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Tzong Kwan

Sabedoria
Revista Trimestral do Templo Tzong Kwan – Julho.17

Volume 89

“A meta sempre
retorna ao tema de
eliminar o
sofrimento e atingir
a paz perfeita, “Não falamos,de
tanto para si chegar a um certo
quanto para os lugar
lugar,, mas
mas,, sim
sim,, de
outros.” alcançar um
estado de
consciência.”

DISTRIBUIÇÃO GRATUITA
Seja bem-vindo!
O Templo está aberto para visitas:
- Sábados: das 14h às 18h.
- Domingos: das 9h às 16h.

Agende visita enviando seus dados e imagem do RG com


foto pelo site www.tzongkwan.com.br ou e-mail
tzongkwan@gmail.com

Atividades semanais:

* Sábados - Meditação das 16h30 às 17h30 para praticantes.


* Domingos – Recitação de Sutras (primeiro em chinês e
em seguida em português) das 9h30 às 11h30.

Para maiores informações, visite o site do Templo:


www.tzongkwan.com.br

Endereço: R. Rio Grande, 498 – Vila Mariana – São Paulo, SP – CEP: 04018-001
* Horário de atendimento telefônico: 14h às 16h30.
Tel: (0xx11) 5082-3160/ 5084-0363 e-mail: tzongkwan@gmail.com
* Endereço de acesso às traduções dos Sutras: www.dharmatranslation.org

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Convite Especial para Recitação
e
Cerimônia
Gostaríamos de informar que a partir do domingo 06/08 até o domingo
10/09 será recitado o Sutra de Ksitigarbha. Aqueles que quiserem deixar os nomes
de seus familiares para dedicar-lhes méritos na cerimônia devem,
antes, recitar 1000 vezes o nome de Buddha. Quem desejar fazer doações
para ajudar o templo, em nome dos familiares, poderá doar qualquer valor – é

opcional.

Datas:

Dia 17 de setembro de 2017 -

domingo -Cerimônia do

Bodhisattva Ksitigarbha .

Às 9h30 faremos a recitação do

Sutra de Ullambana.

Às 14h30 até 18h será realizada a

Grande Cerimônia dos Ancestrais .

Esperamos por você!!

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“A mente insone e agitada,
Difícil de proteger, difícil de controlar,
O sábio a endireita,
Como o flecheiro faz com a haste da flecha.

Como um peixe fora da água,


Atirado em terra seca,
Essa mente se contorce
Para escapar ao império de Mara.

A mente, difícil de controlar,


Descuidosa e errante,
Tem de ser dominada.
A mente disciplinada traz felicidade”.
(A Mente - Dhammapada
Dhammapada)

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Dezesseis itens importantes
Henrique Pires - página do facebook “Budismo Sem Dúvidas”

Quais seriam alguns aspectos centrais do Buddhismo que podem ser


encontrados independente da escola ou tradição?
Hoje em dia, pessoas interessadas em aprender os ensinamentos do
Buddha se deparam com diferentes vertentes, tradições, escolas... E muitas

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vezes isso enseja confusões. Uma das perguntas mais comuns que surge,
por exemplo, seria: "Mas não tem algum ´tipo de buddhismo´ onde tal e
tal ideia inexistem?", "Não posso achar algum ´tipo de buddhismo´ que
não fale disso e daquilo?"
Bem, para ajudar com tais dúvidas listamos abaixo alguns itens centrais
- e básicos! - que são de se esperar em qualquer linha de transmissão que
representa os ensinos de Buddha.

1) VIDA E EXEMPLO DE BUDDHA SAKYAMUNI


Buddha Sakyamuni é o Buddha Histórico, nascido há cerca de 2500
anos na Índia. Ele é também entendido como sendo nosso professor pri-
mordial: aquele que atingiu a Perfeita Iluminação (anuttara-samyak-
sambodhi) nesta era e neste mundo, revelando os ensinamentos para que
pudéssemos nos libertar dos sofrimentos. Os ensinamentos buddhistas, tal
como os conhecemos, começaram com ele. Até mais, sua vida, sua
conduta, seus valores, seu modo de praticar e auxiliar as pessoas, tudo
isso, são inspirações para todos os praticantes buddhistas. Assim, é de se
esperar que toda e qualquer escola buddhista dedique alguma energia a
falar desse nosso professor fundamental. Seu exemplo nos inspira compaixão
e sabedoria.

2) AS TRÊS JOIAS COMO PRINCÍPIO NORTEADOR


Ademais, toda e qualquer tradição buddhista parte de um critério básico:
as Três Joias (triratna). Os praticantes buddhistas são aqueles que tomaram
refúgio no Buddha, no Dharma e no Sangha. São essas as Três Joias que
sinalizam o caminho para a Iluminação.

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Aprender com os Buddhas, cultivar-se de acordo com os ensinamentos
do Dharma, e apoiar respeitosamente o Sangha de monges e monjas
enquanto deles se recebe orientações, são itens básicos prezados nas
mais variadas escolas.

3) OS SELOS DO DHARMA
Ao longo dos sutras e demais textos
buddhistas, apresenta-se pelo menos três
selos que "certificam" se um ensinamento
reflete a mensagem profunda do Bud-
dha. Estes selos são diretrizes que
apontam instruções elevadas dentro da
doutrina buddhista, diferenciando-a de
outras tradições. Eles são:
a) «Impermanência» - no Buddhadharma, nada há entre os
fenômenos mundanos que se possa afirmar como permanente. Nem um
Deus Permanente, nem um Mundo Permanente, nem uma Alma
Permanente... Essas lógicas não figuram nos ensinamentos buddhistas. O
que há, isso sim, é a lembrança constante de que todos fenômenos
condicionados, internos ou externos, mentais ou materiais, sutis ou grosseiros,
estão sujeitos à Lei da Impermanência.
b) «Não-eu» - seguindo a lógica anterior, diz-se que todos os
fenômenos, além de impermanentes, são também "não-eu". Isto é, não
existem de modo autônomo e independente. Tudo no universo, na verdade,
existiria mediante a lógica de Surgimento Condicionado (pratityasamutpada),
onde diferentes causas e condições interagem originando os mais variados
aspectos da realidade. Em poucas palavras, tudo seria interdependente,

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composto, condicionado; nada é de fato tão sólido ou tão isolado quanto
aparenta ser.
c) «Nirvana é a paz perfeita» - sabendo que os fenômenos
mundanos são descritos como impermanentes e não-eu, alguém pode
compreender que não são fonte segura de refúgio; que não podem aportar
felicidade satisfatória, nem podem ser agarrados por muito tempo. Com
isso em mente, Buddha ensina que a "felicidade perfeita" é a paz do nir-
vana; ou seja, é a cessação do sofrimento mediante a extinção da cobiça,
ira e ignorância. Essa lembrança traduz a meta mais central presente nos
ensinos buddhistas.

4) DESCRIÇÃO DO SAMSARA E TEMA DO SOFRIMENTO


Sabendo que os ensinamentos buddhistas priorizam a cessação
completa do sofrimento
(i.e.,nirvana), encontraremos
muitas exposições que tratam de
explicar detalhadamente o
sofrimento e suas origens. Falar do
sofrimento para saber como
resolvê-lo é uma estratégia básica
do Buddha. Ele agia como um
bom médico que, antes de tratar
os males de uma doença, fazia
um diagnóstico profundo e
esclarecia quais as causas por
detrás de nossas dores. Este,

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portanto, é um tema muito comum e prevalente.
E quando falava do sofrimento, Buddha também falava do Samsara (o
ciclo de nascimentos e mortes). Ele explicou que vagamos vida após vida
de modo contínuo, estressante e ininterrupto, atados a um ciclo de
sucessivos renascimentos. Ele também destacou as causas que nos mantêm
presos a esse ciclo: o desejo e a ignorância (ver SN 22:99). Esta também é
uma noção básica que se há de encontrar nas mais variadas escolas
buddhistas.

5) RENASCIMENTOS, REINOS E PRECIOSA VIDA HUMANA


Partindo da noção de samsara, Buddha explica o processo de
renascimento como algo bem con-
creto e factível. Ele coloca essa
compreensão numa categoria de
ensinamentos que chama de "não
passíveis de controvérsia", ou seja,
fatos certeiros cuja devida
compreensão há de acarretar
benefícios (ver MN60). Não se trata,
portanto, de mera alusão simbólica
ou de uma ideia descartável.
Um passo além, ele ainda explica que não renascemos apenas e tão-
somente como humanos, mas que existem múltiplas formas de
renascimento. Existem múltiplas categorias de seres que transmigram de
acordo com suas ações. Descreve, pois, planos de existência materiais e
imateriais, onde existiriam: seres em reinos de mísera existência (naraka),
seres afetados pela fome e inquietude constante (pretas), animais, seres

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humanos, e também seres celestiais (devas) que se regozijam em condições
aprazíveis. Ao falar das muitas formas de renascimento, Buddha o faz
destacando a importância de se valorizar o nascimento humano:
segundo ele, seria este o mais propício para a prática espiritual,
já que se encontra entre os fortes extremos de sofrimento e
prazer tão característicos dos outros reinos.
Essa é uma compreensão básica compartilhada entre as escolas
buddhistas e serve de base para uma maior apreciação da vida humana,
a qual, segundo Buddha, é extremamente preciosa e difícil de se obter (ver
SN 56.48).

6) PRÁTICA CENTRALIZADA NO REINO HUMANO


Diferentemente de outras religiões que vão prezar pelo renascimento
num reino celestial, Buddha
reconhece a existência de reinos
aprazíveis sem, contudo,
estabelecer neles o foco central
de seu ensino. O eixo de sua
doutrina ainda jaz sobre a prática
espiritual no reino humano, com fins
a alcançar a Liberação (nirvana).
São comuns na tradição
buddhista métodos para se
obter melhores condições na
vida presente e melhores
renascimentos futuros. Até mais,
alguns praticantes buddhistas fazem votos de renascer noutros lugares a

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fim de continuar aprendendo... E está bem. Nada disso, no entanto, significa
que o Buddhismo preconiza alguma espécie de "lugar paradisíaco" como
sendo «per se» a meta final. Na verdade, a meta sempre retorna ao
tema de eliminar o sofrimento e atingir a paz perfeita, tanto
para si quanto para os outros. Não falamos, pois, de chegar a
um certo lugar
lugar,, mas
mas,, sim
sim,, de alcançar um estado de consciência
consciência..

7) CAMINHO GRADUAL E NÍVEIS DE ENSINOS


Para ajudar os seres a eliminar seu sofrimento, Buddha oferecia diferentes
níveis de instrução; pois
assim, era capaz de
beneficiar os muitos tipos de
pessoas que o escutavam.
Nos sutras, ele
frequentemente falava
de sua doutrina como
sendo um caminho
gradual: algo que
abarca generosidade, reverência e boas ações; conduta ética
e disciplinada; contentamento e moderação; autocontrole sobre
os sentidos e maestria da mente; atenção plena e profunda
concentração; sabedoria e liberação.
Por isso, é normal encontrar ensinamentos mundanos e transcendentes,
parciais e últimos, fáceis e difíceis, rasos e profundos, ao longo das mais
variadas tradições buddhistas. Por exemplo: alguém pode se deparar com
instruções bem simples para melhorar a saúde e as relações interpessoais;
e pode, mais tarde, se deparar também com instruções profundas sobre o

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cultivo da mente. Todos estes aspectos coexistem em alguma medida.
Não há escolas buddhistas que apresentem apenas e tão-somente ideias
fáceis, nem escolas que ensinem unicamente os métodos mais avançados
- há sempre uma progressão do básico ao complexo dentro de cada
sistema ou linhagem de treinamento buddhista.

8) NOBRES VERDADES E NOBRE CAMINHO


Quanto a essas perspectivas mais profundas e difíceis, Buddha
frequentemente se referia a elas com o termo "nobre"
"nobre". Ou seja, algo
elevado e de difícil apreensão para pessoas comuns sem treinamento.
Trata-se de ideias mais acessíveis
para aqueles treinados em
virtude e sabedoria, para os que
vão altamente engajados na
busca espiritual. Era para estes,
por exemplo, que Buddha
ensinava sobre as Quatro
Nobres Verdades e o Nobre
Verdades
Caminho Óctuplo.
São referências centrais
nos seus ensinamentos,
tratando de explicar a fundo
o sofrimento e suas origens,
bem como a Liberação e
o método para obtê-la. São
ensinamentos que prezam pela redução do desejo e pela

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maturação da sabedoria
sabedoria. Tais referências, deve-se frisar, são aceitas e
compartilhadas por todas escolas buddhistas.

9) TRÊS TREINAMENTOS SUPERIORES


De modo compacto, o Nobre Caminho Óctuplo para a Liberação (i.e.,
cessação dos sofrimento)
é comumente resumido
em três categorias
importantes: Disciplina
Moral, Cultivo Mental e
Treino em Sabedoria
Sabedoria.
São também chamados
de "Três Treinamentos
Superiores" e conformam
um tripé para o correto
exercício da prática
buddhista, de modo
equilibrado e integral. Em
detalhes:
a) «Disciplina Moral» - sila: compreende os cinco preceitos básicos
e as demais noções de conduta que traduzem um comportamento
compassivo, ético e harmonioso. Esse aspecto trata especificamente do
abandono do que é lesivo e insalubre, tanto para si quanto para outros,
colocando especial ênfase no ideal de "não-violência"; ou seja, abster-se
de prejudicar os outros seres. Essa noção de "cultivar o bem e abandonar
o mal" é a base mais fundamental de toda prática buddhista.

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b) «cultivo mental» - samadhi: diz respeito ao treinamento da mente.
Mais do que o simples exercício da meditação formal, inclui ainda o
desenvolvimento de qualidades importantes: atitude mental de amor
benevolente, atenção plena com clara compreensão, e concentração
profunda. Aqui, há especial ênfase na importância de possuir uma mente
treinada, estável, maleável e clara a fim de fazer desabrochar a sabedoria.
Todas escolas buddhistas ensinam métodos para se cultivar a mente.
c) «treino em sabedoria» - prajña: esse item inclui não só o estudo e
o aprendizado a fim de corrigir visões errôneas sobre a prática espiritual,
mas abarca toda sorte de instrução útil à compreensão e à liberação da
mente. Há especial ênfase no desenvolvimento de certas capacidades,
como a análise e investigação profunda da realidade, mediante a qual o
praticante percebe mais nitidamente os atributos da impermanência, do
não-eu, etc.
Em termos práticos e gerais, o treinamento buddhista se apoia nesse
tripé. Não se fala de trabalhar meditação sem conduta; ou conduta sem
sabedoria; nem sequer sabedoria sem meditação no Buddhismo. Todos
estes fatores vão conectados.

10) CAMINHO DO MEIO


Todos os já mencionados itens da prática buddhista, sem exceção, vão
pautados pela noção de "Caminho do Meio" (madhyama-pratipada) que
Buddha ensinou desde seu primeiro discurso. Em suma, isso significa que o
caminho para a Liberação não recai no extremo do (1) «hedonismo»
«hedonismo»,
que seria entregar-se aos prazeres e confortos da vida; nem tampouco
recai no extremo do (2) «ascetismo»
«ascetismo», que seria automortificar o corpo e
a mente com exercícios ou privações exageradas, levando a danos na

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saúde. O Caminho Buddhista preza por um equilíbrio sutil, e um
modelo de prática que conduz à autodisciplina sem incorrer na
autoagressão (ver por exemplo, AN 6.55).

11) VISÕES FILOSÓFICAS BÁSICAS


Partindo da noção de "Caminho do Meio", pode-se dizer que o mesmo
princípio é utilizado para expressar a visão
básica de mundo no buddhismo; para
expressar, de modo sucinto, seu
posicionamento frente a outras
correntes filosóficas e tradições
religiosas.
Buddha qualificava sua doutrina
como algo que não recaía jamais no
extremo de (1) «visões
aniquilacionistas» (ucchedavada),
as quais propunham que nada existisse
após a morte, que ações boas e ruins não originariam efeitos kármicos,
etc; e, tampouco, dizia que sua doutrina também não recaía no extremo
de (2) «visões eternalistas» (sasatavada)
(sasatavada), as quais propunham uma
alma eterna e imortal, um Deus ou Princípio ou Substrato eterno e imortal,
etc.

12) SURGIMENTO CONDICIONADO


Sua visão de mundo mais básica se fundamenta na noção de "Surgimento
Condicionado", onde tudo existe mediante a interação de causas e

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condições. Trata-se de uma perspectiva que foge aos dois extremos
anteriores: do eternalismo e do aniquilacionismo (ver SN 12.15).
Por Surgimento Condicionado (pratyasamutpada) se entende
que tudo é interdependente; que nada surge ou existe de modo
autônomo, intrínseco
e isolado. Na
verdade, tudo que
surge se dá por meio
de condições e tudo
que cessa também o
faz mediante certas
condições. Com essa
compreensão, por
exemplo, sabemos que
o sofrimento do Ciclo de Nascimento e Morte surge e se sustenta graças a
algumas condições específicas; e sabemos que, ao trabalhar com tais
condições, transformando-as, o mesmo sofrimento pode mudar - pode
cessar completamente. Trata-se de um conceito fundamental em todas
escolas buddhistas, o qual nos ajuda a olhar para as condicionantes de
nossa realidade e trabalhar habilmente com elas.

13) KARMA E CAUSALIDADE


Ao compreender a Lei do Surgimento Condicionado, e entender que
tudo quanto existe é interdependente, passamos a entender também o
modo como todos afetamos a todos. Estamos interligados. Isso ajuda a
entender a noção de «karma», ou o princípio da causalidade, onde toda
ação intencional gerada produz inevitavelmente um efeito correspondente.

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Como um grito e seu eco ou como a semente e seu fruto, Buddha
ensinava que nossa ações intencionais (karmas) nunca são
improfícuas: elas afetam o universo e, ato contínuo, retornam
com resultados equivalentes para o agente que as produziu.

Essa noção de Karma, de causalidade, também chamada de "Lei de


Causa e Efeito", é um dos pontos mais fundamentais compartilhados
por todas tradições
buddhistas. Isso nos ajuda a
entender que somos
criadores do nosso próprio
destino, com as ações que
geramos através do corpo,
da fala e da mente. Ajuda
a entender
entender,, dentre
outras coisas, que nada
do que nos sucede é
casual; mas "causal". Ou seja, todo acontecimento seria reflexo
de alguma causa plantada anteriormente.
Sabendo disso, praticantes buddhistas tomam as rédeas do próprio
destino e moldam-no com ações positivas. Assim o fazem ao invés de crer
que estão fadados a algum futuro pré-determinado; assim o fazem ao
invés de crer, novamente, que alguma divindade ou princípio aleatório estaria
controlando suas vidas.

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14) SABEDORIA
SABEDORIA,, COMPAIXÃO E VO
COMPAIXÃO VOTTOS DE CONFIANÇA
Essas são algumas das qualidades preconizadas, em maior ou menor
medida, em todos círculos de prática buddhista. Desenvolver sabedoria
pode ter relação direta com a investigação e o entendimento
dos princípios anteriores - buscando entender o funcionamento
do Karma, do Surgimento Condicionado, etc.; mas também
abrange outros aspectos como o estudo e a prática
contemplativa.
Já a compaixão
compaixão,, podemos frisar
frisar,, é frequentemente destacada
ao lado da Sabedoria para que lembremos: não é possível atingir
a liberação da mente sem cultivar também importantes emoções
positivas (como o amor benevolente, a compaixão, a alegria
ante o sucesso alheio, a equanimidade...). Ajudar os demais é um
fator que gera méritos - ou seja, karma positivo -, e serve como fator causal
para poder progredir no caminho da Iluminação sem se deparar com muitos
obstáculos.
Ao fim, fala-se também da qualidade de estabelecer votos com
sincera confiança. Estamos falando de uma qualidade de
devoção, de confiança
reverente, de respeito e
motivação, que brota ao
apreciarmos nossos
grandes modelos - como
o próprio Buddha
Sakyamuni. Notem que
aqui, não se preconiza
uma "fé cega", mas, sim,

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uma atitude de reverente admiração que preenche o praticante
quando este contempla o Caminho do Dharma. Algumas escrituras
dizem que a devoção destituída de discernimento fortalece à ignorância;
mas a inteligência desprovida de uma dose sadia de reverência e devoção,
também, só faz proliferar opiniões errôneas - fortalecendo a própria
arrogância. É preciso certo
equilíbrio.
Por isso
isso,, uma terceira
qualidade importante no
Buddhadharma é a
qualidade da devoção,
mediante a qual fazemos
votos confiantes de
trilhar o mesmo caminho
que todos os Iluminados
percorreram.

15) BENEFÍCIO PRÓPRIO E ALHEIO


Uma vez que tenhamos lembrado a coexistência da Compaixão e da
Sabedoria dentro dos ensinamentos de Buddha, fica fácil sinalizar isto: o
Buddhadharma, a doutrina de Buddha, sempre comporta
referências para que possamos beneficiar a nós mesmos e
beneficiar aos demais.
Não há escola buddhista que despreze em absoluto o trabalho
pelo benefício próprio. Precisamos nos cuidar para cuidar dos
outros. Afinal, se não reduzirmos nossa cobiça, ira e ignorância,

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como seremos capazes de bem lidar com os outros seres? Esta
é uma noção de sabedoria: para cuidar dos demais, precisamos
cuidar também de nós; cuidar da qualidade de nossa prática
espiritual.
E, por outro lado, também, não há escola buddhista que despreze em
absoluto o benefício alheio. E em quê sentido? Buddha viajou e ensinou
diferentes pessoas por mais de 40 anos. Mesmo seus alunos mais discretos
e isolados sentiam compaixão e não se negavam a ajudar, a beneficiar
quem podiam.
Como tal, não há
escola buddhista que
não trabalhe de algum
modo, direta ou
indiretamente, para
beneficiar os seres e
ajudar nossa sociedade.
Esta é uma noção de
compaixão
compaixão.

16) VIDA LAICA E VIDA MONÁSTICA


Encerrando, existem no Buddhismo pelo menos dois modelos de vida
segundo os quais podemos cultivar o Dharma. O (1) modelo de vida
laico e o (2) modelo de vida monástico. Estes dois modelos refletem
muito bem o princípio anterior de "beneficiar a si e beneficiar aos outros".
Buddha designou seus discípulos mais próximos, os monges e monjas
renunciantes, para se encarregarem da transmissão dos ensinamentos; para
manterem acesa a chama do Dharma, passando-o de geração a geração.

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São pessoas que se submetem a um duro treinamento, e dedicam
sua vida integralmente para aprender a fundo o Caminho de
Buddha. Assim sendo, podem melhor ensinar e ajudar a perpetuar
essa mensagem - beneficiando incontáveis seres.

Tal é a importância do Sangha de monges e monjas


monjas,,
respeitado e prezado em toda e qualquer escola buddhista
buddhista.. TTal
al
é, brevemente, a importância do ideal de vida monástico.
Ademais desse estilo, porém, Buddha também incentivava que seus
discípulos laicos praticassem. Ou seja, ele auxiliava aqueles bons homens e
mulheres com casa, emprego, filhos e família, a estudar e cultivar o Dharma.
O caminho para a Liberação não é restrito aos monges. E assim sendo,
Buddha também teve muitos discípulos laicos, homens e mulheres, de todas
as idades, que conseguiram realizar os mais altos frutos da prática buddhista.
Esses laicos, chamados de upasaka (no caso dos homens) e upasika
(no caso das mulheres) sempre foram os grandes apoiadores do Buddhismo.

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Mediante suas doações, o Sangha de monges e monjas pode continuar
subsistindo e treinando a fundo, para mais tarde retribuir e auxiliar aqueles
mesmos laicos na sua prática espiritual. Este apoio conjunto também reflete
o ideal de benefício mútuo e, ainda hoje, é extremamente importante
para a perpetuação do Dharma. Tal é a importância do ideal da vida
laica.
Em suma, no buddhismo não se menospreza o ideal de vida monástica,
nem tampouco o ideal de vida laica. Ambos têm sua importância.

CONCLUSÃO
Esses 16 pontos resumem algumas ideias e valores - muito gerais! - que
alguém pode esperar encontrar nas mais variadas vertentes buddhistas.
São temas teóricos e práticos muito básicos. Eles oferecem uma visão
panorâmica de como funcionam os ensinamentos de Buddha, o
treinamento por ele proposto, ademais da maneira como se organizam os
discípulos. Esperamos que a lista ajude a eliminar possíveis dúvidas.

Namo Buddha!
(homenagem ao Buddha)

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A Revista Tzong Kwan é uma publicação trimestral, de distribuição gratuita e sem fins

lucrativos.

Doamos mais esta edição feita com todo amor e carinho desejando que ela possa

iluminar todas as pessoas que com ela tiverem contato, fazendo com que se afastem

dos sofrimentos e se beneficiem da riqueza dos ensinamentos do Dharma alcançando a

paz, a sabedoria, a compaixão e a compreensão vasta como um mar.

Agradecemos a todos os colaboradores que doaram seu tempo, dedicação e trabalho

para viabilizar esta edição; e aos que doaram recursos para que a revista fosse impressa.

Namo Amito Fo!

DISTRIBUIÇÃO GRATUITA, PROIBIDA SUA VENDA.


DOAÇÕES podem ser feitas a:
BANCO ITAÚ - AG: 0081 - CC: 66942-6
ASSOC. BUDISTA AMÉRICA do SUL TZONG KWAN

Expediente
Diagramação e Layout : Carolina Castilho
Colaboradores: Sr. Henrique Pires, Sr. Lu e Sr. Marco Moura

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Quadrinhos: É mais Fácil Saber do que Fazer- 1) Um dia, o famoso

poeta Bai Juyi perguntou ao monge Niaowo sobre o Zen: Como devo conduzir minha

vida para ser inseparável do Tao? 2) Evite o mal e faça o bem. 3) Até mesmo uma

criança de três anos sabe disso. 4) Talvez, mas nem mesmo um homem de cem anos

pode fazer isso. -! 5) Sócrates disse que se as pessoas soubessem o que deveriam fazer,

o fariam: Mas ele substimou a capacidade que elas têm de se enganar. Todos sabem

o que deveriam fazer, mas quantos o fazem?

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