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Aula 02 Profº Gregorio Gonzaga

 Aula 02: Introdução à Matemática Discreta.

• META:
Apresentar introdução à Matemática Discreta.

• OBJETIVO:
Ao fim da aula os alunos deverão ser capazes de:
 Entender o significado de Definição, Teorema e Prova.

• PRÉ-REQUISITOS:
Conhecimentos básicos Matemática.
 Preliminares:

As pedras angulares da matemática são a Definição, o Teorema e a Prova. As


definições especificam com precisão os conceitos em que estamos interessados, os
teoremas afirmam exatamente o que é verdadeiro sobre esses conceitos, e as provas
demonstram, de maneira irrefutável, a verdade dessas asserções.
 Preliminares:

A matemática é difícil para todo mundo. Não importa o nível de realizações ou


conhecimentos você (ou seu professor) tenha da matéria, há sempre um problema mais
difícil e frustrante esperando adiante. Desencorajador? Dificilmente!
Quanto maior o desafio, maior é a sensação de realização quando conseguimos
vence-lo.
(SCHEINERMAN, 2016)
 Exercício:

Simplifique a seguinte expressão algébrica:

𝑥 − 𝑎 𝑥 − 𝑏 𝑥 − 𝑐 … (𝑥 − 𝑧)
 Caracterizando Definição:

A matemática existe apenas na mente das pessoas. Não é possível ver o número 6 ou dar
de cara com um vetor andando pelas ruas, por exemplo. Os número, assim como todos os outros
objetos matemáticos, são puramente conceituais, abstratos.
Os objetos matemáticos adquirem existência por definições. Por exemplo, um número é
chamado de primo ou par desde que satisfaça condições precisas, sem ambiguidade.

Em uma definição, as palavras sendo definidas são, em geral, destacadas em itálico.


 Definição 1 (Par):

Um número inteiro é chamado de par se for divisível por 2.

Partiremos do princípio que número é um conceito já visto anteriormente, mas


voltaremos à estuda-los mais a frente. A saber:

Os números naturais, representado por ℕ, são ℕ = {1,2,3,4, … } .

Os números inteiros, representado por ℤ, são ℤ = {… , −2, −1,0,1,2, … } .


 Definição 2 (Divisível):

Sejam 𝑎 e 𝑏 inteiros. Dizemos que 𝑎 é divisível por 𝑏 se existir um inteiro 𝑐, de modo que
𝑏𝑐 = 𝑎. Dizemos também que 𝑏 divide 𝑎, ou que 𝑏 é um fator de 𝑎, ou que 𝑏 é um divisor de 𝑎. A
notação correspondente é 𝑏|𝑎.

Como podemos notar, esta definição introduz vários termos (divisível, fator, divisor e
divide), assim como a notação 𝑏|𝑎. Vejamos um exemplo:
Exemplo:
12 é divisível por 4? Sim, pois sendo 𝑎 = 12 e 𝑏 = 4 podemos afirmar que há um inteiro 𝑐 tal
que 4𝑐 = 12. De fato, esse inteiro é 𝑐 = 3.
Nessas condições, podemos afirmar que 4 divide 12, ou que 4 é um fator de 12, ou que 4 é
divisor de 12. Expressamos esse fato pela notação 4|12.
 Caracterizando Definição:

Agora a definição 2 está pronta para uso. O número 12 é par porque 2|12, e sabemos
que 2|12 porque 2 × 6 = 12. Entretanto, 13 não é par porque 13 não é divisível por 2 – não há
inteiro 𝑥 tal que 2𝑥 = 13. Note que não afirmamos que 13 é ímpar, pois ainda não definimos o
termo ímpar.

 Definição 3 (Ímpar):

Um inteiro 𝑎 é chamado de ímpar desde que haja um inteiro 𝑥 de modo que 𝑎 = 2𝑥 + 1.

Assim, 13 é ímpar porque podemos escrevê-lo 13 = 2 × 6 + 1. Nota-se que a definição


fornece um critério claro, sem ambiguidade, para determinar se um inteiro é ímpar
 Definição 4 (Primo):

Um inteiro 𝑝 é primo se 𝑝 > 1 e se os únicos divisores positivos de 𝑝 são 1 e 𝑝.

Sendo assim, 5 é um número primo por que 5 > 1 e os únicos divisores dele são 1 e 5,
porém, 8 não é primo. De fato, 8 > 1 porém além de 1 e 8 como divisores ele é divisível por 2 e 4.

 Definição 5 (Composto):

Um número inteiro positivo 𝑎 é chamado composto se existe um inteiro 𝑏 de modo que


1 < 𝑏 < 𝑎 e 𝑏|𝑎.

por exemplo, 25 é composto pois 1 < 𝑏 < 25, tomando 𝑏 = 5, obviamente 5|25. O
número 1 nem é primo e nem composto, 1 é chamado de unidade.
 Teorema:

Um teorema é uma afirmação declarativa sobre matemática para a qual existe


uma prova.

Uma afirmação declarativa pode ser entendida como uma sentença que expressa uma
ideia sobre a natureza ou estado de alguma coisa, como por exemplo: “Vai chover amanhã” ou
“o C.R.B. venceu na noite passada”.
Em geral, os praticantes e profissionais de toda disciplina fazem afirmações
declarativas:
• Se a oferta de um produto cair, então o preço aumenta (economista);
• Quando deixamos cair um objeto perto da superfície da Terra, ele acelera à razão de 9,8
m/s² (físico).
 Teorema:

Nós matemáticos também fazemos afirmações – que acreditamos serem verdadeiras –


sobre a matemática. Tais afirmações se enquadram em quatro categorias:

• Afirmações que sabemos serem verdadeiras porque podemos prová-las, o que chamamos
de teoremas;
• Afirmações cuja veracidade não podemos garantir, o que denominamos conjecturas;
• Afirmações falsas, o que chamamos de erros;
• Afirmações sem sentido, o que chamamos de absurdas, por exemplo, “a raiz quadrada de
Júpiter é vermelha”.
 Teorema:
A natureza da verdade:
Dizer que uma afirmação é verdadeira assevera que a afirmação é correta e merece
confiança. Porém, para a matemática a verdade é muito mais rígida que em outras disciplinas.
Consideremos, por exemplo, a afirmação “em março, o tempo em Maceió é quente e úmido”.
Pela experiência pessoal, podemos afirmar que essa afirmação é verdadeira! Isso significa que
todo dia em mês de março é quente e úmido? Obviamente, não. Não é coerente esperarmos
uma interpretação tão rígida de uma afirmação sobre o tempo. Noutro exemplo, a afirmação do
físico: “quando deixamos um corpo cair nas proximidades da Terra, ele acelera à 9,8 m/s²”. Essa
expressão verdadeira é mais precisa que uma afirmação sobre o clima em Maceió. Mas essa lei
física também não é absolutamente verdadeira. Primeiro, o valor 9,8 m/s² é uma aproximação.
Segundo, o termo nas proximidades é vago. E ainda, a aceleração ao longo da superfície da terra
não é uniforme.
 Teorema:
A natureza da verdade:
Todavia, em matemática, a palavra verdadeiro deve ser considerada absoluta,
incondicional e sem exceção.
Tomemos como exemplo, talvez, o mais célebre teorema da geometria, resultado clássico
relacionado à Pitágoras.

 Teorema 1 (Pitagórico):

Se 𝑎 e 𝑏 são os comprimentos dos catetos de um triângulo retângulo, e 𝑐 é o


comprimento da hipotenusa, então

𝑐 2 = 𝑎2 + 𝑏²
 A linguagem usual dos teoremas:
A natureza da verdade:
O teorema de Pitágoras é, na verdade, absolutamente verdadeiro? Poderíamos cogitar:
se traçarmos um triângulo retângulo em um pedaço de papel e medíssemos os comprimentos
dos lados a menos de um bilionésimo de centímetro, teríamos exatamente 𝑐 2 = 𝑎2 + 𝑏²?
Provavelmente não, porque o traçado de um triângulo retângulo não é um triângulo retângulo! O
traçado, ou desenho, é uma ajuda visual para entendermos um conceito matemático. Um
triângulo retângulo “real” existe apenas na nossa mente, assim como todos objetos matemáticos.
Em contrapartida, a afirmação “os números primos são ímpares”, é verdadeira?
Logicamente não. O número 2 é primo, mas não é ímpar. Logo, essa afirmação é falsa.
Para nós matemáticos vale a lei do terceiro excluído, isto é, uma afirmação é verdadeira
ou falsa, não havendo a terceira possibilidade.
 A linguagem usual dos teoremas:
A linguagem “Se então”:
A matemática utiliza uma linguagem própria para descrever e afirmar seus objetos de
estudo. Isso vale para os teoremas.
A grande maioria dos teoremas pode ser expressa na forma “se 𝐴, então 𝐵”. Por
exemplo, o teorema “a soma de dois números inteiros pares é par” pode ser expressa na forma
“se 𝑥 e 𝑦 são inteiros pares, então 𝑥 + 𝑦 também é par”.

Na afirmação “se 𝐴, então 𝐵”, 𝐴 é chamado hipótese, e 𝐵, conclusão.

Na afirmação, “se 𝐴, então 𝐵”, podemos ter a condição 𝐴 verdadeira ou falsa, e a


condição 𝐵 verdadeira ou falsa.
 A linguagem usual dos teoremas:
A linguagem “Se então”:
Eis um exemplo. Imagine que eu seja um político concorrendo a um cargo eletivo, e
anuncie em público, “se for eleito, diminuirei os impostos”. Vejamos as condições em que posso
ser um mentiroso.
• Suponha que eu seja eleito e reduza os impostos. Certamente falei a verdade – mantive a
promessa.
• Suponha que eu seja eleito e não reduza os impostos. O eleitor terá o direito de chamar-me
mentiroso – não cumpri minhas promessas.
• Suponha, agora, que eu não seja eleito, mas mediante um lobby, consiga fazer que os
impostos caiam. O povo não me chamará mentiroso – a promessa não foi quebrada.
• Por fim, suponha que eu não seja eleito e também não reduza os impostos. Eu não poderia ser
chamado mentiroso – prometi reduzir os imposto se eleito fosse.
 A linguagem usual dos teoremas:
A linguagem “Se então”:
Diante desse exemplo, podemos escrever a tabela:

Podemos ter outras maneiras de enunciar “se 𝐴, então 𝐵”:


• “𝐴 implica 𝐵”;
• “sempre que 𝐴, temos 𝐵”;
• “𝐴, somente se 𝐵”;
• “𝐴 ⟹ 𝐵”. O símbolo especial ⟹ lê-se “implica”.
 A linguagem usual dos teoremas:
A linguagem “Se e somente se”:
Como foi dito anteriormente, a maioria dos teoremas é do tipo “se 𝐴, então 𝐵”. Porém,
alguns teoremas vão um passo adiante: são da forma “se 𝐴, então 𝐵, e se 𝐵, então 𝐴”. Vejamos a
afirmação

Se um inteiro 𝑥 é par, então 𝑥 + 1 é ímpar, e se 𝑥 + 1 é ímpar, então 𝑥 é par.

Há maneiras mais concisas de expressar firmações como essa. A expressão-chave é se e


somente. Assim o exemplo dado assumirá a forma

Um inteiro 𝑥 é par se e somente se 𝑥 + 1 é ímpar.


 A linguagem usual dos teoremas:
A linguagem “Se e somente se”:
A tabela a seguir refere-se as possibilidades da afirmação “se e somente se”:

Podemos ter outras maneiras de enunciar “se e somente se”:


• “𝐴 sse 𝐵”;
• “𝐴 é necessário e suficiente para 𝐵”;
• “𝐴 é verdade exatamente quando 𝐵 é verdade”;
• “𝐴 ⟺ 𝐵”. O símbolo especial ⟺ é amalgama dos símbolos ⟸ e ⟹.
 A linguagem usual dos teoremas:
Exemplo:

1) Cada uma das afirmações pode ser formulada na forma “se-então”. Reescreva as sentenças
seguintes na forma “se 𝐴 então 𝐵”.

a) O produto de um inteiro ímpar e um inteiro par é par.


b) O quadrado de um inteiro ímpar é ímpar.

2) Passe a afirmação “Se o polígono 𝐴𝐵𝐶𝐷 é um retângulo, então 𝐴𝐵𝐶𝐷 é um paralelogramo, e


se 𝐴𝐵𝐶𝐷 é um paralelogramo, então 𝐴𝐵𝐶𝐷 é um retângulo” para a forma “se e somente se”,
e em seguida, sem necessidade de prova, diga se ela é verdadeira ou falsa.
 Bibliografia:

• EVARISTO, Jaime; PERDIGÃO, Eduardo. Introdução à Álgebra Abstrata: com


aplicações à Ciência da Computação. 2. ed. Edufal, Maceió – AL, 2013.

• HEFEZ, Abramo. Curso de Álgebra: volume 1. IMPA. Rio de Janeiro, 1993.

• LIPSCHUTZ, Seymour; LIPSON, Marc. Matemática Discreta: Coleção


Schaum. 3 ed. Porto Alegre – RS. Bookman.

• SCHEINERMAN, Edward. Matemática Discreta: uma introdução. São Paulo,


2016. CENGAGE Learning.

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