-
xões neurais mais fracas entre o córtex pré-frontal e o hipocam-
po.
Memórias Traumáticas,
Adversidade da Primeira
Infância e Estresse
Pós-Traumático, uma
abordagem de reconsolidação
de neuropsicoterapia
Memórias persistentes e indesejadas são consideradas
principais contribuintes para a dependência de drogas e para o
problema de recaí�da crônica ao longo da vida de um dependen-
te quí�mico. No entanto, ao contrário da longa ideia de que as
memórias são estáticas e fixas, novos estudos na última década
mostraram que as memórias são bastante dinâmicas e maleá-
veis. Quando uma memória é recuperada (reativada), torna-se
instável por um perí�odo de tempo, com as novas informações
se mesclando e modificando a representação existente antes de
voltar a ser “reconsolidada” para retornar à memória de longo
prazo. A� luz dessa descoberta, a memória agora é vista como
sendo, em grande parte, reconstrutiva, ao invés de uma simples
reprodução de informações armazenadas.
18
mory Reconsolidation. Current Opinion in Neurobiology 2013.
23(4) 573-580.
Sara, S.J. Retrieval and reconsolidation: toward a neurobiology
of remembering. Learn. Mem. 2000;7:73-84.
pp. 130-136 in: Ecker, B., Ticic, R., & Hulley, L. (2012). Unlocking
the emotional brain: Eliminating symptoms at their roots using
memory reconsolidation. New York, NY: Routledge.
Ticic, R., & Kushner, E. (2015). Deep release for body and soul:
Memory reconsolidation and the Alexander technique. The Neu-
ropsychotherapist, 10, 24-28. doi:10.12744/tnpt(10)024-028
pp. 39-124 in: Ecker, B., Ticic, R., & Hulley, L. (2012). Unlocking
the emotional brain: Eliminating symptoms at their roots using
memory reconsolidation. New York, NY: Routledge.
Pesquisa de Reconsolidação de
Memória em Populações
de Abuso de Substâncias
Um dos aspectos mais desafiadores do ví�cio em drogas
é o ciclo de ansiedade e recaí�da, que pode ocorrer por muitos
anos. A persistência dos comportamentos de procura por dro-
gas e de seu consumo sugere que o processo de aprendizagem e
memorização contribui significativamente para as recaí�das. Isso
ocorre porque os comportamentos repetidos de consumo de
drogas envolvem circuitos neurais envolvidos na aprendizagem
e na memorização de informações relacionadas a essas substân-
cias. A cada uso de drogas, as memórias relacionadas a elas são
reativadas (recuperadas), e acredita-se que sejam reconsolida-
das para manter, e, assim, fortalecer, esses circuitos.
19
Novos estudos encorajadores mostram que mesmo me-
mórias de longo prazo bem estabelecidas podem ser suscetí�veis
à interrupção ao sofrerem interferência da reconsolidação du-
rante a recuperação da memória. Essas descobertas indicam
promessa de usar essa abordagem como uma terapia para inter-
romper as memórias duradouras que, muitas vezes, provocam a
recaí�da no ciclo de dependência.
Robbins, T.W., Ersche, K.D, Everitt, B.J. Drug addiction and the me-
mory systems of the brain. Ann. N. Y. Acad. Sci. 2008;1141:1-21.
Milton, A. L. and Everitt, B. J. (2010), The psychological and neu-
rochemical mechanisms of drug memory reconsolidation: im-
plications for the treatment of addiction. European Journal of
Neuroscience, 31: 2308–2319.
Crombag, H.S., Bossert, J.M., Koya, E., Shaham, Y. Review. Context
-induced relapse to drug seeking: a review. Philos. Trans. R. Soc.
Lond. B Biol. Sci 2008; 363:3233-3243.
Xue, Y.-X. et al. A memory retrieval-extinction procedure to pre-
vent drug craving and relapse. Science 336, 241–245 (2012).
O Metapadrão da
Mudança da PNL:
Jeffrey Schwartz é um psiquiatra, pesquisador em
neuroplasticidade e especialista internacionalmente reco-
nhecido em Transtorno Obsessivo Compulsivo. Ele também
é autor dos livros populares “Brain Lock: Free Yourself from
Obsessive-Compulsive Behavior” e “The Mind and the Brain:
Neuroplasticity and the Power of Mental Force”. O processo de
quatro passos segue o que John Overdurf chama de “O Meta-
padrão da Mudança”, que é o padrão subjacente a quase todos
os trabalhos de mudança de sucesso. Nós trouxemos o tra-
balho do Dr. Schwartz porque ele foi capaz de usar imagens
de Ressonância Magnética para mostrar como essas etapas
alteram o cérebro.
20
surpreender com o esquema do metapadrão. Você já é um re-
consolidacionista!
Aqui está a breve descrição. Abordo este tema com mui-
to mais detalhes no meu livro “Keeping the Brain in Mind: Prac-
tical Neuroscience for Coaches, therapists and Hypnosis Practi-
tioners”, escrito com Shawn Carson, ou melhor ainda, você pode
ir para www.johnoverdurf.com e mergulhar no trabalho. Aqui
estão os quatro passos:
21
seria obscurecida por isso. Eles simplesmente responderiam à
pergunta “como você prefere sentir-se?” com uma declaração
de como eles não querem sentir-se. Quando eles respondem
negativamente, como “eu simplesmente não quero me sentir
ansioso”, você sabe que eles ainda estão filtrando o estado do
problema.
Protocolo de tratamento
de dependência
Nível 1 - Técnicas rápidas
22
As técnicas são as seguintes:
Squash Visual
Ressignificação de três passos
Re-imprinting
Técnicas de linha de tempo
Processo de mudança de crença por meio de submodalidades
Metapadrão para gatilhos
23
Metapadrão de Conversação para o vício: exemplo
24
algo como “isso seria incrí�vel! Eu me sentiria tão livre e limpo,
como se qualquer coisa fosse possí�vel”.
25
tar com os gestos opostos para iniciar um novo estado mental.
Eu uso isso durante toda a sessão. A� s vezes, mostro o que eu
vejo e faço com que eles façam o gesto positivo quando pensam
no problema. Você deverá ver a mudança de expressão à medida
que os dois estados colidem.
M - Então, enquanto você repete o gesto de destravar e virar as
mãos para fora enquanto relaxa os ombros, isso mesmo, você
pode pensar no rosto da sua sogra. E faça isso de novo. Isso mes-
mo, e novamente... bom. O que você está percebendo?
S- E� totalmente estranho. E� como uma desconexão, não consigo
sentir a tensão ou qualquer coisa que estava sentindo.
M- O� timo. E quando você não sente mais isso, como você quer
se sentir? Se você pudesse ser ou se sentir de qualquer maneira
quando estivesse perto da sua sogra, como você seria ou se sen-
tiria?
S- Hm... eu quero me sentir bem. Ela deveria saber que sou boa o
suficiente para essa famí�lia. Ela é sempre tão...
M- Pare. E quando você sabe que é boa o suficiente, e mais do
que qualificada, como se sente?
S- Parece que... eu não sei. Quando tento pensar nisso, vem um
sentimento do fundo do meu estômago...
M- E enquanto você concentra sua mente no centro desse senti-
mento, o que você percebe sobre ele?
S- Hum... é algo que senti por toda a minha vida....
M- E enquanto você permite que seu inconsciente volte no tem-
po até a primeira vez que você sentiu isso, permitindo-se viajar
de volta no tempo, seguindo esse sentimento, agora... O que vem
à mente?
S- Eu vejo minha mãe, ela está realmente chateada... e está gri-
tando comigo...
M- Observe essa imagem de você mais jovem e sua mãe, lá no
fundo, bem ali, isso mesmo, então você, adulta, pode ver aquela
cena antiga. Quais os recursos que você tem agora, como adul-
ta, terapeuta e curadora, que, quando mais jovem, você poderia
usar? E você não precisa me dizer, apenas deixe essa você mais
nova saber o que você sabe agora sobre ter mais recursos para
lidar com as situações.
S- Enviei amor e confiança e fiz com que ela soubesse que ela é
criativa e engraçada...
M- Sim, e que ela é muito mais do que suficiente. Não é assim?
S- Sim, ela é.
26
M- E enquanto você a vê naquela imagem, agora possuindo toda
essa sabedoria, amor, apoio e confiança, veja como até o corpo
dela muda...
S- Ela está mais alta e está de pé com sua mãe.
M- As mães geralmente pensam que têm o melhor em mente
para seus filhos, por mais equivocadas que possam ser... e eu me
pergunto se seria apropriado, nessa situação, enviar à sua mãe
alguns recursos que você, como terapeuta, sabe que ela poderia
ter usado na época...
S- Nossa, ela precisava de ajuda. Totalmente bipolar...
M- E você realmente sabe de quanta ajuda essas pessoas preci-
sam, não sabe? E, então, você percebe que isso não era por sua
causa. Certo?
S- A vida dela andava muito maluca...
M- E se você pensasse em enviar-lhe algumas emoções que te-
riam feito essa situação e muitas outras como essa acontecerem
de forma muito diferente, como seria? Talvez ela precise de com-
paixão ou amor ou...
S- Medicação.
M- E se ela tivesse isso, você pode imaginar como ela seria. Fe-
che seus olhos e imagine você, a terapeuta, enviando ajuda para
aquela mulher...
S- Sim, ela está me abraçando agora...
M- E imagine flutuar naquela imagem de sua mãe abraçando
você mais jovem, confiante, segura, consciente de que é apoiada
e amada. Enquanto imagina, sinta aquele abraço da sua mãe. E
quando você estiver pronta, imagine essa garotinha crescendo
dentro de você agora, totalmente confiante e cheia de recursos.
27
M- Bem, esta é a cidade de Nova York. Aqui nós gostamos de mu-
danças rápidas.
S- Sim, eu entendo isso. E foi realmente surpreendente a forma
como continuei a ver todos esses momentos no meu passado,
nos quais me sentia pequena ou limitada, e era como se minha
mente estivesse mudando esses momentos, sem que eu tivesse
de fazê-lo, quero dizer, obviamente eu estava fazendo isso, mas
senti como se estivesse apenas observando cada mudança de
memória para uma outra com mais recursos. Que viagem!
M- Parece uma ótima viagem. E enquanto você para por um mo-
mento, e pensa nesse evento, e vê sua sogra, como você se sente?
S- E� quase engraçado. Parece que ela não tem nenhum efeito so-
bre mim...
M- E é engraçado como, quando uma pessoa se desloca em um
relacionamento, a dinâmica muda... e, se você parar de reagir, ela
para de agir daquela maneira antiga, e quem sabe, você pode até
se ver se divertindo nesse evento. E, mesmo que ela permaneça
do mesmo jeito de sempre, você vai se sentir diferente agora que
você mudou.
S- Eu acho que você está certa, e, tendo sentido o quão poderoso
isso foi, com certeza vou usar essa técnica com meus clientes...
mas eu tenho medo de que eles simplesmente pensem que es-
tamos sendo fantasiosos. Entende? Como se eu pudesse imagi-
ná-los dizendo: “mas não foi assim ... minha mãe nunca me mos-
trou amor” ou algo assim.
M- Sim, entendo... é aqui que o meu papel de ser professora
e coach realmente entra em jogo. Eu explico que esse traba-
lho não é feito para a mente consciente. Conscientemente, eles
sabem como a memória realmente foi, ou, pelo menos, acham
que sabem. A memória realmente não funciona do jeito que
eles acham que funciona... cada memória é um processo ativo
e muda com cada recordação, mas isso é para uma discussão
posterior...
28
Em outras palavras, suponhamos que, quando jovem, eu
fui mordida por um cachorro. Isso influenciou meu próximo en-
contro com um outro cachorro, porque, ao vê-lo, eu fiquei com
medo, e o cachorro sentiu e rosnou. Na vez seguinte que um cão
entrou no meu caminho, meu cérebro produziu substâncias de
estresse associadas com a paralisia, luta ou fuga, e entrei em pâ-
nico. Então, por causa do medo, cada encontro meu com um ca-
chorro foi horrí�vel, e meu cérebro generalizou esse sentimento.
Assim, só de pensar na possibilidade de encontrar um cachorro,
entro em pânico.
29
mais opções de respostas. Eu sei, conscientemente, que esses
momentos são inventados, mas inconscientemente eles ainda
vão afetar meu processamento atual e futuro.
S- Isso faz muito sentido para mim, e acho que me ajudará a usar
essas técnicas, agora que tenho uma compreensão de como ex-
plicar isso aos meus pacientes. Você mencionou “reconsolidar”,
você poderia explicar isso um pouco?
M- Claro! A reconsolidação acontece quando nos lembramos de
alguma coisa. Metaforicamente falando, é como se levássemos
a memória para fora do cérebro e, quando a devolvêssemos, ela
voltasse um pouco diferente, dependendo de como estivésse-
mos nos lembrando dela. Quando nos lembramos de algo, ocor-
re um processo muito complexo, não é como se as memórias es-
tivessem armazenadas na í�ntegra em algum lugar como naquele
filme “Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças”. O cérebro
acessa diferentes áreas para obter cores, profundidade, visão,
audição, interpretações emocionais e inúmeros outros aspectos
e, basicamente, recria a memória.
30
S- E� quase engraçado. Uau! Não acredito que eu consiga pensar
nela e me sentir tão diferente... espero que essa mudança seja
permanente!
M- Bem, a julgar pelo seu sorriso, sua respiração relaxada, seus
gestos de mãos abertas e soltas, vou apostar que isso já aconte-
ceu. Acho que você está bem.
31
E suas respostas nos deram um vislumbre disso. Quando
eu respondi a sua pergunta sobre a reconsolidação, usei o estado
de curiosidade e compreensão como outro ótimo recurso para
se conectar ao gatilho, pedindo que ela pensasse novamente em
sua mãe. Sempre que você conectar diferentes estados emocio-
nais positivos ao gatilho, estará construindo conexões neurais
ainda melhores.
Ressignificação de 3 passos
32
Quando o seu cliente estiver relaxado, peça-lhe que
preste atenção a quaisquer pensamentos, imagens e memórias
que ocorram após a pergunta “qual é a intenção positiva por trás
desse comportamento?” ou “o que a droga/bebida/hábito tenta
fazer por você?” Faça com que o cliente sinalize com a cabeça
quando ele tiver alguma ideia da resposta.
33
Em seguida, direciono à parte que quer parar a pergun-
ta: “qual é a sua intenção positiva?”
34
M- E quando você estiver mais confiante, lúcido e desenvolven-
do as ideias, o que tudo isso significará para você?
C- Acho que significa que eu tenho um propósito. Que eu posso
me sentir melhor comigo mesmo...
M- E quando você tem um propósito e está confiante, lúcido,
responsável, desenvolvendo as ideias, então, quem é você como
pessoa?
C- Eu sou quem eu deveria ser. Estou feliz e orgulhoso.
M- Está certo. Feliz, orgulhoso e quem você deveria ser. E agora,
esta parte, (tocando a palma da outra mão) sabendo que todas
as partes têm intenções positivas, o que ela faz por você de po-
sitivo?
C- Hm... Isso me ajuda a relaxar...
M- E quando você está relaxado, o que isso faz por você?
C- Ajuda-me a lidar melhor com meus filhos... ser mais tolerante.
M- E quando você lida melhor com seus filhos e é mais tolerante,
o que isso faz por você?
C- Faz com que eu me sinta um pai melhor. Nem sempre irritado,
gritando...
M- E quando você é um pai melhor, mais tolerante, quem você é
como pessoa?
C- Eu sou quem eu sempre quis ser. Quando eu estava crescendo,
eu jurei que nunca seria como ele...
M- Está certo. E quando você é um pai melhor, mais tolerante,
diferente, você pode parar por um momento e sentir como é ser
mais relaxado. E, considerando que você é assim, vou falar com
a parte mais importante de quem você é, seu inconsciente, que
processa as informações de uma maneira diferente da que você
pensa. Conforme eu viro as palmas das suas mãos, uma de frente
para a outra, eu vou pedir ao seu consciente que comece a inte-
grar todas as intenções e aspectos positivos de ambas as partes.
Como você não pode fazer isso conscientemente, relaxe e note
o que você percebe à medida que essas mãos se juntam, na in-
tensidade e velocidade desse processo de integrar as intenções,
agora...
(As mãos do cliente começam a se mover juntas em movimentos
muito lentos e intensos)
M- Muito bem. Permitindo-se relaxar em uma nova forma de
ser. Mais relaxado e no controle, sendo um pai mais tolerante,
melhor, à medida que avança, sentindo-se limpo, confiante, dei-
xando que seja mais fácil se conectar à sua famí�lia e ao seu pro-
35
pósito... permitindo que seu inconsciente trabalhe outros aspec-
tos de sua vida que ainda não consideramos... sentindo-se mais
relaxado, confiante, seguindo em frente...
(As mãos do cliente se juntam)
M- E permita que seu inconsciente crie um novo visual que re-
presente essa integração, enquanto você traz suas mãos ao seu
coração.
C- Isso foi louco! Minhas mãos estavam se movendo sozinhas...
Eu apenas senti acontecendo...
M- Sim. Seu inconsciente é mais poderoso do que você pensa,
e, em algum momento, você compreende completamente que
a parte de você que estava usando a substância estava apenas
tentando ajudá-lo a ser quem você queria ser. Ambas as partes
querem que você seja quem você deveria ser. Agora que você
está aprendendo todas essas outras maneiras de relaxar e de se
conectar, pode começar a notar que outras áreas de sua vida fi-
cam mais claras...
36
escrito com Shawn Carson, falamos sobre como esse processo
pode ser usado para ajudar a sincronização hemisférica. Se você
já está familiarizado com ele, pode explorar as outras manei-
ras de usá-lo, mergulhando mais profundamente nas formas de
questionamento dos hemisférios esquerdo e direito para esti-
mular diferentes regiões do cérebro.
O processo da fogueira
Quando o cliente acenar que isso foi feito, sugira que to-
dos os presentes na cena imaginada respondam à versão mais
nova, para que ela saiba que foi ouvida. Peça-lhe para assentir
quando for feito.
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Ní�vel 3 - Facilitando o Poder Pessoal
Modelo de Auto-hipnose
Repetição de Objetivo
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O Advogado Sábio
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você começa a ver como o fato de entrar naquele armazém de
conhecimento pode infundir e informar tudo o que fazemos.
Se, por algum motivo, seu cliente não estiver tendo a ex-
periência do advogado sábio, simplesmente sugira “o advogado
sábio é, realmente, apenas uma metáfora para a personificação
de sua mente inconsciente, saiba que está aí� dentro, disponí�vel
para você. Dedique-se, por um momento, em imaginar um lindo
lugar, um lugar para se sentar e relaxar enquanto se abre para
seu guia interior. Agora se sente com a pergunta em mente: qual
é a intenção positiva por trás desse hábito?”
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te. Isso mostra à mente que, quando você para de fugir e mergu-
lha com curiosidade, descobre que tem muito mais recursos do
que já imaginou ter.
Pesquisa de Neuroplasticidade
para Aplicações Clínicas
Na verdade, é muito mais fácil substituir hábitos pensa-
dos para serem duradouros por novos hábitos, crenças e com-
portamentos. Os pesquisadores estão descobrindo que, usando
técnicas empí�ricas para facilitar as mudanças fisiológicas que
ajudam a facilitar a neurogênese em populações que abusam de
substâncias, é possí�vel criar mudanças sustentadas em um ní�vel
mais profundo, ao mesmo tempo em que promovem esperança,
capacitação e autossuficiência em seus clientes.
41
tribution of mindfulness practice to a multicomponent behavio-
ral sleep intervention following substance abuse treatment in
adolescents: A treatment development study.” Substance Abuse;
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42
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peutic Alliance: Keeping the Drug-Dependent Individual in Tre-
atment: NIDA Research Monograph, 165. Rockville, MD: U.S. De-
partment of Health and Human Services.
Kit Antiansiedade
Meu objetivo com este livro é permitir que o leitor possa ob-
ter alí�vio em até dez minutos após a sua abertura. Com isso em
mente, vou manter curta esta introdução.
43
maticamente os gatilhos e reprogramar as reações. Embora eles
aprendam muitas técnicas para neutralizar a ansiedade, o pro-
cesso de reprogramação é o que faz isso, então eles raramente
precisam usá-las.
44
até os padrões mais arraigados. Portanto, a cada vez que você
interrompe o padrão de ansiedade, você está trabalhando para
reprogramar o cérebro. Pesquise “neuroplasticidade” no Google
se quiser saber mais.
45
Estimulação bilateral
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Você vai aprender muitas maneiras diferentes de neu-
tralizar o diálogo interno mais adiante, mas, por agora, experi-
mente esta simples forma de mudar a sua mente:
Coerência cardíaca
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O coração é o transmissor mais forte de energia eletro-
magnética do corpo. Ao fazer o exercí�cio, você está começando a
levar seu cérebro para um estado de onda cerebral mais coeren-
te e relaxado.
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duas vezes pelo nariz. Quando você inspirar profundamente, co-
loque sua mão na barriga e sinta-a subir. Isso assegura que você
está respirando com o seu diafragma.
O giro ao contrário
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sente a ansiedade se movendo em seu corpo e observe de que
maneira o sentimento gira (muitas vezes, é útil usar sua mão
para modelar a direção da rotação).
50
filme, entra em um estado de maior sugestibilidade e, sem se-
quer tentar ou estar ciente disso, afasta, naturalmente, o fator
crí�tico da mente. Na linguagem cinematográfica, isso se chama
suspensão de descrença.
51
aquela reação de ansiedade caso aconteça de ela se intensificar
no futuro.
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fazer a contagem regressiva, como você se sentiria se você já ti-
vesse mudado. Sinta o que você sentiria se estivesse livre dessa
ansiedade.
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dar os personagens desse filme da maneira que desejar: trans-
forme-os em bobos, em algo insignificante ou imagine-os como
sendo pequenos bebês birrentos.
Atendi uma moça que ficava ansiosa toda vez que tinha
de falar com o seu chefe. Então, ela decidiu fazer um filme em
que ele era um garoto zangado e assustado, cujos pais nunca lhe
deram ouvidos, fazendo birra para chamar atenção. Como você
deve imaginar, visualizá-lo dessa maneira mudou a maneira
como ela se sentia quando estava ao redor dele.
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cabine de projeção, com você assumindo o total controle desse
filme, veja-se sentado, observando a si mesmo na tela.
Mudando de perspectiva
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Você poderia, também, imaginar a ansiedade como
uma pedra seixo. Agora imagine essa pedra no meio de vá-
rias outras na praia. Depois imagine essa praia em uma ilha, e
essa ilha em um oceano, em um planeta… em uma galáxia! Ob-
serve como você se sente agora. Uma vez que você perceber
onde essa ansiedade está em seu corpo, pergunte a si mes-
mo: “como eu quero me sentir?” Assim que você tiver ideia da
emoção que gostaria de sentir, leve-a até você e observe como
ela se movimenta em seu corpo. Quando a estiver sentindo,
observe o quão diferente você responde a qualquer outra si-
tuação.
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Uma das minhas clientes disse que sua experiência de
ansiedade era como um caldeirão borbulhando. Eu perguntei o
que tinha de acontecer para que aquela situação mudasse, e ela
disse: “eu tenho de apagar a chama e resfriar com gelo.” Pedi
para ela fechar os olhos, imaginar-se fazendo esse processo e
observar o que acontecia. Ela relatou que a ansiedade melhorou
instantaneamente.
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Observe o que acontece quando você ouve uma afirma-
ção negativa na sua mente, veja como normalmente ela chega
até você. Observe, também, sua localização: ela vem da direita,
da esquerda, de frente ou de trás? Mude-a para outro lado e veja
como isso altera seu modo de sentir.
58
ciada à ansiedade e a repete em sua cabeça cinco vezes mais de-
vagar, separando palavra por palavra. Depois, repete novamente
cinco vezes mais devagar, até que essa afirmação perca toda sua
carga negativa.
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mais devagar e indo embora de sua mão, levando toda aquela
ansiedade.
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pode aprender mais com seus ví�deos no site www.fastereft.com.
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Boas intenções apenas
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para impedi-la de se sentir assim outra vez. Ao criar a ansiedade,
o cérebro estava apenas esperando que ela fugisse da situação e
se protegesse da ameaça.
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A jornada emotiva
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mais devagar, mudando-lhe o volume, o ritmo, a tonalidade e a
voz; pode entrar na visão periférica e fazer com que ela suma
completamente e começar a ouvir o que você gostaria no lugar;
você pode brincar com as memórias fazendo filmes e bagun-
çando todos os elementos, pausando, voltando, acrescentando
trilha sonora, editando e conduzindo a resultados diferentes;
pode aprender com aquela ansiedade, dialogando, mergulhando
profundamente nela ou, simplesmente, perguntando-lhe qual é
a sua mensagem.
Invertendo os pensamentos
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Apenas pergunte a si mesmo: “como estou me vendo, ou vendo
essa situação, para me sentir ansioso?”
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está em guerra com a realidade a todo momento em que você
pensa sobre o que você ou outra pessoa deveria ou não estar
fazendo. E isso está mesmo funcionando para você?
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