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TRANSEXUALIDADE:
João Monlevade
2016
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Cinara Luisa Souza Ventura
TRANSEXUALIDADE:
João Monlevade
2016
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO...........................................................................................05
HISTÓRIA GERAL....................................................................................07
NOME SOCIAL.........................................................................................17
CONSIDERAÇÕES FINAIS......................................................................18
ANEXOS....................................................................................................19
REFERÊNCIAS..........................................................................................22
3
RESUMO
Palavras-chave:
“Se transformou,
Se arriscou,
Se reinventou e gostou.
Ele se transformou.” (Pitty)
4
INTRODUÇÃO
5
elaborados, para, ao final, ressaltar a problemática da alteração do nome civil
para o nome social das pessoas transexuais no registro civil e nos órgãos
públicos.
6
1. HISTÓRIA GERAL
2
Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (Diagnostic and Statistical Manual of Mental
Disorders – DSM)
3
Elemento da Psicologia que possui a função de estudar o desenvolvimento dos recursos mentais e
funções psíquicas que podem causar variações no comportamento da pessoa.
7
intersexualíssimo e hermafroditismo, sendo assim segue o breve conceito dos
citados.
Diante exposto nota-se que a evolução da sociedade faz com que a cultura
progrida de maneira eficaz, adaptando e criando novos conceitos que encaixe
toda a diversidade sexual daquela massa.
4
Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Karl-Maria_Kertbeny Acesso em: 02/11/16.
5
Disponível em: https://issuu.com/jaquelinejesus/docs/orienta__es_popula__o_trans
6
Disponível em: http://www.abglt.org.br/docs/ManualdeComunicacaoLGBT.pdf
8
1.2 TRANSEXUALISMO NO BRASIL (PARTE CULTURAL)
Após a cirurgia ele não pode entrar na justiça para trocar seu nome, pois
naquela época (anos 70) ele corria risco de ser preso por portar dois CPFs.
Com o passar do tempo ele tomou a inciativa de ir ao cartório e tirou uma
documentação com nome masculino, como se fosse o primeiro registro,
ocasionando a perda de todo seu currículo escolar anterior, fazendo com que
ele trabalhasse em áreas não correspondentes a sua formação.
Após 30 anos de cirurgia, João W. Nery tornou-se militante dos direitos LGBT e
psicólogo virtual, atendendo todas as pessoas que o procuram, além de possuir
uma lista de médicos e advogados no país que ajudam os transexuais que
sofrem Transfobia no ramo social e familiar.
9
Os direitos postulados pelos transexuais estão voltados à troca de sexo e de
nome na documentação, pois conseguindo esses direitos, eles poderiam vir a
ter a liberdade explícita de poder frequentar vestiários referentes ao sexo no
qual ele aderiu pós-cirurgia, e demais direitos.
A Identidade Transexual se ergue a partir das ações que são tomadas por eles,
como no ramo profissional optam por ser costureiros, cabelereiros, esteticistas
e afins, além de objetivarem ter uma vida tradicional dentro dos padrões
sociais.
Mas nem sempre conseguem obter esse sonho de forma acessível em virtude
dos preconceitos e discriminações atribuídas a eles, como não tratá-los pelo
nome social (nome relacionado ao sexo que ele se considera), sendo que
nome constado no Registro Geral é considerado humilhante e repugnante, já
que o mesmo não se refere ao sexo optado pela pessoa.
10
1.2.1 TRANSEXUALISMO NO BRASIL (PARTE JURÍDICA)
7
Disponível em: http://www.cid10.com.br/
8
Disponível em: < http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2013/12/1378921-transexualismo-
deve-sair-da-lista-de-doencas-mentais.shtml>
11
Equipe de médicos que irão acompanhar a pessoa antes e após a
cirurgia;
Exames laboratoriais (pré-cirúrgico);
Exames laboratoriais para controle dos níveis hormonais;
Hormônios necessários antes da realização da cirurgia;
Hospital adequado para a efetuação da cirurgia.
Após a cirurgia, o transexual deve alterar seu nome civil, inserido o nome
social, aquele condizente com o sexo atual do individuo, porém está questão
agrega divergências entre os doutrinadores. Para a jurista Maria Helena Diniz,
a jurisprudência deve aceitar a alteração do nome civil para o social, e para a
também jurista Patrícia Pires Cardoso, não há necessidade para alteração do
nome civil sendo que não haja nenhuma alusão discriminatória.
9
Diário Oficial da União, SAS/457 publicou os hospitais credenciados pelo SUS para a realização da
cirurgia.
12
2. DIREITO CONSTITUCIONAL E O TRANSEXUAL
10
SARLET, Ingo Wolfgang. Dignidade da Pessoa Humana e Direitos Fundamentais na Constituição
Federal de 1988. Porto Alegre : Livraria do Advogado. 2001.
13
forma exacerbada, fazendo com que a lista de espera ultrapassasse um
número significativo e ocasionando as pessoas que carregam esse anseio,
procurar unidades particulares para realizar esse procedimento.
No artigo 3°, paragrafo 4°, menciona que promover o bem de todos, sem
preconceito de origem, raça, cor, sexo, idade e quaisquer outras formas de
discriminação, são um dos objetivos fundamentais da República Federativa do
Brasil. E o trabalho está inserido no artigo 6° da Constituição Federal como um
dos direitos sociais.
Mesmo com essas leis, é muito fastidioso para um transexual conseguir um
emprego e manter-se no mesmo de forma harmônica com os colegas de
trabalho. Por começar pelo processo de contratação, quando um transexual é
convocado para participar de uma entrevista, seu nome social que logicamente
diverge do nome constado no registro geral, passa a ser um entrave, pois nota-
se que trata de uma pessoa trans e há pessoas que possuem certo tipo de
preconceito ou desconhecimento sobre o assunto. Após a contratação, o
individuo passa a sofrer preconceito e/ou isolamento por seus colegas de
trabalho, além de sofrer ameaças ou insultos e até mesmo perguntar o porquê
que essa pessoa não procurou outro tipo de profissão, como cabelereiro ou
manicure, pois para algumas pessoas as profissões citadas acima devem ser
realizadas por mulheres, homossexuais, travestis e transexuais, que podem ser
configuradas como preconceito e discriminação.
14
2.2 DIREITO CIVIL E O TRANSEXUAL
11 Toda pessoa tem direito ao nome, nele compreendidos o prenome e o sobrenome. Artigo 16°, Código
Civil, 2002.
12
O nome da pessoa não pode ser empregado por outrem em publicações ou representações que a
exponham ao desprezo público, ainda quando não haja intenção difamatória. Artigo 17°, Código Civil,
2002.
13
O pseudônimo adotado para atividades lícitas goza da proteção que se dá ao nome. Artigo 17°, Código
Civil, 2002.
15
valorizar, resguardar e comprometer a diversidade sexual nestes espaços
educativos, porém tal método não gera tanta eficácia, educadores e alunos
continuam desrespeitando a pessoa transexual chamando-a pelo nome
constado em registro.
Em outras organizações não há aplicação de técnicas que façam as pessoas
dirigirem ao individuo com o nome social, bastando somente à compreensão e
respeito para com o próximo.
Tendo em vista a memorável porcentagem de pessoas insatisfeitas com o
nome de nascimento, o Estado reconhece o fato e disponibiliza possibilidades
de mudança de nome ou sobrenome, que acontece nos seguintes casos:
1- Erro de grafia: neste caso a correção poderá ser feita no cartório onde a
pessoa foi registrada, por meio de petição assinada por ele ou pelo procurador.
2- Quando expõe a pessoa ao ridículo: a modificação poderá ser feita a
qualquer tempo, basta estar munido de petição e apresenta-la a Vara de
Registros Públicos com justificativas plausíveis.
3- Mudança de Sexo: nesta situação o Estado ainda não autorizou, porém
autoriza a operação de mudança de sexo em rede de saúde pública. Alguns
transexuais conseguem obter essa conquista, pelo fato dos magistrados
aceitarem a Ação de Retificação de Registro Civil, por concordarem que o
nome de nascimento fere a dignidade do individuo trans.
Almejando ser totalmente uma pessoa com o gênero na qual se enxerga, o
transexual precisa recorrer à justiça, gerando lentidão, ao passo que o acesso
à justiça esbarra em entraves que inviabilizam o exercício desse e de outros
direitos, tais como: custo processual elevado, morosidade e quaisquer outros
obstáculos que dificultem a pessoa a obter a tutela jurisdicional.
16
3. NOME SOCIAL
Determina-se o nome social como o nome civil15que ainda não foi incorporado
à personalidade da pessoa natural. Consequentemente o prenome 16 é
publicamente diverso do nome civil de quem o possui.
14
Dimensão da identidade de uma pessoa que diz respeito à forma como se relaciona com as
representações de masculinidade e feminilidade e como isso se traduz em sua prática social, sem
guardar relação necessária com o sexo atribuído no nascimento. Artigo 1°, II do Decreto N°8727, de abril
de 2016.
15
Nome civil é a designação pela qual a pessoa identifica-se no seio da família e na sociedade.
Goncalves, Carlos Roberto, p51. 2003.
16
Nome que antecede o sobrenome (nome de família), nome de batismo.
17
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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ANEXOS
ESTADUAL
Administração Pública;
Decreto nº 1675/2009 - Estado do Pará - Administração Direta e Indireta;
Lei 5916/2009 - Estado de Piauí - Administração Direta e Indireta;
Decreto 55.588 - Estado de São Paulo - Administração Direta e Indireta;
Decreto 35051/2010 - Estado de Pernambuco - Administração Direta e outros;
Decreto 43065/2011 - Estado do Rio de Janeiro - Administração Direta e Indireta;
Decreto Normativo 13684, de 12/07/2013 - Estado do Mato Grosso do Sul - Administração Direta e
Indireta.
Assistência Social
Portaria Nº 26/2009 Estado do Piauí - nome social nas unidades de assistência social e cidadania;
Portaria nº 220/2009 - Estado da Bahia - unidades e órgãos da SEDES;
Portaria 438/2009 - Amazonas;
Portaria 041/2009 – Paraíba.
Educação
Resolução CEE/CP Nº 05/2009 Estado de Goiás - nome social nas escolas;
Parecer Nº 04/2009 CEE - Estado de Goiás - nome social nas escolas;
Ofício 731/2009-CG-SEDUC - Estado do Maranhão;
Parecer Nº 04/2009 CEE - Estado de Goiás - nome social nas escolas;
Portaria Nº. 016/2008 – GS - PA - nome social nas escolas;
Parecer nº 277 de 11/08/2009 - Estado de Santa Catarina - nome social nas escolas;
Resolucao 132/2009 - Santa Catarina;
Portaria Nº. 016/2008 – GS - PA - nome social nas escolas;
Parecer 010/09 - Mato Grosso;
Parecer nº 277 de 11/08/2009 - Estado de Santa Catarina – nome social nas escolas;
Parecer 155/2010 - CEE Alagoas;
Resolucao 132/2009 - Santa Catarina;
Portaria - Distrito Federal;
Parecer 010/09 - Mato Grosso;
Parecer CP/CEE 01/2009 – Paraná;
Parecer 155/2010 - CEE Alagoas;
Resolução 32/2010 – Tocantins;
Portaria - Distrito Federal;
Parecer 739/2009 – Rio Grande do Sul;
Parecer CP/CEE 01/2009 – Paraná.
Serviços de Saúde
Resolucao 208/2009 - CRME São Paulo;
Resolução 188/2010 - SESA – Paraná.
17
LGBTI: Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais e Travestis e Intersex.
18
Disponível em: http://www.abglt.org.br/port/nomesocial.php
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FEDERAL
Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional.
Sistema Único de Saúde
Carta dos Direitos dos Usuários da Saúde / Portaria GM 1820/2009.
Supremo Tribunal Federal
Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 4275 - Nome Social Transexuais;
Mensagem do Presidente Lula e Parecer AGU - ADI 4275.
Congresso Nacional
Projeto de Lei da Câmara nº 072/2007 (PL 6655/2006);
Projeto de Lei 2976 2008 - Nome Social Travestis.
Ministério da Educação
MEC/SECAD Parecer nº 141/2009;
Indicação 6497/2010.
Instituições Federais de Ensino
Instituto Federal de Santa Catarina - Deliberação CEPE/IFSC 006;
Universidade Federal do Paraná – Processo Nº 23075.048870/2008-57 AGU/PGF – Procuradoria Federal
na UFPR;
Universidade Federal de Sergipe - Portaria 2209, de 18/06/2013;
Conselho Federal de Serviço Social.
MUNICIPAL
Administração Pública;
Decreto Nº 3902/2009 - São João Del Rei-MG - nome social na administração pública e na iniciativa privada;
Portaria nº 384/2010 - João Pessoa-PB;
Decreto nº 006/2009 - Picos-PI - nome social na administração pública;
Decreto 51180/2010 - São Paulo-SP;
Lei 5992/2009 – Natal-RN;
Decreto 8328/2010 – Botucatu-SP.
Assistência Social
Educação
Parecer CME nº 052/2008 - Belo Horizonte-MG;
Resolução CME/BE Nº 002/2008 - Belo Horizonte-MG - nome social nas escolas;
Portaria 03/2010 - Fortaleza-CE.
Serviços de Saúde
Portaria/SS/GAB/Nº 026/2010 – Florianópolis-SC;
Pareceres sobre nome social para menores de 18 anos;
Parecer nº 01/2013 - Núcleo de Prática Jurídica da Universidade Federal do Paraná.
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Nome Social – Referências
Documentos de Referência;
Anais da 1ª Conferência LGBT (p. 211);
Texto base da 1ª Conferência LGBT (p. 22);
Folheto: “A travesti e o educador” ;
Juventudes e sexualidade (pesquisa da UNESCO) (p. 277-304);
Princípios de Yogyakarta (p. 23);
Programa Brasil Sem Homofobia (p. 22);
Legislação e Jurisprudência LGBTTT (p. 265);
Carta dos Direitos dos Usuários da Saúde (p.4-5);
Plano Nacional de Enfrentamento da Epidemia de Aids (p. 32-33);
Resoluções do I Congresso da ABGLT (p. 41);
Bibliografia - Artigos Zambrano;
Breves considerações registro civil.
Cotidiano
Decisão judicial autoriza mudança de nome;
Novo registro TJ/SP;
TJ completo;
Transexuais lutam para trocar nome de registro;
Artigo - Os gays e seus pais.
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REFERÊNCIAS:
REFERÊNCIAS ONLINE:
http://www.abglt.org.br/docs/ManualdeComunicacaoLGBT.pdf
http://www.abglt.org.br/port/nomesocial.php
http://brasil.elpais.com/brasil/2015/08/28/politica/1440778259_469516.html
http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2013/12/1378921-
transexualismo-deve-sair-da-lista-de-doencas-mentais.shtml
http://ggemis.blogspot.com.br/2014/08/lgbt-lgbti-lgbtq-ou-o-que.html
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http://karl-maria-ketbeny.blogspot.com.br/2006/03/origem-da-palavra-
homossexual.html
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato20152018/2016/Decreto/D8727.htm#
art3
http://www.plugbr.net/cirurgia-de-mudanca-de-sexo-%E2%80%93-hospitais-
credenciados-e-a-intencao-do-sus/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Karl_Maria_Kertbeny
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