Sei sulla pagina 1di 18

DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

1. Do Estágio
1.1 Estágio Profissionalizante I
1.2 Carga horária: 200 horas
1.3 Estágio Local: 160 horas
1.4 Supervisão Acadêmica: 40 horas
1.5 Período de Realização: 10/8/2016 a 14/12/2016
1.6 Dias do Estágio na semana: Segunda-feira e Quarta-feira
1.7 Quantidade de horas semanais: 8 horas
2. Do Local
2.1 Local: Clinica Escola de Psicologia Fametro
2.2 Endereço: Av. Constantino Nery n° 3378 C21-Chapada-Manaus/AM
2.3 Telefone: (92) 984230823
3. Do Estagiário
3.1 Nome: Nara da Silva Cardona
3.2 Endereço: Av. Constantino Nery 2354 bl 03 Ap.301-Chapada/AM
3.3 Matrícula: 58.724
3.4 Período: 9°/Noturno
3.5 Telefone: Celular: (92) 99339-2611
3.6 E-mail: naracardona@hotmail.com
4. Dos Supervisores
4.1 Supervisor (a) Acadêmico (a)
4.1.1 Nome: Maria do Perpétuo Socorro de Araújo Flor
4.1.2 CRP: N° 20/0884
4.1.3 Telefone: 92-98180-0852/99140-1716
4.2 Supervisor(a) Local
4.2.1 Nome: Niura Lucci Schuch
4.2.2 CRP: 20/02273
4.2.3 Telefone: (92) 98254-8190

1
1 JUSTIFICATIVA

O estágio é uma etapa importante no processo de desenvolvimento e


aprendizagem do aluno, porque promove oportunidades de vivenciar na prática
conteúdos acadêmicos, propiciando desta forma, a aquisição de conhecimentos e
atitudes relacionadas com a profissão de psicólogo. Além disso, o programa de estágio
permite a troca de experiências entre os alunos de outras turmas, bem como o
intercâmbio de novas ideias, conceitos, planos e estratégias.

A escolha da realização do estágio na Clínica Escola Fametro está aliada ao


conhecimento acadêmico e com a experiência vivencial da abordagem psicanalítica
porque assim é possível elucidar e complementar na prática os temas abordados nas
aulas pelo professor. Consequentemente, poder reter melhor o conhecimento sobre a
profissão escolhida, através da experiência galgada durante o programa de estágio.

Este plano traz uma descrição da instituição de estágio, seu histórico, estrutura e
serviços; descrição das atividades de estágio desenvolvidas no referido local,
explanando os objetivos, os métodos a serem utilizados e as estratégias das atividades
desenvolvidas.

2 CARACTERIZAÇÃO DO LOCAL DO ESTÁGIO

A clínica Escola é parte integrante do espaço multidisciplinar da faculdade


Metropolitana de Manaus- FAMETRO, que oferece atendimentos em Psicologia,
Nutrição, Fisioterapia, Assistência Social e Fonologia. Localizada na Av. Constantino
Nery, n° 3378, Bairro Chapada, CEP 69.050-001, na cidade de Manaus, estado do
Amazonas, iniciou suas atividades em 26 de Abril de 2010.

A Clínica Escola da Faculdade Metropolitana de Manaus-FAMETRO,


conquistou seu reconhecimento, na comunidade, por meio da crescente demanda do
atendimento de crianças, adolescentes e adultos, encaminhados por segmentos sociais
como: escolas, Conselhos Tutelares e outras entidades. Seu objetivo é aprimorar a
formação do futuro profissional de acordo com preceitos éticos e técnicos
regulamentados pela profissão.

Para garantir a qualidade no atendimento clínico o complexo de equipamentos


da Clínica Escola, envolve recepção, salas para a prática da psicoterapia, salas da
Nutrição, do Serviço Social e Sala da Fonologia e fisioterapia, sala de espelhos - onde

2
os atendimentos são observados e avaliados entre as equipes de trabalho, salas de
supervisão - onde ocorre a discussão da prática e aprimoramento técnico do estagiário.
Os atendimentos, com elevado grau de respeitabilidade atinge hoje o montante de 1000
atendimentos ano.

O horário de atendimento (Segunda à sexta-feira): Das 8h às 12h (matutino) e


das 13:30h às 17h (vespertino). Contato pelo celular n° (92) 98423-0823. O setor de
psicologia na Clínica Escola Fametro é responsável pela realização e controle dos
estagiários finalistas do curso. Atualmente, a coordenação da Clínica Escola está sob a
responsabilidade da Coordenadora, Professora e Psicóloga Niura Luci Schuch.

3 OBJETIVOS DO ALUNO:

- Geral:
- Proporcionar a integração de habilidades, competências, princípios e formas de
intervenção na realidade da clínica escola tendo em vista a psicopatologia.
- Específico:

- Favorecer o domínio e a aplicação imediata de conhecimentos psicológicos, na


prática da observação de sintomas em psicopatologias.
- Potencializar os conhecimentos em psicopatologia, em relação ao diagnóstico,
plano terapêutico e identificação de Transtornos mentais.
- Descrever também algumas estratégias de intervenção, baseadas em dados
confirmados na literatura.
- Familiarizar-se com o trabalho do psicólogo e a oportunidade de por em prática os
ensinamentos acadêmicos.
- Compreender o que a doença faz o paciente sentir, lançando mão de um olhar para
além do biológico, sem deixar, contudo, de considerar o diagnóstico médico nesse
processo.

4 ATIVIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS.

A funcionalidade e a incapacidade de uma pessoa são concebidas como uma


interação dinâmica entre os estados de saúde (doenças, perturbações, lesões, traumas,
etc.) e os fatores contextuais. Os Fatores Contextuais englobam fatores pessoais e
ambientais. O estágio tem como campo da Psicopatologia, que segundo Pinto (2005),
que apresenta os conceitos de Alfredo Simonetti, onde se trata do campo de

3
entendimento e tratamento de aspectos psicológicos atrelados ao adoecimento, definido
como aspecto psicológico às manifestações subjetivas da doença, que são as crenças, os
sonhos, os conflitos, as lembranças e os pensamentos.

O supracitado autor comenta que o psicólogo não deve diagnosticar a doença,


mas sim o que a doença faz o paciente sentir, lançando mão de um olhar para além do
biológico, sem deixar, contudo, de considerar o diagnóstico médico nesse processo.
Trazendo esses conceitos para a prática profissional dentro da Clinica Escola Fametro, o
trabalho com os pacientes acontecerá de forma a diminuir o sofrimento que a condição
dos conflitos internos causa aos mesmos.

As atividades a serem realizadas são: Triagem; Anamnese (adulta e infantil);


Atendimento Psicoterapêutico (Crianças, Adolescentes, Adultos); Psicodiagnóstico;
Aplicação de Testes e elaboração dos Estudos de Casos (Dialogados).

4.1 TRIAGEM

Com respeito à triagem, Silveira(1997), diz que: “Recolher os dados críticos e,


ao mesmo tempo, acolher a pessoa atendida, desenvolvendo um vínculo que sirva de
suporte para o engajamento dela na própria triagem psicológica e no atendimento
psicológico para o qual será encaminhada”. ( p. 12).

Segundo o mesmo autor acima citado,

As primeiras entrevistas são momentos de conhecimento e escolha mútua em


que o cliente se apresenta pelos seus motivos, queixas, questões e história de
forma peculiar, e o terapeuta se mostra pelo seu estilo pessoal, sua
indumentária, seu escritório de atendimento e suas formas de intervir. As
primeiras entrevistas são também momentos de acolhimento e preparação para o
vínculo que começa a se fazer. A forma de presença do terapeuta é, portanto,
fundamental para o tipo de relacionamento que vai acontecer.(p.14)

A Triagem acontece na clínica Escola Fametro, no primeiro contato com o


paciente, onde o estagiário usa de um formulário impresso e vai questionando o mesmo
e preenchendo as lacunas.
Segundo Perfeito e Melo ( apud CAMARGO e ANDRETTA, 2013, p.11):
O primeiro processo de avaliação pelo qual a paciente passou foi a Triagem,
porta de entrada do paciente na clínica escola. Esse processo tem por objetivo
buscar informações acerca de pacientes, com o intuito de compreender o motivo

4
de sua busca por atendimento psicológico e assim lhe encaminhar para o
atendimento , mais adequado de acordo com sua demanda.

Para Marques apud GASPODINI E BUAS, 2014, p.2:

O objetivo da triagem psicológica é realizar uma compreensão inicial do


sofrimento apresentado pela pessoa que procura alguma forma de alívio para
seu sofrimento, possibilitando a elaboração de hipóteses diagnósticas e a
sugestão de caminhos investigativos para a escolha do encaminhamento mais
apropriado. Enquanto espaço fundamental de escuta e acolhida, a triagem é a
tarefa de procurar um significado para as perturbações trazidas pelo paciente e
de ajuda-lo a descobrir recursos que o aliviem.

A primeira entrevista é o alicerce de todas as intervenções posteriores em saúde


mental; Se o paciente não se sentir mobilizado pelo primeiro atendimento, talvez
não prossiga na sua busca por ajuda e, nesse sentido, a triagem promove uma
conscientização maior do paciente bem como da família em relação às suas
dificuldades. Entrevistas de triagem costumam ser mais do que coleta de dados com
os quais se organiza um raciocínio clínico sumário que vai orientar o
encaminhamento.

As entrevistas tomam a forma de uma intervenção breve, já que ao dar


aos clientes, uma oportunidade de se engajarem em seu próprio
atendimento, torna-os responsáveis por seus problemas (ANCONA-
LOPEZ, 1995, p. 21)”.

É um ato criativo – pois irá tratar de um assunto que envolve um possível


caminhar do cliente para uma mudança. Trata-se de um momento único, onde
sutilmente uma relação começa a ser moldada e cada palavra, cada gesto e cada
olhar devem ser fortemente considerados, assim como, um grande banco de dados
será reunido em uma quantidade limitada de tempo. Para a maioria das pessoas, é o
primeiro contato com os serviços de psicologia.

O simples acolhimento já tem significado importante para muitos pacientes. Por


acolhimento entende-se uma disposição afetiva do psicólogo, uma atitude de escuta
que visa receber, aceitar, em que a expressão do sofrimento já proporciona alívio ou
mesmo certa clareza em relação à situação vivida, criando condições para modificá-
la. A triagem tem por objetivo oferecer oportunidade ao aluno de vivenciar este
processo de recepção e avaliação dos pacientes, delineando os diversos quadros
psicopatológicos, e desenvolvendo o raciocínio clínico.

5
Segundo Mello Silva, et al.(2005):

No acolhimento psicológico o estagiário oferece uma hospedagem para as


fantasias do paciente, e estas mantém seu significado até que durante o processo
sejam reveladas ou ressignificadas, sendo assim, o estagiário possibilita que
material de seu paciente flua, para depois tomá-lo em consideração, mantendo
dessa forma a função terapêutica (p.8).

Em uma quantidade limitada de tempo estabelece-se uma relação que permita


reunir as informações iniciais sobre o paciente e reconhecer os sintomas e queixas
que ele traz. O estagiário na clínica deverá recolher a maior quantidade de
informação possível em apenas 50 minutos, reconhecendo sintomas sugestivos de
transtornos mentais e desajustamentos nas queixas trazidas pelo cliente.

4.2 ANAMNESE (adulta e infantil)

O objetivo da anamnese psicológica é realizar uma compreensão inicial do


sofrimento apresentado pela pessoa que procura alguma forma de alivio para seu
sofrimento, possibilitando a elaboração de hipóteses diagnósticas e a sugestão de
caminhos investigativos para a escolha do encaminhamento mais apropriado. Segundo
Dalgalarrondo, (2000, p.61):

A anamnese é o histórico dos sinais e sintomas que o paciente apresenta ao


longo de sua vida, seus antecedentes pessoais e familiares, assim como de sua
família e meio social.

Dependendo da problemática e da estrutura da personalidade do paciente, certas


áreas e certos conflitos deverão ser mais explorados do que outros, concentrando-se em
determinados pontos da vida do paciente que sejam potencialmente capazes de fornecer
explicações para a emergência e o desenvolvimento do transtorno atual (CUNHA, 2000,
p. 60).

Para Bènony e Chahraoul apud Fontes, (2013, p.110):

A anamnese é um retorno ao passado e um momento chave no procedimento


clínico. Considerado um meio diagnóstico e prognóstico, tanto como uma forma
de melhor compreender o funcionamento intrapsíquico inerente a história de
vida do paciente e aos seus impasses atuais. Na anamnese investiga-se as
condições familiares, história familiar, graus de parentescos, dados biográficos,
contextos relacionais da criança e desenvolvimento das relações com o meio,
alimentação, sono, meio ambiente, relações com os professores e com os pares e
controle dos esfíncteres.

6
Podemos pontuar como uma diferença entre a anamnese adulta e infantil, a coleta
de dados que é realizada pelos pais da criança, tendo em vista as possíveis dificuldades
de uma criança saber responder adequadamente as perguntas do formulário, enquanto a
do adulto serão coletadas pelo próprio paciente. Conforme Batista (2011, p.3):

[...] durante a anamnese psicológica onde é possível observar as negligencias e


a falta de compromisso em recordar as etapas que marcaram o desenvolvimento
neuropsicomotor de seus bebês, trazendo a confirmação de que as mães destes
clientes são ausentes no que se refere à participação na educação e cuidados de
seus filhos, pois, deixaram uma lacuna nos seus filhos no momento onde a
estimulação seria primordial para constituição do mundo interno deste sujeitos.

No processo de anamnese relatado neste plano de estágio, predominou o uso de


entrevista semiestruturada, que pode ser iniciada por uma técnica mais diretiva, com a
finalidade de apresentação mútua e esclarecimento do setting, seguida de uma técnica
de entrevista não estruturada, oportunizando a expressão do paciente, para finalizar (ou
encerrar a entrevista) novamente com técnicas diretivas, preenchendo brechas nas
informações coletadas (OCAMPO; ARZENO, 2009, p.17)

4.3 PSICODIAGNÓSTICO

A avaliação psicológica no Brasil é uma das funções exclusivas do psicólogo


garantida pela Lei nº 4119 de 27/08/1962, que regulamenta a profissão (CFP, 2012).
Esta atividade do psicólogo inclui o processo de coleta de dados, cuja realização inclui
métodos e técnicas de investigação.
No contexto clínico, a avaliação psicológica é denominada de psicodiagnóstico,
que, por sua vez, é definido como processo científico, que parte de um levantamento
prévio de hipóteses que serão confirmadas ou não através de passos predeterminados e
com objetivos precisos, sendo um processo limitado no tempo, que utiliza métodos e
técnicas psicológicas, para entender problemas à luz de pressupostos teóricos. Num
psicodiagnóstico, usualmente é estabelecido um plano de avaliação com base nas
perguntas ou hipóteses iniciais (CUNHA, 2000).
A avaliação psicológica é uma atividade complexa que se constitui na busca de
conhecimento a respeito do funcionamento psicológico da pessoa. Já os instrumentos de
avaliação (os testes) caracterizam-se em procedimentos de coletas de informações úteis

7
e confiáveis que podem servir de base ao processo mais amplo da avaliação psicológica
(PRIMI, NASCIMENTO e al, 2004).
O psicodiagnóstico compreende várias etapas: a primeira ocorre desde que o
consultante faz a solicitação da consulta até o encontro pessoal com o profissional; o
segundo ocorre na, ou nas primeiras entrevistas nas quais tenta-se esclarecer o motivo
latente e o motivo manifesto da consulta, as ansiedades e defesas que a pessoa que
consulta pode mostrar, bem como a fantasia de doença. O terceiro momento é dedicado
a refletir sobre o material colhido e sobre as hipóteses iniciais para planejar os passos a
serem seguidos e os instrumentos a serem utilizados tais como: hora do jogo, entrevistas
familiares diagnósticas, testes gráficos e testes projetivos (ARZENO, 1995).
Ainda, segundo esta mesma autora, o quarto momento consiste na realização da
estratégia diagnóstica planejada, porém pode haver modificações durante o processo. O
quinto momento é dedicado ao estudo do material colhido para obter um quadro, o mais
claro possível, sobre o caso em questão, e no sexto momento do processo
psicodiagnóstico a entrevista de devolução, que geralmente é realizada uma com o
indivíduo protagonista da consulta, e outra separadamente para os solicitantes desta
avaliação (pais ou responsáveis).
O Psicodiagnóstico, também denominado de avaliação psicológica, é um dos
pilares fundamentais do curso de Psicologia, cujo objetivo é desenvolver no estagiário a
integração dos conhecimentos adquiridos no curso, podendo exercê-los na prática. O
processo de avaliação psicológica na clínica escola é subdividido em teoria e prática,
dando ao aluno a oportunidade experiencial, desde a compreensão das queixas relatadas
pelo paciente, avaliações psicológicas, até o encaminhamento para a psicoterapia e/ou
outro tratamento, se necessário (QUELHO et al., 1999).
Conforme Nunes (1992) a administração dos testes caracteriza um momento
fundamental do processo de avaliação devido à possibilidade de obter dados sobre a
pessoa em questão, a fim de conhecer sua história mais detalhadamente, assim como
buscar informações relacionadas ao desenvolvimento, à escolaridade, às relações
familiares, aos aspectos profissionais, sociais, entre outros. A formação profissional,
neste sentido, deve ser eficiente e garantir uma preparação adequada aos futuros
psicólogos, pois se espera que os mesmos tenham competências suficientes para aplicar
e interpretar adequadamente os resultados da avaliação (NUNES 1992, p.45).

8
Cunha (2000, p. 23) considera que o “psicodiagnóstico é uma avaliação
psicológica feita com propósitos clínicos (…) que visa identificar as forças e fraquezas
no funcionamento psicológico, com o foco na existência ou não de psicopatologia”. Ela
o define como um processo científico de tempo limitado que “utiliza técnicas e testes
para entender problemas à luz de pressupostos teóricos, identificar e avaliar aspectos
específicos (…), comunicando os resultados com base nos quais são propostas
soluções” (p. 26). Ainda segundo o autor Cunha (2000, apud GRANA, 2010, p.2):

Um dos objetivos do psicodiagnóstico é a prevenção, isto é, a identificação dos


problemas de maneira precoce, a avaliação de riscos e a realização de uma
estimativa de força dos sujeitos para o enfrentamento de situações difíceis,
novas e estressantes.

Para que haja um bom planejamento de intervenção psicológica, o psicólogo


clínico utiliza de técnicas específicas para a realização de um psicodiagnóstico, que é
orientado para um objetivo. De acordo com Cunha (2000) os procedimentos de
avaliação psicológica surgiram no fim do século XIX e início do século XX, sua base
nessa época eram os testes. Diante disso, é importante destacar que, no que se refere ao
psicodiagnóstico, trata-se de um dos modelos de avaliação psicológica, bem como sua
atuação restringe-se à clínica.

Essas estratégias foram utilizadas primeiramente pelos psicólogos


comportamentais e psicanalistas, em seguida os cognitivistas, cada linha de pensamento
trabalhava com métodos específicos. A tendência das ultimas décadas é integralização
de todo esse aparato metodológico, e mediante a isso, um grande avanço na
neurociência.
A autora supracitada destaca a importância da entrevista salientando que ela é
preferência entre os psiquiatras, mas adverte que para psicologia ela é um dos elementos
utilizados na avaliação do sujeito, nota-se a importância de métodos promoventes
do rapport. Das estratégias de avaliação merecem destaque os instrumentos de auto
relatos, "escalas, inventários e check-lists estão na ordem do dia" (p.22). O
Psicodiagnóstico, utiliza de métodos para mensurar, obter dados para ajudar a
diagnosticar.
A importância de um diagnóstico fiel aos métodos de avaliação psicológica, bem
como, a necessidade de um procedimento humanitário, ético e respeito ao contexto

9
social do paciente é salientada por Tavares (2003), que destaca que a função da
avaliação não é rotular e dizer exatamente o que o sujeito é, mas sim descrever suas
características levando em consideração o seu desenvolvimento. Diante disso ressalta-se
a importância da plena sabedoria das limitações dos instrumentos de avaliação, estando
aberta sempre a novas considerações. Isso porque para um psicodiagnóstico conciso é
necessário o conhecimento dos melhores meios.

4.3 APLICAÇÃO DE TESTES

Os testes psicológicos, da forma que se conhece hoje, são relativamente


recentes, datam do início do século XX. Para Cronbach (apud PASQUALI, 2001, p.18),
um teste é um procedimento sistemático para observar o comportamento e descrevê-lo
com a ajuda de escalas numéricas ou categorias fixas. Em outras palavras, um teste
psicológico é fundamentalmente uma mensuração objetiva e padronizada de uma
amostra de comportamento. Uma verificação ou projeção futura dos potenciais do
sujeito. A aplicação dos testes é realizada na clínica escola quando há necessidade de
verificar e detectar

Os testes psicológicos são aqueles instrumentos de avaliação psicológica que


receberam aval do Conselho Federal de Psicologia por atenderem aos requisitos básicos
de qualidade e os quais apresentam enquanto objetivo a avaliação de traços
psicológicos. Sua importância reside no fato de serem um material auxiliar nos
processos avaliativos de forma a complementar a análise de um determinado
examinando. Pasquali ( 2010, p.50) diz que:

Os testes são úteis e utilizados quando se quer precisamente discriminar sujeitos


em termos de pertencimento a uma ou outra classe e são, por isso, de uso
corrente em psicologia aplicada, como em seleção, diagnóstico psiquiátrico,
orientação acadêmica e vocacional.

Os testes psicológicos são de uso exclusivo dos psicólogos, sob o amparo e


resguardo da lei, pois é preciso todo um conhecimento e toda uma preparação para lidar
com o material, fazer sua aplicação, apurar os dados e elaborar o laudo de avaliação. É
muito importante que o psicólogo esteja preparado para aplicar e corrigir os testes, por
isso a atualização e a capacitação são fundamentais.

É importante que o profissional esteja apto para a utilização dos testes, saber o
que está fazendo para não cometer equívoco no resultado, deve buscar se aprimorar em

10
cursos ou eticamente direcionar para um profissional realmente gabaritado num teste
específico a demanda do paciente. Existem vários tipos de testes, como os testes de
aptidão, de inteligência, neuropsicológicos, de personalidade e testes projetivos.
Segundo Anastasi e Urbina, (2010, p. 1):

A formação profissional deve ser eficiente e garantir uma preparação adequada


aos futuros psicólogos, pois se espera que diante da utilização dos testes, os
psicólogos tenham competências suficientes para aplicá-los e interpretá-los com
adequação, haja vista que a maioria das críticas aos testes não se refere apenas
as suas características intrínsecas, mas também ao uso inadequado dos
resultados por usuários não qualificados.

O relatório ou laudo psicológico é uma apresentação descritiva acerca de


situações e/ou condições psicológicas e suas determinações históricas, sociais, políticas
e culturais, pesquisadas no processo de avaliação psicológica. Como todo documento,
deve ser subsidiado em dados colhidos e analisados, à luz de um instrumental técnico
(entrevistas, dinâmicas, testes psicológicos, observação, exame psíquico, intervenção
verbal), consubstanciado em referencial técnico-filosófico e científico adotado pelo
psicólogo. Para Lohr (2011, p.19):

Nesse sentido, cabe lembrar que a avaliação psicológica é um processo técnico


e científico realizado com pessoas ou grupos de pessoas, que se vale de diversos
métodos, técnicas e instrumentos. Entre eles, estão os testes psicológicos, aos
quais se recorre quando se pretende se pretende medir uma característica
psicológica (p.ex. inteligência, personalidade, atenção, entre outros). Sempre
será necessário que a escolha do método ou dos testes específicos seja feita de
acordo com a especificidade do contexto.

A finalidade do relatório psicológico será a de apresentar os procedimentos e


conclusões gerados pelo processo da avaliação psicológica, relatando sobre o
encaminhamento, as intervenções, o diagnóstico, o prognóstico e evolução do caso,
orientação e sugestão de projeto terapêutico, bem como, caso necessário, solicitação de
acompanhamento psicológico, limitando-se a fornecer somente as informações
necessárias relacionadas à demanda, solicitação ou petição.

11
4.4 ELABORAÇÃO DE ESTUDOS DE CASOS

Conforme Moura e Nikos (2001), o estudo de caso é o resultado da comunicação


de uma experiência na qual o terapeuta escolhe uma situação de tratamento para
desenvolver sua pesquisa. Para os autores, essa comunicação inicia com o registro de
apontamentos anamnésicos que compõem uma história clínica e uma evolução das
sessões de determinado período de tempo.
Para abordar esta questão, nada melhor do que começar esse item evocando os
ensinamentos do pai da psicanálise. Freud construiu sua teoria baseada em seus
atendimentos clínicos, ou seja, após atender seus pacientes no divã, passava em seguida
para um outro estágio: o de fazer o relato do caso. Porém, não se tratava aqui apenas de
uma mera descrição do caso. Freud ia além do descritivo, construindo sua teoria a partir
da análise e da interpretação de sua clínica. Ou seja, a partir dos fragmentos de
lembranças e associações aparentemente sem sentido, trazidos pelos pacientes em
análise, Freud ia formulando inferências sobre os não-ditos nesta clínica.
Assim, Freud construía o caso e a teoria psicanalítica. A esse respeito, D’Agord
escreve: A construção teórica de Freud (1985) originou-se, sem dúvida, das ficções que
ele elaborou a partir da sua escuta dos pacientes em análise. (...) Uma construção em
análise é o procedimento de extrair inferências a partir de fragmentos de lembranças e
de associações do sujeito em análise. Esses fragmentos de lembranças não tem sentido
em si mesmos.
Oliveira (2004) coloca que a escrita do caso clínico pode ser situada como uma
forma de elaborar os restos irredutíveis de uma análise, os detritos que comportam os
elementos resistenciais da escuta. Ao citar Edson de Souza pontua que o caso não é
somente um exercício de teoria, mas sim um trabalho de movimento resistencial
daquele que escuta. Assim, pode-se entender que a escrita pode ser uma tentativa de
elaborar o que restou como questão de uma análise, aquilo que clama por uma
simbolização.

[...] a formulação desse enigma ou dessa interrogação é papel fundamental


nosso. [...] o que justificaria ainda o nome de clínico ou de analista é o fato de
que “se possa lidar precisamente com este buraco que, além do mais, é o que
faz com que esse caso, que ali se transforma num caso, seja precisamente neste
ponto que se torna caso: onde bordejamos esse buraco de ignorância e nos
decidimos a lidar com ele. (ZANETTI; KUPFER, 2006, p.173)

12
O estudo de caso serve como ferramenta facilitadora para o processo de
aprendizagem e prática no local de estágio, o estagiário tem a oportunidade de adquirir
informações para sua vida profissional futura, pois, adquire conhecimentos no âmbito
clínico e psicológico, ampliando seu entendimento sobre psicopatologias e conflitos
emocionais do paciente, seus sintomas, analisando as evoluções no decorrer das sessões
e aprimorando sua forma de entendimento.

V CRONOGRAMA DAS ATIVIDADES NA INSTITUIÇÃO


Mês

Atividades Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro


Atividades

Elaboração do Plano

Triagem

Anamnese

Atividades na
Instituição Estudo de Casos

Avaliação
Psicológica

Psicodiagnóstico

Entrega do Plano de
Estágio

Elaboração do Relatório
de Estágio

Entrega do Relatório de
Estágio

13
REFERÊNCIAS

ANCONA-LOPES, M. (1983, abr/jun). Considerações sobre o atendimento fornecido


por clínicas-escola de psicologia. Arquivos Brasileiros de Psicologia; 2(35): 123-135.

ANCONA-LOPEZ, M. (1995). Introduzindo o psicodiagnóstico grupal interventivo:


uma história de negociações. In: M. Ancona-Lopez (Org.), Psicodiagnóstico: processo
de intervenção. (pp. 65-114). São Paulo: Cortez.

ARZENO, M.E.G. (1995). Psicodiagnóstico clínico: novas contribuições. (B. A. Neves,


trad.). Porto Alegre: Artes Médicas. (Original publicado em 1993).

AZEVEDO MASB. Psicoterapia breve: considerações sobre suas características e


potencialidade de aplicação na psicologia clínica brasileira. Rio de Janeiro: Arquivos
Brasileiros de Psicologia; 1983; 35(1): 92- 13.

CÓDIGO DE ÉTICA DO PSICÓLOGO. Disponível em


http://www.portalsaude.net/atribuicoes_psicologo.htm. Acessado em 02 de Agosto de
2016
DALGALARRONDO, P. Psicopatologia e Semiologia dos Transtornos mentais. 2°ed.
Porto Alegre: Artmed, 2008.
CORDIOLI AV. Psicoterapias: abordagens atuais. Porto Alegre: Artes Médicas; 2007

CRUZ, J. C. Alchieri, J. J. Sardá Junior (Orgs.), Avaliação e medidas psicológicas:


produção do conhecimento e da intervenção profissional (pp. 15-24). São Paulo: Casa
do Psicólogo.

CRUZ, R. M. (2002). O processo de conhecer em avaliação psicológica. In R. M. Cruz,


J. C. Alchieri, J. J. Sardá Junior (Orgs.), Avaliação e medidas psicológicas: produção
do conhecimento e da intervenção profissional (pp. 15-24). São Paulo: Casa do
Psicólogo.

CUNHA, Jurema Alcides, Et al. Psicodiagnóstico – V. 5 ed. Revisada e ampliada –


Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000.

CUNHA PJ Azevedo MASB. Um caso de transtorno de personalidade borderline


atendido em psicoterapia dinâmica breve. Brasília: Psicologia Teoria e Pesquisa; 2001;
17(1): 05-7

D’AGORD, M. (2000/2001). Uma construção de caso na aprendizagem. Pulsional:


Revista de Psicanálise, 13/14, 140/141, 12-21.

DELORENZO, RM; Mezan, R.; Cesarotto, O. (2001). Narrando clínica. Percurso, São
Paulo, Vol. 1, No. 25, pp. 105-110.

EVOLUÇÃO DOS PROCESSOS DE TRIAGEM PSICOLÓGICA EM UMA


CLÍNICA-ESCOLA 41 Rev. Estudos de Psicologia, PUC-Campinas, v. 21, n. 1, p. 33-

14
42, janeiro/abril 2004 (org.) (1995). Psicodiagnóstico: Processo de Intervenção. São
Paulo: Cortez.

FIGUEIREDO, A. C. A construção do caso clínico: uma contribuição da psicanálise à


psicopatologia e à saúde mental. Revista Latinoamericana de Psicopatologia
Fundamental. Ano VII, n º 1, p. 75-86, março/2004.

FIGUEIREDO, A. C.; MACHADO, O. M. R. O diagnóstico em psicanálise: do


fenômeno à estrutura. Ágora, v. 3, n. 2, p. 65-86, jul/dez 2000.

FREUD, Sigmund. Relatório sobre os seus estudos em Paris e Berlim (1886). In: Obras
Psicológicas Completas de Sigmund Freud, vol. I. Rio de Janeiro: Imago, 1988.

FREUD, Sigmund. Charcot (1893). In: Obras Psicológicas Completas de Sigmund


Freud, vol.III. Rio de Janeiro: Imago, 1994.

FREUD, Sigmund. A psicoterapia da histeria (1895). In: Obras Psicológicas Completas


de Sigmund Freud, vol.II. Rio de Janeiro: Imago, 1994.

MOURA, A.; NIKOS, I. Estudo de caso, construção do caso e ensaio metapsicológico:


da clínica psicanalítica à pesquisa psicanalítica. Pulsional Revista de Psicanálise. Ano
XIII, nº 140/141, p. 69-76, 2001.

OCAMPO M. L. S. & Garcia Arzeno, M. E. (1995a). Devolução de informação no


processo psicodiagnóstico. In: M.L.S. Ocampo, M. E Garcia Arzeno & E.G. Piccolo et
al., O processo psicodiagnóstico e as técnicas projetivas. (8ª ed.; M. Felzenszwalb,
trad.; pp. 313-332). São Paulo: Martins Fontes. (Original publicado em 1974).

OCAMPO M. L. S. & Garcia Arzeno, M. E. (1995b). Força e fraqueza de identidade no


teste Desiderativo. In: M.L.S. Ocampo, M.E; Arzeno. & E.G. Piccolo et al., O processo
psicodiagnóstico e as técnicas projetivas. (8ª ed.; M. Felzenszwalb, trad.; pp. 59-73).
São Paulo: Martins Fontes. (Original publicado em 1974).

OCAMPO M. L. S. & Garcia Arzeno, M. E. (1995c). O teste de relações objetais de


Herbert Phillipson. In: M.L.S. Ocampo, M.E; Arzeno. & E.G. Piccolo et al., O processo
psicodiagnóstico e as técnicas projetivas. (8ª ed.; M. Felzenszwalb, trad.; pp. 101-145).
São Paulo: Martins Fontes. (Original publicado em 1974).

OCAMPO, M.L.S.; Garcia Arzeno, M. E. & Piccolo, E.G. et al. (1995). O processo
psicodiagnóstico e as técnicas projetivas. (8ª ed.; M. Felzenszwalb, trad.). São Paulo:
Martins Fontes. (Original publicado em 1974).

OLIVEIRA, I. M. A. de. O caso clínico na instituição pública: polifonias desejantes.


Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental. Ano VII, n. 3, p. 82-93,
set./2004.

PONTALIS, J.-B. (2002). Entrevista. Jornal de Psicanálise , São Paulo, Vol. 35, No.
64/65, pp. 29-47.

15
ROUDINESCO, Elisabeth. Dicionário de Psicanálise. Rio de Janeiro: Jorge Zahar
Editor, 1998.

TAVARES, Marcelo. Validade Clínica. Revista Psico USF, v 8, p. 125-136, 2003

16
ANEXOS

FACULDADE METROPOLITANA DE MANAUS- FAMETRO

CURSO DE PSICOLOGIA

17
PLANO DE ESTÁGIO PROFISSIONALIZANTE I

CLÍNICA ESCOLA FAMETRO

MANAUS/AM

2016

18

Potrebbero piacerti anche