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Primeiros estudos
linguísticos das línguas de
sinais
Os estudos linguísticos das línguas
de sinais iniciaram em 1960, com
o linguista William Stokoe que, ao
observar a língua de sinais
americana (ASL), percebeu que os
sinais não eram organizados
aleatoriamente, sendo assim,
realizou a primeira descrição
estrutural da ASL, recomendando
a decomposição dos sinais desta
língua em três parâmetros
principais: configuração de mão
(CM), locação da mão (L) e
movimento da mão (M). Esses três
parâmetros principais são unidades
mínimas (quiremas) análogos aos
fonemas das línguas orais que
constituem os morfemas.
Posteriormente, os estudos
linguísticos sobre a ASL se
expandiram. Quadros e Karnopp
(2004) menciona que mais tarde
Battison (1973) realizou um
acréscimo à descrição dos
quiremas adicionando dois novos
parâmetros: orientação da palma
das mãos (Or) e expressões faciais
ou expressões não manuais (ENM)
que envolvem movimentos da boca
e da face.
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No Brasil, o primeiro documento
publicado sobre a Língua Brasileira de
Sinais é de 1873, intitulado
Iconographia dos signaes dos surdos-
mudos, de autoria de Flausino José da
Gama, um aluno surdo do Instituto
Nacional de Surdos-Mudos (INSM)
(RAMOS, 2003).
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Exemplo 2:
Vocábulo DICIONÁRIO (CM- 53) (CM –
01)
Disponível em: <https://goo.gl/cI0zhW>
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O segundo parâmetro fonológico é o Ponto
de Articulação (PA), que se refere ao local
onde a mão configurada CM se localizará.
Existem vocábulos em que a mão será
realizada em alguma parte do corpo, ou no
espaço neutro, em frente do corpo.
Observe o espaço de realização dos sinais e as
principais áreas de articulação:
Espaço
Fonte: Battison (1978, p. apud QUADROS e
KARNOPP, 2004, p. 57).
Vocábulo CURSO - é
sinalizado no dorso da mão,
(CMs-12) e mão de apoio
configurada (CM-69)
Disponível em: <https://goo.gl/xVRAb3>
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O vocábulo referente a
MEMORIZAR é sinalizado na
testa com a CM-8.
Vocábulo MEMORIZAR
Disponível em: <https://goo.gl/ORPleu>
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Movimento direcional
Movimento semicircular
Fonte: Capovilla, Raphael e Mauricio
(2008, p. 540-1194).
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Observe os sinais os
vocábulos abaixo que não
têm movimento:
Exemplo 1: O vocábulo TRISTE é
sinalizado sem movimento. A CM (64), o
ponto de articulação é no queixo.
Vocábulo TRISTE
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Vocábulo AMÉRICA
CENTRAL (CMs 68)
Vocábulo AMÉRICA DO
NORTE (CMs 5+ 68)
Fonte: Capovilla, Raphael e Mauricio
(2008, p. 540-1194).
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No entanto, para sinalizar o
vocábulo AMOR, a orientação da
palma da mão é necessariamente
para baixo:
Vocábulo AMOR
Disponível em: <https://goo.gl/AHCG1v>
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Saberes culturais:
surdez e comunidade
surda
Ao introduzir no universo da surdez,
existem domínios que ultrapassam o
conhecimento e na Libras é
imprescindível compartilhar alguns
saberes culturais da comunidade surda,
dentre eles: a terminologia adequada,
cultura e identidade surda, elementos
interacionais importantes especialmente
na relação surdo/ouvinte.
A definição de surdez envolve uma
diversidade de áreas, como: médica
(etiologia, o diagnóstico da deficiência
auditiva); terapêutica (reabilitação
fonoaudiológica), linguística (aquisição
e desenvolvimento da língua);
educacional (filosofias e métodos
específicos para o aluno surdo) social
(as implicações comunicativas,
principalmente na interação
surdo/ouvinte); trabalhista (inserção no
mercado de trabalho); política
(militância da comunidade surda ao
direito linguístico e equidade).
A surdez tem sido objeto dos estudos
culturais, que colocam como secundária
a questão da deficiência. Neste sentido,
as pessoas surdas preferem ser
chamadas de “surdos”, devido à
valorização da modalidade linguística e
das conjunturas culturais. De acordo
com Perlin e Miranda (2004), ser surdo
é pertencer ao mundo de experiência
visual e ter como primeira língua a
Língua de Sinais.
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Alfabeto manual
brasileiro
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Pratique também os vocábulos
referentes à apresentação e
cumprimentos.
Apresentação e
cumprimentos
Fonte: Capovilla, Raphael e Mauricio (2008, p. 540-
1194).
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Números em LIBRAS
Sinal de número (CM 69)
Disponível em: <https://goo.gl/arpfdz>
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Os números em Libras são sinalizados de
acordo com o contexto e são diferenciados
em categorias: cardinais, quantitativos,
ordinais, horas e valores monetários.
Os números cardinais são utilizados para representar:
número do telefone, CPF, RG, dados bancários entre
outros.
Números cardinais
Fonte: Capovilla, Raphael e Mauricio (2008, p. 540-
1194).
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Os números ordinais são realizados acrescidos do
parâmetro movimento:
Números ordinais
Para sinalizar as horas, sempre indicamos o período
(manhã, tarde, noite ou madrugada). Observe nas CMs (de
1 a 4) e o tipo de movimento:
Números para horas
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Pronomes
Disponível em: <https://goo.gl/aV7S3b>
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No plural, a CM mudará
de acordo com a
quantidade de pessoas.
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SEU/TEU – CM (55)
Disponível em: <https://goo.gl/iH8SlR>
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Verbos da Libras
Disponível em: <https://goo.gl/Ps4oi9>
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AVISAR
Fonte: Capovilla, Raphael e Mauricio (2008, p. 540-
1194).
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AVISAR-ME
ABANDONAR
ABANDONAR-ME
Fonte: Capovilla, Raphael e Mauricio (2008, p. 540-
1194).
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Simples, sem
concordância:
Agora, observe alguns verbos
simples, ou seja, verbos sem
concordância:
ANDAR
SENTAR
Fonte: Capovilla, Raphael e Mauricio (2008, p. 540-
1194).
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Simples, sem
concordância:
SENTIR
DORMIR
Fonte: Capovilla, Raphael e Mauricio (2008, p. 540-
1194).
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ANDAR DE BICICLETA
Fonte: Capovilla, Raphael e Mauricio (2008, p. 540-
1194).
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ANDAR DE CARRO
Verbos espaciais
Esse tipo de verbo é semelhante aos verbos
direcionais. É importante destacar que a
direção são componentes importantes para
especificar a narrativa.
IR
Fonte: Capovilla, Raphael e Mauricio (2008, p. 540-
1194).
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VIR
Até a próxima!
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Referências
BRASIL. Decreto nº 5.626, de 22 de dezembro de
2005. Regulamentada a Lei nº 10.436, de 24 de
abril de 2002, que dispõe sobre a Língua
Brasileira de Sinais ‒ Libras e o art. 18 da Lei nº
10.098, de dezembro de 2000. Diário Oficial da
União, Brasília, DF, 23 dez. 2005. Disponível em:
<https://goo.gl/PZeqKe> Acesso em: 2 dez. 2016
BRASIL. Lei nº 10.436, de 24 de abril de 2002.
Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais ‒
Libras e dá outras providências. Diário Oficial da
União, Brasília, DF, 24 abr. 2002. Disponível em:
<https://goo.gl/O0PgnC> Acesso em: 2 dez. 2016
BRITO, L. F. Por uma gramática de línguas de
sinais. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro: UFRJ,
Departamento de Linguística e Filologia, 1995.
CAPOVILLA, F.C.; RAPHAEL, W.D.; MAURICIO,
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ilustrado trilíngue da Língua de Sinais Brasileira
(Libras). 3 ed. São Paulo: Editora da Universidade
de São Paulo, 2008, v. 1 e 2, p. 540-1194.
GOLDFELD, M. A criança surda: linguagem e
cognição numa perspectiva sócio-interacionista.
São Paulo: Plexus, 1997.
PERLIN, G. T. T.; MIRANDA, W. Surdos: o narrar
e a política. In: Estudos surdos – ponto de vista.
Revista de Educação e Processos Inclusivos n. 5,
UFSC/ NUP/CED, Florianópolis: SC, 2003.
QUADROS, R. M. de. Educação de surdos: a
aquisição da linguagem. Porto Alegre: Artes
Médicas, 1997.
QUADROS, R. M. de; KARNOPP, L. B. Língua de
Sinais Brasileira: estudos Linguísticos. 1. ed.
Porto Alegre: ArtMed, 2004.
STROBEL, K. L. As imagens do outro sobre a
cultura surda. 1. ed. Florianopolis: UFSC, 2008. v.
1. 118 p.
SKILIAR, C. (org.) Educação e exclusão. Porto
Alegre: Mediação, 1997,153 p.