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Sabedoria
Revista Trimestral do Templo Tzong Kwan – Julho.17
Volume 89
“A meta sempre
retorna ao tema de
eliminar o
sofrimento e atingir
a paz perfeita, “Não falamos,de
tanto para si chegar a um certo
quanto para os lugar
lugar,, mas
mas,, sim
sim,, de
outros.” alcançar um
estado de
consciência.”
DISTRIBUIÇÃO GRATUITA
Seja bem-vindo!
O Templo está aberto para visitas:
- Sábados: das 14h às 18h.
- Domingos: das 9h às 16h.
Atividades semanais:
Endereço: R. Rio Grande, 498 – Vila Mariana – São Paulo, SP – CEP: 04018-001
* Horário de atendimento telefônico: 14h às 16h30.
Tel: (0xx11) 5082-3160/ 5084-0363 e-mail: tzongkwan@gmail.com
* Endereço de acesso às traduções dos Sutras: www.dharmatranslation.org
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Convite Especial para Recitação
e
Cerimônia
Gostaríamos de informar que a partir do domingo 06/08 até o domingo
10/09 será recitado o Sutra de Ksitigarbha. Aqueles que quiserem deixar os nomes
de seus familiares para dedicar-lhes méritos na cerimônia devem,
antes, recitar 1000 vezes o nome de Buddha. Quem desejar fazer doações
para ajudar o templo, em nome dos familiares, poderá doar qualquer valor – é
opcional.
Datas:
domingo -Cerimônia do
Bodhisattva Ksitigarbha .
Sutra de Ullambana.
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“A mente insone e agitada,
Difícil de proteger, difícil de controlar,
O sábio a endireita,
Como o flecheiro faz com a haste da flecha.
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Dezesseis itens importantes
Henrique Pires - página do facebook “Budismo Sem Dúvidas”
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vezes isso enseja confusões. Uma das perguntas mais comuns que surge,
por exemplo, seria: "Mas não tem algum ´tipo de buddhismo´ onde tal e
tal ideia inexistem?", "Não posso achar algum ´tipo de buddhismo´ que
não fale disso e daquilo?"
Bem, para ajudar com tais dúvidas listamos abaixo alguns itens centrais
- e básicos! - que são de se esperar em qualquer linha de transmissão que
representa os ensinos de Buddha.
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Aprender com os Buddhas, cultivar-se de acordo com os ensinamentos
do Dharma, e apoiar respeitosamente o Sangha de monges e monjas
enquanto deles se recebe orientações, são itens básicos prezados nas
mais variadas escolas.
3) OS SELOS DO DHARMA
Ao longo dos sutras e demais textos
buddhistas, apresenta-se pelo menos três
selos que "certificam" se um ensinamento
reflete a mensagem profunda do Bud-
dha. Estes selos são diretrizes que
apontam instruções elevadas dentro da
doutrina buddhista, diferenciando-a de
outras tradições. Eles são:
a) «Impermanência» - no Buddhadharma, nada há entre os
fenômenos mundanos que se possa afirmar como permanente. Nem um
Deus Permanente, nem um Mundo Permanente, nem uma Alma
Permanente... Essas lógicas não figuram nos ensinamentos buddhistas. O
que há, isso sim, é a lembrança constante de que todos fenômenos
condicionados, internos ou externos, mentais ou materiais, sutis ou grosseiros,
estão sujeitos à Lei da Impermanência.
b) «Não-eu» - seguindo a lógica anterior, diz-se que todos os
fenômenos, além de impermanentes, são também "não-eu". Isto é, não
existem de modo autônomo e independente. Tudo no universo, na verdade,
existiria mediante a lógica de Surgimento Condicionado (pratityasamutpada),
onde diferentes causas e condições interagem originando os mais variados
aspectos da realidade. Em poucas palavras, tudo seria interdependente,
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composto, condicionado; nada é de fato tão sólido ou tão isolado quanto
aparenta ser.
c) «Nirvana é a paz perfeita» - sabendo que os fenômenos
mundanos são descritos como impermanentes e não-eu, alguém pode
compreender que não são fonte segura de refúgio; que não podem aportar
felicidade satisfatória, nem podem ser agarrados por muito tempo. Com
isso em mente, Buddha ensina que a "felicidade perfeita" é a paz do nir-
vana; ou seja, é a cessação do sofrimento mediante a extinção da cobiça,
ira e ignorância. Essa lembrança traduz a meta mais central presente nos
ensinos buddhistas.
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portanto, é um tema muito comum e prevalente.
E quando falava do sofrimento, Buddha também falava do Samsara (o
ciclo de nascimentos e mortes). Ele explicou que vagamos vida após vida
de modo contínuo, estressante e ininterrupto, atados a um ciclo de
sucessivos renascimentos. Ele também destacou as causas que nos mantêm
presos a esse ciclo: o desejo e a ignorância (ver SN 22:99). Esta também é
uma noção básica que se há de encontrar nas mais variadas escolas
buddhistas.
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humanos, e também seres celestiais (devas) que se regozijam em condições
aprazíveis. Ao falar das muitas formas de renascimento, Buddha o faz
destacando a importância de se valorizar o nascimento humano:
segundo ele, seria este o mais propício para a prática espiritual,
já que se encontra entre os fortes extremos de sofrimento e
prazer tão característicos dos outros reinos.
Essa é uma compreensão básica compartilhada entre as escolas
buddhistas e serve de base para uma maior apreciação da vida humana,
a qual, segundo Buddha, é extremamente preciosa e difícil de se obter (ver
SN 56.48).
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fim de continuar aprendendo... E está bem. Nada disso, no entanto, significa
que o Buddhismo preconiza alguma espécie de "lugar paradisíaco" como
sendo «per se» a meta final. Na verdade, a meta sempre retorna ao
tema de eliminar o sofrimento e atingir a paz perfeita, tanto
para si quanto para os outros. Não falamos, pois, de chegar a
um certo lugar
lugar,, mas
mas,, sim
sim,, de alcançar um estado de consciência
consciência..
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cultivo da mente. Todos estes aspectos coexistem em alguma medida.
Não há escolas buddhistas que apresentem apenas e tão-somente ideias
fáceis, nem escolas que ensinem unicamente os métodos mais avançados
- há sempre uma progressão do básico ao complexo dentro de cada
sistema ou linhagem de treinamento buddhista.
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maturação da sabedoria
sabedoria. Tais referências, deve-se frisar, são aceitas e
compartilhadas por todas escolas buddhistas.
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b) «cultivo mental» - samadhi: diz respeito ao treinamento da mente.
Mais do que o simples exercício da meditação formal, inclui ainda o
desenvolvimento de qualidades importantes: atitude mental de amor
benevolente, atenção plena com clara compreensão, e concentração
profunda. Aqui, há especial ênfase na importância de possuir uma mente
treinada, estável, maleável e clara a fim de fazer desabrochar a sabedoria.
Todas escolas buddhistas ensinam métodos para se cultivar a mente.
c) «treino em sabedoria» - prajña: esse item inclui não só o estudo e
o aprendizado a fim de corrigir visões errôneas sobre a prática espiritual,
mas abarca toda sorte de instrução útil à compreensão e à liberação da
mente. Há especial ênfase no desenvolvimento de certas capacidades,
como a análise e investigação profunda da realidade, mediante a qual o
praticante percebe mais nitidamente os atributos da impermanência, do
não-eu, etc.
Em termos práticos e gerais, o treinamento buddhista se apoia nesse
tripé. Não se fala de trabalhar meditação sem conduta; ou conduta sem
sabedoria; nem sequer sabedoria sem meditação no Buddhismo. Todos
estes fatores vão conectados.
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saúde. O Caminho Buddhista preza por um equilíbrio sutil, e um
modelo de prática que conduz à autodisciplina sem incorrer na
autoagressão (ver por exemplo, AN 6.55).
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condições. Trata-se de uma perspectiva que foge aos dois extremos
anteriores: do eternalismo e do aniquilacionismo (ver SN 12.15).
Por Surgimento Condicionado (pratyasamutpada) se entende
que tudo é interdependente; que nada surge ou existe de modo
autônomo, intrínseco
e isolado. Na
verdade, tudo que
surge se dá por meio
de condições e tudo
que cessa também o
faz mediante certas
condições. Com essa
compreensão, por
exemplo, sabemos que
o sofrimento do Ciclo de Nascimento e Morte surge e se sustenta graças a
algumas condições específicas; e sabemos que, ao trabalhar com tais
condições, transformando-as, o mesmo sofrimento pode mudar - pode
cessar completamente. Trata-se de um conceito fundamental em todas
escolas buddhistas, o qual nos ajuda a olhar para as condicionantes de
nossa realidade e trabalhar habilmente com elas.
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Como um grito e seu eco ou como a semente e seu fruto, Buddha
ensinava que nossa ações intencionais (karmas) nunca são
improfícuas: elas afetam o universo e, ato contínuo, retornam
com resultados equivalentes para o agente que as produziu.
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14) SABEDORIA
SABEDORIA,, COMPAIXÃO E VO
COMPAIXÃO VOTTOS DE CONFIANÇA
Essas são algumas das qualidades preconizadas, em maior ou menor
medida, em todos círculos de prática buddhista. Desenvolver sabedoria
pode ter relação direta com a investigação e o entendimento
dos princípios anteriores - buscando entender o funcionamento
do Karma, do Surgimento Condicionado, etc.; mas também
abrange outros aspectos como o estudo e a prática
contemplativa.
Já a compaixão
compaixão,, podemos frisar
frisar,, é frequentemente destacada
ao lado da Sabedoria para que lembremos: não é possível atingir
a liberação da mente sem cultivar também importantes emoções
positivas (como o amor benevolente, a compaixão, a alegria
ante o sucesso alheio, a equanimidade...). Ajudar os demais é um
fator que gera méritos - ou seja, karma positivo -, e serve como fator causal
para poder progredir no caminho da Iluminação sem se deparar com muitos
obstáculos.
Ao fim, fala-se também da qualidade de estabelecer votos com
sincera confiança. Estamos falando de uma qualidade de
devoção, de confiança
reverente, de respeito e
motivação, que brota ao
apreciarmos nossos
grandes modelos - como
o próprio Buddha
Sakyamuni. Notem que
aqui, não se preconiza
uma "fé cega", mas, sim,
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uma atitude de reverente admiração que preenche o praticante
quando este contempla o Caminho do Dharma. Algumas escrituras
dizem que a devoção destituída de discernimento fortalece à ignorância;
mas a inteligência desprovida de uma dose sadia de reverência e devoção,
também, só faz proliferar opiniões errôneas - fortalecendo a própria
arrogância. É preciso certo
equilíbrio.
Por isso
isso,, uma terceira
qualidade importante no
Buddhadharma é a
qualidade da devoção,
mediante a qual fazemos
votos confiantes de
trilhar o mesmo caminho
que todos os Iluminados
percorreram.
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como seremos capazes de bem lidar com os outros seres? Esta
é uma noção de sabedoria: para cuidar dos demais, precisamos
cuidar também de nós; cuidar da qualidade de nossa prática
espiritual.
E, por outro lado, também, não há escola buddhista que despreze em
absoluto o benefício alheio. E em quê sentido? Buddha viajou e ensinou
diferentes pessoas por mais de 40 anos. Mesmo seus alunos mais discretos
e isolados sentiam compaixão e não se negavam a ajudar, a beneficiar
quem podiam.
Como tal, não há
escola buddhista que
não trabalhe de algum
modo, direta ou
indiretamente, para
beneficiar os seres e
ajudar nossa sociedade.
Esta é uma noção de
compaixão
compaixão.
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São pessoas que se submetem a um duro treinamento, e dedicam
sua vida integralmente para aprender a fundo o Caminho de
Buddha. Assim sendo, podem melhor ensinar e ajudar a perpetuar
essa mensagem - beneficiando incontáveis seres.
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Mediante suas doações, o Sangha de monges e monjas pode continuar
subsistindo e treinando a fundo, para mais tarde retribuir e auxiliar aqueles
mesmos laicos na sua prática espiritual. Este apoio conjunto também reflete
o ideal de benefício mútuo e, ainda hoje, é extremamente importante
para a perpetuação do Dharma. Tal é a importância do ideal da vida
laica.
Em suma, no buddhismo não se menospreza o ideal de vida monástica,
nem tampouco o ideal de vida laica. Ambos têm sua importância.
CONCLUSÃO
Esses 16 pontos resumem algumas ideias e valores - muito gerais! - que
alguém pode esperar encontrar nas mais variadas vertentes buddhistas.
São temas teóricos e práticos muito básicos. Eles oferecem uma visão
panorâmica de como funcionam os ensinamentos de Buddha, o
treinamento por ele proposto, ademais da maneira como se organizam os
discípulos. Esperamos que a lista ajude a eliminar possíveis dúvidas.
Namo Buddha!
(homenagem ao Buddha)
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A Revista Tzong Kwan é uma publicação trimestral, de distribuição gratuita e sem fins
lucrativos.
Doamos mais esta edição feita com todo amor e carinho desejando que ela possa
iluminar todas as pessoas que com ela tiverem contato, fazendo com que se afastem
para viabilizar esta edição; e aos que doaram recursos para que a revista fosse impressa.
Expediente
Diagramação e Layout : Carolina Castilho
Colaboradores: Sr. Henrique Pires, Sr. Lu e Sr. Marco Moura
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Quadrinhos: É mais Fácil Saber do que Fazer- 1) Um dia, o famoso
poeta Bai Juyi perguntou ao monge Niaowo sobre o Zen: Como devo conduzir minha
vida para ser inseparável do Tao? 2) Evite o mal e faça o bem. 3) Até mesmo uma
criança de três anos sabe disso. 4) Talvez, mas nem mesmo um homem de cem anos
pode fazer isso. -! 5) Sócrates disse que se as pessoas soubessem o que deveriam fazer,
o fariam: Mas ele substimou a capacidade que elas têm de se enganar. Todos sabem
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