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“todavia não foi considerada a filiação de segurado especial por não ficar
caracterizado o regime de economia familiar em decorrência do exercício
de atividade urbana remunerada por parte do cônjuge. Esclarece-se que,
segundo informações constantes do Cadastro Nacional de Informações
Sociais, o cônjuge da requerente exerce atividade urbana desde
01/08/2000, sendo titular de empresa do ramo de transporte rodoviário
coletivo de passageiros, CNPJ  05.507.966/0001-33, localizada
na Linha Carlos Gomes, Marema, SC, ativa desde 10/02/2003, ficando
evidente a existência de outra fonte de rendimento familiar diversa da
atividade rural e prejudicando o reconhecimento da atividade rural de
subsistência familiar”.
2. FUNDAMENTOS
Resta esclarecer que o cônjuge exercer outra atividade que não a rural não
descaracteriza a condição de segurado especial de quem postula o benefício PPa
evidenciado.
Segundo o relator MM. Juiz Federal Ezio Teixeira, no julgamento da Ação Civil n.
5028629-95.2015.4.04.9999/PR em 12/11/2017, deixa cristalino o direito da Autora
que:
“O regime de economia familiar existe, portanto, para que os demais
membros da família não restem à margem. No tocante, todavia, ao chefe
da unidade familiar, pode ele estar trabalhando individualmente ou em
regime de economia familiar, ou seja, com ou sem o auxílio de familiares.
A descaracterização do regime de economia familiar, portanto, não afeta
aquele que tem a iniciativa da produção, aquele que a dirige, aquele que
vende o produto; somente se cogita de economia familiar em relação
ao familiar que auxilia na atividade agrícola. Contrario sensu, ter-se-ia
marginalizado o trabalhador que lidasse sozinho, que não possuísse
família; e esta, evidentemente, não foi a vontade do legislador. Apenas
em relação ao regime de economia familiar é que se exige exclusividade
de fonte de renda. Ao trabalhador rural individualmente considerado não
se lhe veda a concomitância de outro qualquer ganho. O legislador deixa
claro, no § 2º do art. 11 supracitado que "todo aquele que exercer,
concomitantemente, mais de uma atividade remunerada sujeita ao
Regime Geral de Previdência Social é obrigatoriamente filiado em relação
a cada uma delas". É de toda evidência que possível para o
trabalhador rural ter mais de uma fonte de renda; a restrição alcança
apenas àquele familiar que trabalha agregado; e o pressuposto fático de
guardar uma única fonte de renda dimana da dificuldade de
demonstração do exercício do trabalho em família (as notas de compra
de insumo e de venda de mercadorias estão, em regra geral, em nome do
chefe da unidade familiar), tornando-se menos nítida tal participação
quando o cônjuge ou parente detém fonte autônoma de subsistência.”
(grifo nosso)
DOS PEDIDOS
Termos em que,
Pede deferimento!
Jonas Coser
OAB/SC 45.702
TESTEMUNHAS:
ATILIO LORENZON, brasileiro, casado, residente e domiciliado no Município de
Xanxerê – SC;