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Crença: NONI: a fruta curativa para o câncer de mama?

1. Introdução:

1.1Câncer

Hoje, acredita-se que existam mais de 200 tipos diferentes de câncer, a doença
podendo se desenvolver em qualquer órgão do corpo e das mais variadas
manifestações. Uma célula tumoral maligna, através de agentes cancerígenos ou
mutações genéticas, pode se desenvolver a partir de qualquer tecido do corpo.

Cerca de 12,7 milhões de casos de câncer foram relatados e 7,6 milhões de mortes
decorrentes da doença em todo o mundo no ano de 2008, com 56% dos casos e 64%
das mortes no mundo economicamente em desenvolvimento. O câncer de mama nas
mulheres e o câncer de pulmão nos homens são os mais diagnosticados e os mais
causadores de mortes em cada sexo, em países economicamente desenvolvidos e em
desenvolvimento. (JEMAL DVM et al., 2011).

1.1.2 Câncer de Mama

O câncer de mama é o segundo tipo mais comum, sendo mais evidente na


população feminina. Para o ano de 2012, foram esperados 1,7 milhões de novos casos
(equivalente a ¼ de todos os cânceres diagnosticados mundialmente nas mulheres) e
522 mil mortes por esta neoplasia em todo o mundo (Ferlay et al., 2015).

Dados fornecidos pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA) destacam o câncer


de mama como, não só o mais acometido às mulheres de todo o mundo, como o mais
diagnosticado, entre os diferentes tipos de câncer, nas mulheres brasileiras,
correspondendo cerca de 28% dos novos casos a cada ano. O câncer mamário também
acomete homens, sendo mais raro, representando apenas 1% do total de casos da
doença. Houve uma estimativa de 57.960 novos casos da doença, realizado pelo
Instituto em 2016.

Não há uma causa única para a doença, diversos fatores estão envolvidos na
manifestação da mesma, podendo estar relacionado à: idade, fatores
endócrinos/história reprodutiva, fatores comportamentais/ambientais e fatores
genéticos/hereditários. A idade, assim como em outros tipos da doença, é o mais
influenciador, aumentando o risco do desenvolvimento. Mulheres mais velhas, acima
dos 50 anos, sobretudo, estão mais propensas a desenvolver a doença (INCA).
Figura 1 – Estimativa de incidência do câncer de acordo com sexo e localização
primária para os anos 2014/2015

Fonte: INCA - 2014

1.2 Tratamentos para o câncer de mama

O tratamento varia de acordo com o estágio da doença, suas características


biológicas, bem como condições do paciente (idade, status menopausal, comorbidades
e preferências). O prognóstico do câncer mamário depende do estágio da doença, assim
como características do tumor. Quanto mais cedo for o diagnóstico, maior o potencial
curativo. Quando há evidências de metástases, o tratamento tem por objetivos principais
prolongar a sobrevida e melhorar a qualidade de vida. As modalidades, convencionais,
de tratamento do câncer de mama podem ser divididas em: Tratamento local: cirurgia e
radioterapia; Tratamento sistêmico: quimioterapia, hormonioterapia e terapia biológica
(INCA*).

Pelo grande avanço negativo do câncer, diversos estudos são realizados para
aumentar os meios de tratamento, sendo ele com objetivo de cura total, diminuição do
tumor, menor proliferação celular ou melhor qualidade de vida, em estágios avançados.
Diversos pesquisadores, veem na etnobotânica um meio de ampliar o ramo de
tratamentos.

O termo Etnobotânica foi cunhado em 1895 pelo botânico taxonomista John W.


Harshberger da Pennsylvania University (Davis, 1995), antes compreendida pelo uso
das plantas por aborígenes (Alburquerque, 1997). A etnobotânica, em meados do século
XX, passou a ser entendida como o estudo das inter-relações entre os povos primitivos
e as plantas (Schultes, 1995 e Albuquerque, 1997). Estudos etnobotânicos de registro
de plantas, seus usos e formas terapêuticas (plantas medicinais) têm oferecido a base
para diversos estudos básicos e aplicados, inclusive como ferramenta para a descoberta
de novas drogas. Por meio disto, fica visível a importância do estudo e métodos de
comparações com plantas, visto que, com a descoberta de sua eficácia poderá ser
coadjuvante ou um meio principal de tratamento.

1.3 Morinda citrifolia L.

A classificação botânica da Morinda citrifolia consiste em: Reino: Plantae - Divisão:


Magnoliophyta - Classe: Magnoliopsida - Ordem: Gentianales - Família: Rubiaceae -
Gênero: Morinda - Espécie: citrifolia - Nome científico: Morinda citrifolia 25 L.
(MULLER, 2007), o nome Morinda é derivado do latim: Morus, amora, e indicus, indiana,
em alusão a semelhança como o fruto da Morus alba, já a semelhança de suas
folhagens com algumas espécies de citrus culminou no nome citrifolia (NELSON, 2006).

A Morinda citrifolia L., conhecida por Noni ou Noni Taiti, ganha destaque como
importante planta medicinal pelo uso popular como antineoplásico, inibindo o
desenvolvimento de células malignas. Ela é uma pequena árvore da família das
Rubiaceae, originária do Sudoeste da Ásia e foi difundida pelo homem através da Índia
e do Oceano Pacífico até as ilhas da Polinésia Francesa. O emprego tradicional da
Morinda citrifolia L. pelos polinésios atribuía-se aos efeitos relacionados com atividade
antibacteriana, antiviral, antifúngica, antitumoral, antihelmíntica, analgésica,
antiinflamatória, hipotensora e imune estimulante (9,10,11). Atualmente, sabe-se que os
benefícios da fruta, vão além dos que os polinésios conheciam, sendo utilizado como
terapia coadjuvante no tratamento de cânceres. Embora bastante consumido na Ásia,
há muitos anos, o fruto ainda é pouco conhecido no Brasil. Sua introdução é recente e
ainda não há difusão das informações sobre o fruto suficiente para que haja incentivo
ao cultivo em escala comercial, porém, nas últimas décadas, observou-se um aumento
significativo desse interesse em relação aos produtos contendo essa planta,
principalmente o suco do fruto. Entretanto, apesar de existirem estudos científicos
desenvolvidos sobre a Morinda citrifolia L., a Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(ANVISA), ainda considera que a fruta não possui histórico de consumo no Brasil e,
portanto, proíbe a comercialização de qualquer alimento contendo esse ingrediente,
conforme determina a Resolução RDC nº. 278/2005.
O que impulsionou a transformação da planta medicinal Morinda citrifolia L. em
suplemento alimentar comercializado foi uma publicação em 1985, na qual o autor
afirmou que na referida espécie haveria um alcalóide responsável pelas ações
medicinais do suco dos frutos, nomeado xeronina (HEINICKE, 1985). Estudos afirmam
que a xeronina, um alcalóide natural, atua na membrana celular, facilitando a função de
transporte das proteínas de membrana, que levam os nutrientes para o interior das
células e expulsam resíduos metabólicos para a corrente sanguínea, facilitando a
nutrição celular e também das proteínas de transporte que atuam núcleo celular,
facilitando a regeneração e a reprodução celular.

Figura 2 - Presença do fruto de Morinda citrifolia L. em vários estágios de maturação no


mesmo galho

Fonte: Arquivo pessoal, SILVA G.C.

2 Justificativa

Por que comprovar a eficácia do fruto Morinda citrifolia L. como agente curativo
para pacientes oncológicos?

Com a comprovação do poder curativo, pacientes que possuem o câncer de mama,


os quais são alvos do nosso estudo, e fazem o uso de tratamentos convencionais para
o câncer, que muitas vezes são prejudiciais e causam danos maiores à saúde, seriam
rearranjados pelo uso do fruto.
Além do que, um estudo científico sobre o uso correto do fruto, desmitificaria relatos
e notícias compartilhadas por autores e sites anônimos, os quais trazem métodos e
modos de preparo sem um prévio estudo de seus resultados negativos e não previstos.

3. Objetivos

3.1 Objetivos Gerais

O estudo que fizemos sobre a crença: “NONI: a fruta curativa para o câncer de
mama?”, tem como objetivo mostrar que essa crença é verídica, ou seja, o uso correto
do suco do fruto, aliado a tratamentos oncológicos, trariam resultados mais eficazes e
positivos na diminuição de tumores e na regeneração de células saudáveis.

3.2 Objetivos Específicos

 Comprovar os efeitos benéficos do suco de Morinda citrifolia L.


 Comprovar que o consumo diário, em doses regradas, possibilita melhor
resultado no tratamento ao câncer de mama
 Comprovar e verificar a eficácia ao tratamento.
Referências

JEMAL DVM, Ahmedin PhD et al., 2011 – Article Global Cancer statistics – CA:
Cancer Journal for Clinicians, 4 de February de 2011. Disponível em: <
http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.3322/caac.20107/full>. Acesso em:11 de
novembro de 2018.

Ferlay J, Soerjomataram I, Dikshit R, Eser S, Mathers C, Rebelo M, et al. Cancer


incidence and mortality worldwide: Sources, methods and major patterns in
GLOBOCAN 2012. Int. J. Cancer. 1 de março de 2015;136(5):E359–86.
INCA - Instituto Nacional do Câncer José Alencar Gomes da –Disponível em: <
http://www2.inca.gov.br/wps/wcm/connect/tiposdecancer/site/home/mama> Acesso
em: 11 de novembro de 2017

INCA* - Instituto Nacional do Câncer José Alencar Gomes da Silva - Controle do


Câncer de Mama – tratamentos. Disponível em: ,
http://www2.inca.gov.br/wps/wcm/connect/acoes_programas/site/home/nobrasil/pro
grama_controle_cancer_mama/tratamento> atualizado em 09/05/2016. Acesso em:
11 de novembro de 2017

ALBUQUERQUE, U. P., 1997 "Etnobo-tânica: uma Aproximação Teórica e


Epistemológica" Revista Brasileira de Farmácia, 78(3): 60-64

DAVIS, E. W., 1995 "Ethnobotany: An old Practice, A New Dsicipline" in


"Ethnobotany: Evolution of a Discipline", Schultes, R.E. e Von Reis, S., Dioscorides
Press, Portland, Oregon, E.U.A.

SCHULTES, R. E. "Ethnobotany: Evolution of a Discipline", Schultes, R.E. e Von


Reis, S., Dioscorides Press, Portland, Oregon, E.U.A.

9. Solomon, N. O fruto tropical de 101 aplicaçoes medicinais: Suco de Noni. 1 ª ed.


Vineyard: Utah; 1999
10. Silva L, Medeiros P, Leite G, Silva K, Mendonça V, & Silva G. Caracterização do fruto
de Noni (Morinda citrifolia L.). Revista Cubana de Plantas Medicinais, Cuba-Havana.
2012; (17.1): 93- 100.
11. Leonardo MLM, et al. "As Características e a Utilização do Noni (Morinda citrifolia
L.)." Ciência & Desenvolvimento-Revista Eletrônica da FAINOR 6.1. 2013

MULLER, J. C. Toxicidade reprodutiva da Morinda citrifolia Linn. 2007. 103p. Dissertação


(Mestrado em Farmacologia) – Setor de Ciências Biológicas, Universidade de Federal do Paraná,
Curitiba, 2007.

NELSON, S.C. Morinda citrifoliaL: Rubiaceae Coffee family. Permanent Agriculture Resources
(PAR), HI 96725 USA. 2006. Disponível em: <https://www.doc-developpement-
durable.org/file/Arbres-Fruitiers/FICHES_ARBRES/Morinda%20citrifolia-
noni/Morinda%20citrifolia_noni.pdf>Acesso em: 12 de novembro de 2018.

HEINICKE, R. M. The pharmacologically active ingredient of Noni. Bulletin of the National


Tropical Botanical Garden, v. 15, p. 10–14, 1985.

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