Sei sulla pagina 1di 26

Prof. Adelamar F.

Novais – EQA - CTC - UFSC 1

ESTUDO DE CASOS: PROJETO / DIMENSIONAMENTO DE UMA COLUNA DE DESTILAÇÃO

Florianópolis, 01 de dezembro de 2000


À ENPROVISA - Engenharia de Projetos Visados S. A.

Prezados Srs.
Tendo em vista a política de expansão de nossa indústria, pretendemos instalar uma
coluna de destilação à pratos afim de processar um dos nossos resíduos. Este resíduo é um
efluente líquido (solução com 45% molar de Benzeno e 55% molar de Tolueno, na
temperatura de ebulição), numa vazão total de 318 Kgmol/h que, atualmente, estamos
vendendo diretamente a um preço de R$ 50,00/ton. Procurando aumentar a lucratividade,
pretendemos fazer a devida purificação (separação dos dois componentes) e vender no
mercado.
Por uma questão de adaptabilidade aos outros processos, já existentes em nossa
indústria, a coluna de destilação deve operar 365 dias no ano e a uma pressão de 1 atm e,
por questão de mercado, o produto de topo deve conter, no mínimo, 92% molar de Benzeno
e o de cauda 95% molar de Tolueno.
Desejamos, portanto, uma análise da viabilidade técnica-econômica do projeto, e ser
for viável queremos o dimensionamento ótimo desta coluna de destilação.
Cordialmente, Welmot Zouro (Presidente Executivo)

PS: Segue, em anexo, alguns dados atualizados de materiais, substâncias e outros, que
podemos dispor em nossa indústria (almoxarifado e do processo) com os respectivos custos:

a) Vapor = R$ 10/ton e é disponível como vapor saturado a 60 psia.


b) Água fria (10oC) = R$ 0,02/ton.
c) Tubos especiais para condensadores (diâmetro interno 10 cm e externo 12 cm) =
R$300/m.
d) Tubos especiais para refervedores (diâmetro interno 10 cm e externo 12 cm) = R$150/m.
e) Bandejas perfuradas para colunas de destilação = R$ 4.500 .dp ( sendo dp o diâmetro em
metros). Estes preços foram dados pela nossa fornecedora.
f) Os fornecedores das bandejas perfuradas nos informaram que a velocidade máxima de
vapor dentro da coluna, para as composições de topo, não pode ser superior a 1,5 m/s,
sob pena de causar arraste da fase líquida (efeito de inundação da coluna) e para esta
velocidade a eficiência de cada bandeja é de 70%.
g) Chapas de aço inox de 5mm de espessura = R$ 200/m2.
h) Isolamentos térmicos e acabamentos. Dispomos de lã mineral a R$ 50/m3 e laminados de
alumínio / selos a R$ 100/m2.
i) O preço do Benzeno a 92% molar disponível no mercado competitivo, é de R$ 400/ton e
do Tolueno a 95% molar é de R$ 500/ton cada.
j) O custo de mão de obra para construção da coluna pode ser desprezado, visto que a
nossa indústria já possui pessoal especializado em montagens. Portanto, computem
apenas os materiais de construção envolvidos, sendo que, o capital fixo que nossa
indústria investirá será depreciado de modo que, apenas um total de 15% anual sobre o
capital fixo será computado para custo de produção.
Prof. Adelamar F. Novais – EQA - CTC - UFSC 2

RESOLUÇÃO
V1 , y1 -qc Condensador total

Lo , xo , To D , xD , TD

Alimentação

F , xF , TF

VS

LW TW

W , xW WS
+qR Refervedor total

- Variáveis de operação:
F = 318 kgmol/h
Xf = 0,45 molar (referência benzeno)
Xd= 0,92 molar (referência benzeno)
Xw = 0,05 molar (referência benzeno)
P = 1 atm
Tf = Teb = 201oF = 94oC
Td = Teb = 179oF = 82oC (vide Foust pg 27)
o o
Tw = Teb = 227 F = 108,3 C
Portanto, temos:
- Quantidade de produto de topo a ser produzida: D = 146,2 Kgmol/h (rico em
benzeno) e, Quantidade de cauda a ser produzido: W = 171,8 Kgmol/h (rico em
tolueno). Confira.
Análise preliminar:
- Esta mistura de Benzeno e Tolueno (318 Kgmol/h) que estão vendendo
diretamente para um cliente purificar, já fornece uma Renda (praticamente um
lucro bruto L) de: L = F(kg/h). R$50/ton
Convertendo-se 318Kgmol/h para Kg/h, temos: F (Kg/h) = 318Kgmol/h . Mm,
onde Mm é a massa molecular desta mistura de 45% molar de Benzeno (M B=
78Kg/Kgmol) e 55% molar de Tolueno (MT=92Kg/Kgmol), logo:
Prof. Adelamar F. Novais – EQA - CTC - UFSC 3

Mm = 78.0,45 + 92.0,55 = 85,7 Kg/Kgmol, então


F = 318 . 85,7 = 27.252,6 Kg/h
e o lucro L = 27.252,6 Kg/h . R$50/1000Kg = 1.362,5 R$/h
- Com a separação do Benzeno (produto de topo da coluna de destilação) e Tolueno
(produto de fundo da coluna), temos:
* Benzeno = 146,2 Kgmol/h a 92 % molar , ou seja, convertendo-se para Kg/h,
temos: Bz = 146,2 . Mm = 146,2 . (78. 0,92 + 92. 0,08) = 11.567,3 Kg/h
* Tolueno = 171,8 Kgmol/h a 95 % molar , ou seja, convertendo-se para Kg/h,
temos: To= 171,8 . Mm = 171,8 . (78. 0,05 + 92. 0,95) = 15.685,3 Kg/h
Portanto, a Renda com a venda destes produtos seria de:
R = L= Bz(kg/h) . R$400/1000Kg +To(Kg/h).R$500/1000Kg
R = L =11.567,3 .0,4 + 15.685,3 .0,5 = 12.469,57 R$/h
Portanto, a princípio, um ótimo negócio. Para termos certeza disto, temos que
calcular todos os custos envolvidos com a montagem e operação desta coluna de
destilação e fazer a análise de viabilidade econômica no final.

DIMENSIONAMENTO DO PROCESSO E PROJETO

A princípio, o dimensionamento da coluna e, portanto, os custos estão atrelados a


uma razão ótima de refluxo (r), pois indicará as dimensões ótimas para um custo
mínimo de operação da mesma. Ou seja, para cada razão de refluxo vamos calcular
os custos da coluna, do refervedor total, do condensador total, do vapor e da água de
refrigeração, que são os custos mais significativos. Quanto ao custos dos periféricos
(tubulações, bombas, válvulas etc), que são custos pouco significativos deste
montante, não serão computados.
Para achar a razão de refluxo ótima (r), podemos começar sabendo-se qual a razão
mínima de refluxo (rmin) , pelo método de McCabe-Thiele. Para rmin , o número de
pratos é infinito, o preço da coluna seria infinito e os custos totais também. Logo,
sabe-se que o r ótimo estará obrigatoriamente acima de rmin . Na literatura encontra-
se que, em geral o r ótimo, para grande parte dos sistemas, fica em torno de 1,1 a 1,4.
Para Xf, Xd e Xw dados no problema e usando-se o Diagrama de equilíbrio
Benzeno-Tolueno encontra-se o rmin em torno de 1,09. Confira.
Prof. Adelamar F. Novais – EQA - CTC - UFSC 4

Desta maneira, vamos resolver o problema proposto com várias taxas de


refluxos acima desta (por exemplo: r =1,1; r=1,2; r=1,3 e r=1,4) e, para cada taxa de
refluxo "chutada" faremos todo dimensionamento da coluna e operação. Logo, haverá
uma taxa de refluxo ótima que fornecerá o custo mínimo procurado.

1o) CUSTO DO CORPO DA COLUNA (Ccc):


- Custo com pratos para a coluna (CPRATOS);
- Custo com chapas para o corpo da coluna (CCHAPAS);
- Custos com isolamentos térmicos (lã mineral) para o corpo da coluna (CISO) e
- Custo com acabamento (laminados/selos de alumínio) para o corpo da coluna (CA)

1.1) Custo com Pratos e conversão em Custo horário de Produção (CPRATOS)

$PRATOS = No de pratos reais . (R$ 4500. dP) = NPR .4500. dP em R$ (1)


onde dP é o diâmetro dos pratos (igual ao diâmetro interno da coluna) e NPR é o
número de pratos reais que a coluna terá.
Este capital fixo será depreciado conforme indicado no item j do problema. Ou
seja, 15% ao ano (8760 horas), logo:
CPRATOS = $PRATOS . 0,15/ 8760 horas = NPR .4500. dP . 0,15/ 8760 h
CPRATOS = 0,07705 . NPR . dP em R$/h (2)

Desta maneira, temos que calcular NPR e dP

* No de Pratos Reais (NPR): NPR = NPT/Ef (3)


onde:
- NPT (número de pratos teóricos de equilíbrio), que é função da taxa de refluxo (r)
e pode ser calculado graficamente por um método simplificado ( usaremos o
método McCabe-Thiele) ou um método numérico mais sofisticado, para achar o
número de pratos a cada situação de refluxo.
- Ef é a eficiência de cada prato, que é função de cada tipo de prato e geralmente é
fornecido pelo fabricante, que no caso é 70%

* Diâmetro dos Pratos (dP): O diâmetro dos pratos ou bandejas deve ser tal que se
trabalhe abaixo do ponto de inundação da coluna, ou seja, que não haja arraste da
fase líquida pelo vapor ascendente. No nosso caso, a vazão do vapor não deve
exceder a uma velocidade de 1,5 m/s. (dado fornecido pelo fabricante).
Sendo A = G/v.g onde: A= área de fluxo;
G= vazão mássica do vapor;
v= velocidade ou ou fluxo volumétrico do vapor e
Prof. Adelamar F. Novais – EQA - CTC - UFSC 5

g = densidade mássica do vapor.


0,5
Então: dP = 2 (G /.v.g) ou dP = 2 (G /.v.g)1/2
onde: dP = diâmetro mínimo da coluna em metros; G = vazão molar do vapor em
Kgmol/s e g = densidade molar do vapor. Confira.
Para calcular o diâmetro mínimo que a coluna deve ter para que a velocidade do
vapor não cause arraste de líquido, vamos garantir que a velocidade no último prato
do topo da coluna não ultrapasse a v=1,5 m/s pois, a mistura líquida está geralmente
menos densa, mais volátil; menos viscosa e com menor tensão superficial (no nosso
caso ela está mais rica em Benzeno). Não havendo arraste neste último prato, não
haverá nos pratos inferiores.
No topo da coluna o vapor que deixa o último Prato tem: yB = 0,92 e yT = 0,08.
Podemos considera-lo, sem muito erro, igual ao vapor que entraria neste prato e que
causaria o arraste.

V1 y1=0,92 T T

T1= 85oC

Lo xo=0,92
To= 82 oC

V L xB (curva de bolha) e
yB (curva de orvalho)

Como a coluna funciona a 1atm, podemos considerar esta mistura gasosa como
gás ideal. Calculando-se a sua densidade encontra-se 0,03406 Kgmol/m3. Confira.
Desta maneira, dP= 5 (G)0,5 em metros.
Mas G = V1 = ........... = Vn , pois o regime é permanente.
Como V1 = D + Lo = D (1+ r) temos:
dP = 5 [D (1+ r)]0,5, mas, no nosso problema, D = 146,2 Kgmol/h = 0,04061 Kgmol/s
temos dP = 1,0076 (1+ r)0,5 , em metros (4)

1.2) Custo com Chapas para o Corpo da Coluna e conversão em Custo horário
de Produção (CCHAPAS)

Para se calcular o custo com chapas falta dimensionar a altura da coluna, pois o
diâmetro da mesma já pode ser calculado pela equação (4).
Prof. Adelamar F. Novais – EQA - CTC - UFSC 6

* Altura da Coluna (HC): A altura da coluna será função do espaçamento mínimo


entre os pratos. Vide PERRY et all, capítulo 18. 5a ed.
O espaçamento entre os pratos é função do coeficiente de inundação ou
borbulhamento e, no nosso caso, podemos utilizar a figura 18.10 do PERRY,
considerando espaçamentos iguais entre os pratos.

T
T
Cind

(L/G).(g/L)0,5 xB e yB

Para usar esta figura, devemos utilizar nos cálculos as propriedades da fase
líquida e fase gasosa na temperatura média entre o topo e o fundo da coluna, ou seja
Tm = (108 + 85)/2 = 96,5oC. Vamos inicialmente determinar as Densidades das
fases líquida e vapor para calcular (G /L)0,5
- Para a fase líquida: Na Tm=96,5oC a composição de equilíbrio de Benzeno e
Tolueno é: xB= 0,35 molar e xT=0,65molar.
A equação a ser usada para calcular a densidade mássica da mistura líquida
é: (1/L) = (XB/B) + (XT/T), onde X é a fração mássica e B e T as densidades
mássicas a 96,5oC. Quando não tivermos dados experimentais destas densidades
existem métodos para estimativa.
Por exemplo, o Método de Gunn and Yamada (vide pg. 60 do Reid e Prausnitz-
The Properties of Gases and Liquids), estimativa da densidade de uma substância
líquida pura a uma dada T, sabendo-se a densidade a uma T conhecida.
Sabendo-se que a densidade do Benzeno a 20oC é 0,879g/cm3 e a do Tolueno a 20oC
é 0,866g/cm3 , calcula-se a 96,5oC, que resulta B= 0,800g/cm3 e T= 0,734 g/cm3.
Desta forma, temos L= 0,753 g/cm3. Confira.
-Para a fase vapor: Na Tm=96,5oC a composição de equilíbrio de Benzeno e Tolueno
é: yB = 0,58molar e yT = 0,42molar.
Como a pressão do sistema é baixa (1 atm), pode-se utilizar a equação dos gases
ideais para calcular a densidade molar e mássica da mistura gasosa, que resulta em
G= 0,002768 g/cm3. Confira.
Portanto : (G /L)0,5 = 0,06
Ainda temos (L/G) = razão mássica entre as correntes de líquido e vapor, no ponto
considerado. Como no nosso caso o regime é permanente, podemos considerar:
(L/G) = (Ln/Vn) = .............= (L1/V1)=(Lo/V1)= r/(1+r) , então: (L/G) = r/(1+r)
Prof. Adelamar F. Novais – EQA - CTC - UFSC 7

Logo, a abscissa da figura 18.10 do PERRY será:


(L/G). (G /L)0,5 = [r/(1+r)] . (G /L)0,5 = [r/(1+r)] . 0,06 (5)
A ordenada da figura 18.10 é o coeficiente de inundação ou transbordamento
dado por:
Cind = Unf. (20/)0,2.[G / (L-G)]0,5 (6)
Onde: Unf = v = 4,92 ft/s (1,5m/s) e
 = tensão superficial da mistura líquida = CL.L/364 em dyn/cm,
sendo CL = calor latente molar de vaporização da mistura dada por
CL = CB.xB + CT .xT, onde x é a fração molar de cada componente
na fase líquida; CB = 94,14 cal/g = 7343 cal/gmol a 80oC
para o benzeno e CT = 86,8 cal/g = 7985,6 cal/gmol a 80oC
para o tolueno.
Sabendo-se que a Tm=96,5oC o xB=0,35 e o xT = 0,65, logo CL = 7760,7 cal/gmol
e  = 16,08 dyn/cm , logo a ordenada da figura 18.10 do PERRY será: Cind = 0,31
Utilizando-se esta figura podemos
Lo
encontrar o espaçamento (e) (em polegadas
e converte-lo para metros), necessário no
entre os pratos e, desta maneira, podemos
calcular a
Altura da coluna (H): H = e . NPR.
Esta altura indica a distância entre o
H HC
Primeiro e o último prato, portanto,
costuma-se colocar de 10 a 20% a mais na
altura para adaptação do "pé de cuba" e
adaptação do chuveiro do refluxo no topo
da coluna. No nosso caso vamos optar 2o
por 20%. Pé de
Logo a altura final da Coluna será: cuba 1o
HC = 1,2 . e. NPR , em metros (7)

Logo, com HC e dP (calculado pela equação 4) podemos calcular a Área total


da coluna (AC), onde:
AC = Alateral + 2Abase e AC = . dP.(HC+ dP/2) , em m2

Abase

HC Alateral
dP

Di

Abass
e
Prof. Adelamar F. Novais – EQA - CTC - UFSC 8

Então, o Custo com chapas para o Corpo da Coluna e conversão em Custo


horário de Produção (CCHAPAS) será calculada por:
$CHAPAS = AC. (R$ 200/m2) em R$ (8)
Este capital fixo será depreciado conforme indicado no item j do problema, ou
seja, 15% ao ano (8760 horas), logo:
CCHAPAS = $CHAPAS. 0,15/ 8760 horas
CCHAPAS = AC. (R$ 200/m2) 0,15/ 8760 = . dP.(HC+ dP/2) . (R$ 200/m2) 0,15/ 8760
CCHAPAS = 0,010753 . dP . (HC+ dP/2) em R$/h (9)

1.3) Custo com Isolamento para o Corpo da Coluna e conversão em Custo horário
de Produção (CISO)
Note que, os cálculos feitos para determinar Laminado
o número de pratos nos supomos que a perda
de calor da coluna para o meio ambiente fosse
desprezível. Portanto, temos que a isolar a Isolante
coluna para que isto seja verdadeiro ou muito Interior da
COLUNA
próximo. o XC
Vamos supor uma temperatura média TMAX = 108,3 C
ambiente de 20oC e calcular o isolamento para
a condição mais crítica da coluna, ou seja, no
ponto em que ela está mais quente, logo, na Ti Tf
base da coluna. qP
Podemos levar em consideração apenas a
condutividade térmica do isolante, que para o
caso da lã mineral é de Ki=0,0225 BTU/h.ft.oF
= 0,0336 Kcal/h.m.oC (vide Foust pg.653)

Aplicando-se a equação de troca térmica por condução de calor, temos:


qP = Ki.ACi.(Ti-Tf)/XC resulta qP = 2,966. ACi/XC em Kcal/h (10)
sendo ACi a área total de troca térmica do corpo da coluna com isolamento térmico.
Porém, qual a perda de calor qP que podemos considerar desprezível?
Análise: Para que a perda de calor seja zero, devemos usar uma espessura de
isolamento na Coluna (XC ) muito grande, mas isso também é prejudicial pois pois
esta substância tem a sua capacidade calorífica (absorção de calor) além de se
tornar caro o isolamento.
Por outro lado, se não isolarmos a coluna e sabendo-se que a temperatura
no seu interior deve ficar constante e inalterada, teríamos que fornecer mais calor no
refervedor para compensar as perdas para o ambiente e isto geraria um custo de
energia. Logo, a perda de calor permissível economicamente é função da espessura
Prof. Adelamar F. Novais – EQA - CTC - UFSC 9

do isolamento (custo fixo de isolante) e o custo da energia adicional no refervedor


para compensar tal perda. Logo, um problema de otimização.
Então, se qP é a quantidade mínima econômica de calor perdido pela parede da
coluna isolada então a mesma quantidade de calor deve ser colocada a mais no
refervedor (através de energia térmica, que no nosso caso é vapor de água saturado
gerado na própria industria por uma caldeira).
O vapor disponível está saturado a 60 psia e nesta pressão a temperatura de
condensação da água é 144,8oC e a entalpia é HVap =2,13.106 J/Kg = 509,07 Kcal/Kg.
(vide Smith e Van Ness).
Logo, o Custo de vapor por calor perdido (Cvcp) é calculado pela multiplicação
entre a quantidade de calor perdido em termos de vazão de vapor (Qvp) pelo custo do
vapor ($v) = (R$10/ton), ou seja:
Cvcp = Qvp.$v = (qP/HVap).$v = (2,966. ACi /XC) /509.07. R$10/1000Kg (11)
Como ACi é área total de troca térmica da coluna com isolamento, temos :
ACi = Alateral + 2.Abase.

XC

Di

De

XC Vi
HC

Ve

XC

A área lateral (Alateral) tomaremos como a área média aritmética de troca térmica
da coluna considerando ela não isolada e a área da coluna isolada. Logo:
Alateral = (Alateral externa + Alateral interna) /2 , ou seja Alateral =  . HC . (Di +XC) ,
sendo HC = altura da coluna; Di = diâmetro interno da coluna e XC = espessura do
isolante na Coluna
2 2
e 2.Abase = 2(.Di )/4 = (.Di )/2
Prof. Adelamar F. Novais – EQA - CTC - UFSC 10

Logo: ACi = Alateral + 2.Abase =  . HC . (Di +XC) + (.Di2)/2.


Então, substituindo-se estes dados na equação (11), temos:
Cvcp = 5,826.10-5. ACi /XC em R$/h ou
Cvcp = 5,826.10-5. [ . HC . (Di +XC) + (.Di2)/2] /XC ou
Cvcp = 1,82910-4 . HC . [(Di/XC) +1] + 9,1468.10-5. Di2/XC em R$/h (12)
E o custo fixo do isolante (lã mineral) e sua conversão em custo horário de
produção será calculado como:
CISO = (R$ 50/m3 ).VIC. 0,15/8760 h = 8,56.10-4.VIC em R$/h (13)
Mas VIC é o volume total de isolante térmico que vamos utilizar em todo o corpo
da coluna, que podemos calcular por:
VIC = Vexterno com isolante - Vinterno sem isolante ,

onde: Vinterno sem isolante = HC. (.Di2)/4 e


Vexterno com isolante = (/4).(Di +2XC)2 .(HC +2XC)
então, VIC = (/4).[(Di +2XC)2 . (HC + 2XC) - Di2. HC]
Logo:
CISO = 6,72.10-4 .[(Di +2XC)2 . (HC + 2XC) - Di2. HC] em R$/h (14)

1.4) Custos com Acabamento Térmico e conversão em Custo horário de


Produção (CA)

O custo fixo do acabamento (laminados e selos) e sua conversão em custo


horário de produção será calculado como:
CA= (R$ 100/m2 ) . AA . 0,15/8760 h = 1,71.10-3. A em R$/h (15)
mas AA = Alateral externa + 2.Abase externa
ou seja, AA = .(Di +2XC). (HC + 2XC) + .(Di +2XC)2/2 , logo
CA = 5,37.10-3.(Di +2XC). (HC + 2XC) + 2,68.10-3.(Di +2XC)2 em R$/h (16)

Então, os custos totais envolvidos nos itens 1.3 e 1.4 e que estão sujeitos à
otimização é:
Ct = Cvcp + CISO + CA onde:
Cvcp = 1,82910-4 . HC . [(Di/XC) +1] + 9,1468.10-5. Di2/XC vide (12)
CISO = 6,72.10-4 .[(Di +2XC)2 . (HC + 2XC) - Di2. HC] vide (14)
CA = [5,37.10-3.(Di +2XC). (HC + 2XC)] + [2,68.10-3.(Di +2XC)2] vide (16)
Prof. Adelamar F. Novais – EQA - CTC - UFSC 11

Agrupando-se tudo isto , temos:


Ct = 1,82910-4 . HC..Di/XC + 1,82910-4 . HC + 9,1468.10-5. Di2/XC +
1,344.10-3 Di2.XC + 2,688.10-3 HC..Di. XC + 5,376.10-3.Di .XC2 +
2,688.10-3 HC.XC2 + 5,376.10-3.XC3 + 5,376.10-3. HC. Di + 2,68.10-3.Di2 +
0,02146. Di .XC + 0,01074. HC.XC + 0,0322.XC2 (17)

Esta é uma equação geral para os itens 1.3 e 1.4 . Após escolhermos uma razão
de refluxo (r), acharemos uma altura HC e um diâmetro Di para a Coluna = dP para os
pratos.
Substituindo-se estes valores na equação 17, o custo Ct poderá ser expresso
somente em função de XC, onde acharemos a derivada (Ct/XC) = 0 e
poderemos calcular a espessura ótima econômica,.XC , para o isolamento da coluna.
Podendo-se, então, calcular também o Cvcp, CISO e CA . O Cvcp será
utilizado adiante para cálculos de quantidade de vapor necessária ao processo,
enquanto que, CISO e CA, juntamente com CCHAPAS e CPRATOS serão utilizados para
calcular o CUSTO DO CORPO DA COLUNA (Ccc), segundo e equação:
Ccc = CPRATOS + CCHAPAS + CISO + CA em R$/h (18)

2o) CUSTO DO CORPO DO REFERVEDOR (CcR)

Vs 109,5oC

qR Vapor saturado a 60 psia


(Hvap=509,07 Kcal/Kg e
T = 144,8oC (Smith e VanNess)
W Lw 108,3oC

- Custo com tubos (CTUBOS);


- Custo com chapas (CCHAPAS);
- Custos com isolamentos térmicos (lã mineral) (CISO) e
- Custo com acabamento (laminados/selos de alumínio) (CA)

2.1) Custo com Tubos e conversão em Custo horário de produção (CTUBOS)


CTUBOS = (R$ 150/m) . Lt. 0,15/8760h = 2,57.10-3 . Lt em R$/h (19)
onde Lt é o comprimento total de tubos que serão utilizados no refervedor. Para
tanto, temos que calcular a área total necessária de troca térmica dentro do refervedor
em função de toda a quantidade de calor necessária (aquecimento da solução de
Prof. Adelamar F. Novais – EQA - CTC - UFSC 12

destilação e perdas térmicas pelas paredes do próprio refervedor e no corpo da

- Quantidade de calor necessária no Refervedor (qR) V1 85oC


A taxa de calor necessária (qR) que deve
85oC
ser dissipada dentro do refervedor, ou seja,
Lo 82oC
nas serpentinas, é igual à taxa de calor que
será gasta para realizar o processo de
destilação, ou seja, no corpo da coluna.
Para calcular o calor dissipado no interior
da Coluna para este processo, tomaremos qP
como Temperatura de referência (Tr) a
menor temperatura da mistura líquida no
interior da coluna, ou seja To=820C.
* Balanço de energia: F
Calor que entra = Calor que sai 94oC

qVs + qF + qLo = qV1 + qLw + qP


qLw = qW + qWs e
qVs - qWs = qR = calor necessário no
qP
interior do refervedor VS
109,5oC
logo, qR = qV1 + qW + qP - qF - qLo (20)
108,3oC

LW 108,3oC
W WS
coluna).
Cálculo de qF :
qF = F. CF . (TF - Tr) = 318 . CF . (94 - 82) , onde CF é o calor específico molar da
mistura na alimentação a 94oC.
Pelo monograma 3.11 pg.3-137 do PERRY, encontra-se o calor específico
mássico para o Benzeno puro CB = 0,48 cal/goC , porém só é válido de 0 a 80oC . Para
o Tolueno puro CB = 0,48 cal/goC, porém só é válido de 10 a 60oC. Portanto, temos
que utilizar alguma correlação da literatura para calcular o valor correto de cada um
puro a 94oC para podermos calcular o CF da mistura na alimentação.
Consultando REID et all, pg. 156, podemos utilizar a equação de Bondi-Rowlinson
e obteríamos CBF = 0,46 cal/goC e CTF = 0,46 cal/goC Confira.

Convertendo-se cada um para calor específico molar e aplicando-se a equação:


CF = CB . xB + CT . xT , temos CF = 39,42 cal/gmol.oC Logo, qF = 150.434 Kcal/h
Prof. Adelamar F. Novais – EQA - CTC - UFSC 13

Cálculo de qLo :
qLo = Lo. Co . (To - Tr) = 0 , pois To = Tr
Cálculo de qV1 : qV1 = V1. C1 . (T1 - Tr) + V1 .1VAP , onde V1= D(1+r) e 1VAP o
calor latente de vaporização na temperatura de referência (82oC).
No PERRY, pg 3-123 encontra-se os valores de .VAP para o Benzeno puro igual
a 94,14 cal/g e para o Tolueno puro 86,8 cal/g. Convertendo para base molar e
calculando-se .1VAP, temos: 1VAP = VAP,B .y1B + VAP,T.y1T = 7.394,3 Kcal/Kgmol
O cálculo de C1 resulta em: 36,39 cal/gmol.oC . Confira.
Logo, qV1 = 146,2 (1+r).[36,39.(85-82) +7.394,3]
qV1 = 1.097.007,3.(1+r) Kcal/h
Cálculo de qW : qW = W. CW . (TW - Tr) , onde o cálculo de CW é feito utilizando-
se o mesmo procedimento do cálculo de CF , porém a 108,3oC.
onde CBW = 0,49 cal/goC e CTW = 0,49 cal/goC , e portanto,
CW = 45, 1Kcal/Kgmol.oC. Confira.
Logo, qW = 171,8. 45,1. (108,3-82) = 204.200 Kcal/h
Cálculo de qP :
Este calor (qP) é a taxa de calor que é perdida pelas paredes da coluna em virtude
de termos usado uma espessura ótima econômica de isolamento XC na mesma.
Para calcular esta quantidade de calor perdida (qP) foi utilizada a equação (10):
qP = Ki.ACi.(Ti-Tf)/XC ou qP = 2,966. ACi/XC em Kcal/h , onde era
ACi = .HC.(Di+XC) + (.Di2)/2.
Com a escolha da taxa de refluxo (r) já temos equações para calcular:
Di = dP , HC e XC e, desta maneira calcular
qP = 2,966 .[ .HC.(Di+XC) + (.Di2)/2]/XC Kcal/h
Então, pela equação 20 podemos calcular qR:
qR = 1.097.007,3.(1+r) + 204.200 + 2,966.[ .HC.(Di+XC) + (.Di2)/2]/XC -
150.434 - 0
qR =1.097.007,3.(1+r)+53.766+2,966.[.HC.(Di+XC)+(.Di2)/2]/XC em Kcal/h
(20.1)
Tendo-se a quantidade de calor que o refervedor deve fornecer, podemos calcular
a área de troca térmica necessária e calcular o comprimento total de tubos para o
refervedor.
qR = U.A. T, sendo U o coeficiente global de troca térmica = f (he, K, hi).
Quando não se tem este dado determinado experimentalmente, pode-se
tomar um valor na literatura para condições bem parecida com o nosso caso.
Prof. Adelamar F. Novais – EQA - CTC - UFSC 14

Vide FOUST pg.291 300 BTU/h.ft2 oF ou KERN pg. 661 100 a 200 BTU/h.ft2 oF
Vamos optar por um valor em torno de U = 200 BTU/h.ft2 oF = 1000Kcal/h.m2.oC
e supor baseado na área interna (Ai) dos tubos. Logo, Ai = qR/U.T.

he WS 108,3oC K do metal

hi Vapor de água 144,8oC

he WS 108,3oC

Vamos usar vapor de água saturado à 60psia (T condensação = 144,8 oC e


H = 509,07 Kcal/Kg).
Sendo T= 108,3-144,8 = 36,5oC, pode-se calcular a área Ai, da seguinte maneira:
Ai={1.097.007,3.(1+r)+53.766+2,966.[.HC.(Di+XC)+(.Di2)/2]/XC}/U.T (21)
ou Ai = {30,05.(1+r)+1,473+8,126.10-5.[.HC.(Di+XC)+(.Di2)/2]/XC} (21.1)
Como os tubos do refervedor tem diametro interno di =10cm = 0,1m, o
comprimento total (Lt) necessário é :
Lt =(Ai)/.di ={95,7.(1+r)+4,69+2,588.10-4.[.HC.(Di+XC)+(.Di2)/2]/XC} (22)
Logo, resgatando a equação (19) o Custo com Tubos (C TUBOS) e conversão em
Custo horário de produção é: CTUBOS = 2,57.10-3 . Lt
CTUBOS = 0,246.(1+r)+0,012 + 6,651.10-7.[.HC.(Di+XC)+(.Di2)/2]/XC} em R$/h
(23)
Escolha do esquema para o corpo do Refervedor (tamanho, geometria) para
Posterior de Custo com Chapas (CCHAPAS), Custo com Isolamento (CISO) e
Custo com Acabamento (CA) e conversões em Custo horário de produção
Podemos utilizar o de Casco e Tubos e vamos optar por posição horizontal (vide
figura abaixo)
- Número de tubos com comprimento L: N = Lt/L
- Área total ocupada pelos N tubos: at = N.a ,
- onde a = .(0,12)2/4 = 0,011 m2, logo, at = N. 0,011
- Por normas, temos: Para o caso escolhido, o espaçamento aconselhável entre os
tubos é E = 1,25.diâmetro externo do tubo, que no nosso caso é 12 cm ou 0,12m.
( vide PERRY ou FOUST), Logo, E = 1,25 . 0,12 = 0,15 m. Então, a razão de área = R
= (área vazia/área de um tubo) = (0,0225-0,011)/0,011=1,05 , ou seja, para cada
área ocupada por um tubo, devemos ter uma área vazia de 1,05 vezes.
Logo, a área total vazia do casco é: atv = R.at =1,05.at, então a área transversal,
mínima, total do casco do refervedor será: A = at + atv = at + Rat = at.(1+R)= 2,05.at
Substituindo-se: at e N, temos: A = 0,0225. Lt/L = . DR2/4
Como A= área transversal total do corpo do refervedor;
Prof. Adelamar F. Novais – EQA - CTC - UFSC 15

DiR = diâmetro do corpo do refervedor e


Lt = {95,7.(1+r)+4,69+2,588.10-4.[.HC.(Di+XC)+(.Di2)/2]/XC}
o comprimento total dos tubos, então,

LR A melhor disposição
dos tubos, neste caso é
L
VS a romboédrica

DiR

WS E
Vapor
d'água da
Caldeira Condensado, retorno
para a Caldeira
Luz
DiR2 = 0,02866 .Lt/L

Porém, para este esquema de refervedor costuma-se colocar 20% de comprimento


a mais para a construção da câmara de distribuição/entrada do vapor d'água e a
câmara de saída do condensado.
Logo: LR = 1,2L , sendo LR o comprimento total do corpo do refervedor,
portanto: DiR2 = 0,034392.Lt/LR
DiR2 = {3,291(1+r) + 0,161 + 8,9.10-6.[.HC.(Di+XC)+(.Di2)/2]/XC}/LR (24a)
_______________________________________________________________________________________________

DiR =  3,291(1+r) + 0,161 + 8,9.10-6.[.HC.(Di+XC)+(.Di2)/2]/XC}/LR (24b)

Pergunta: Qual o melhor DR ou o melhor LR? ou seja, é mais barato faze-lo "curto e
grosso" ou "fino e comprido"?
Temos, então, uma análise de otimização a nível de custo. Logo, as dimensões
(DiR e LR) do corpo do refervedor devem ser tais que:
- O Fluxo de calor que pode ser perdido pelas paredes do corpo do refervedor com o
isolamento, deve ser a mais econômica possível (que implica em custo de vapor
d'água);
- A espessura do isolamento deve ser a mais econômica possível (custo do
isolamento térmico);
Prof. Adelamar F. Novais – EQA - CTC - UFSC 16

- A quantidade de acabamento (laminados/selos de alumínio) deve ser a mais


econômica possível (custo do acabamento);
- A Quantidade de chapas a ser usada no corpo do refervedor deve ser a mais
econômica possível (custo de chapas);
Devemos, então criar equações de custo para cada variável destas, montar a
equação geral, derivar em relação à variável escolhida e igualar a zero. Desta
maneira, acharemos DiR e LR.
Vejamos, então:
* Fluxo de calor perdido por hora (qp) pelas paredes do refervedor e o
respectivo custo (Cvcp)
qp = KI.AT.(T/XR) ,
sendo: * KI = 0,0336 Kcal/h.m.oC e
* AT = Al + 2Ab
onde: Al pode ser calculada, aproximadamente, por: Al = LR.  (DeR+DiR)/2 ,

XR

DiR DeR DiR DiR

sendo DeR = Di+2XR e Ab =  DiR2 , logo AT = 3,14.(Di R+XR).LR + 1,57Di2


* T = (temp. média no interior do refervedor - temp. média ambiente)

109,5oC  (25%)

108,3oC  (50%)

144,8oC  (25%) T = 118 -20 = 98oC

Então: qp = 0,0336. [3,14.(DiR +XR).LR + 1,57DiR2]. 98/XR ou seja:


qp = 10,3446.LR. DiR /XR +10,3446.LR +5,17 DiR2/XR Kcal/h
e o custo do calor perdido é: Cvcp = Qvp . $v = (q/H).$v
Cvcp = [(10,3446.LR. DiR/XR +10,3446.LR +5,17 DiR2/XR)/509,07].R$10/1000Kg
ou seja,
Cvcp = (2,032.10-4 LR. DiR/XR+2,032.10-4.LR+1,0155.10-4 DiR2/XR) R$/h (25)
Prof. Adelamar F. Novais – EQA - CTC - UFSC 17

2.2) Custo do isolamento e conversões em Custo horário de produção (CISO)


CISO = (R$ 50/m3 ).VIR. 0,15/8760 h = 8,56.10-4.VIR em R$/h (26)
onde VIR é o volume total de isolante térmico que vamos utilizar em todo o corpo
do refervedor, que podemos calcular por:
VIR = Vexterno com isolante - Vinterno sem isolante ,

onde Vinterno sem isolante = LR. (.DiR2)/4 e


Vexterno com isolante = (/4). (DiR +2XR)2 . (LR + 2XR) então,
VIR = (/4).[( DiR +2XR)2 . (LR + 2XR) - DiR 2.LR]
Logo:
CISO = 6,719.10-4 .[( DiR +2XR)2 . (LR + 2XR) - DiR2.LR] em R$/h ou
CISO = 6,719.10-4.DiR2. XR + 2,688.10-3.DiR.LR.XR + 5,3752.10-3.DiR.XR2
+2,688.10-3.LR.XR2 + 5,3752.10-3.XR3 em R$/h (27)

2.3) Custo com Acabamento Térmico e conversão em Custo horário de


Produção (CA)
CA = (R$ 100/m2 ) . AA . 0,15/8760 h = 1,71.10-3. A em R$/h
onde AA é a área total do refervedor com isolamento.
mas AA = Alateral externa + 2.Abase externa
ou seja, AA = .( DiR +2X). (LR + 2X) + .( DiR +2X)2/2 ,
Logo,
CA = 5,377.10-3.(DiR +2XR). (LR+ 2XR) + 2,68.10-3.(DiR +2XR)2 em R$/h ou
CA = 5,377.10-3.DiR.LR+ 0,021508.DiR.XR + 0,010754.LR.XR + 0,021508. XR2
+2,688.10-3.DiR2 + 0,03226.XR2 em R$/h (28)

2.4) Custo com chapas para o Corpo do Refervedor e conversão em Custo horário
de Produção (CCHAPAS)
CCHAPAS = (R$ 200/m2 ) . AiR . 0,15/8760 h = 3,42.10-3. AiR em R$/h
onde AiR é a área total do refervedor sem isolamento.
mas AiR = Alateral interna+ 2.Abase interna
ou seja, AiR = .(DiR .LR + DiR2/2)
CCHAPAS = 0,010753 . (DiR.LR + DiR2 /2) em R$/h ou
CCHAPAS = 0,010753.DiR.LR + 5,3767.10-3.DiR2 em R$/h (29)
Prof. Adelamar F. Novais – EQA - CTC - UFSC 18

Podemos escrever as equações (25, 27, 28 e 29} de custo total advindas dos
itens 2.1 a 2.4, para otimização das dimensões. Desta maneira, temos:
Ct = Cvcp + CISO + CA +CCHAPAS , que agrupando e rerranjando, temos:

Ct = 2,032.10-4 LR. DiR/XR + 2,032.10-4.LR + 1,0155.10-4 DiR2/XR +


6,719.10-4.DiR2. XR + 2,688.10-3.DiR.LR.XR + 5,3752.10-3.DiR.XR2 +
2,688.10-3.LR.XR2 +5,3752.10-3.XR3+ 0,01613.DiR.LR +0,021508.DiR.XR
+ 0,010754.LR.XR + 0,03226. XR2 +8,0647.10-3.DiR2 em R$/h (30)
Nesta equação temos três incógnitas, mas pode ser reduzida a duas, pois temos
uma relação entre DiR e LR , dada pela equação 24a cuja resolução depende dos
valores encontrados para o corpo da coluna (HC, Di e XC) que serão constantes
quando aplicados nesta equação 30.
Podemos então, substituir LR por: DiR2 = B /LR  LR = B / DiR2
onde : B = 3,291(1+r)+0,161+8,9.10-6.[.HC.(Di+XC)+(.Di2)/2]/XC
Logo, a equação 30 fica:
Ct = 2,032.10-4 B/DiR.XR + 2,032.10-4.B/ DiR2+ 1,0155.10-4 DiR2/XR +
6,719.10-4.DiR2. XR + 2,688.10-3.B.XR/DiR + 5,3752.10-3.DiR.XR2 +
2,688.10-3.B.XR2/ DiR2 +5,3752.10-3.XR3+ 0,01613.B/DiR +0,021508.DiR.XR
+ 0,010754.B.XR/ DiR2 + 0,03226. XR2 +8,0647.10-3.DiR2 em R$/h (31)
Temos, então, uma equação algébrica onde, (Ct/XR) = 0 e (Ct/DiR) = 0
fornecerão um sistema de equações não-lineares, cuja resolução só poderá ser feito
após o cálculo do parâmetro B. Desta maneira, pode-se utilizar um método
conveniente para resolver o sistema, ou utilizar um método gráfico.
Resolvendo-se o sistema, temos as dimensões otimizadas, em função dos custos
analisados, ou seja: DiR e XR e, portanto, LR e Lt
E, desta maneira poderemos calcular:
Cvcp = (eq. 25) ; CISO = (eq. 27); CA = (eq. 28); e CCHAPAS = (eq. 29)
Finalmente, o CUSTO DO CORPO DO REFERVEDOR (CcR) computando-se
Custo com tubos, Custo com chapas, Custos com isolamentos térmicos e Custo com
acabamento é:
CcR = CTUBOS + CCHAPAS+ CISO + CA = em R$/h (32)
Obs: O Custo de vapor por calor perdido no corpo do refervedor (Cvcp)será incluído
mais tarde no Custo total de Vapor para o processo de operação da coluna.

3o) CUSTO COM O VAPOR PARA O REFERVEDOR (Cv)


Qual a quantidade necessária? e o custo?
Cv = Q (Kg/h) . (R$ 10 /1000Kg) mas , Q = (qR + qP) / Hvap e
* a quantidade de calor que deve ser fornecida à coluna é :
Prof. Adelamar F. Novais – EQA - CTC - UFSC 19

qR=1.097.007,3.(1+r)+53.766+2,966.[.HC.(Di+XC)+(.Di2)/2]/XC em Kcal/h
(20.1)
já computado o calor perdido pela parede da coluna.
* a quantidade de calor perdida pelas paredes do refervedor é:
qp = 10,3446.LR. DiR /XR +10,3446.LR +5,17 DiR2/XR em Kcal/h (vide pg 16)
então:
Q = (1.097.007,3.(1+r)+53.766+2,966.[.HC.(Di+XC)+(.Di2)/2]/XC +
10,3446.LR.DiR/XR +10,3446.LR +5,17 DiR2/XR) / 509,07 Kcal/Kg em Kg/h (33)
Logo, o custo de vapor é:
Cv = [(1.097.007,3.(1+r)+53.766+2,966.[.HC.(Di+XC)+(.Di2)/2]/XC +
10,3446.LR.DiR/XR +10,3446.LR +5,17 DiR2/XR) / 509,07]. (R$ 10 /1000Kg)
ou
Cv = [(1.097.007,3.(1+r)+53.766+2,966.[.HC.(Di+XC)+(.Di2)/2]/XC +
10,3446.LR.DiR/XR+10,3446.LR+5,17 DiR2/XR) ].1,964.10-5 em R$/h (34)
com os valores (parâmetros) otimizados para a Coluna e Refervedor, poderemos
calcular Cv.

4o) CUSTO DO CORPO DO CONDENSADOR (Cco) (Custo com tubos, Custo com
chapas, Custos com isolamentos térmicos e Custo com acabamento)

Água (? oC)

V1 Cond Água (10oC)


.

85oC

Lo 82oC
D

4.1) Custo com Tubos (CTUBOS) e conversão em Custo horário de produção


CTUBOS = (R$ 300/m). Lt. 0,15/8760h = 5,137.10-3. Lt , onde Lt é o comprimento
total de tubos que serão utilizados no condensador = Ai/.di
logo, CTUBOS = 5,137.10-3Ai/.di , mas di = 0,1m , logo
CTUBOS = 0,01636 Ai R$/h (35)
Prof. Adelamar F. Novais – EQA - CTC - UFSC 20

Para tanto, temos que calcular a área total (Ai) necessária de troca térmica
dentro do condensador em função da quantidade de calor necessária a ser retirada do
destilado.
- Quantidade de calor necessária a ser retirada (-qc) e a Área de troca térmica (Ai)
qc = U.Ai. T ; considerar U  200BTU/h.ft2.oF  1000 Kcal/h.m2.oC ,
baseada na área interna dos tubos e válida para uma variação e
temperatura dos fluidos de 10 a 80oC. (Vide Kern pg 661 e Foust)

he água Tm= ??oC K do metal


V1 Lo
hi
85oC o
82oC
he água Tm= ?? C

sendo a diferença motriz de temperatura: T = [(85-82)/2] - Tm ; onde Tm é a


temperatura média da água que entra a Ti=10oC e sai do condensador a uma certa Tf.
ou pode-se utilizar o Tlogartímico par expressar esta diferença motriz de
temperatura, como normalmente é feito nos cálculos de trocadores de calor.
Esta temperatura de saída Tf pode ser otimizada entre 10 e 82oC, que é a faixa de
validade para o U.

Análise: Se Tm = (Tf +10oC)/2, quanto menor Tf , menor será Tm e, portanto maior


será T, consequentemente menor será a área Ai necessária a troca térmica e,
portanto, menor será o tamanho do corpo do condensador. No entanto, como qc e U
são constantes, logo quanto menor for Tf implica que maior será a vazão de água.
Então, temos um ponto de otimização entre o custo do capital fixo investido na
estrutura do condensador e o custo com água de refrigeração.
Fazendo-se um balanço de energia no condensador, temos: qc = qV1 - qLo
Cálculo de qV1 : qV1 = V1. C1 . (T1 - Tr) + V1 .1VAP , sendo .1VAP o calor latente
de vaporização na temperatura de referência (82oC). No PERRY, pg 3-123 encontra-
se os valores de .VAP para o Benzeno puro igual a 94,14 cal/g e para o Tolueno puro
86,8 cal/g. Convertendo para base molar e calculando-se .1VAP, temos:
1VAP = VAP,B .y1B + VAP,T.y1T = 7394,3 Kcal/Kgmol
O cálculo de C1 resulta em: 36,39 cal/gmol.oC . Confira.
Logo, qV1 = 146,2 (1+r).[36,39.(85-82) +7.394,3] = 1.097.007,3.(1+r) Kcal/h
Cálculo de qLo : qLo = Lo. Co . (To - Tr) = 0 , pois To = Tr =82oC
Prof. Adelamar F. Novais – EQA - CTC - UFSC 21

Logo, qc = qV1 - qLo = 1.097.007,3.(1+r) Kcal/h


então, Ai = qc / U. T = 1.097.007,3.(1+r) / 1000 . (83,5 - Tm)
Ai = 1.097.(1+r) / (83,5 - Tm) em m2
mas qual o Tm ótimo????
Para a água temos; qc = Qágua .Cágua (Tf -10)
1.097.007,3.(1+r) Kcal/h = Qágua. 1 Kcal/KgoC.(Tf -10)
ou seja: Qágua = 1.097.007,3.(1+r) / (Tf -10) Kg/h ; e qual a Tf ótima??
Para fazer a otimização e calcular qual é a Tf ótima precisamos, a princípio, de:
a) custo da água de refrigeração (CÁGUA)
b) custos dos tubos (CTUBOS)
c) custos das chapas (CCHAPAS)
d) custos do isolamento térmico (CISO)
e) custos dos acabamentos (CA)
Obs:
- Levando-se em conta que o tamanho do Condensador não será mito diferente do
tamanho do Refervedor, podemos fazer uma analogia com os cálculos
anteriormente feitos para o Refervedor. Observa-se que, pelas equações 27 e 28,
que os custos relativos ao itens d e e são muito baixos comparando-se com os
custos dos itens a , b e c. Portanto, para esta otimização específica no
condensador, só levaremos em conta os itens a, b e c, evitando, assim
complexidades desnecessárias na resolução da equação a ser obtida.
- Além disso, a menor quantidade de água que usaríamos seria:
Qágua = 1.097.007,3.(1+r) / (82-10) = 15.236,21 .(1+r) Kg/h, pois 82oC seria a
máxima temperatura que a água poderia atingir. E só isto já daria um custo
aproximado de: 15.236,21.(1+r)Kg/h. R$ 0,02/1000Kg = 0,305 .(1+r) R$/h
Então vamos procurar qual a temperatura ótima de saída da água de resfriamento
levando-se em conta apenas o custo da água, dos tubos e das chapas, que são os itens
mais caros.
* Custo com água de resfriamento (CÁGUA)
CÁGUA = Qágua (Kg/h) . R$0,02/1000Kg = [1.097.007,3.(1+r) / (Tf -10)].0,02/1000
CÁGUA = 21,94.(1+r) /(Tf -10) R$/h (36)
* Custo com Tubos (CTUBOS)
(CTUBOS) = 0,01636 Ai R$/h ( vide equação 35) ,
mas Ai = 1.097.(1+r) / (83,5 - Tm) e Tm = (Tf+10)/2 logo,
Prof. Adelamar F. Novais – EQA - CTC - UFSC 22

(CTUBOS) = 35,89 (1+r) / (157-Tf) em R$/h (37)


* Custo com Chapas (CCHAPAS)
CCHAPAS = (R$ 200/m2 ) . AiCO . 0,15/8760 h = 3,42.10-3. AiCO em R$/h
onde AiCO é a área total do Condensador sem isolamento.
mas AiCO = Alateral interna+ 2.Abase interna , ou seja, AiCO = .(DiCO .LCO + DiCO2/2)
CCHAPAS = 0,010753 . (DiCO.LCO + DiCO2 /2) em R$/h ou
CCHAPAS = 0,010753.DiCO.LCO +5,3767.10-3.DiCO2 em R$/h (38)
Neste item vamos mexer com a geometria do Condensador, logo precisamos
fazer a Escolha do esquema para o corpo do Condensador (tamanho, geometria) para
posterior de Custo com Chapas e conversões em Custo horário de produção
(CCHAPAS) e, se necessário, os Custos com Isolamento (CISO) e Custo com
Acabamento (CA)
Tipo mais usado: Casco e Tubos e vamos optar por posição horizontal

LCO A melhor disposição


O dos tubos, neste caso é
L
Água a romboédrica

DiCO

E
Vapor V1 Água de
da Coluna Condensado
resfriamento
D
10oC
Luz

Obs: tendo-se Ai dos tubos, podemos proceder tal como para o refervedor para
calcular o diâmetro e o comprimento ótimos para o condensador.
- Número de tubos com comprimento L: N = Lt/L
- Área total ocupada pelos N tubos: at =N.a , onde a = .(0,12)2/4 = 0,011 m2
logo, at = N. 0,011
- Por normas, temos: Para o caso escolhido, o espaçamento aconselhável entre os
tubos é E = 1,25. diâmetro externo do tubo, que no nosso caso é 12 cm ou 0,12m.
Prof. Adelamar F. Novais – EQA - CTC - UFSC 23

( vide PERRY ou FOUST), logo, E = 1,25 . 0,12 = 0,15 m então, a razão de áreas=
R = (área vazia/área de um tubo) R= (0,0225-0,011)/0,011=1,05 , ou seja, para
cada área ocupada por um tubo, devemos ter uma área vazia de 1,05 vezes.
Logo, a área total vazia do casco é: atv = R.at =1,05.at, então a área transversal,
mínima, total do casco do condensador será:
At = at + atv = at + Rat = at.(1+R)= 2,05.at . Substituindo-se: at, N e L, temos:
A = 0,0226. Lt/L
Como A =  DiCO /4 (área transversal total do corpo do condensador) e Lt = Ai/.di
2

(comprimento total dos tubos), então, DiCO2 = 0,09169.Ai/L. Porém, para este
esquema de condensador costuma-se colocar 20% de comprimento a mais para a
construção da câmara de distribuição/entrada do vapor V1 e a câmara de saída do
condensado D, ou seja LCO = 1,2 L. Logo, DiCO2 = 0,11.Ai/LCO
Mas Ai = 1.097.(1+r) / (83,5 - Tm) e Tm = (Tf+10)/2 , logo,
DiCO2 = [241,34 (1+r) / 157-Tf] / LCO  LCO = [241,34 (1+r) / 157-Tf] / DiCO2
Resgatando a equação 38, temos:
CCHAPAS = 0,010753.DiCO.LCO +5,3767.10-3.DiCO2
Substituindo-se LCO, temos:
CCHAPAS = [2,595 (1+r) / (157-Tf).DiCO] + [5,3767.10-3.DiCO2] (39)

Montando-se a equação de custo, temos: Ct = CÁGUA +CTUBOS + CCHAPAS em R$/h


ou seja:
Ct = [21,94.(1+r) /(Tf -10)] + [35,89 (1+r) / (157-Tf)] +
[2,595 (1+r) / (157-Tf).DiCO] + [5,3767.10-3.DiCO2] (40)
Derivando-se esta expressão, em relação a Tf e DiCO, e igualando-se a zero,
obtemos um sistema de equações não-lineares. Levando-se em conta que (1+r) é uma
constante (parâmetro do problema para cada escolha da razão de refluxo) e
utilizando-se um método conveniente para resolver o sistema, ou utilizar um método
gráfico, obtemos:
DiCO  1,4 m e Tf  75 oC e, também: LCO  3,3 m ; L  2,75 m e Lt  187 m
Com a devida especificação da razão de refluxo (r) poderemos calcular :
CÁGUA = (eq. 36) ; CTUBOS = (eq. 37) e CCHAPAS = (eq. 39)

Obs: Note que a temperatura média no interior do condensador será:


T = [(85-82)/2] - Tm ; onde Tm é a temperatura média da água que entra a
Ti=10oC e sai do condensador a Tf = 75 oC, ou seja T = 41 oC, portanto é
maior do que a média do ambiente.
Logo, o calor perdido (qp) pelas paredes do condensador significa lucro ou
prejuízo para a economia do sistema (ou seja custo com água de refrigeração)?
É claro que é lucro. Levando-se em conta que, geralmente, a temperatura do
ambiente não deva ultrapassar a 41oC, não é interessante isolarmos
Prof. Adelamar F. Novais – EQA - CTC - UFSC 24

térmicamente o condensador. Devemos sim, ter o cuidado de isolar as


tubulações de água de resfriamento ( que está a 10 oC e portanto abaixo da
média do ambiente que é 20 oC) até o condensador e, se quiser, isolar apenas a
parte de baixo do condensador onde, no modelo escolhido parta o condensador,
a água de resfriamento inicialmente se espalha.
É claro que, neste caso, devemos adaptar sensores de temperatura ligados em
controladores de vazão de água de resfriamento afim de manter e controlar o
processo de resfriamento (condensação total controlada), em função de
eventuais mudanças bruscas de temperatura ambiente.
Cabe ressaltar que, eventuais variações da temperatura ambiente não irão
provocar variações significativas na vazão ótima da água de resfriamento.
Qágua = 1.097.007,3.(1+r) / (Tf -10) Kg/h

Portanto, não precisamos calcular eventuais custos com isolamentos e


acabamentos térmicos nem com perdas de calor.
Finalmente, o CUSTO DO CORPO DO CONDENSADOR (Cco) computando-se
apenas os Custo com tubos e Custo com chapas, temos:
Cco = CTUBOS + CCHAPAS = = R$/h (41)
Onde: CTUBOS = 35,89 (1+r) / (157-Tf) R$/h (equação 37)
e CCHAPAS = 0,010753.DiCO.LCO +5,3767.10-3.DiCO2 (equação38)
ou CCHAPAS = [2,595 (1+r) / (157-Tf).DiCO] + 5,3767.10-3.DiCO2 (equação39)

O CCHAPAS já pode ser calculado pela equação 39, no entanto, o CTUBOS só pode ser
calculado quando especificarmos a razão de refluxo (r) da coluna.

5o) CUSTO COM A ÁGUA DE REFRIGERAÇÃO (CÁGUA)

Cágua = Qágua (Kg/h) . R$0,02/1000Kg ou seja, basta resgatar a equação 36


CÁGUA = 21,94.(1+r) /(Tf -10) R$/h (36)
a qual depende da especificação de (r).

OBS: Com todas as equações postuladas, podemos começar a resolução numérica do


problema em cada especificação da razão de refluxo da coluna e criar uma
PLANILHA GERAL DE CUSTOS ou uma EQUAÇÃO GERAL DE CUSTO a qual
nos indicará qual é a Razão de Refluxo ótima que leva ao Custo Total mínimo de
projeto e operação desta Coluna de Destilação.
Prof. Adelamar F. Novais – EQA - CTC - UFSC 25

RESOLUÇÃO DO PROBLEMA
A) Para o cálculo do custo do corpo da coluna Ccc
1.a) Especificar uma razão de refluxo (r) entre 1,09 e 1,4.  Por exemplo 1,2
2.a) Achar o NPT ( pelo método McCabe ou outro )  NPT  15 pratos
3.a) Calcular NPR (pela equação 3)  NPR = 21,4  21 pratos
4.a) Calcular dp (pela equação 4)  dP = 1,49  1,5 m
5.a) Calcular CPRATOS (pela equação 2)  CPRATOS = 2,427 R$/h
6.a) Achar o espaçamento (e) entre os pratos utilizando-se a figura 18.10 do Perry ,
a ordenada é Cind = 0,31 e a abscissa é [r/(1+r)]  e  20"  50,8 cm  0,51m
7.a) Calcular a altura total da coluna (HC) (pela equação 7)  HC =12,8 m  13 m
8.a) Calcular CCHAPAS (pela equação 9)  CCHAPAS = 0,2222 R$/h
9.a) Substituir os valores já encontrados na equação 17 e calcular a espessura ótima
econômica (XC) do isolamento térmico, (Ct/XC) = 0  (XC)  0,125 m
10.a) Calcular CISO (pela equação 14)  CISO = 0,0076 R$/h
11.a) Calcular CA (pela equação 16)  CA = 0,1327 R$/h
12.a) Calcular Ccc = CPRATOS + CCHAPAS + CISO + CA e colocar na planilha de custo
 CCC = 2,7893 R$/h
B) Para o cálculo do custo do corpo do refervedor CCR
1.b) Calcular CTUBOS (pela equação 23)  CTUBOS = 0,5536 R$/h
2.b) Substituir os valores já encontrados na equação 31 e calcular a espessura ótima
econômica (XC) do isolamento térmico e o diâmetro ótimo econômico DiR do
refervedor, através de (Ct/XC) = 0 e (Ct/DiR) =0 ou um método gráfico.
 (XC)  0,105 m e DiR  1,8 m e, portanto: LR  2,3 m e Lt  217 m
3.b) Calcular CISO (pela equação 27)  CISO = 0,0018 R$/h
4.b) Calcular CA (pela equação 28)  CA = 0,0379 R$/h
5.b) Calcular CCHAPAS (pela equação 29)  CCHAPAS = 0,0619 R$/h
6.b) Calcular CCR = CTUBOS + CCHAPAS + CISO + CA e colocar na planilha de custo
 CCR = 0,6552 R$/h

C) Para o cálculo do custo de vapor no refervedor CV (equação 34) e colocar na


planilha de custo  CV = 47,4432 R$/h
D) Para o cálculo do custo do corpo do condernsador CCO
1.d) Calcular CTUBOS (pela equação 37)  CTUBOS = 0,9629 R$/h
2.d) Calcular CCHAPAS (pela equação 38 ou 39)  CCHAPAS = 0,0603 R$/h
3.d) Calcular CCO = CTUBOS + CCHAPAS e colocar na planilha de custo
 CCO = 1,023 R$/h
E) Para o cálculo do custo de água de resfriamento no condensador CV (equação 36)
e colocar na planilha de custo  CÁGUA = 0,7425 R$/h
Especificar outros valores para a (r) e proceder todos os cálculos novamente até
encontrar o CUSTO TOTAL MÍNIMO envolvido
Prof. Adelamar F. Novais – EQA - CTC - UFSC 26

PLANILHA GERAL DE CUSTOS

Razão de CUSTO DO CORPO CUSTO DO CUSTO COM CUSTO DO CUSTO COM CUSTO TOTAL
Refluxo DA COLUNA REFERVEDOR VAPOR CONDENSADOR ÁGUA DE REFRIG. ENVOLVIDO
R$/h R$/h R$/h R$/h R$/h R$/h
1,09  - - - - 
1,1
1,2 2,7893 0,6552 47,4432 1,023 0,7425 52,6532
1,3
1,4

ou

EQUAÇÃO GERAL DE CUSTO

CT = CCC + CCR + CV + CCO + CÁGUA


Ccc = CPRATOS + CCHAPAS + CISO + CA em R$/h (18)
CcR = CTUBOS + CCHAPAS+ CISO + CA = em R$/h (32)

Cv =[(1.097.007,3.(1+r)+53.766+2,966.[.HC.(Di+XC)+(.Di2)/2]/XC+10,3446.LR.DiR/XR+10,3446.LR+5,17 DiR2/XR)]
.1,964.10-5 em R$/h (34)
Cco = CTUBOS + CCHAPAS em R$/h (41)
CÁGUA = 21,94.(1+r) /(Tf -10) em R$/h (36)

Potrebbero piacerti anche