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zagao de um psicodiagnéstico, apresen- jtando os passos recomendados para a sua execucdo. Também serio apresentados os dife- rentes modelos e objetivos dessa pritica, realiza- da exclusivamente pelo psicélogo, que representa, como sintetiza Barbieri (2010), um marco distin- tivo da identidade desse profissional. A Lei Fede- ral n° 4.119, de 27 de agosto de 1962, que dispoe sobre a formacio em psicologia ¢ regulamenta 2 profissio no Brasil, define que a pritica de diag- néstico psicol6gico, bem como a realizacso de um psicodiagnéstico, € atribuigio exclusiva do profissional da psicologia (Brasil, 1962). psicodiagnostico ¢ um dos tipos de avalia- ‘40 psicologica realizada com objetivos clinicos, portanto, nio abrange todas as formas de avalia- Gio psicolégica. Atualmente, a avaliacéo psicols- gica é entendida como um processo que permite descrever e compreender a pessoa em suas dife- rentes caracteristicas, investigando tanto aspec- abordando possiveis sintomas, questées do desenvolvimento, questées neuropsicolégicas, caracteristicas adaptativas e desadaptativas, entre outros, permitindo, assim, que se chegue 2 um prognéstico ¢ a melhor estratégia e/ou 4 aborda- gem terapéutica necesséria. De modo geral, pode-se afirmar que © psico- diagnéstico é um proceso bipessoal (Psicélogo — avaliando/grupo familiar), de duragéo limitada no tempo, com um numero aproximadamente definido de encontros, que procura descrever | eerie e compreender as forcas ¢ as fraquezas do fun- cionamento psicolégico de um individuo, tendo foco na existéncia ou ndo de uma psicopatologia (Canha, 2000). Assim, o psicodiagnéstico pode set entendido como um processo com inicio, meio e fim, que utiliza entrevistas, técnicas e/ou testes psicologicos para compreender as potenc lidades ¢ as dificuldades apresentadas pelo ava- liando, tendo por base uma teoria psicolégica ¢ buscando, assim, coletar dados mais substanciais para a realizacio de um encaminhamento m: apropriado. Entao, possibilita descrever 0 funcio- ‘namento atual, confirmar, refutar ou modificar impressées; realizar diagnéstico diferencial de ‘transtornos mentais, comportamentais e cogniti- ‘vos; identificar necessidades terapéuticas e reco- mendar a intervengio mais adequada, levando em conta o prognéstico (Witternborn, 1999). ‘abe salientar que, como bem lembra Cunha (2000), 0 psicodiagnéstico derivou da psicologia clinica em torno de 1896, quando surgiram os primeiros testes mentais. Nessa época, 0 psicélo- ‘g0 se limitava a aplicar um ou outro teste solicita- do por outros profissionais, e trabalhava com um modelo médico de atendimento, mantendo certo distanciamento do avaliando, buscando nao per- der a objetividade em seu trabalho. Nao havia um procedimento em que o avaliando fosse atendido de forma integrada e compreensiva. Esse cendrio ‘comecou a ser modificado com o surgimento da psicanzlise e com o desenvolvimento das técnicas. projetivas, o que permitiu que se pudesse ter uma compreensio mais profunda e abrangente do 28 / ur, BANOEIRA, TRENTIN & KRUG ORGS.) sujeito avaliado (Carrasco & Sa, 2010; Werlang & ‘Argimon, 2003). Uma das atividades do psicélo- go clinico é identificar e compreender, na singu- laridade do individuo, suas caracteristicas, seus sintomas ¢ seu funcionamento psiquico, ¢, assim, explicitar diagndsticos. A palavra “diagnéstico” origina-se do grego diagndstik6s e significa dis- cernimento, faculdade de conhecer. No sentido amplo do termo, a agio de diagnosticar é inevi- tavel, que, sempre que se explicita a compreen- sio de um fenémeno, realiza-se um dos possiveis diagnésticos. Mas, no campo da ciéncia, esse ter- ‘mo refere-se a possibilidade de conhecimento por meio da utilizago de conceitos, nogées ¢ teorias cientificas (Ancona-Lopez, 1984). Pensando no conceito de psicodiagnéstico, palavra também de origem grega (psique = men- te, dia = atrives, gnosis = conhecimento), Sen- din (2000) entende que se trata da expresso mai antiga e que melhor reflete, etimologicamente, © cardter processual da tarefa de diagnosticar, pois se refere a um conhecimento dos aspectos mais relevantes do funcionamento psiquico. Embora nna contemporaneidade se entenda 0 psicodiag- néstico como um processo de avaliagdo amplo, ‘esse termo ainda est associado a sua procedén- ‘ia do campo médico, com enfoque diagnésti- Co estritarnente classificatorio. Em fungio disso, alguns psicélogos rechagam esse termo e defen- dem sua substituicdo pela expressio avaliacio psicoldgica. Entretanto, Cunha (1993) esclarece ‘que essa expressio é um conceito muito amplo, enquanto “psicodiagnéstico” explicita uma ava~ liagio psicolgica com propésitos clinicos. ‘A autora salienta, ainda, que o termo “testagem” se refere a um tipo de recurso da avaliacio psico- logica, enquanto o “psicodiagnéstico” pressupde a utilizacdo de outros instrumentos/procedimen- tos que vio além do emprego de testes, a fim de abordar os dados psicolégicos de forma mais sis- tematica, cientifica e orientada para a resolugio de problemas. Diante dessa situacio, surgiu a necessidade de um enquadramento que atendesse as carac- teristicas especificas do psicodiagndstico, por se tratar de um processo limitado no tempo e que utiliza técnicas ¢/ou testes podendo, assim, ter varios objetivos. Esses objetivos podem ser referentes a uma classificagdo simples, a uma descricio ou até mesmoa uma classificagio noso- logica, entre outros, conforme o que foi abordado 0 Capitulo 2 ‘Nessa perspectiva, Arzeno (1995) refere que ‘© psicodiagnéstico contempla algumas finalida- des, como: 1. Investigagao diagnédstica: tem como objetivo ‘explicaro que acontece além do que oavalian- do consegue expressar de forma consciente ~ e isso nao significa rotuld-lo. 2, Avaliagdo do tratamento: visa avaliar o anda- ‘mento do tratamento. Seria o “reteste”, no qual se aplica novamente a mesma bateria de tes- tes usados na primeira ocasido ou uma bate- ria equivalente. 3. Como meio de comunicagao: procura facilitar a comunicagao e, em consequéncia, a tomada de insight. 4. Na investigagdo: com o intuito de criar novos instrumentos de exploracao da personalidade ¢, também, de planejar a investigagdo para o estudo de uma determinada patologia, etc. Ampliando os conceitos de Arzeno (1995), acreditamos que,além do que foiexpostoanterior- mente, um psicodiagnéstico pode ter um alcan- ce ainda maior, Embora no seja sua principal finalidade, pode ser terapéutico, uma vez que 0 vineulo estabelecido entre avaliador e avaliado, assim como os resultados obtidos e comunicados, pode contribuir para uma decisio mais assertiva por parte do avaliado quanto & escolha entre um ou outro tratamento, a mudanga de um estilo de vida, ou mesmo quanto ao rumo que dara as reco- ‘mendagdes do avaliador. Outro ponto relevante diz respeito ao uso ou nao de uma bateria de tes- tes ¢ “retestes’, isto é, entendemos que os testes psicolégicos e as técnicas sio recursos dispon{- veis, mas que em nenhum momento substituem ‘ou sao mais importantes do que a escuta eo olhar

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