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MODELO DE RESENHA CRÍTICA

Lendas
fácil encontrar livros É oito o número de lendas
com lendas publicadas no livro, sendo que elas
européias, vikings, exploram a dimensão do continente

Negras celtas, russas,


japonesas. (...) De
africano em todos os aspectos. Vemos
lendas de Angola, do sul da África, e
qualquer forma, a vários outros cantos desse imenso
máxima não se continente. Através da leitura, o leitor

O público
ganhou
juvenil
uma
aplica às lendas,
histórias e culturas
africanas.”
irá descobrir povos africanos antigos,
culturas muito diferentes da nossa.
Além dos textos serem de leitura
importante “distração” O tema é também rápida e facilmente compreensível,
para o tempo livre: a muito sugestivo, elas estão ricamente ilustradas com
publicação do livro Lendas pois ele diz respeito desenhos de Salmo Dansa, exímio
Negras, de Júlio Emílio Braz à questão da ilustrador de literatura juvenil. As cores,
e Salmo Dansa, pela Editora influência africana voltadas para os tons nobres, preto e
FTD – livro esse que já na formação da branco, contribuem para a criação de
ganhou o prêmio “Adolfo cultura brasileira. E, uma atmosfera lendária e mística
Aizen”, da União Brasileira de num momento em que a diversidade dentro do qual as lendas vivem. Os
Escritores, pela qualidade editorial. O está no ápice das discussões sociais, traços mostram que os personagens –
título já é bastante sugestivo: não se o livro traz uma importante sem rostos e meio disformes – são
tratam de quaisquer lendas, como contribuição para a conscientização também da ordem do imaginário. O
aquelas que ouvíamos e líamos nas dos jovens no que diz respeito às livro é, portanto, lendário, no sentido
primeiras séries do primário, mas de raízes de nossa história cultural. Além que se impregna de uma atmosfera de
lendas negras, lendas que têm sua disso, ele revela a magia de uma imaginação, magia, encanto e mistério.
origem no continente africano, lendas cultura até pouco tempo discriminada A título de exemplo, trouxemos
que nos foram passadas pelos milhões pela sua diferença e pela sua distância uma pequena sinopse sobre umas
de negros que vieram para o Brasil social. O livro é, nesse sentido, mágico das lendas:
através da escravidão. E o próprio tal como as lendas encontradas em
autor, Júlio Emílio Braz, justifica, na seu interior. “Quem perde o corpo é a língua”
introdução do livro, dizendo: “sem
procurar muito, até hoje é bem mais
MODELO DE RESENHA CRÍTICA

Em Angola, conta-se que há outros já cansados daquela história mostra a dimensão da obra de Júlio
muitos anos atrás, um caçador, propõem ao caçador de irem com eles Emílio Braz e como as lendas são
voltando para a sua casa, encontrou encontrar a tal caveira e falar com ela, importantes para se compreender a
no meio de um bosque uma caveira porém eles colocaram uma condição: cultura brasileira, onde a música, o
num pau oco. Ao observar a caveira o caso a caveira não falasse, o caçador vocabulário, a culinária têm fortes
caçador se surpreendeu pelo fato apanharia muito dos demais pelo fato raízes africanas.
dessa começar a falar com ele. de ter mentido. Portanto, através da leitura de
Assustado o caçador hesitou em falar Em seguida, o bando se dirigiu Lendas Negras, você, jovem de hoje,
com ela, mas, por fim, acabou até o local onde estava a caveira e o terá a oportunidade de ampliar seus
cedendo e perguntou-a quem havia a caçador tentou falar com ela. Mas, por conhecimentos sobre o assunto, além
matado. A resposta foi tão azar, essa não falou nada e o caçador de se deliciar com uma viagem para
surpreendente quanto o fato de uma apanhou dos demais, como esses um universo de magia, encanto,
caveira falar: “Quem perde o corpo é a haviam prometido. mistério e imaginação...
língua”. Depois de sair de seu estado de
Ao regressar para a aldeia, o inconsciência, provado pelo número
caçador avisa os demais sobre a de socos em seu corpo, o caçador fala
caveira que fala. Esses foram até o com a caveira e essa lhe fala em uma
bosque conferir esse fato inusitado, língua diferente: “quem perde o corpo
mas voltaram decepcionados e é a língua.”
desconfiados com o caçador, pois a Entendendo o conteúdo da
caveira não havia falando um “a” mensagem, o caçador voltou para a
sequer. sua aldeia e nunca mais falou para os
Tempo depois, o mesmo demais sobre a caveira que lhe deu
caçador passou diante da caveira uma lição de moral.
novamente e esta voltou a falar-lhe a
mesma frase surpreendente da outra
vez: “Quem perde o corpo é a língua”. A lenda acima exposta explica
Intrigado, o caçador regressa a de onde surgiu o ditado tão falado em
aldeia e conta aos demais que a Angola “quem perde o corpo é a
caveira falou com ele novamente. Os língua”. Além disso, esse exemplo

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