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Caro Professor:

A Pré-UNIVESP é uma publicação eletrônica, mensal e temática, com um dossiê baseado


em temas factuais e conteúdos distribuídos pela grade curricular do ensino médio e dos
vestibulares. São reportagens, artigos, infográficos, entrevistas, além de um blog com textos
sobre temas diversos. Nosso principal objetivo é oferecer um conteúdo relevante e em
linguagem acessível, que trata de assuntos de interesse dos principais vestibulares do país
(inclusive o da UNIVESP), dirigido a estudantes, a professores do ensino médio e a
vestibulandos.
Este plano de atividades multi e interdisciplinares, voltado para o uso pedagógico no
ensino médio, contempla os textos da edição atual, que tem como tema CAPITALISMO E
SUSTENTABILIDADE. Nosso objetivo é incentivá-lo a utilizar a revista Pré-UNIVESP nas
atividades escolares da sala de aula.
Ao final do plano de atividades, reunimos exercícios complementares, relacionados ou
não às abordagens da revista.
Para a produção dos planos de atividades, contamos com a assessoria de professores de
diversas áreas do ensino médio. Eles são publicados sempre na última semana do mês, no
fechamento da edição da revista. Esperamos que o trabalho escolar promova reflexão e
aprofundamento sobre os temas tratados, por meio da ação mediadora do professor, sem
prescindir de outros materiais fundamentalmente didáticos e das conexões entre as diversas
áreas do conhecimento.

Equipe Pré-UNIVESP
Proposta interdisciplinar Pré-UNIVESP
Edição 60
CAPITALISMO E SUSTENTABILIDADE

Assessoria Pedagógica
 Bruno Aranha
 Cristiane Imperador
 Douglas Gouvêa
 Eline Dias Moreira
 Márcia Azevedo Coelho

Matérias utilizadas
 Princípios do capitalismo, por Patricia Piacentini
 O capitalismo sustentável, por John Ikerd
 Para além do capitalismo verde, entrevista com Valquíria Padilha, por Chris Bueno
 Pensando verde: entrevista com Mônica Pirrongeli, por Chris Bueno
 Capitalismo e sustentabilidade, por Guilherme Borges

Disciplinas envolvidas
 Língua Portuguesa
 Literatura
 História
 Biologia

Recursos
 Textos impressos
 Computador com acesso à Internet
 Lousa
 Projetor
 Celular
Texto introdutório

O tema central deste plano de aula é Capitalismo e sustentabilidade. Em uma


perspectiva interdisciplinar as atividades sugeridas permitem ressignificar o processo
de ensino-aprendizagem.
Em História, os estudantes são convidados a observar que as transformações
ocorridas com a expansão do capitalismo repercutem até os dias de hoje, dando
margem para os debates em torno da viabilidade desse sistema em um cenário em
que os recursos naturais estão se tornando cada vez mais escassos.
A disciplina de Biologia aborda temas relacionados ao desenvolvimento sustentável e
ao meio ambiente. São discutidos os possíveis destinos dados ao lixo produzido pelos
seres humanos, bem como os 5 R's da sustentabilidade. A agroecologia também é um
dos temas trabalhados nessa disciplina.
Literatura propõe a abordagem acerca do capitalismo a partir do artigo sobre o
romance Não verás nenhum país, de Ignácio de Loyola Brandão, que trata do tema por
meio de uma visão distópica. Questões como intertextualidade e influência do
contexto social no processo de criação das obras são discutidas. O objetivo é que o
estudante perceba como a literatura, via de regra, ao tratar do tempo presente vai
além dele, denunciando e propondo situações que, ainda que se figurem no âmbito do
sonho ou da ficção científica, como no caso da obra de Ignácio de Loyola, pelo lastro
estabelecido com os valores vigentes, ainda assim educam, alertam e/ou instigam a
fruição de situações fictícias repletas de possibilidades.
Em Língua Portuguesa as atividades desenvolvidas promovem a ampliação das
habilidades de leitura e interpretação e caracterizam-se pela reflexão e troca de
opiniões. A proposta de produção textual explora diversos aspectos argumentativos,
como: assumir uma posição sobre questões polêmicas e de interesse coletivo, justificar
os juízos de valor com argumentos baseados em conhecimento, refletir sobre posições
ideológicas diferentes e convencer os interlocutores por meio da defesa de um ponto
de vista.
Ao final do trabalho com este plano de aula, que integra economia, sociedade e
meio ambiente, espera-se que o aluno possa se sentir mais competente para participar
de discussões sobre esses temas, não só no ambiente escolar, mas também em
espaços de diálogo social, com argumentações consistentes que visem a práticas
cidadãs mais conscientes e inclusivas.
Sondagem

 Inicie a aula perguntando para a turma a respeito de algumas questões relacionadas à


dinâmica de nosso cotidiano, por exemplo: do que precisamos para viver? Por que temos
que trabalhar? Por que temos a necessidade de acumular dinheiro?
 A partir das respostas dos alunos, esclareça que vivemos sob uma economia de mercado,
ou seja, um sistema capitalista no qual existe livre iniciativa de compra e venda de produtos
e serviços.
 Em seguida, questione novamente os alunos:

1. Em que medida esse modo de vida traz impactos para a sociedade e o meio ambiente?
2. Existem outras visões de mundo em nosso país que possam contrapor ao nosso atual
modelo de vida?

 Professor, aproveite para contextualizar o histórico do contato entre as sociedades


autóctones e os colonizadores oriundos de Portugal. Destaque que para os indígenas não
existia a noção de mercadoria que fundamenta a lógica mercantil e justificou a expansão
europeia.

Leitura e interpretação

 Em seguida, divida a sala em dois grupos, com o mesmo número de integrantes, proponha
a leitura do texto “Princípios do capitalismo”, de Patricia Piacentini, peça aos estudantes
que assistam aos vídeos propostos e que respondam às questões fundamentando-as com a
leitura do artigo.

Grupo I
 Assista aos sete minutos iniciais do filme “Tempos Modernos”, de Charles Chaplin (1936),
disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=CozWvOb3A6E, e responda:
1. Qual é o aspecto da paisagem urbana apresentada no filme?
2. Existe hierarquia no contexto da fábrica?
3. Quais foram os efeitos da divisão do trabalho para o sistema capitalista?
4. Como é mostrada a situação dos trabalhadores no filme?
5. Tal contexto possui semelhanças com os nossos dias?

Grupo II
 Assista aos dois minutos iniciais do episódio de Bob Esponja intitulado “Uma semana antes
da hibernação”, disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=rKWL8t69gq8, e
responda:
1. O que impossibilita a personagem Bob Esponja de se dedicar integralmente a sua amiga?
2. Segundo a animação, quem detém dos meios de produção?
3. Por que a mais-valia convém ao dono dos meios de produção?

 Professor, a partir das respostas dos alunos, faça a devida associação com das cenas dos
filmes com a teoria de mais-valia de Karl Marx, elaborando um quadro sinóptico na lousa,
em que sejam elencadas todas as demandas do sistema capitalista para funcionar.

 Solicite que os alunos, ainda em dois grupos, respondam às questões apresentadas a seguir.

Grupo I
1. Segundo o texto de Piacentini, “nem todos os estudiosos concordam com a especificidade
do capitalismo”. Explique quais são as teorias que fundamentam cada uma das correntes
e/ou pensadores apresentados no texto e defenda o seu ponto de vista sobre elas,
fundamentando-o.
2. De acordo com Comparato, um dos autores citados no artigo “Princípios do capitalismo”, o
capitalismo fundou-se, desde o seu nascimento, no princípio do egocentrismo. Explique a
relação entre capitalismo e egocentrismo.
3. Qual a relação existente entre globalização e capitalismo? De que maneira podemos
perceber essa relação atualmente?
4. Comparato afirma que é possível e necessário pensar em uma civilização pós-capitalista.
Levante hipóteses de como poderia ser essa civilização.

Grupo II
1. Segundo o texto de Piacentini, “nem todos os estudiosos concordam com a especificidade
do capitalismo (...) mesmo entre os marxistas, há divergências de interpretação”. Explique
quais são as divergências entre os marxistas e defenda o seu ponto de vista sobre elas,
fundamentando-o.
2. Existe uma relação intrínseca entre capitalismo e esgotamento. Gambi, autor citado na
reportagem “Princípios do capitalismo”, acredita que o sistema capitalista não tem
capacidade de resolver suas próprias contradições. Que contradições seriam essas?
Exemplifique-as e explique suas consequências para a sociedade atual.
3. Qual a relação existente entre as crises e o capitalismo? De que maneira podemos perceber
essa relação atualmente?
4. Comparato afirma que é possível e necessário pensar em uma civilização pós-capitalista.
Levante hipóteses de como poderia ser essa civilização.

 Professor, combine com os alunos um dia para apresentação das respostas e intermedeie
a discussão aprofundando os conceitos que considerar necessários.

Ampliando o conceito I

 Entregue para cada um dos grupos um envelope contendo uma palavra escrita e uma folha
em branco. Um grupo receberá um envelope com a palavra capitalismo e o outro grupo
receberá a palavra sustentabilidade.
 Oriente os integrantes de cada grupo que pesquisem, em um dicionário físico ou virtual, o
significado dos termos e escrevam, na folha em branco, palavras do mesmo campo
semântico de capitalismo (grupo I) e sustentabilidade (grupo II).

 Professor, neste momento da aula, é interessante apresentar aos alunos a diferença entre
campo lexical e campo semântico. Informe-os de que as palavras que fazem parte de um
mesmo campo lexical são aquelas que derivam de um mesmo radical. Já as palavras que
pertencem a um mesmo campo semântico apresentam significados semelhantes. O
conceito de polissemia relaciona-se ao conceito de campo semântico.

 Depois de escritas, solicite que um representante de cada grupo apresente as palavras para
todos os alunos da sala e explique como cada uma delas se relaciona com os termos
sustentabilidade e capitalismo.
 Na sequência, questione se é possível estabelecer alguma relação semântica entre as
palavras dos dois grupos.

 Retome os termos que deram origem aos dois campos semânticos: capitalismo e
sustentabilidade e solicite aos alunos que identifiquem os seus elementos mórficos e o
processo de formação de palavras de cada um.

 Professor, caso seja necessário, retome com os alunos os processos de formação de


palavras: composição, derivação e suas subdivisões.

Ampliando o conceito II

 Apresente na lousa os termos utopia e distopia e peça para que os alunos, de cada grupo,
por escrito:

Grupo I
1. identifique o sentido de utopia, a partir do processo de formação de palavras;
2. relacione o termo a um dos campos semânticos (capitalismo/ sustentabilidade);
3. justifique a relação estabelecida;
4. escolha um ou dois membros do grupo para apresentar os resultados da pesquisa
oralmente para a turma na data previamente marcada.

Grupo II
1. identifique o sentido de distopia, a partir do processo de formação de palavras;
2. relacione o termo a um dos campos semânticos (capitalismo/ sustentabilidade);
3. justifique a relação estabelecida;
4. escolha um ou dois membros do grupo para apresentar os resultados da pesquisa
oralmente para a turma na data previamente marcada.
 Pergunte aos estudantes se conhecem alguma obra de Thomas Morus, se já leram Utopia.
Caso um ou mais alunos tenha lido, peça que contem o enredo da obra para a turma, com a
sua ajuda. Faça o mesmo processo para saber sobre uma possível leitura da obra Não verás
nenhum país, de Ignácio de Loyola Brandão.

 Professor, caso ninguém da classe conheça as obras, solicite que o grupo 1 leia Utopia e o
grupo 2, Não verás país nenhum, em um prazo estipulado, para, após a leitura, narrar a
obra para toda a classe. Caso isso não seja possível, em função do planejamento e
cronograma das aulas, ministre uma aula expositiva em que, a partir das definições de
utopia e distopia, seja apresentado o enredo das duas obras. Para saber mais sobre a
obra Utopia, uma dica é a aula do professor Dr. Thiago Martins Prado (UNEB), disponível
em: https://www.youtube.com/watch?v=3zP1WTJonCM

 Depois dos alunos terem conhecido as obras e/ou os enredos, organize a sala em círculo e
faça a leitura comentada do artigo “História, cidade e distopia: a ficção científica de ‘Não
verás país nenhum”, de Ignácio Loyola de Brandão, escrito por Luís Felipe Brandão de
Souza.
 Após a leitura, solicite que a classe se reorganize nos dois grupos para retomar o trabalho
apresentado sobre os campos semânticos, relacionados à utopia e distopia, a fim de
aprofundá-los com as informações obtidas no texto de Souza, respondendo às questões
abaixo.

 Combine o dia da apresentação com antecedência e proponha que os estudantes utilizem


recursos tecnológicos. Avise que os grupos deverão selecionar um ou dois alunos para
apresentar o trabalho. Explique também que os dois grupos apresentarão
simultaneamente, ou seja, o primeiro discorrerá sobre a questão 1 e logo após o segundo
fará o mesmo, depois sobre a questão 2 e, assim, sucessivamente.

Grupo I
1. Como se denomina o diálogo entre a obra de Loyola e o poema de Bilac?
2. Conceitue o tipo de relação, entre as duas obras, a partir do sentido estabelecido (paródica
ou parafrástica).
3. Faça uma pesquisa sobre cada autor e a época em que vivia para contextualizar a ideologia
presente na obra de Olavo Bilac e a de Ignácio de Loyola.
4. Demonstre como o posicionamento do autor está presente, nas obras, com elementos do
texto.
5. Levante hipóteses, a partir do contexto estudado, sobre a influência do capitalismo nas
perspectivas que Inácio de Loyola Brandão apresenta em sua obra.

Grupo II
1. Como de denomina o diálogo entre a obra de Loyola e a de Thomas Morus?
2. Conceitue o tipo de relação entre as duas obras a partir do sentido estabelecido (paródica
ou parafrástica).
3. Faça uma pesquisa sobre cada autor e a época em que vivia para contextualizar a ideologia
presente na obra de Morus e na de Brandão.
4. Explique a frase de Thomas Morus “Os carneiros estão devorando as pessoas”, associando-
a ao contexto histórico e social em que foi produzida.
5. Demonstre como o posicionamento do autor está presente com elementos do texto, em
cada uma das obras.
6. Levante hipóteses, a partir do contexto estudado, sobre a influência do capitalismo na
perspectiva que cada autor apresenta em sua obra.

 Após as exposições, oriente que, individualmente, redijam um parágrafo dissertativo-


argumentativo sobre a seguinte questão: qual a relação semântica estabelecida entre a
expressão capitalismo sustentável e o que se afirma no artigo de Souza sobre a obra Não
verás país nenhum, de Ignácio de Loyola Brandão, que será utilizado na atividade de
produção textual.

 Para finalizar, apresente a entrevista (ou um trecho dela) feita com Brandão disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=6PBvvfHdkFM, a fim de que os alunos percebam o
processo de construção que fundamentou a obra Não verás país nenhum.
Ampliando o conceito III

 Ainda divididos em grupos, peça aos estudantes que façam a leitura do artigo “Capitalismo
sustentável”, de John Ikerd. Os estudantes poderão utilizar o celular, um computador ou
uma cópia impressa do texto. Para a realização de uma leitura produtiva, eles deverão
seguir algumas etapas que nortearão a atividade e promoverão uma breve discussão
produtiva entre os integrantes de cada grupo.

1ª etapa: identificar o tema do texto.


2ª etapa: destacar elementos relevantes do texto.
3ª etapa: relacionar os elementos relevantes às informações que os leitores dispõem sobre o
assunto.
4ª etapa: interpretar os fatos e os dados apresentados.
5ª etapa: elaborar hipóteses explicativas para fundamentar a análise do texto.
6ª etapa: estabelecer relações intertextuais entre o artigo que está sendo lido e o texto já lido
e interpretado anteriormente: “Princípios do capitalismo”, de Patricia Piacentini.
 Professor, é importante destacar que ler é mais do que apenas decodificar as palavras. A
leitura pressupõe a mobilização de uma série de conhecimentos e o estabelecimento de
relações que possibilitem identificar subentendidos, pressupostos e realizar inferências.

 Monte um grupo da turma no WhatsApp, divida a sala em cinco grupos e solicite que
respondam, as questões apresentadas a seguir e as compartilhe pelo grupo.

Grupo I
1. Que mudanças o autor do texto propõe para que possamos, de fato, conseguir relacionar
capitalismo e sustentabilidade?
2. Por que o autor afirma que maneiras de pensar e agir que deram certo no passado não
são mais possíveis nos dias de hoje?

Grupo II
1. O texto afirma que o capitalismo trouxe benefícios e malefícios. Elenque alguns benefícios
e malefícios trazidos pelo capitalismo.
2. Como se relacionam as palavras energia, capitalismo e sustentabilidade, de acordo com o
texto?

Grupo III
1. Explique a seguinte afirmação: “a economia capitalista dissipa economia social e transforma
relações humanas em transações econômicas”.
2. Apresente uma definição para o conceito de obsolescência programada e explique de que
maneira ele se relaciona com o capitalismo.

Grupo IV
1. O autor do texto faz uso dos termos: capitalismo clássico, capitalismo competitivo,
capitalismo sustentável e capitalismo predatório. Explique cada um deles.
2. Como é possível utilizar a energia de maneira construtiva e não destrutiva? Explique.
Grupo V
1. É possível relacionar economia competitiva a uma sociedade equitativa e justa? Justifique a
sua resposta.
2. Explique de que maneira os valores da democracia relacionam-se com os princípios
fundamentais do capitalismo e conclua se esses valores também podem ser relacionados ao
conceito de sustentabilidade.

 Professor, acompanhe a postagem das respostas e faça intervenções corrigindo e


aprofundando as questões.

 Peça aos estudantes que retomem os campos semânticos (capitalismo/sustentabilidade),


identifiquem se as palavras escritas nesses campos aparecem no artigo “O capitalismo
sustentável” e explique se, neste texto, os campos semânticos são paradoxais.

Aprofundando o conceito I

 Para dar continuidade ao estudo do tema, solicite aos alunos que, em grupos, leiam as
entrevistas publicadas na edição nº 60 da Pré-Univesp e respondam às questões
apresentadas. As respostas poderão ser registradas no próprio celular dos estudantes. A
análise das entrevistas é a etapa inicial de uma fala em audiência pública que será realizada
posteriormente, na atividade de produção de texto.

Grupo I: “Para além do capitalismo verde: entrevista com Valquíria Padilha”, por Chris Bueno.
Grupo II: “Pensando verde: entrevista com Monica Pirrongeli”, por Chris Bueno.

1. A entrevista que você leu aborda um tema geral e, no contexto desse tema, um aspecto
bastante específico a ele associado. Qual é o tema geral e qual o aspecto específico?
2. Qual a relação entre o tema específico abordado na entrevista e o perfil do entrevistado?
3. A análise do conjunto das questões feitas pela jornalista à entrevistada permite identificar
quais delas explicitam para o leitor aquele que será o foco da entrevista. Identifique tais
questões.
4. Destaque os principais argumentos utilizados pela entrevistada para defender a sua
opinião.

Ampliando o conceito IV

 A partir das duas entrevistas lidas questione os alunos sobre quais seriam então as
melhores estratégias para aliar um desenvolvimento sustentável ao consumo em uma
sociedade capitalista. Anote as ideias no quadro.
 Depois, solicite que os alunos realizem uma pesquisa sobre os possíveis destinos do lixo
produzido pelo ser humano.
 Monte um quadro na lousa para comparar os destinos ou estratégias de manejo de lixo.
 Discuta qual é a viabilidade de cada destino, o seu custo de implantação, seus impactos
para o meio ambiente e o tipo de lixo que deve ser destinado. Garanta que sejam
abordados os seguintes tópicos: lixões, aterros sanitários, incineração, biodigestores e
coleta seletiva.
 Peça que os alunos pesquisem sobre os 5 R's da sustentabilidade (repensar, recusar,
reduzir, reutilizar e reciclar) e justifiquem essas políticas no consumo e manejo do lixo.
 Selecione várias situações em que se deveria utilizar cada um dos Rs da sustentabilidade.
Apresente-as para a turma e peça que apontem o R mais adequado para a situação e
justifiquem a escolha.

Aprofundando o conceito II

 Solicite que os alunos leiam o texto “Capitalismo e agricultura”, de Guilherme Borges.


 Discuta com os estudantes os seguintes tópicos:
a. O que é agroecologia?
b. Qual é a vantagem de evitar monoculturas e pensar na interação de plantas crescendo
juntas?
c. Qual a importância de um "solo vivo" para a agroecologia?
d. Para a agroecologia qual seria a melhor forma de controlar uma praga na plantação?
e. O que é a adubação verde, segundo o texto?
f. Que desafios devem ser vencidos para a implantação de um sistema agroecológico?
g. Qual a importância da conscientização do agricultor sobre a sazonalidade dos vegetais?
Aprofundando o conceito III

 Divida a sala em cinco grupos e peça que cada grupo pesquise sobre:
I- Teias alimentares; biomassa e biodiversidade; ciclo do carbono; ciclo do nitrogênio e
nutrientes minerais e orgânicos do solo, relacionando-os com possíveis aplicações no âmbito
da agroecologia (por exemplo, as teias alimentares ao controle biológico natural de pragas, a
biomassa com a matéria orgânica que vai crescendo na região, o ciclo do carbono ao processo
de reciclagem de matéria orgânica, ciclo do nitrogênio ao processo de adubação verde do solo,
e os nutrientes do solo ao "solo vivo" e a fertilidade do mesmo).

II- Práticas agroecológicas que visem alguns dos seguintes temas: preparo do solo;
implantação de quebra-ventos; adubação orgânica; implantação de sistemas agroflorestais;
manejo de animais em contextos agroecológicos; defensivos agroecológicos.

 Professor, se necessário indique para os alunos como material de pesquisa o portal do


Instituto Giramundo Mutuando, < http://mutuando.org.br/ >

 Após realizada a pesquisa, sorteie um tema para cada grupo. Oriente os alunos, no dia
marcado, a compartilharem a pesquisa sobre o tema sorteado por meio de uma apresentação
de até 10 minutos. A estratégia de apresentação deverá ficar a critério de cada grupo.

Produção de texto

 Divididos em grupos, os alunos realizarão uma fala em audiência pública sobre o tema
capitalismo X sustentabilidade, discutido e trabalhado, durante todo o plano, a partir das
visões de diferentes disciplinas e textos da revista Pré-Univesp.
 Professor, informe os alunos que a fala em audiência pública é uma das formas mais
diretas de participação dos cidadãos nos debates sobre questões de relevância social. Na
fala em audiência pública há a defesa de um ponto de vista. A argumentação dirige-se ao
convencimento das demais partes interessadas no tema debatido. Para isso, o orador
expõe o problema segundo a visão do grupo representado por ele.

 Para dar início à organização da fala em audiência pública, os grupos retomarão a


interpretação das entrevistas:
Grupo I: “Para além do capitalismo verde”.
Grupo II: “Pensando verde”.

 Após retomarem a análise das entrevistas, os estudantes deverão:


a) fazer uma votação para escolher o aluno que será o representante do grupo;
b) fazer uma votação para escolher o aluno que presidirá a audiência. A tarefa desse aluno
será: iniciar os trabalhos, realizar o encerramento, apresentar o tema, os debatedores da
mesa e passar a palavra aos debatedores e ao público;
c) redigir convites para que a comunidade escolar participe da audiência;
d) escolher um estudante que filmará a audiência;
e) escolher um estudante que elaborará o relatório final da audiência.

 Definidos e feitos os preparativos da audiência, os grupos se organizarão para planejar a


fala do representante. Cada grupo defenderá um ponto de vista, que deverá ser o mesmo
defendido pela entrevistada, com relação à possibilidade de existir ou não capitalismo
sustentável. Para isso, os estudantes deverão escrever um texto, fazendo uso das
informações registradas a partir da análise das entrevistas e da leitura e interpretação do
texto “O capitalismo sustentável”, que apresente:

a) como o representante será apresentado;


b) um breve comentário sobre a importância do tema a ser debatido;
c) como será declarada a posição diante do tema;
d) em poucas palavras, que posição será defendida em relação ao tema;
e) os argumentos que serão apresentados para sustentar o ponto de vista do grupo;
f) argumentos que podem refutar os argumentos que serão utilizados pelo grupo que
apresenta um ponto de vista diferente.

 Depois de redigido, o texto deverá ser lido em voz alta para que os integrantes do grupo
possam avaliar se está adequado a uma fala de cinco minutos. Caso seja necessário,
informações deverão ser suprimidas ou acrescentadas.

 Caso queira, o representante poderá transformar o texto em esquema que contemple todo
o conteúdo que será dito durante a fala, na mesma sequência em que pretende dizê-la. No
dia da fala em audiência pública, o texto não poderá ser lido, por isso, o aluno deve ensaiar
a sua fala.

 No dia combinado, os representantes dos grupos terão cinco minutos para apresentarem o
seu ponto de vista e sustentá-lo com bons argumentos. Posteriormente, deverá ser aberto
um espaço para que o público se manifeste, também com tempo determinado.

 Depois de realizada a fala em audiência pública, a gravação será assistida pelos grupos para
que redijam um relatório que deverá apresentar, de maneira articulada:
a. uma breve descrição da atividade;
b. o registro dos melhores argumentos apresentados pelos oradores;
c. um parágrafo avaliativo que apresente qual foi o melhor orador, ou seja, aquele que
melhor defendeu o ponto de vista do grupo;
d. um dos parágrafos dissertativos-argumentativos, selecionado pelo grupo, sobre a questão:
qual a relação semântica estabelecida entre a expressão capitalismo sustentável e o que se
afirma no artigo de Souza sobre a obra Não verás país nenhum, produzido anteriormente.
Habilidades

 Diferenciar as diversas visões de mundo a partir da análise da conjuntura da expansão


marítima europeia.
 Identificar registros sobre o papel das técnicas e tecnologias na organização do trabalho e
da vida social.
 Analisar diferentes processos de produção ou circulação de riquezas e suas implicações
sócio espaciais.
 Selecionar argumentos favoráveis ou contrários às modificações impostas pelas novas
tecnologias à vida social e ao mundo do trabalho.
 Relacionar o uso das tecnologias com os impactos sócio ambientais em diferentes
contextos histórico-geográficos.
 Compreender os processos e estratégias de leitura para ler textos com proficiência e
compreensão.
  Observar aspectos discursivos próprios de determinados gêneros textuais.
  Refletir sobre as estruturas de leitura de um texto.
  Reconhecer a linguagem como atividade humana e aspecto importante para a construção
do conhecimento.
 Ler e interpretar adequadamente entrevistas.
 Identificar o uso de marcas linguísticas em entrevistas analisadas.
 Identificar elementos mórficos e processos de formação de palavras.
 Compreender a fala em audiência pública como um gênero textual de circulação em nossa
sociedade.
 Analisar textos argumentativos e identificar as suas características persuasivas.
 Identificar os procedimentos linguísticos de construção em audiência pública, como
saudação, formalidade e defesa de um ponto de vista.
 Identificar o sentido de vocábulos a partir do processo de formação de palavras.
 Relacione termo de campos semânticos distintos.
 Justificar respostas dadas oralmente.
 Selecionar informações relevantes.
 Apresentar oralmente pesquisas realizadas.
 Reconhecer e classificar o tipo de diálogo entre textos.
 Levantar hipóteses.
 Redigir com clareza e coerência textos dissertativo-argumentativos.
 Avaliar propostas de intervenção no ambiente, considerando a qualidade da vida humana
ou medidas de conservação, recuperação ou utilização sustentável da biodiversidade.
 Compreender a importância dos ciclos biogeoquímicos ou do fluxo energia para a vida, ou
da ação de agentes ou fenômenos que podem causar alterações nesses processos.
 Identificar etapas em processos de obtenção, transformação, utilização ou reciclagem de
recursos naturais, energéticos ou matérias-primas, considerando processos biológicos,
químicos ou físicos neles envolvidos.
 Avaliar métodos, processos ou procedimentos das ciências naturais que contribuam para
diagnosticar ou solucionar problemas de ordem social, econômica ou ambiental.
 Interpretar experimentos ou técnicas que utilizam seres vivos, analisando implicações para
o ambiente, a saúde, a produção de alimentos, matérias primas ou produtos industriais.
 Avaliar propostas de alcance individual ou coletivo, identificando aquelas que visam à
preservação e a implementação da saúde individual, coletiva ou do ambiente.
Atividades Complementares

1. (ENEM 2015) A pátria

Ama, com fé e orgulho, a terra em que nasceste!


Criança! não verás nenhum país como este!
Olha que céu! que mar! que rios! que floresta!
A Natureza, aqui, perpetuamente em festa,
É um seio de mãe a transbordar carinhos.
Vê que vida há no chão! vê que vida há nos ninhos,
Que se balançam no ar, entre os ramos inquietos!
Vê que luz, que calor, que multidão de insetos!
Vê que grande extensão de matas, onde impera,
Fecunda e luminosa, a eterna primavera!
Boa terra! jamais negou a quem trabalha
O pão que mata a fome, o teto que agasalha...

Quem com o seu suor a fecunda e umedece,


Vê pago o seu esforço, e é feliz, e enriquece!

Criança! não verás país nenhum como este:


Imita na grandeza a terra em que nasceste!
BILAC, O. Poesias infantis. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1929.

Publicado em 1904, o poema A pátria harmoniza-se com um projeto ideológico em construção


na Primeira República. O discurso poético de Olavo Bilac ecoa esse projeto, na medida em que:

a) a paisagem natural ganha contornos surreais, como o projeto brasileiro de grandeza.


b) a prosperidade individual, como a exuberância da terra, independe de políticas de governo.
c) os valores afetivos atribuídos à família devem ser aplicados também aos ícones nacionais.
d) a capacidade produtiva da terra garante ao país a riqueza que se verifica naquele momento.
e) a valorização do trabalhador passa a integrar o conceito de bem-estar social experimentado.

2. (UFF 2004) A pátria

Ama, com fé e orgulho, a terra em que nasceste!


Criança! não verás nenhum país como este!
Olha que céu! que mar! que rios! que floresta!
A Natureza, aqui, perpetuamente em festa,
É um seio de mãe a transbordar carinhos.
Vê que vida há no chão! vê que vida há nos ninhos,
Que se balançam no ar, entre os ramos inquietos!
Vê que luz, que calor, que multidão de insetos!
Vê que grande extensão de matas, onde impera
Fecunda e luminosa, a eterna primavera!

Boa terra! jamais negou a quem trabalha


O pão que mata a fome, o teto que agasalha...

Quem com o seu suor a fecunda e umedece,


Vê pago o seu esforço, e é feliz, e enriquece!

Criança! não verás país nenhum como este:


Imita na grandeza a terra em que nasceste!
(Olavo Bilac)

As estéticas literárias, embora costumem ser datadas nos livros didáticos com início e término
pós-determinados, não se deixam aprisionar pela rigidez cronológica. Assinale o comentário
adequado em relação à expressão estética do poema "A Pátria" de Olavo Bilac (1865-1918).

a) O poema transcende a estética parnasiana ao tratar a temática da exaltação da terra,


segundo a estética romântica.
b) O poema exemplifica os preceitos da estética parnasiana e valoriza a forma na expressão
comedida do sentimento nacional.
c) O poema se antecipa ao discurso crítico da identidade nacional - tema central da estética
modernista.
d) O poema se insere nas fronteiras rígidas da estética parnasiana, dando ênfase à
permanência do ideário estético, no eixo temporal das escolas literárias.
e) O poema reflete os valores essenciais e perenes da realidade, distanciando-se de um
compromisso com a afirmação da nacionalidade.

3. (UENP 2011) A palavra utopia, originalmente elaborada por Thomas More, tem seu
significado derivado do grego e corresponde a “não lugar”, ou “lugar que não existe”.
Analise as proposições a seguir:

I. As utopias, embora alguns as considerem como narrativas fantásticas, trazem no seu bojo
uma profunda crítica social, na medida em que sugerem uma filosofia das ausências.
II. Thomas More foi um grande humanista, um dos primeiros filósofos a criticar a propriedade
privada e a defender um modelo mais igualitário de organização social.
III. Existe uma série de “utopias” anteriores à de Thomas More, como o Timeu, de Platão, e
outras posteriores como Cidade do Sol (1623), de Tommasio Campanella, A Nova Atlântida
(1627), de Francis Bacon, a Panorthosia (1657), de Comenius e o Complemento à Nova
Atlântida, de Glanvill (1675).
IV. A contemporaneidade também produz utopias. Elas estão voltadas para o futuro, propõem
transformações radicais e revoluções, para a construção de “novos mundos”, como é o caso
do marxismo ou do anarquismo.

Estão corretas as afirmativas:


a) Apenas I e IV.
b) Apenas III e IV.
c) Apenas II e III.
d) I, II, III e IV.
e) Apenas I, II e III.

4. (UEM 2011) A filosofia política encontrou nas utopias renascentistas uma forma peculiar de
expressão em que a imaginação e a razão conjugam-se para apresentar ideias sobre a
melhor forma de organização social e política. Sobre o papel das utopias, assinale o que for
correto.

1) Karl Marx e Friederich Engels criticaram as utopias por considerá-las ideologias, isto é,
sistemas de ideias dissociadas da realidade, bem como opuseram, ao socialismo utópico, o
socialismo científico.
2) Thomas More, filósofo humanista renascentista, escreve A Utopia para criticar a República
de Platão e para afirmar sua adesão à teoria política aristotélica.
4) A Nova Atlântida, utopia escrita por Francis Bacon, reflete o novo espírito da Idade
Moderna, que prestigia a técnica, a experiência e a observação dos fatos, rejeitando a
filosofia contemplativa da antiguidade clássica.
5) A Utopia, de Thomas More, é uma obra de ficção científica na qual está ausente a crítica
social e econômica. Foi escrita com o intuito de propor a modernização tecnológica da
Inglaterra.
6) O humanista renascentista Erasmo de Roterdam escreveu, junto com Francis Bacon, várias
utopias para denunciar a insensatez, a loucura e os desmandos dos estados e governantes
de sua época.

5. (UENP 2010) A cidade inteira se divide em quatro quarteirões iguais. No centro de cada
quarteirão, encontra-se o mercado das coisas necessárias à vida. São depositados aí os
diferentes produtos do trabalho de todas as famílias. Esses produtos, depositados
primeiramente nos entrepostos, são em seguida classificados nas lojas de acordo com sua
espécie. Cada pai de família vai procurar no mercado aquilo de que tem necessidade para si
e os seus. Tira o que precisa sem que seja exigido dele nem dinheiro nem troca. Jamais se
recusa alguma coisa aos pais de família. A abundância sendo extrema, em todas as coisas,
não se teme que alguém tire além de sua necessidade. De fato, aquele que tem a certeza
de que nada faltará jamais, não procurará possuir mais do que é preciso. O que torna, em
geral, os animais cúpidos e rapaces, é o temor das privações no futuro. No homem, em
particular, existe uma outra causa de avareza - o orgulho, que o excita a ultrapassar em
opulência os seus iguais e a deslumbrá-los pelo aparato de um luxo supérfluo. Mas as
instituições utopianas tornam este vício impossível.
Thomas Morus. Utopia. Disponível em:
http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/cv000070.pdf.

Sobre, de Thomas Morus, é incorreto afirmar:


a) Thomas Morus se inspira na República, de Platão, para escrever A Utopia. De um modo
geral, o movimento filosófico ao qual pertencia Morus, o humanismo, é caracterizado pela
retomada dos temas da filosófica grega antiga.
b) O texto de Thomas Morus é de caráter contra ideológico. Isso significa que utopia, além de
significar “o não lugar, o lugar que não existe”, era uma profunda crítica ao contexto
histórico e social em que vivia o autor.
c) Não é possível afirmar que no texto da Utopia exista qualquer crítica à propriedade privada,
que teria início apenas na contemporaneidade com o marxismo.
d) A Utopia, na medida em que descreve uma sociedade justa, indica que ela deveria ter leis
pouco numerosas e as riquezas repartidas.
e) Na utopia de Morus existe condenação explícita ao luxo e às vaidades, pois estes levam a
um falso prazer, incitando a desigualdade e a falsa superioridade.

6 (ENEM 2010). A Inglaterra pedia lucros e recebia lucros, tudo se transformava em lucro. As
cidades tinham sua sujeira lucrativa, suas favelas lucrativas, sua fumaça lucrativa, sua
desordem lucrativa, sua ignorância lucrativa, seu desespero lucrativo. As novas fábricas e os
novos altos-fornos eram como as Pirâmides, mostrando mais a escravização do homem que
seu poder.
DEANE, P. A Revolução Industrial. Rio de Janeiro: Zahar, 1979
(adaptado).

Qual relação é estabelecida no texto entre os avanços tecnológicos ocorridos no contexto da


Revolução Industrial Inglesa e as características das cidades industriais no início do século XIX?

a) A facilidade em se estabelecerem relações lucrativas transformava as cidades em espaços


privilegiados para a livre iniciativa, característica da nova sociedade capitalista.
b) O desenvolvimento de métodos de planejamento urbano aumentava a eficiência do
trabalho industrial.
c) A construção de núcleos urbanos integrados por meios de transporte facilitava o
deslocamento dos trabalhadores das periferias até as fábricas.
d) A grandiosidade dos prédios onde se localizavam as fábricas revelava os avanços da
engenharia e da arquitetura do período, transformando as cidades em locais de
experimentação estética e artística.
e) O alto nível de exploração dos trabalhadores industriais ocasionava o surgimento de
aglomerados urbanos marcados por péssimas condições de moradia, saúde e higiene.
7 (ENEM 2011) A introdução de novas tecnologias desencadeou uma série de efeitos sociais
que afetaram os trabalhadores e sua organização. O uso de novas tecnologias trouxe a
diminuição do trabalho necessário que se traduz na economia líquida do tempo de
trabalho, uma vez que, com a presença da automação microeletrônica, começou a ocorrer
a diminuição dos coletivos operários e uma mudança na organização dos processos de
trabalho.
Revista Eletrônica de Geografia Y Ciências Sociales Universidad de
Barcelona. NO 170 (9). 1 ago. 2004

A utilização de novas tecnologias tem causado inúmeras alterações no mundo do trabalho.


Essas mudanças são observadas em um modelo de produção caracterizado

a) pelo uso intensivo do trabalho manual para desenvolver produtos autênticos e


personalizados.
b) pelo ingresso tardio das mulheres no mercado de trabalho no setor industrial.
c) pela participação ativa das empresas e dos próprios trabalhadores no processo de
qualificação laboral.
d) pelo aumento na oferta de vagas para trabalhadores especializados em funções repetitivas.
e) pela manutenção de estoques de larga escala em função da alta produtividade.

8. (ENEM 2010) A evolução do processo de transformação de matérias-primas em produtos


acabados ocorreu em três estágios: artesanato, manufatura e maquinofatura. Um desses
estágios foi o artesanato, em que se

a) trabalhava conforme o ritmo das máquinas e de maneira padronizada.


b) trabalhava geralmente sem o uso de máquinas e de modo diferente do modelo de produção
em série.
c) empregavam fontes de energia abundantes para o funcionamento das máquinas.
d) realizava parte da produção por cada operário, com uso de máquinas e trabalho assalariado.
e) faziam interferência do processo produtivo por técnicos e gerentes com vistas a determinar
o ritmo de produção.

9. (ENEM 2010) Homens da Inglaterra, por que arar para os senhores que vos mantêm na
miséria? Por que tecer com esforços e cuidado as ricas roupas que vossos tiranos vestem?
Por que alimentar, vestir e poupar do berço até o túmulo esses parasitas ingratos que
exploram vosso suor — ah, que bebem vosso sangue?
SHELLEY. Os homens da Inglaterra Apud HUBERMAN, L. História da
Riqueza do Homem. Rio de Janeiro: Zahar, 1982.

A análise do trecho permite identificar que o poeta romântico Shelley (1792-1822) registrou
uma contradição nas condições socioeconômicas da nascente classe trabalhadora inglesa
durante a Revolução Industrial. Tal contradição está identificada
a) na pobreza dos empregados, que estava dissociada na riqueza dos patrões.
b) no salário dos operários, que era proporcional aos seus esforços nas indústrias.
c) na burguesia, que tinha seus negócios financiados pelo proletariado.
d) no trabalho, que era considerado uma garantia de liberdade.
e) na riqueza, que não era usufruída por aqueles que a produziam.

10. (Espcex/Aman 2014). Ao se alistar, não imaginava que o combate pudesse se realizar em
tão curto prazo, embora o ribombar dos canhões já se fizesse ouvir ao longe.

Quanto ao processo de formação das palavras sublinhadas, é correto afirmar que sejam,
respectivamente, casos de:

a) prefixação, sufixação, prefixação, aglutinação e onomatopeia.


b) parassíntese, derivação regressiva, sufixação, aglutinação e onomatopeia.
c) parassíntese, prefixação, prefixação, sufixação e derivação imprópria.
d) derivação regressiva, derivação imprópria, sufixação, justaposição e onomatopeia.
e) parassíntese, aglutinação, derivação regressiva, justaposição e onomatopeia.

11. (Espcex/Aman 2014). São palavras primitivas:

a) época – engarrafamento – peito – suor


b) sala – quadro – prato – brasileiro
c) quarto — chuvoso — dia — hora
d) casa – pedra – flor – feliz
e) temporada – narcotráfico – televisão – passatempo

12. (MACKENZIE) Leia.

"Acho que não pode haver discriminação racial e religiosa de espécie alguma. O direito
de um termina quando começa o do outro. Em todas as raças, todas as categorias, existe
sempre gente boa e gente má. No caso particular dessa música, não posso julgar, porque nem
conheço o Tiririca. Como posso saber se o que passou na cabeça dele era mesmo ofender os
negros? Eu, Carmen Mayrink Veiga, não tenho ideia. Mas o que posso dizer é que se os negros
acharam que a música é uma ofensa, eles devem estar com toda razão."
(Revista Veja)

a) A argumentação, desenvolvida por meio de clichês, subtende um distanciamento entre o


eu/enunciador e o ele/negros.
b) A argumentação revela um senso crítico e reflexivo, uma mente que sofre com os
preconceitos e, principalmente, com a própria impotência diante deles.
c) A argumentação, partindo de visões inusitadas, mas abalizadas na realidade cotidiana,
aponta para a total solidariedade com os negros e oprimidos.
d) O discurso altamente assumido pelo enunciador ataca rebeldemente a hipocrisia social, que
mascara os preconceitos.
e) Impossível conceber, como desse mesmo enunciador, essa frase: "Sempre trabalhei como
uma negra", publicada semanas antes na mesma revista.

13. (ENEM PPL 2015). Os parasitoides são insetos diminutos, que têm hábitos bastante
peculiares: suas larvas se desenvolvem dentro do corpo de outros animais. Em geral, cada
parasitoide ataca hospedeiros de determinada espécie e, por isso, esses organismos vêm
sendo amplamente usados para o controle biológico de pragas agrícolas.
Santo, M. M. E. Et AL. Parasitoides: insetos benéficos e cruéis. Ciência
Hoje, n. 291, abr. 2012 (adaptado).

O uso desses insetos na agricultura traz benefícios ambientais, pois diminui o(a)

a) tempo de produção agrícola.


b) diversidade de insetos-praga.
c) aplicação de inseticidas tóxicos.
d) emprego de fertilizantes agrícolas.
e) necessidade de combate a ervas daninhas.

14. (G1 - CFTMG 2015). Os neonicotinóides, inseticidas que atacam o sistema nervoso de
abelhas, têm dizimado populações desses polinizadores. Ao serem pulverizados sobre as
flores, onde elas coletam o néctar, causam sua morte. Estratégias de manejo integrado são
sugeridas para minimizar esse problema.
Disponível em<http://www.unesp.br>. Acesso em: 15 jan. 2014
(adaptado).

Um exemplo desse tipo de estratégia é a(o)

a) criação de espécies transgênicas desses insetos.


b) desenvolvimento de defensivos agrícolas naturais.
c) estímulo à apicultura em regiões próximas às do cultivo.
d) controle biológico de pragas em variedades de plantas resistentes.

15. (G1 - CPS 2016). A adubação verde é uma prática utilizada pelos agricultores, em várias
regiões do mundo, para recuperar os solos degradados pelo cultivo, melhorar aqueles que são
naturalmente pobres ou conservar os que já são produtivos. Consiste no plantio de espécies
de plantas, como as leguminosas (soja, feijão, alfafa) tanto em conjunto com outras plantas
(plantações consorciadas), como em períodos alternados (rotações de culturas). As
leguminosas são muito utilizadas como adubo verde, pois suas raízes são capazes de se
associar a bactérias, que fixam o gás nitrogênio diretamente do ar presente no solo e com ele
produzem compostos nitrogenados que, incorporados ao solo, atuam na sua adubação
natural.
Além disso, esses compostos nitrogenados são compartilhados com as plantas leguminosas,
contribuindo assim para um melhor desenvolvimento desses vegetais que, em troca, fornecem
compostos orgânicos às bactérias.
A figura ilustra o sistema radicular de uma planta de soja com bactérias fixadoras de
nitrogênio. As bactérias estão nas “bolinhas” que aparecem na raiz.

Sobre a adubação verde, é correto afirmar que

a) o cultivo de leguminosas contamina o solo com substâncias tóxicas produzidas pelas


bactérias.
b) a concentração de compostos nitrogenados no solo diminui, devido a atividade das
bactérias que vivem associadas às plantas leguminosas.
c) o cultivo de leguminosas aumenta o custo da produção agrícola, pois será preciso comprar
adubo nitrogenado para suprir a falta desse elemento químico no solo.
d) as plantas leguminosas aproveitam diretamente o gás nitrogênio do ar, fornecendo-o para
as bactérias que fazem fotossíntese e produzem compostos nitrogenados.
e) as bactérias que vivem nas raízes das leguminosas fixam o gás nitrogênio, transformando-o
em compostos nitrogenados, os quais podem ser utilizados por essas plantas.
16. (UFRGS 2000). A prática de rotação de culturas alterna o uso de gramíneas (arroz, trigo,
milho...) e o de leguminosas (soja, feijão...), com o objetivo de melhorar a fertilidade do solo.
Em relação a esta afirmativa, é correto supor que

a) as leguminosas melhoram as condições de suprimento de alumínio às gramíneas.


b) as gramíneas mantêm os nutrientes do solo inalterados.
c) ambos os grupos vegetais aumentam o teor de fósforo no solo.
d) as leguminosas aumentam o teor de nitrogênio no solo.
e) as gramíneas produzem mais potássio do que as leguminosas.

Gabarito:
1. B
2. A
3. D
4. 05
5. C
6. E
7. C
8. B
9. E
10. B
11. D
12. A
13. C
14. D
15. E
16. D

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