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a qual estabelece que apenas países sob regimes democráticos podem participar do bloco. Essa
cláusula evita as alternativas autoritárias em alguns países do Mercosul, em momentos de crise
institucional.
Assim, ao lado das grandes conquistas, há novos e grandes desafios: parte significativa
da população mundial ainda permanece no século XIX. Nações ricas e prósperas convivem com
Estados que comportam milhões de miseráveis. Alguns locais do globo ainda não saíram da
Idade Média! Novas e antigas doenças afligem milhões. Cite-se, ainda, a parte significativa da
raça humana que sofre com a fome, a pobreza, as guerras. A sociedade internacional presencia
crises econômicas, políticas, culturais e sociais. E o destino da humanidade permanece uma
grande incógnita.
No último quartel do século XX, a proteção ao meio ambiente passou a ser uma das
grandes preocupações da comunidade internacional, não só na esfera de governo, mas também
entre todos os habitantes do planeta. A Conferência do Rio de Janeiro de 1992 exerceu essa
salutar influência, e multiplicaram-se nas últimas décadas os tratados sobre todos os aspectos
ambientais, tanto assim que se calcula em mais de mil os tratados internacionais assinados sobre
o tema.
Corrente idealista das RI: Séc XX – Vinculado Direito sociologia, economia. Fica
independente após a I GM, em virtude do colapso do Si e do trauma gerado pela guerra. Surgiu
através de dois pontos chaves, duas perspectivas. O que levou ao conflito? Como evitar um novo
conflito. Gripe espanhola também chocou, matou dezenas de milhares no mundo.
Apenas nas últimas décadas do século XX é que o Brasil começou a se fazer mais
presente. Isso coincide com o surgimento e o desenvolvimento dos primeiros cursos de Relações
Internacionais no País e com o aumento do interesse nas questões internacionais por parte de
diversos setores da nossa sociedade.
Cada Casa Legislativa possui comissões encarregadas dos temas de relações exteriores
e defesa nacional. No Senado Federal, por exemplo, a Comissão de Relações Exteriores e Defesa
Nacional (CRE), composta por 19 membros titulares e 19 suplentes, é competente para tratar
das questões que envolvam as relações internacionais do País.
A ideia de Sociedade Internacional – termo cunhado por Hugo Grócio no século XVII –
permite direcionar a atenção para a atuação padronizada dos Estados. Apesar da ausência de
uma autoridade central no cenário internacional, os Estados exibem padrões de atuação que
estão sujeitos a, e constituídos por, restrições de diversas naturezas – históricas, sistêmicas,
legais e morais, entre outras.
O terceiro grupo, majoritário, afirma não só ser possível, mas também necessário,
proceder à definição do termo “Sociedade Internacional”, para que se possa tratar com mais
propriedade o estudo dos fenômenos internacionais e das relações que se desenvolvem em seu
meio. Uma vez que concordamos com essa percepção, apresentaremos nosso conceito de
Sociedade Internacional. Antes, porém, vejamos alguns conceitos de autores renomados. A
nosso ver, Sociedade Internacional pode ser definida como o conjunto de entes que interagem
de maneira sistêmica em uma esfera internacional sob a influência de forças profundas.
A primeira parte de nosso conceito de Sociedade Internacional trata de um conjunto de
entes. Esses entes nada mais são do que os Atores internacionais. Ator internacional é toda
autoridade, organização, grupo ou pessoa que representa ou pode vir a representar um papel
de destaque na Sociedade Internacional. A percepção desses atores varia conforme o tempo e
a corrente teórica que os identifica, mas podemos destacar aqueles que, na atualidade, podem
ser considerados os mais importantes: os Estados nacionais, os atores governamentais
interestatais (as organizações internacionais), os atores não governamentais interestatais (i.e.,
organizações não governamentais e empresas multi- e transnacionais, entre outros) e os
indivíduos.
(...) os mercados não podem crescer em produção e distribuição de bens e serviços se não
houver um Estado que forneça certos pré-requisitos. Por definição, os mercados dependem da
transferência, por meio de um mecanismo de preço eficiente, de bens e serviços que possam
ser comprados e vendidos entre os principais agentes particulares que permutam direitos de
posse. Mas os mercados dependem do Estado para lhes dar, por coerção, regulamentos, taxas
e certos “bens públicos” que eles sozinhos não podem gerar. Isto inclui uma infraestrutura legal
de direitos e leis de propriedade para fazer contratos, uma infraestrutura coerciva que assegure
a obediência à lei, além de um meio de permuta estável (dinheiro) que assegure um padrão de
avaliação dos bens e serviços. Dentro das fronteiras territoriais do Estado, os governos fornecem
tais bens. É claro que, internacionalmente, não existe Estado no mundo capaz de multiplicar sua
provisão em escala global. Baseando-se na obra de Charles Kindleberger e na análise de E. H.
Carr sobre o papel da Grã-Bretanha na economia internacional no século XIX, Gilpin argumenta
que a estabilidade e a “liberalização” da permuta internacional dependem da existência de uma
“hegemonia”, que tenha tanto capacidade quanto vontade de fornecer “bens públicos”
internacionais, como lei, ordem e uma moeda estável para o comércio financeiro.
As Potências hegemônicas são as Grandes Potências na concepção de Wight, e o
hegemon nada mais é que a Potência Dominante. A hegemonia político-ideológica no planeta,
por exemplo, era disputada pelas Superpotências no contexto da Guerra Fria, mas a URSS
dificilmente poderia ser caracterizada como ameaça à hegemonia econômica dos EUA.
Unidade 3 - Correntes teóricas das Relações Internacionais
Teoria do Equilíbrio de Poder, também conhecida como Teoria do Balanço de Poder, é o que
mais próximo existe de uma teoria política das relações internacionais. Arnold Toynbee,
conhecido historiador, chegou mesmo a dizer que tal teoria constituía uma “lei” da História.
Anarquia internacional não significa “desordem”, mas, sim, ausência de um governo central
superior aos Estados (que são soberanos e só prestam contas a si mesmos e a outros Atores do
sistema). Anarquia é, portanto, ausência de governo.