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RESUMO
The Brazil stands out as the largest producer of cane sugar and sugar exporter. To
keep the country in this position, the Brazilian agribusinesses looking to improve the
quality of their processes, services and their main product, sugar. Quality tools used
in food industries, such as Good Manufacturing Practices (GMP), Sanitation
Standard Operating Procedures (SSOP), Standard Operating Procedures (SOP) and
ISO 22000 (Food Safety) offer food safe and without risks to health of their
consumers. Given the above, this study aimed to report the importance of quality
control as a parameter using the tools mentioned in addition to microbiological and
physical and chemical applied to the plants. It was found from this study that quality
tools are important in the production chain, as well as for payment of cane, since the
sucrose content is closely linked to quality. It is reported that at various points in the
manufacturing process of the cane may be potential biological, chemical and physical
processes that may compromise the quality of this raw material. However it was
observed that preventive measures can be taken to control these hazards or prevent
its occurrence. If all staff involved in the sugar industrial processis committed to
product quality, using quality tools correctly described aiming at safety and customer
satisfaction, you can get excellent results, smaller losses for the food industry, and
increasingly more safe without risk to the consumer.
Keywords: GMP, SSOP, SOP, HACCP, ISO 22000, Sugarcane mills.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO.......................................................................................................7
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA................................................................................8
2.2.2. POLISSACARÍDEOS.............................................................................................11
2.5.3.1.1 PERIGO.........................................................................................................16
2.5.3.1.2. RISCO..........................................................................................................17
2.5.3.1.7. DESVIO........................................................................................................17
2.4.3.1.11. VERIFICAÇÃO.............................................................................................18
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS..................................................................................23
4. REFERÊNCIAS......................................................................................................24
1. INTRODUÇÃO
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MERCOSUL e é exigido pela comunidade europeia e pelos Estados Unidos
(BRASIL, 2005).
A ISO 22000 é uma norma verdadeiramente internacional adequada
para qualquer negócio em toda a cadeia de fornecimento de alimentos, incluindo
organizações inter-relacionadas, tais como fabricantes de equipamentos, materiais
de embalagem, agentes de limpeza, aditivos e ingredientes.
Desta forma, esta pesquisa teve a intenção de apresentar as
ferramentas de controle de qualidade utilizadas no processo industrial do açúcar e a
sua importância para a obtenção de um alimento seguro, com qualidade garantida
para o consumidor.
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
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Um dos fatores de produção e desenvolvimento tecnológico, de
maior importância a ser considerado em uma usina sucroalcooleira, é a escolha das
variedades da cana-de-açúcar. Visto que as variedades são responsáveis pelo
fornecimento da matéria-prima para a indústria, caracterizada como sendo colmos
de cana-de-açúcar em adequado estágio de maturação, onde estão armazenados
os carboidratos de reserva (MATSUOKA, 2000).
Em alimentos, os carboidratos atuam basicamente como agentes de
sabor (doçura) agentes de escurecimento (reações das carbonilas provenientes dos
carboidratos) e agentes formadores de goma, influindo na textura dos alimentos. Os
carboidratos são os nutrientes mais largamente consumidos, na forma de
açucarados naturais como o mel e as frutas, de açucarados propriamente ditos
como o açúcar comercial nas várias formas, de alimentos elaborados a base de
açúcar, como geleias, doces, caramelos, balas, glacês; de alimentos elaborados
com adição de açúcar como bombons, sorvetes, leite condensado, biscoitos, bolos,
pudins e refrigerantes. (OETTERER, 2013).
Os açúcares presentes na cana são representados pela sacarose,
glicose e frutose, sendo do ponto de vista qualitativo, a sacarose o componente mais
importante, estando o seu teor médio no caldo em torno de 18% - 24%. Os demais
açúcares aparecem em proporções variáveis, dependendo do estágio de maturação
da cana que deu origem, sendo em média de 0,4 a 1,1%, respectivamente para a
glicose e frutose. (DEMIATE, 2002)
O rendimento econômico da cana-de-açúcar é dado pela produção
de sacarose (o componente mais valioso), além de açúcares não redutores
utilizados para formar o melaço e também a fibra, que pode ser utilizada como fonte
de energia para a própria usina. (RODRIGUES, 1995).
A formação de açúcar no colmo da cana resulta de uma ação
fotossintética. A cana é um acumulador de carbono, hidrogênio, oxigênio, energia
solar, clorofila e forças radioativas, por via de suas folhas e de toda riqueza orgânica
e mineral do solo, por via de suas raízes. O caldo que se extrai da cana, é a matéria
prima da indústria açucareira, e tem composição variável. A composição do caldo
extraído de uma cana sadia possui a seguinte composição: Água 75,0 – 82,0%;
Sólidos totais dissolvidos 18,0 – 25,0%; Açúcares 15,4 – 24,0%; Sacarose 14,5 –
23,5%; Glicose 0,2 - 1,0%, Levulose 0,0 - 0,5%; Não açúcares 1,0 - 2,5%;
Substâncias orgânicas 0,8 - 1,5%; Substâncias inorgânicas 0,2 - 0,7%.Pode-se
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considerar que um colmo normal de cana madura contenha 12,5% de fibra e 88,0%
de caldo. O colmo possui cerca de 25,0% de partes duras, representadas pelos nós,
e cascas, e 75,0% das partes moles constituídas pelas partes internas dos meritalos.
Nas partes duras o teor de fibra se eleva a 25,0%, e, portanto a proporção de caldo
abaixa para 75,0% o que vale a dizer que mais ou menos 20,0% do caldo total do
colmo acham-se encerrado nos tecidos dos nós e nas cascas ( córtex ).Por outro
lado as partes moles compõe-se de 8,0% de fibra e 92,0% de caldo de que se deduz
que 80,0% do caldo total que está armazenado. Entende-se que uma cana fornecerá
um rendimento industrial tanto maior, quanto mais grosso for o colmo e quanto mais
espaçados forem os nós. (CASTRO; ANDRADE, 2006).
2.2.2. P OLISSACARÍDEOS
Os polissacarídeos são compostos de alta massa molecular e têm
efeito direto na qualidade do açúcar. Eles aumentam a viscosidade das soluções de
açúcar, reduzem a taxa de filtração, retardam o crescimento do cristal e causam a
distorção do cristal de açúcar. Os principais polissacarídeos presentes no
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processamento da cana-de-açúcar compreendem amido, dextranas, polissacarídeos
nativos da cana – ISP (IndigenousSugarCanePolysaccharides, polímero de
arabinose, galactose e ácido glucurônico) e sarkaran (polímero de glicose),
(ROBERTS et al., 1976).
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Na evolução da qualidade, segundo Oliveira (2004), a era da
qualidade total abrange processos produtivos controlados, empresas responsáveis e
integradas na cadeia produtiva, com ênfase na prevenção de defeitos e busca a
qualidade assegurada. Ela trabalha os conceitos dos custos dispensados com a
qualidade, defeito zero e a confiabilidade do sistema. Os programas de qualidade,
segundo Faesarella et al (2003), têm dois componentes: I) os conceitos e princípios
fundamentais que geram uma cultura organizacional propícia ao desenvolvimento da
melhoria contínua; e II) as inúmeras metodologias e ferramentas da qualidade.
Na visão de Toledo (1997), a gestão da qualidade na indústria de
alimentos deve incluir as boas práticas de fabricação e higiene e a avaliação de
riscos, visando à garantia da qualidade e a segurança do alimento através da
adoção de ferramentas específicas, tais como as normas de BPF – Boas Práticas de
Fabricação, as normas de Sistemas de Gestão da Qualidade (ISO 9000) e o sistema
APPCC – Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle. O controle tem a
finalidade de assegurar que o processo de produção especificado no projeto da
qualidade possa ser acompanhado durante a fase de fabricação. Esse processo
envolve homens, máquinas, matérias-primas, procedimentos de inspeção, e
condições ambientais. Através desse enfoque é possível determinar as possíveis
fontes de problemas.
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prejuízos econômicos em virtude da deterioração, como também de saúde pública,
pela possível presença de micro-organismos patogênicos (ANTONINI, 2000).
A qualidade dos produtos derivados da cana-de-açúcar, esta
diretamente relacionada ao controle microbiológico adequado, já que os micro-
organismos além de causar sérios prejuízos à produtividade, também contribuem
diretamente na deterioração do seu principal produto, o açúcar (FERMENTEC,
2006).
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elas, adicionando-se, em alguns casos, de legislação específica para o produto
(BRASIL, 2008).
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controle de higiene. São definidos como procedimentos escritos de forma objetiva
que estabelecem instruções sequenciais para a realização de operações rotineiras e
específicas na produção, armazenamento e transporte de alimentos (BRASIL, 2002).
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7. Registros de resultados.
2.4.3.1.1. PERIGO
Causas potenciais de danos inaceitáveis que possam tornar um
alimento impróprio ao consumo e afetar a saúde do consumidor, ocasionar a perda
da qualidade e da integridade econômica dos produtos. Genericamente, o perigo é
qualquer uma das seguintes situações:
- presença inaceitável de contaminantes biológicos, químicos ou
físicos na matéria-prima ou nos produtos semiacabados ou acabados;
- crescimento ou sobrevivência inaceitável de micro-organismos
patogênicos e a formação inaceitável de substâncias químicas em produtos
acabados ou semiacabados, na linha de produção ou no ambiente;
- contaminação ou recontaminação inaceitável de produtos
semiacabados ou acabados por micro-organismos, substâncias químicas ou
materiais estranhos;
- não conformidade com o Padrão de Identidade e Qualidade (PIQ)
ou Regulamento Técnico estabelecido para cada produto.
2.4.3.1.2. R ISCO
É a probabilidade de ocorrência de um perigo à saúde pública,
de perda da qualidade de um produto ou alimento ou de sua integridade econômica.
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2.4.3.1.5. PONTO DE CONTROLE CRÍTICO (PCC)
Qualquer ponto, operação, procedimento ou etapa do processo
de fabricação ou preparação do produto, onde se aplicam medidas preventivas de
controle sobre um ou mais fatores, com o objetivo de prevenir, reduzir a limites
aceitáveis ou eliminar os perigos para a saúde, a perda da qualidade e a fraude
econômica.
2.4.3.1.7. D ESVIO
Falha no cumprimento ou não atendimento de limite crítico,
denotando este estar sub ou sobre passado.
2.4.3.1.9. MONITORIZAÇÃO
Sequência planejada de observações ou medições devidamente
registradas para avaliar se um PCC está sob controle.
2.4.3.1.11. V ERIFICAÇÃO
Uso de métodos, procedimentos ou testes, executados
sistematicamente pela empresa, para assegurar a efetividade do programa de
garantia da qualidade com base no sistema de APPCC aprovado.
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2.4.3.1.12. PLANO APPCC
Documento escrito que descreve os procedimentos e os
compromissos a serem assumidos pela indústria, através do programa de controle
de qualidade dinâmico, fundamentado nos princípios do Sistema APPCC (BRASIL,
1998).
A legislação sobre APPCC estabelece diretrizes para que todo
estabelecimento de gênero alimentício deva elaborar e adotar as normas específicas
de boas práticas de elaboração de alimentos e ou prestação de serviços e
fluxogramas de produção, de acordo com as atividades desenvolvidas. As normas
devem ser documentadas em Manual de Boas Práticas na Produção e Distribuição
de Alimentos, que será solicitado nas ocasiões das inspeções sanitárias
(DARBELLO, et al. 2011).
O sistema APPCC tem como pré-requisitos as Boas Práticas de
Fabricação (BPF), os Procedimentos Operacionais Padronizados (POPs) e os
Procedimentos Padrão de Higiene Operacional (PPHO). A implementação desses
procedimentos são capazes de controlar perigos potenciais. Esses pré-requisitos
atuam sobre perigos potenciais à segurança do alimento desde a obtenção das
matérias-primas até o consumo, estabelecendo em determinadas etapas as medidas
de controle e monitoração que garantem, ao final do processo, a obtenção de um
alimento seguro e com qualidade (CETEC, 2007).
O controle da produção envolve desde o controle de produtos na
origem da produção, e ao longo do serviço no campo, de tal forma que desvios da
especificação da qualidade possam ser corrigidos antes que produtos defeituosos ou
não conformes sejam fabricados e serviço apropriado possa ser mantido no campo a
fim de assegurar total disponibilidade da qualidade exigida pelo consumidor. O
controle do produto permeia todo o processo de fabricação, desde a sua concepção,
recebimento das matérias-primas, manufatura ou produção, embalagem, expedição
e recebimento pelo consumidor que se mantém satisfeito com ele.
As Tabelas 1 e 2 mostram alguns perigos que devem ser controlados
durante o processo industrial do açúcar, pelo sistema APPCC.
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Etapas do Perigos O perigo é Que medida É um
processo significativos significativo preventiva se PCC?
nesta etapa para a aplica para
segurança prevenir os
alimentar? perigos
significativos?
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s Críticos Significativos significativo preventiva se Ingrediente
para a aplica para Crítico?
segurança prevenir os
alimentar? perigos
significativos?
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fosfórico Metais Pesados da qualidade do
- Biológico: Não fornecedor
existe
- Físico: Não
existe
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toda a cadeia produtiva, e a capacidade de seu recall (chamada pública e
investigação do ponto de contaminação ou falha e recolhimento do produto).
A ISO 22000:2005 certifica as empresas nos padrões de segurança
alimentar, buscando garantir que os processos de fabricação, equipamentos
envolvidos, as embalagens e condições de transporte interno e externo não
exponham a algum risco a saúde do consumidor ao entrar em contato, consumir ou
transformar o produto final. A abertura dos mercados globais, especialmente
organizações pertencentes à União Européia, passaram a exigir certificação ISO de
seus fornecedores. A qualidade evoluiu para o que pode ser denominado hoje como
Qualidade Total: a qualidade de toda a transação, com prioridades e atividades mais
afinadas com o cliente. (SOUZA, et al. 2008).
Vários são os benefícios da ISO 22000, entre elas estão:
controle dos riscos e determinação de medições preventivas eficientes; aumento da
segurança do produto; análise sistemática e realização de fluxos de processos
seguros e eficientes em termos de segurança e controle de processo de alimentos
para detectar a tempo riscos envolvendo higiene e segurança de embalagens;
aumento da confiança do consumidor e revendedor na segurança, qualidade e
legalidade do produto; análise sistemática e realização de fluxos de processos
seguros e eficientes em termos de segurança e controle de processo de alimentos
para detectar a tempo riscos envolvendo higiene e riscos perigosos de saúde para
os consumidores. (QUALINTER, 2013).
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
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processamento, procurando estabelecer padrões e formas de controle que garantam
tanto a segurança do alimento, quanto a saúde do consumidor.
As Boas Práticas de Fabricação, os Procedimentos Padronizados de
Higiene Operacional, as Análises dos Perigos e Pontos Críticos de Controle, a ISO
22000 e ainda as análises microbiológicas e físicas e químicas são importantes
ferramentas utilizadas no controle de qualidade de alimentos, como o açúcar, na
prevenção de contaminações físicas, químicas e microbiológicas, diminuindo
prejuízos e minimizando erros de processo.
É possível garantir uma produção de açúcar padronizada, com
menores chances de perdas durante o processo, com a qualidade do produto
mantida e a oferta de um alimento completamente seguro, proporcionando maior
satisfação aos clientes.
4. REFERÊNCIAS
23
ALCARDE, A.; R.; EMBRAPA – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária.
2011. Disponível em: <http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/cana-de-
cucar/arvore/CONTAG01_102_22122006154841.html> Acesso em: 10/07/2013
ALMEIDA, C.; R.. O sistema haccp como instrumento para garantir. [S.L.],
[S.D.]., 2008.
24
DELGADO, A. A.; AZEREDO CÉSAR, M. A. Elementos de tecnologia e
engenharia do açúcar de cana. Piracicaba: Escola Superior de Agricultura Luiz de
Queiroz, v 2., 1977.
LOPES, R.; L.; T.; DOSSIÊ TÉCNICO Os sete princípios do APPCC Fundação
Centro Tecnológico de Minas Gerais CETEC novembro 2007. Disponível em:
<www.ebah.com.br/search?q=appcc> Acesso em: 07/06/2013.
MAGD, H.; CURRY, A. (2003). ISO 9000 and TQM: are they complementary or
contradictory to each other?.The TQM Magazine, v. 15, n.4, p. 244-256, 2003.
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em Engenharia Química) – Centro de Ciências Exatas e Tecnologia, Universidade
Federal de São Carlos. São Carlos, 2005.
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derivados. (Série Qualidade e Segurança Alimentar) Projeto APPCC indústria. 2a
Ed. Brasília, SENAI / DN, p 142, 2000.
Qualidade de matéria-prima
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Antes, a qualidade da cana-de-açúcar era determinada exclusivamente pela POL (sacarose
aparente). Atualmente, há uma definição mais completa, que engloba as características físico-
químicas e microbiológicas dessa matéria-prima, que podem afetar, significativamente, a recuperação
deste açúcar na fábrica e a qualidade do produto final.
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Fonte: Ripoli e Ripoli (2004).
POL: teor de sacarose aparente na cana. Para a indústria canavieira, quanto mais elevados os teores
de sacarose, melhor.
Pureza: é determinada pela relação POL/Brix x 100. Quanto maior a pureza da cana, melhor a
qualidade da matéria-prima para se recuperar açúcar. Todas as substâncias que apresentam
atividade óptica podem interferir na POL, como açúcares redutores (glicose e frutose),
polissacarídeos e algumas proteínas.
ATR (Açúcares Redutores Totais): indicador que representa a quantidade total de açúcares da cana
(sacarose, glicose e frutose). O ATR é determinado pela relação POL/0,95 mais o teor de açúcares
redutores. A concentração de açúcares na cana varia, em geral, dentro da faixa de 13 a 17,5%.
Entretanto, é importante lembrar que canas muito ricas e com baixa percentagem de fibras estão
mais sujeitas a danos físicos e ataque de pragas e microrganismos. Os estudos mostram que nas
primeiras 14 horas de deterioração da cana, 93% das perdas de sacarose foram devidas à ação de
microrganismos, 5,7% por reações enzimáticas e 1,3% por reações químicas, resultantes da acidez.
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Porcentagem da fibra da cana: reflete na eficiência da extração da moenda, ou seja, quanto mais
alta a fibra da cana, menor será a eficiência de extração. Por outro lado, é necessário considerar que
variedades de cana com baixos teores de fibra são mais susceptíveis a danos mecânicos
ocasionados no corte e transporte, o que favorece a contaminação e as perdas na indústria. Quando
a cana está com a fibra baixa ela também acama e quebra com o vento, o que a faz perder mais
açúcar na água de lavagem.
Tempo de queima/corte: é o tempo entre a queima do canavial e a sua moagem na indústria (no
caso da colheita manual) ou o tempo entre o corte mecanizado e a moagem. Quanto menor o tempo
entre a queima/corte da cana e a moagem, menor será o efeito de atividades microbianas nos colmos
que ocorrem e melhor será a qualidade da matéria-prima entregue á indústria. Além de afetar a
eficiência dos processos de produção de açúcar e álcool, o tempo de queima/corte também afeta a
qualidade dos produtos finais e o desempenho dos processos.
temperatura ambiente;
freqüência e quantidade de chuvas;
pragas e doenças;
quantidade de palhiço;
Nos últimos anos, pesquisas sobre a qualidade da matéria-prima e trabalhos em parceria com usinas
e destilarias possibilitaram a descoberta de novos indicadores. A partir das análises de correlação e
regressão destes indicadores, tem sido possível dimensionar o impacto da qualidade da matéria-
prima sobre o rendimento industrial, sobre as perdas, insumos e qualidade do açúcar produzido.
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Baseadas em números, as usinas podem fixar metas e tomar decisões em busca da melhoria dos
resultados tanto para a área agrícola como para a industrial (Figura 2). Sem indicadores e números
que orientem ambas, não é possível esperar ganhos reais em desempenho, rendimento e
qualidade. Se o objetivo é obter desempenhos elevados e produtos de qualidade estas duas áreas
precisam interagir, diuturnamente.
Fonte consultada:
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