Sei sulla pagina 1di 9

Queimaduras

Conceito de queimaduras
Queimaduras são feridas traumáticas causadas, na maioria das vezes, por agentes térmicos, químicos,
elétricos ou radioativos. Atuam nos tecidos de revestimento do corpo humano, determinando destruição
parcial ou total da pele e seus anexos, podendo atingir camadas mais profundas, como tecidas celulares
subcutâneas, músculos, tendões e ossos. As queimaduras são classificadas de acordo com a sua
profundidade e tamanho, sendo geralmente mensuradas pelo percentual da superfície corporal acometida.
1° GRAU

Também chamada de queimadura superficial, são aquelas que envolvem apenas a epiderme, a
camada mais superficial da pele. Os sintomas são intensa dor e vermelhidão local, mas com
palidez na pele quando se toca. A lesão da queimadura de 1º grau é seca e não produz bolhas.
Geralmente melhoram no intervalo de 3 a 6 dias, podendo descamar e não deixam sequelas.

2º GRAU
Atualmente é dividida em 2º grau superficial e 2º grau profundo. A queimadura de 2º grau
superficial é aquela que envolve a epiderme e a porção mais superficial da derme. Os sintomas
são os mesmos da queimadura de 1º grau, incluindo ainda o aparecimento de bolhas e uma
aparência úmida da lesão. A cura é mais demorada podendo levar até 3 semanas, não
costuma deixar cicatriz mas o local da lesão pode ser mais claro.
As queimaduras de 2º grau profundas são aquelas que acometem toda a derme, sendo
semelhantes às queimaduras de 3º grau. Como há risco de destruição das terminações
nervosas da pele, este tipo de queimadura, que é bem mais grave, pode até ser menos
doloroso que as queimaduras mais superficiais. As glândulas sudoríparas e os folículos
capilares também podem ser destruídos, fazendo com a pele fique seca e perca seus pelos. A
cicatrização demora mais que 3 semanas e costuma deixas cicatrizes

3º GRAU

Queimaduras profundas que acometem toda a derme e atinge tecidos subcutâneos, com
destruição total de nervos, folículos pilosos, glândulas sudoríparas e capilares sanguíneos,
podendo inclusive atingir músculos e estruturas ósseas. São lesões
esbranquiçadas/acinzentadas, secas, indolores e deformantes que não curam sem apoio
cirúrgico, necessitando de enxertos.
Principais agentes causais de queimaduras
• Líquidos superaquecidos
• Combustível
• Chama direta
• Superfície superaquecida
• Eletricidade
• Agentes químicos
• Agentes radioativos
• Radiação solar
• Frio
• Fogos de artifícios
Primeiros Socorros e Cuidados
Primeiros socorros:

Em caso de acidente envolvendo queimaduras, o primeiro cuidado é extinguir a fonte de


calor, ou seja, impedir que permaneça o contato do corpo com o fogo, líquidos e
superfícies aquecidas, entre outras causas do acidente.
Em seguida, procure lavar o local atingido com água corrente em temperatura ambiente,
de preferência por tempo suficiente até que a área queimada seja resfriada.
Também é importante buscar o auxílio de um profissional de saúde no posto de
atendimento mais próximo do local do acidente, para que sejam tomadas as
providências necessárias para o sucesso da recuperação e também para evitar o
agravamento da lesão.
Se não houver Posto de Saúde nas proximidades, deve-se acionar os serviços de socorro
do SAMU e do Corpo de Bombeiros ou procurar uma Emergência hospitalar.
Os contatos pra ligação gratuita são: Samu 192 e Bombeiros 193.

Cuidados:

Não passe no local atingido nenhum produto ou receita caseira. Qualquer substância que
seja passada sobre a pele queimada vai irritá-la. Há também o alto risco de infecção por
bactérias, fungos e vírus presentes nesses produtos, já que a barreira natural do
organismo – a pele – está danificada.
Não passe nenhuma pomada no local atingido. A pele fica extremamente sensível após
uma queimadura e as pomadas, ainda que adquiridas em farmácias, machucam ainda
mais as células cutâneas e podem irritar a pele e gerar infecções.
Não tente estourar as bolhas provocadas pela queimadura. Elas se manifestam nas
queimaduras de segundo grau e devem ser manuseadas apenas por um profissional
especializado. Ou seja, não devem ser rompidas, estouradas ou mesmo esvaziadas com
uma agulha.
Ao retirar esse curativo natural em casa, o ferimento estará exposto a instrumentos
possivelmente contaminados e pode infeccionar.Se houver necessidade de cobrir o
ferimento a caminho do serviço de Saúde, o indicado é envolvê-lo num pedaço de pano
limpo.
Tecidos ou materiais que grudam no ferimento, como o algodão, devem ser evitados. O
paciente queimado não deve retirar a roupa que estiver usando, ainda que houver sido
atingida pelo fogo. O ideal é molhar a vestimenta e permanecer assim até a chegada ao
pronto-socorro, para evitar que as bolhas estourem e que a pele seja arrancada.
Outro cuidado é retirar acessórios, como pulseiras e anéis, pois o corpo incha
naturalmente após uma queimadura e esses objetos podem ficar presos.
Orientações para vítimas de QUEIMADURAS DE PRIMEIRO GRAU

A sua queimadura é superficial, mas para diminuir a chance de ficar cicatriz você deve
tomar os seguintes cuidados:
Primeira semana:
- Lave com água corrente, por 5 minutos, três vezes ao dia, com sabão neutro ou
sabonete de glicerina em toda a área queimada.
- Não é necessário cobrir a área com curativos.

Segunda semana:
- Aplique óleo mineral a cada 12 horas para melhorar coceira e descamação.
Da terceira semana em diante:
- filtro solar (FPS 30 ou maior) durante o dia.
- hidratante neutro todas as noites até a melhora completa.

Orientações para vítimas de QUEIMADURAS DE SEGUNDO GRAU

A sua queimadura foi moderada, mas pode ser tratada em casa. Para diminuir a chance
de ficar cicatriz você deve tomar os seguintes cuidados:
Primeira semana:
- Realizar limpeza e aplicação do creme de Sulfadiazina de Prata 1% duas vezes ao dia
por 7 (sete) dias.
Segunda à sexta – no centro de saúde
Sábado, domingo e feriados – nas UPAs
- Evite expor o curativo a sujeira/umidade.
- Vá ao posto de saúde com a carteira de vacinação para verificar se você precisa
receber o reforço da vacina contra o tétano.
- Retorne antes se estiver com cheiro ruim ou saindo pus.
Na segunda semana, para melhorar a coceira e a descamação, aplique óleo mineral a
cada 12 horas.
Da terceira semana em diante:
- filtro solar (FPS 30 ou maior) durante o dia.
- hidratante neutro todas as noites até a melhora completa.
Você deve ser reavaliado em 3 semanas: Em caso de dúvidas procure o serviço de saúde
mais próximo.

Protocolo de Tratamento de Emergência das Queimaduras


A Câmara Técnica de Queimaduras do Conselho Federal de Medicina-CFM desenvolveu um
protocolo para orientar profissionais nos primeiros-socorros, desde o reconhecimento até
análise da extensão da lesão. Download do Protocolo de Tratamento de Emergência das
Queimaduras.

Cartilha para Tratamento de Emergência das Queimaduras

Nesta cartilha são apresentados os principais procedimentos de assistência para o tratamento


de emergência das queimaduras, tendo-se em vista a superfície do corpo afetada pela
queimadura, a profundidade, a extensão do agravo, o agente causador e as circunstâncias em
que ocorreram as queimaduras. Download da cartilha do Ministério da Saúde para Tratamento
de Emergência das Queimaduras.

TRATAMENTO DE EMERGÊNCIA DAS


QUEIMADURAS

1)Tratamento Imediato de Emergência

 Interromper o processo de queimadura.


 Remover roupas, jóias, anéis, piercing, próteses.
 Cobrir as lesões com tecido limpo.

2)Tratamento na sala de Emergência

a) Vias aéreas (avaliação):

 Avaliar presença de corpos estranhos, verificar e retirar


qualquer tipo de obstrução.

b) Respiração

 Aspirar vias aéreas superiores, se necessário.


 Administração de O2 a 100% (máscara umidificada) e na suspeita de
intoxicação por CO manter por 3h.
 Suspeita de lesão inalatória: queimadura em ambiente fechado, face
acometida, rouquidão, estridor, escarro carbonáceo, dispnéia, queimadura nas
vibrissas, insuficiência respiratória.
 Cabeceira elevada (30°).
 Intubação orotraqueal = Escala de coma Glasgow<8, PaO2 <60, PaCO2>55 na
gasometria, dessaturação<90 na oximetria, edema importante de face e
orofaringe.
c) Avaliar queimaduras circulares – tórax, membros superiores, membros inferiores,
perfusão distal e aspecto circulatório (oximetria de pulso).

d) Avaliar traumas associados, doenças prévias ou outras incapacidades. Providências


imediatas.

e) Expor área queimada

Acesso Venoso:

 Obter preferencialmente acesso venoso periférico e calibroso mesmo em área


queimada. Somente na impossibilidade desta, utilizar acesso venoso central

f) Sonda vesical de demora para controle de diurese para queimaduras acima de 20%
em adultos e 10% em crianças.

3) Profundidade da Queimadura:

a) Primeiro Grau (espessura superficial) - solar.


 Afeta somente epiderme, sem formar bolhas.
 Vermelhidão, dor, edema, descamam 4-6 dias.
b) Segundo Grau (espessura parcial- superficial e profunda).
 Afeta epiderme e derme, com bolhas ou flictenas.
 Base da bolha rósea, úmida, dolorosa (superf.).
 Base da bolha branca, seca, indolor (profunda).
 Restauração das lesões entre 7 e 21 dias.
c.) Terceiro Grau (espessura total).

Indolor.
 Placa esbranquiçada ou enegrecida.
 Textura coreácea.
 Não reepitelizam, necessitam de enxertia de pele (indicado no II Grau
profundo).

4) Extensão da Queimadura (Superfície Corpórea Queimada-


SCQ):
 Regra dos “Nove” (Urgência)
 Superfície palmar do paciente (incluindo os dedos)
representa cerca de 1% da SCQ.

Áreas nobres / queimaduras especiais:


Ocular, Auricular, face, pescoço, mão, pé, região inguinal, grandes articulações
(ombro, axila, cotovelo, punho, coxo-femural, joelho, tornozelo), genital; assim como
queimaduras profundas, que atingem estrutura profunda como osso, músculo, tendão,
nervo e/ou vaso desvitalizado.
Regra dos 9

5)Cálculo da Hidratação:

 Fórmula de Parkland=2 a 4ml x %SCQ x Peso(kg) 2ml para idosos,


insuficiência renal e ICC 4ml para crianças e adultos jovens
 Soluções Cristalóides (Ringer com lactato)
 50% infundido nas primeiras 8h e 50% nas 16h seguintes.
Considere sempre a hora da queimadura.
 Manter diurese entre 0,5 a 1ml/kg/h. No trauma elétrico manter diurese em
torno de 1,5ml/hora ou até clareamento.
 Observar glicemia nas crianças, diabéticos e sempre que
necessário.

 Na fase de hidratação (24h iniciais) não se usa colóide, diurético, drogas


vasoativas.

6.)Tratamento da Dor:

Uso da via Intravenosa.


 Adultos:
Dipirona - 500 mg a 01 grama EV
Morfina- 1ml(10mg) diluída em 9 ml SF 0,9% Solução
1ml=1mg, dar até 01mg para cada 10kg de peso.
 Crianças:
Dipirona – 15 – 25 mg/kg EV
Morfina= 0,1mg/kg/dose (solução diluída).

7)Gravidade da Queimadura:

 Extensão/Profundidade > 20% de SCQ em adultos ou >


10% em crianças
 Idade (<3a ou >65a)
 Lesão Inalatória
 Politrauma e doenças associadas
 Queimadura química e Trauma elétrico
 Áreas nobres/especiais
 Violência, maus tratos, auto-extermínio e outras.

8)Medidas Gerais e Tratamento da Ferida:

 Posicionamento: cabeceira elevada; pescoço em


hiperextensão; membros superiores elevados e
abduzidos, se lesão em pilares axilares.
 Administração da profilaxia do Tétano (Toxóide tetânico),
da úlcera do stress (bloqueador receptor H2) e do
tromboembolismo (heparina SC).
 Limpeza da ferida com água e clorexidine 2%. Na falta
deste, água e sabão neutro.
 Usar antimicrobiano tópico (Sulfadiazina de Prata 1%)
 Curativo exposto na face, períneo; e oclusivo em quatro
camadas (antibiótico tópico no raion ou morin, gaze
absorvente, algodão e atadura de crepe) nas demais
partes do corpo.
 Não usar antibiótico sistêmico profilático em
queimaduras. Não usar corticosteróides.
 Queimaduras circunferenciais em tórax podem necessitar
escarotomia para melhorar expansão.
 Incisão em linha axilar anterior unida à linha abaixo dos
últimos arcos costais.
 Incisão medial e lateral em membros sup. e inf.
 Não necessitam habitualmente de anestesia para tal.
9) Trauma Elétrico:

 Definir se foi alta tensão, corrente alternada ou contínua,


se houve passagem de corrente com ponto de entrada e
saída.
 Avaliar traumas associados (queda de altura e outros).
 Avaliar se ocorreu perda de consciência ou PCR no
momento do acidente.
 Avaliar extensão da lesão e passagem da corrente.
 Monitorização contínua e enzimas (CPK e CKMB) por 24-
48h
 Internar sempre.
 Avaliar eventual mioglobinúria e estimular o aumento da
diurese com maior infusão de líquidos.

 Passagem de corrente pela região do punho- avaliar

necessidade de fasciotomia e abertura do túnel do carpo.

10) Queimadura Química:

 Equipe que atende deve utilizar proteção universal para


não ter contato com o agente químico.
 Identificação do agente (ácido, base, composto
orgânico).
 Avaliar concentração, volume e duração de contato.
 A lesão é progressiva. Remover roupas, retirar excesso.
 Substância em pó, remover previamente excesso com
escova ou panos.
 DILUIÇÃO da substância pela água corrente por no
mínimo de 30 minutos. Irrigar exaustivamente os olhos.
 Internar e na dúvida entre em contato com Centro
Toxicológico mais próximo.
 Ácido Fluorídrico- repor cálcio sistêmico.
11) Infecção da Área Queimada:

 Mudança da coloração da lesão.


 Edema de bordas das feridas
 Aprofundamento das lesões.
 Mudança do odor
 Separação rápida da escara, escara úmida.
 Coloração hemorrágica sob a escara.
 Celulite ao redor da lesão. Vasculite no interior da lesão
 (pontos vermelhos).
 Aumento ou modificação da queixa dolorosa

12) Critérios de transferência para Unidade de Tratamento de Queimaduras

 Queimaduras de 2º grau em áreas maiores que 20% SCQ em adultos


Queimaduras de 2º grau maiores de 10% SCQ, em crianças ou maiores de 50
anos
 Queimaduras 3º grau em qualquer extensão
 Lesões em face, olho, períneo, mão, pé e grande
 articulação
 Queimadura elétrica
 Queimadura química
 Lesão inalatória, ou lesão circunferencial de tórax ou de membros
 Doenças associadas, auto-extermínio, politrauma, maus tratos ou situações
sociais adversas
 A transferência do paciente deve ser solicitada à UTQ de
 referência, após a estabilização hemodinâmica e medidas iniciais.
 Enviar sempre relatório contendo todas as informações colhidas,
 anotações de condutas e exames realizados. Pacientes graves somente
deverão ser transferidos acompanhados de médico emambulância UTI, com
possibilidade de assistência ventilatória. Transporte aéreo para pacientes com
trauma, pneumotórax ou alterações pulmonares deve ser realizado com
extremo cuidado pelo risco de expansão de gases e piora clínica. As UTQs de
referência sempre têm profissional habilitado para dar orientações
 sobre tratamento completo das vítimas de queimaduras.

Potrebbero piacerti anche