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Índice
Introdução..................................................................................................................................3
1.2. Caracterização dos dois níveis de análise nas relações da Filosofia com o seu ensino......4
Conclusão...................................................................................................................................9
Bibliografia..............................................................................................................................10
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Introdução
É de salientar que neste trabalho se pretende traçar as linhas possíveis que determinam os
marcos daquilo que constitui as linhas de relacionamento entre a filosofia e o ensino de
filosofia, pois, é impossível ensinar a filosofia enquanto não existir a sistematização da
própria filosofia que vem ser ensinada. Como se sabe, a ensinabilidade de filosofia atravessou
sérias discussões daquilo que seria ensinado, desde já referenciando Descartes, Kant,
Espinosa, entre outros pensadores. Pois, nós sabemos que a filosofia torna-se revolucionária
quanto mais se abaliza com as questões do seu tempo, e que o ensino de filosofia deve
procurar corresponder entre os anseios do tempo da filosofia, com a produção filosófica
dentre da sala de aulas, concretamente numa aula filosófica.
Para a concretização deste trabalho, foi possível a partir de recolha de material bibliográfico,
leitura, interpretação e síntese do conteúdo patente no texto.
Portanto, este trabalho segue a seguinte estrutura: 1. A relação Filosofia e ensino da Filosofia;
1.2. Caracterização dos dois níveis de análise nas relações da Filosofia com o seu ensino;
1.2.1. A nível histórico institucional; 1.2.2. O nível de discurso segundo as categorias da
retórica e pragmática contemporâneas; 2. A aula de Filosofia como um lugar de trabalho
filosófico; Conclusão e Bibliografia.
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Entretanto, a missão de uma aula de filosofia deve estimular os alunos, de modo que estes
sejam seres capazes de uma produção gnoseológica individual, a partir das competências
obtidas durante a sua interacção com a filosofia.
Segundo MARNOTO (1990:23) “Thomas Kuhn mostrou com grande clareza de que modo a
ciência é estruturalmente dependente do ensino praticado pela instituição escolar e
universitária”. Portanto, é neste espaço onde se forma, se recrutam e formam aqueles que vão
proceder a investigação no interior das básicas teóricas e técnicas em que foram tecnicamente
treinados. Ademais, importa salientar que o ensino das ciências é para Kuhn, interior ao
processo científico, constituinte da entidade epistemológica complexa que é um paradigma e
sem qual não possível qualquer investigação normal ou extraordinária.
1.2. Caracterização dos dois níveis de análise nas relações da Filosofia com o seu ensino
Este nível não só se desencadeia na área histórica d produção escrita e do comentário textual,
mas tal como foram instituído na tradição filosófica ocidental e na análise das instituições e
dos seus regimes de funcionamento.
Com estas abordagens pode-se chegar ao pressuposto de que o modo que a filosofia que hoje
conhecemos, é produto de uma longa história escolar e que tem a sua origem num conjunto
de práticas discursivas que só são possíveis no interior de um sistema de maneiras de fazer,
de dizer e de normas de representação.
Portanto, importa referir aqui que esta última abordagem, constitui a linha de ligação ao que
convidara-se nível de análise.
Neste nível logo a priori podemos encontrar os dizeres de Habermas sobre o agir
comunicativo e Leibniz na compreensão da importância heurística da natureza simbólica do
pensamento. No entanto, convergem para o reconhecimento do carácter prospectivo e
heurístico da linguagem e dos contextos da sua enunciação.
Portanto, a fala e a escrita é uma pragmática e heurística do ensino de filosofia, pois, é através
da fala que o ensino se faz, mais do que na escrita, entretanto, na escrita pode-se criar
invenções, enquanto que a fala é uma questão de presença do auditório real, pois o discurso
exige a presença da verdade. Sem querer menosprezar a escrita, importa referenciar que a
escrita é uma das promotoras de reflexões a partir de textos. (Cfr. MARNOTO, 1990:27)
Em princípio lembrar que a aula de filosofia é um lugar onde é muito privilegiado o decorrer
de debates filosóficos, por isso, é de destacar de que a Filosofia não faz juízos de realidade,
como a ciência, mas juízos de valor. Isto significa que filosofar é ir além do que é, é buscar
entender como deveria ser, julgar o valor da acção, ir em busca do significado das coisas
propriamente surge quando um pensar torna-se objecto de uma reflexão (Cfr. CUNHA,
1992:45).
A aula de filosofia se manifesta como uma forma de entendimento que tanto propicia a
compreensão de sua existência, em termos de significado, como oferece um direccionamento
para sua acção. A filosofia é o campo de entendimentos que, quando nos apropriamos dele,
nos percebemos reflectindo sobre a quotidianidade dos seres humanos: Desde as coisas mais
simples ate as mais complexas. O acto de filosofar na aula de filosofia não deve ser visto
como um processo individual, mas sim um processo que possui uma contrapartida social, ou
seja, uma partilha de ideais que resultam de um determinado debate.
Da sala de aula resta analisar o que lhe é essencial, isto é, o que sem o qual deixa de ser o que
é. É precisamente a actividade desenvolvida em seu interior que a distingue de outras
especialidades.
Pois, é um lugar de exigências e desafios, posto que as ideias surgem na articulação dos
debates com os outros, daí que há total necessidade de se tomar atenção por parte dos
participantes da aula.
Conclusão
No entanto, importa referenciar que o ensino de filosofia como um acto que ocorre na sala de
aulas, pode-se referenciar como um lugar de trabalho filosófico porque é na sala de aulas que
ocorre a disseminação de ideias, sobretudo debates na tentativa de resolver questões que
inquietam a sociedade. Portanto, a filosofia na sala de aula deve ser produzida a partir do uso
da livre consciência dos que nela a participam.
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Bibliografia
CUNHA, J. Auri. Filosofia; iniciação à investigação filosófica. São Paulo: Atual, 1992.