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Universidade Federal de Viçosa

Departamento de Solos
ZONA DA MATA

Centro de Tecnologias Alternativas da Zona da Mata centro de


tecnologias
alternativas

ATER, Agroecologia e Alimentos


Saudáveis
Profa Irene Maria Cardoso
irene@ufv.br

Associação Brasileira de
Agroecologia
1. Agroecologia: ciências, movimento e prática!
Ciência: o que é agroecologia?

 A ciência que estuda os sistemas agroalimentares –


consumidores também estão envolvidos (Gliessman, 2015).

 A raiz da agroecologia enquanto ciências está nos


sistemas tradicionais: de onde os princípios da
sustentablidade puderam ser extraídos.

 Agroecologia tem o
objetivo explícito de
tornar os sistemas
agroalimentares mais
sustentável.
 TRANSFORMAÇÕES são necessárias em todas as
partes do sistema alimentar, da semente e do solo, à
mesa (Gliessman, 2015).

 Todos (quem produz, quem consome e quem comercializa


os alimentos) precisam estar conectados em um
MOVIMENTO SOCIAL que honre a relação entre
CULTURA E NATUREZA, relação esta que criou em
primeiro lugar a agricultura (Gliessman, 2015).
 A origem da palavra cultura: agriCULTURA.

 “As crenças, os valores, os conhecimentos, as ideias


herdados e que constituem a base coletiva para a ação
social”.

 Agricultura não é somente uma técnica. Na agricultura há


ideias, valores, crenças e conhecimentos.
PESSOAS

ou Produção
Negócio
agrícola
ALIMENTOS

NATUREZA CULTURA
 Qual a razão do fogo em algumas comunidades
tradicionais?
 Por que alguns jovens ficam na roça? AgriCULTURA ou
agriNEGÓCIO?
 Qual o impacto no manejo e uso dos agroecossistemas e
na pauta de importação brasileira se comermos mais
“quitandas” de polvilho e menos “quitandas” e ou pão de
trigo?

Em que o
fechamento do
MINC impacta
a agroecologia?
 Com a Revolução Verde, ou seja, a chamada
“modernização” da agricultura, nossa relação com a
natureza não é mais mediada pela cultura, mas sim pelas
companhias multinacionais, que produzem os insumos
utilizados na produção de alimentos!
2. Revolução Verde?
 Modelo agroquímico (com apoio da ciência e das
políticas públicas).
 Após a segunda guerra mundial: o que fazer com os
aparatos utilizados para produzir armas? Produzir
insumos para a agricultura – o pacote:

• Mecanização
• Fertilizantes
• Agrotóxicos Monocultura
• Sementes. Híbridos - transgênicos
• Irrigação

No Brasil: “modernização” dos Latifúndios


O pacote das políticas públicas incluiu

Educação – os currículos das universidades foram alterados.


Pesquisa.
Serviço de extensão.
Créditos.

Durante a ditadura (1964)!

Ronaldo Conde Aguiar. Abrindo o Pacote Tecnológico, 1983; Eduardo Ehlers,


Agricultura sustentável, 1989.
Produtividade?

Fome: superpopulação não é a questão, mas sim a


probreza! Muitas pessoas sabem disto, mas não prestam
atenção porque isto implicaria em olhar para o problema
certo: o sistema econômico que favorece os ricos.

Scudellari, M. 2015. Myths that will not die.


Nature, 528:322-325
O Brasil saiu do mapa da fome da ONU sem aumento de
produtividade! Ganhos reais de salários, PNAE, Bolsa
familia.

Salários ruins, falta de acesso a terra (reforma agrária) e


monocultura: causas da fome no mundo.
Consequências:
2.1. Perda de biodiversidade e desmatamento: degradação
dos biomas
2.2. Agrotóxicos
Nós consumimos em torno de
sete litros de agrotóxico por
ano/pessoa.

ANVISA (Agência Nacional de


Vigilância Sanitária): 81,2%
alimentos contaminados; 20%
acima do permitido.

Campanha dos movimentos


sociais contra o uso de
agrotóxico no Brasil

O Veneno está na mesa I e II


2.3. Importação de fertilizantes
 Importa cerca de 75% N. Para a produção de
fertilizantes. Produção de fertilizantes nitrogenados
depende de petróleo.

 Importa 50% do fósforo. Pico do fósforo: especialistas


alertam que as reservas de rochas de fosfato do mundo
estão acabando – a outra verdade inconveniente!

Reservas de P: podem acabar entre 60 e 100 anos!


Alguns dizem, 30 anos!

 Importa 90% do potássio para a produção de


fertilizantes – um dos 10 maiores itens da pauta
brasileira de importação.
2. 4. O saber tradicional foi deslocado pelo pensamento e
práticas da “modernidade”

A extensão agrícola: técnico centrista, onde o técnico é o


sujeito ativo, o sabe tudo do processo. Um método que não
desencadeia nenhum processo autocatalítico entre o
campesinato.

Autolimitam-se pelo número de técnicos e número de


famílias que cada técnico pode atender, que em geral são
poucos.

 Não se quer com isto dizer que não há papel para os


técnicos, mas que estes devem ser reposicionados.

Sosa et al., 2013


3. Agroecologia: movimento e prática

Agricultura alternativa:
 Agrônomos (FAEAB e FEAB).
 ONGs (Rede PTA).
 Organizações dos/as agricultores/as
(CEBs e Teologia da Libertação e CUT).

BASEADO NOS ENSINAMENTOS DE PAULO FREIRE!

 Criação da ANA – Articulação


Nacional de Agroecologia.
 Experiências de agroecologia
espalhadas por todo o Brasil.
“Os governos não nos enxergam
como solução, mas como
formiguinhas que não vai levar a
nada! Mídia só mostra o contrário!”

(Hélio, agricultor familiar


agroecológico, Comunidade de Feliz
Lembrança, Alegre, ES).
4. Política Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica
(PNAPO)

A partir de uma reivindicação da Marcha das Margaridas.


In 2012, ANA (Articulação Nacional de Agroecologia) –
ABA e Ministérios: PNAPO.
Em que o golpe
 2013: Plano Nacional impacta a
de Agroecologia e Produção
Orgânica (PLANAPOagroecologia?
I).
 2016: o PLANAPO II.
Agroecologia tem o objetivo explícito de tornar os
sistemas alimentares mais sustentáveis, o que significa
ser ecologicamente robusto, socialmente justo,
economicamente viável.
5. Robustez ecológica: biodiversidade, solo e água
5.1. Por que a biodiversidade é importante?

Papel no funcionamento dos agroecossistemas (Costanza et al.,


1997), porque é responsável pelos serviços dos ecossistemas
(Swift et al., 2004), ou bondades da natureza (Boff).
Biodiversidade funcional
 Práticas incentivadas pelas políticas agrícolas
(revolução-verde) levou a um crescente uso de insumos
externos ao agroecossistemas (fertilizantes e agrotóxicos
por exemplo) em substituição ao uso da biodiversidade
como “provedora” dos serviços ambientais.

Rezende et al. (2014) Agric.


Ecosyst. Environ. 188:198-203 Nectários extraflorais
5.2. Por que o solo é importante?
Solo morto, comida morta! Solo tem que ter qualidade:

“Alimente o seu solo se você quer ter uma planta sadia!”


“Cuide do solo e as plantas serão saudáveis!”
Solo não é só container para colocar adubo e fixar plantas!

A biodiversidade é importante
para a qualidade dos solos.

Solo de qualidade é a base para o


desenvolvimento dos agroecos-
sistemas saudáveis.

Cuidar do solo para cuidar da vida!


Cuidar da vida para cuidar do solo!
5.3. Cuidar do solo para cuidar da água

O caso da água que sobe!

(REVISTA AGRICULTURAS)

Vídeo: água boa


Curtas agroecológicas (ANA)
Cuidar da água para cuidar do solo!

O exemplo da ASA
(Articulação do Semi-
árido) que a partir de
tecnologias simples, junto
com o povo e com o apoio
de políticas públicas, está
revolucionando a concepção
de manejo dos biomas:

Convivência com o semi-árido!

Da redução à convivência com


as características ambientais
de nossos biomas!
6. O que precisa para ser socialmente justo,
economicamente viável?
 Uma outra extensão: reconhecimento e valorização do
conhecimento dos/as agricultores/as. Metodologias!
 Empoderamento das mulheres.
 Apoio aos jovens.
 Uma outra comercialização e outras regras de
processamento dos alimentos
 Reforma Agrária.
 Políticas públicas.
6.1. Empoderamento das mulheres

Em que o o
golpe impacta a
agroecologia?
Equidade e a visão ética da
agroecologia. Não há justiça social e
ambiental:

 Sem o compartilhamento do
trabalho doméstico e de cuidados
e da gestão da produção.
 Com violência e sem respeito e
igualdade.
 Sem a garantia do direito das
mulheres à plena participação da
vida social e política em suas
comunidades.
 Sem a garantia de acesso pelas
mulheres à terra, à água, às http://www.agroecologia.
sementes e às condições de org.

produção e comercialização com


autonomia e liberdade.
Produção de conhecimentos:

 A voz e a sabedoria das mulheres


estão intrinsicamente atreladas à
promoção da Vida.
 O conhecimento das mulheres é
construído de forma solidária e
coletiva, rompendo com o
individualismo competitivo e a
racionalidade da ciência moderna.
 A participação das mulheres é
fundamental para a construção da
sociedade justa, igualitária e
agroecológica que desejamos.
 O patriarcado é um dos elementos
estruturantes das desigualdades
sociais.
6.2. Comercialização e processamento: da produção à mesa

Pensar novos arranjos de distribuição: cadeias ou redes de


comercialização? Circuitos curtos.

 Processamento: Precisamos compreender que as regras


do processamento de alimentos para as indústrias não
devem ser as mesmas para a agricultura familiar.
Em que o o golpe
impacta a
 “O mineiro e o queijo”.
agroecologia?

 A ANVISA estava avançando


nestas questões!
Na mesa!

O que você comeu hoje?


Quantos pacotes e latas você abre por dia?
Alimento orgânico é caro?
Você gosta de ir a feira?
O que você bebe?
Nós somos o que comemos! É melhor gastar com comida
do que com remédio!
 Formação (dos
pesquisadores, dos
professors, dos
técnicos…).
 Metodologias.
 Políticas públicas.
Formação em rede, massiva e horizontal!

Educação formal
a) currículos, formação dos agrônomos, cursos de
agroecologia, inclusão de agroecologia nas escolas em
todos os níveis....

Educação informal
a) Quais as diretrizes são necessárias? Construir estas
diretrizes a partir de nossas ações.
b) Identificar as ações que estão sendo feitas. Criar
mecanismos para identificar, registrar e socializar estas
experiências (plataformas, aplicativos etc.).
c) Quais orientações metodológicas?
 O método camponês a camponês permite aflorar a
criatividade, conhecimento, inovação e inteligência
camponesa necessários ao enfoque agroecológico.

 O método é um instrumento simples: dinamiza a


socialização do conhecimento e as boas práticas.

 Envolve em condições de igual


participação – técnicos,
pesquisadores e dirigentes, o
que propicia um diálogo de
saberes com um sentido mais
profundo de pertença e mais
compromisso social.
Intercâmbios: ambientes
de interação agroecológica
– baseado na metodologia
campesino a campesino.
Repensar o papel dos
técnicos. Livro: revolução
agroecológica.

Zanelli, F. V. et al. Intercâmbios


agroecológicos: aprendizado
coletivo. Informe Agropecuário.
Agricultura orgânica e
agroecologia, Belo Horizonte, v.
36, n. 287, p. 104-113, 2015.
Dez passos dos intercâmbios

Em que o o golpe
impacta a
agroecologia?

Desenvolvidos a partir de projetos de pesquisa em interação


com a extensão, esforço primeiro do MDA junto ao CNPq,
depois de outros Ministérios.
6. Caravanas agroecológicas
Diferentes grupos (agricutores/as, estudantes,
professores/as): visitando experiencias. A análise dos
anúncios e denúncias da agroecologia a partir do olhar
coletivo. Cada grupo uma rota.

Rede de Núcleos do Sudeste (CNPq/MDA e outros


ministérios): Quatro caravanas: MG, ES, RJ e SP. Última:
São Paulo, culminânica em Barra do Turvo.
Viajamos, comemos e
dormimos todos juntos!
Ato Público.

Em que o o golpe
impacta a
agroecologia?
Organização
dos
agricultores
familiares

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