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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

FACULDADE DE ARQUITETURA, ENGENHARIA E TECNOLOGIA


COORDENAÇÃO DE ENSINO DE ENGENHARIA CIVIL
TRABALHO DE GRADUAÇÃO

VINICIUS VIEIRA MOURA

AUTOMAÇÃO PARA PLANILHA ELETRÔNICA DO ESTUDO


DE DOSAGEM DE CONCRETO PELO MÉTODO IBRACON

CUIABÁ-MT
MARÇO/2018
2

VINICIUS VIEIRA MOURA

AUTOMAÇÃO PARA PLANILHA ELETRÔNICA DO ESTUDO


DE DOSAGEM DE CONCRETO PELO MÉTODO IBRACON

Trabalho de graduação submetido ao corpo


docente da Faculdade de Arquitetura,
Engenharia e Tecnologia da Universidade
Federal de Mato Grosso como requisito parcial
para obtenção do título de bacharel em
Engenharia Civil.

Professor Olívio Fiorese Neto


Orientador

CUIABÁ-MT
MARÇO/2018
3

三人行,必有我师。
(孔子)

AGRADECIMENTOS
4

Por mais que este seja um trabalho individual, várias foram as pessoas que me
ajudaram a tornar ele possível, de vários modos.

Meus pais, que me deram condições para que eu pudesse me dedicar à produção deste,
acreditando em mim. Meus amigos, que me deram apoio e me deram dicas sempre que precisei.

Agradeço também a empresa ESTRUTEC, que me forneceu materiais, equipamentos


e liberou funcionários, que, com bastante coleguismo, me ajudaram a rodar e romper tantos Comentado [OFN1]: Produzir, elaborar, confeccionar

corpos de prova, e a empresa Brita Guia, que forneceu parte do material.

Ao meu orientador, que me deu a oportunidade de trabalhar com um assunto que tive
interesse desde o começo do curso, e por me indicar à um estágio em empresa do ramo, o que
me deu muito mais tato para entender o concreto.
5

RESUMO

O concreto armado é o sistema estrutural mais utilizado no Brasil, devido a vários


motivos, como matéria prima barata, facilidade no uso e moldagem nas mais variadas formas,
entre outros. Para garantir sua qualidade é imprescindível que o concreto, além das
especificações de projeto, como fck e abatimento, tenha também um controle tecnológico Comentado [OFN2]: Proporcionamento dos seus
materiais
adequado, através do estudo de dosagem, aliado às inovações, como adições e aditivos. Por
dosagem do concreto entende-se o processo através do qual são escolhidos os materiais, dentre
os disponíveis a preços adequados, e determinado o melhor proporcionamento entre o cimento, Comentado [OFN3]: naregião

agregados, aditivos e adições, com o objetivo de obter-se um material que atenda a


determinados requisitos físicos, químicos e mecânicos, ao menor custo possível. Porém a
indústria brasileira de construção civil tem se mostrado tanto tradicional quanto conservadora,
absorvendo de forma mais lenta as inovações que podem contribuir para a maior eficácia das
empresas do setor. Como contribuição para que este cenário mude, trazendo maior
modernização, este trabalho apresenta o desenvolvimento de uma planilha de cálculo que
facilite o processo de estudo de dosagem de concreto, sendo este baseado no método
IBRACON. Ao final de seu desenvolvimento, é apresentada uma planilha que, além dos dados
referentes ao processo de estudo de dosagem, terá ainda dados úteis àqueles que forem utilizá-
la, tanto em laboratório quanto em canteiro de obras. Para testar e comprovar os cálculos
implementados na planilha, foram feitos estudos de dosagem com duas combinações diferentes
de concreto.

Palavras-chave: Concreto. Dosagem. Planilha de cálculos. Método IBRACON


6

ABSTRACT

Reinforced concrete is the most used structural system in Brazil, due to several
reasons, such as cheap raw material, ease of use and molding in a variety of ways, among others.
In order to guarantee its quality it is imperative that the concrete, besides the design
specifications, such as fck and abatement, also have an adequate technological control, through
the mixing design study, combined with the innovations such as additions and additives.
Concrete dosage is defined as the process by which materials are chosen from among those
available at appropriate prices, and the best proportion between cement, aggregates, additives
and additions is determined, in order to obtain a material that meets to certain physical, chemical
and mechanical requirements at the lowest possible cost. However, the Brazilian civil
construction industry has been both traditional and conservative, absorbing more slowly the
innovations that can contribute to the greater effectiveness of the companies in the sector. As a
contribution for this scenario to change, bringing more modernization, this work presents the
development of a spreadsheet that facilitates the concrete mixing design study process, which
is based on the IBRACON method. At the end of its development, a spreadsheet is presented
which, in addition to the data related to the dosage study process, will also have useful data for
those who use it, both in the laboratory and on the construction site. To test and prove the
calculations implemented in the spreadsheet, dosing studies were done with two different
combinations of concrete.

Keywords: Concrete. Mixing design. Spreadsheet.


7

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Passos principais do método IBRACON................................................. 26 Excluído: 25

Figura 2 - Diagrama de dosagem: Modelo de comportamento ................................ 28 Excluído: 27

Figura 3 - Alteração das imagens ............................... Erro! Indicador não definido. Excluído: 34

Figura 4 - Relação entre quadrantes ........................................................................ 40 Excluído: 36

Figura 5 - Gráfico a/c x fc28................................................................................... 41 Excluído: 37

Figura 6 - Inserção de dados ................................................................................... 44 Excluído: 40

Figura 7 - Folha de campo para rodagem do concreto ............................................. 45 Excluído: 41


8

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Influência do agregado no concreto. ....................................................... 16 Excluído: 15

Tabela 2 - Tipos de cimento. .................................................................................. 18 Excluído: 17

Tabela 3 - Tipos de aditivos químicos..................................................................... 20 Excluído: 19


9

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 11

1.1 Tema ....................................................................................................... 12

1.2 Delimitação do tema ................................................................................ 12

1.3 Objetivo geral .......................................................................................... 12

1.4 Objetivos específicos ............................................................................... 13 Excluído: 12

1.5 Justificativa ............................................................................................. 13

1.6 Problema ................................................................................................. 14 Excluído: 13

1.7 Hipóteses ................................................................................................. 14 Excluído: 13

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ..................................................................... 15 Excluído: 14

2.1 Agregados ............................................................................................... 15 Excluído: 14

2.2 Cimento Portland ..................................................................................... 16 Excluído: 15

2.3 Água ........................................................................................................ 18 Excluído: 17

2.4 Aditivos ................................................................................................... 19 Excluído: 18

2.5 Adições ................................................................................................... 20 Excluído: 19

2.6 Concreto .................................................................................................. 21 Excluído: 20

2.7 Dosagem do concreto............................................................................... 22 Excluído: 21

2.8 Método IBRACON .................................................................................. 25 Excluído: 24

3 MATERIAIS E MÉTODOS ......................................................................... 29 Excluído: 28

3.1 Planilha eletrônica ................................................................................... 29 Excluído: 28

3.2 Origem, armazenamento e caracterização dos materiais ........................... 30 Excluído: 28

3.3 Equipamentos .......................................................................................... 30 Excluído: 29

3.4 Traços...................................................................................................... 31 Excluído: 29

3.5 Rodagem dos traços ................................................................................. 32 Excluído: 30

3.6 Ruptura dos corpos de prova .................................................................... 34 Excluído: 31

4 DESENVOLVIMENTO DA PLANILHA ELETRÔNICA ........................ 34 Excluído: 32


10

5 TESTES COM A PLANILHA ..................................................................... 42 Excluído: 40

6 CONCLUSÕES............................................................................................. 43 Excluído: 41

REFERÊNCIAS ................................................................................................... 46 Excluído: 44


11

1 INTRODUÇÃO

As bibliografias consultadas apontam o concreto como o material estrutural mais


utilizado no Brasil, as razões para isso, como apresentado por Fusco (2008), se deve à: (1) Excluído: .
Excluído: A
economia de construção, pois o concreto é composto de materiais relativamente baratos e
encontrados não muito distantes da obra, o que não ocorre com, por exemplo, estruturas
metálicas; (2) resistência a agressões químicas do ambiente, garantida pelas suas propriedades
físico-químicas; (3) resistência a agressões físicas do ambiente, como choques, vibrações e
resistência ao fogo; e (4) adaptabilidade a qualquer forma de construção.

Para elaboração de projetos, utilizando o concreto como material estrutural, deve-se


atender os requisitos estabelecidos pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT),
através de normas como a NBR 6118/14, e determinar certas características, podendo-se citar
a resistência, considerada a principal característica do concreto endurecido, e o abatimento,
característica que está ligada a forma de adensamento do concreto (CARVALHO, 2014). Para
garantir essas especificações, os materiais selecionados para a obra – agregados, cimento, água
e, possivelmente, aditivos e adições – devem passar por um estudo de dosagem.

Por dosagem do concreto, entende-se o processo através do qual são escolhidos


materiais, dentre os disponíveis a preços adequados, e determinar o melhor proporcionamento
entre o cimento, agregados, aditivos e adições, com o objetivo de obter um material que atenda
a determinados requisitos físicos, químicos e mecânicos, ao menor custo possível (HELENE e
TERZIAN, 1992). Segundo a NBR 12655/15, todos os concretos para fins estruturais devem
ser dosados por um estudo racional e experimental, o qual demanda mais tempo e dedicação Comentado [OFN4]: Somente e???

quando comparado aos métodos empíricos.

Dentre os vários métodos racionais de dosagem, pode-se afirmar um dos mais


representativos no Brasil é o método IPT/EPUSP, o qual foi idealizado pelo Instituto de Comentado [OFN5]: De onde saiu essa afirmação?

Pesquisas Tecnológicas do estado de São Paulo (IPT), e adaptado pela Politécnica de São Paulo
(EPUSP). Mais recentemente, o método foi atualizado pelos professores Tutikian e Helene
(2011), renomeando-o para “método IBRACON”. Comentado [OFN6]: De onde saiu essa afirmação?

Porém, independentemente do método, os estudos racionais de dosagem de concreto


demandam tempo e conhecimento para que sejam realizados da maneira correta. Uma forma de
facilitar este estudo é a utilização de planilhas eletrônicas, como é sugerido neste trabalho.
12

1.1 Tema

Desenvolvimento de uma planilha eletrônica automatizada para o estudo de dosagem de


concreto, ou seja, que auxilie o usuário efetuando os cálculos necessários, de maneira confiável,
apresentando ainda dados úteis àqueles que forem utilizá-la, tanto em laboratórios quanto em
canteiros de obra. Comentado [OFN7]: Está mais para objeto do seu
trabalho…não tema propriamente dito

1.2 Delimitação do tema

O método IBRACON de dosagem de concreto abrange um intervalo definido para


valores de slump e resistência, os quais foram considerados para os testes desenvolvidos pra
teste da planilha. Comentado [OFN8]: Segundo ….bla bla bla….tem que
citar….
Para o desenvolvimento da planilha, foi considerada a utilização de duas variedades de
cada um dos materiais componentes do concreto, exceto o cimento.

Com base nestas duas considerações, indica-se a seguir um resumo das delimitações: Comentado [OFN9]: Retirar e passer direto do paragrafo
superior (citado já) para as limitações…
• Resistência entre 20 e 80 MPa; Comentado [VV10]: Antes estava 60, mas como em um
teste passou deste valor, consider-lo aqui
• Abatimento entre 100 e 140 mm;
• Composições do concreto de:
o até dois agregados graúdos;
o até dois agregados miúdos Comentado [OFN11]: Retirar…

o até dois aditivos; Comentado [OFN12]: Retirar???

o até duas adições. Comentado [OFN13]: Retirar???

Os materiais utilizados para a dosagem dos concretos serão aqueles dentre os


disponíveis na cidade de Cuiabá - Mato Grosso. Comentado [OFN14]: Não há necessidade dessa
colocação aqui.

1.3 Objetivo geral

Apresentar o processo de desenvolvimento de uma planilha eletrônica automatizada


para o estudo de dosagem de concreto pelo método IBRACON, de acordo com as limitações
apresentadas, testando-a ao final, para verificação dos cálculos e da facilidade de utilização.
13

1.4 Objetivos específicos

Apresentar as etapas de desenvolvimento de uma planilha eletrônica, que tenha as


funções de:

• registrar os materiais e onde o concreto será utilizado;


• determinar quantidades de materiais para o estudo de dosagem do concreto,
dentre os apontados na delimitação do tema; Comentado [OFN15]: Retirar, pois pressupoe-se que o
calculo vá funcionar tambem para outros materiais,
• funções referentes à compacidade dos agregados graúdos, para o estudo de fundamento preconizado no método

mistura de dois agregados.


• gerar fichas para trabalhos de laboratório (fase experimental do método
IBRACON) Formatado: Fonte: (asiático) Chinês (República Popular
da China)
• gerar relatórios analíticos, com um resumo dos dados obtidos, análises destes,
como características do traço (densidade, consumo de cimento, fator a/c e
resistências) e gráficos de relação entre as características; e
• determinar o traço ideal, para a característica desejada, com base nos resultados
do estudo; e
• calcular a relação das quantidades de cada material, para a produção do concreto
em obra.

1.5 Justificativa

A elaboração deste trabalho justifica-se no fato de que a dinâmica da indústria da


construção civil está demandando melhor uso do tempo despendido em todas as etapas.
Seguindo esta linha, neste trabalho é proposto uma forma de diminuir os erros e o tempo
despendido em cálculos para o estudo de dosagem do concreto, fornecendo dados para
utilização mais eficiente deste material de construção. Excluído: comprovar a confiabilidade do estudo

Além disso, facilitar o estudo de dosagem do concreto possibilita que o tempo gasto
possa ser melhor despendido, por exemplo, testando novos aditivos e adições disponíveis no
mercado, contribuindo para que a indústria da construção civil brasileira, tida como tradicional
e conservadora (NASCIMENTO e SANTOS, 2003), possa se desenvolver e agregar cada vez
mais as tecnologias disponíveis.

Por fim, o fato de que o desenvolvimento desta planilha será documentado, de forma
que se saiba como ela foi desenvolvida e o raciocínio seguido para seu desenvolvimento, o que
14

nem sempre ocorre nas planilhas desenvolvidas por profissionais da área que implementam a
planilha de acordo com a necessidade, o que pode gerar inconsistências de cálculo.

1.6 Problema

Que dados a planilha eletrônica precisa apresentar para que supra as necessidades de
profissionais e empresas do ramo? Qual o nível de conhecimento do operador que precisa ser
considerado para a elaboração da planilha? Comentado [OFN16]: NA VERDADE O PROBLEMA NESSE
CASO ESTÁ DIRETAMENTE LIGADO COM A FALTA DE
FERRAMENTAS PARA A ELABORAÇÃO DE TRAÇOS DE
CONCRETO POR PROFISSIONAIS NÃO ESPECIALIZADOS NA
ÁREA, SENDO ESTE, NA VERDADE, A GRANDE CONTRIBUIÇÃO
1.7 Hipóteses SOCIAL QUE ESTAMOS DANDO.

1. A planilha apresenta traços confiáveis através dos cálculos utilizado.


2. A planilha será de fácil utilização, após rápida explanação sobre seu funcionamento; e
3. A planilha funcionará para todas as faixas de trabalho, dentre as faixas delimitadas. Comentado [OFN17]: RECONSTRUIR ESSE TEXTO, POIS A
QUESTÃO É SE, DENTRO DOS LIMITES APRESENTADOS, O
RESULTADO DA PLANILHA (RESISTENCIA À COMPRESSÃO
PARA O TRAÇO POR ELA APRESENTADO) É VÁLIDO???
15

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Excluído: ¶






Neste tópico será explanado primeiramente sobre os materiais componentes do ¶

concreto, para então adentrar nas questões relativas a ele. Por fim, será tratado assuntos ¶

referentes à dosagem. ¶





3.1 Agregados ¶

Segundo a NBR 9935/11, agregado é um material granular, muitas vezes
quimicamente inerte, obtido por fragmentação natural ou artificial, com dimensões e
propriedades adequadas a serem empregados em obras de engenharia.

Como citado por Neville (2016) e Mehta e Monteiro (2008), inicialmente os agregados
eram tratados como materiais baratos e inertes que serviam para produzir maiores volumes de
concreto, diminuindo os custos. Porém, atualmente sabe-se que, além da questão econômica,
os agregados possuem funções importantes na constituição do concreto, além de não serem
completamente inertes, uma vez conhecido que as propriedades físicas, térmicas e químicas
podem influenciar no desempenho do concreto.

A origem mais comum dos agregados graúdos utilizados no concreto é a pétrea, e do


miúdo a areia natural, mas já existem estudos visando a substituição destes, tendo como
exemplo os resíduos da construção e demolição (RCD) e o pó de pedra. Há também a utilização
de agregados com características especiais, como a argila expandida e agregados metálicos, que
são utilizados para a produção de concreto leve e concreto pesado, respectivamente. Comentado [OFN18]: DE ONDE SAIU ESSA AFIRMAÇÃO?

Para a composição do concreto são utilizados valores entre 60% e 75% em volume
com agregados graúdos e miúdos, sendo que a norma ABNT NBR 7211/09 os define como: Comentado [OFN19]: DE ONDE SAIU ESSA AFIRMAÇÃO?

• “Agregado miúdo: Agregado cujos grãos passam pela peneira com abertura de malha
de 4,75 mm [...]”; e
• “Agregado graúdo: Agregados cujos grãos passam pela peneira com abertura de
malha de 75 mm e ficam retidos na peneira com abertura de malha de 4,75 mm [...]”.
Comentado [OFN20]: SEGUNDO FULANO, A ESCOLHA
A escolha dos agregados a serem utilizados na composição do concreto deve-se basear DOS AGREGADOS…..

na verificação de certas características do mesmo, as quais são resumidas na Tabela 1. Formatado: Fonte:
Formatado: Fonte: Não Itálico, Verificar ortografia e
gramática
Excluído: Tabela 1
16

Tabela 1 - Influência do agregado no concreto.


Características Importância
Qualidade do agregado, resistência ao desgaste em
Resistência à abrasão e degradação
pisos e pavimentos
Resistência à desintegração por sulfatos Solidez contra ações do ambiente
Formato e textura superficial da partícula Trabalhabilidade do concreto fresco
Granulometria Trabalhabilidade do concreto fresco, economia
Qualidade do agregado, resistência à degradação
Degradação do agregado miúdo
durante a mistura
Espaço não compactado entre agregado
Trabalhabilidade do concreto fresco
miúdo
Densidade aparente Cálculo de dosagem, classificação
Densidade relativa Cálculo de dosagem
Controle de qualidade do concreto (fator
Absorção e umidade superficial
água/cimento)
Aceitação de agregado miúdo que falhou em outros
Resistência à compressão e flexão
testes
Definição dos constituintes Entendimento claro e comunicação
Determinar a quantidade de materiais prejudiciais ou
Constituição do agregado
orgânicos
Resistência à reatividade álcali agregado e
Solidez contra mudança de volume
mudança de volume

Fonte: Kosmatka et al, 2003 (adaptado). Comentado [VV21]: Remover? afinal se eu colocar isso
sobre os agregados, deveria por para todos os outros
também.
Comentado [OFN22R21]: NÃO NECESSARIAMENTE.
3.2 Cimento Portland PODE DEIXAR

O cimento Portland, ao entrar em contato com a água, sofre reações químicas que,
inicialmente, produzem uma pasta com propriedades adesivas, com capacidade de “colar”
agregados entre si. Continuando as reações, esta pasta enrijece e endurece, originando um
produto que se assimila a rochas. Comentado [OFN23]: DUAS COISAS AQUI:
1 – INICIAR O PARAGRAFO COM A DEFINIÇÃO DESTE
Para a produção do cimento, é preciso quantidades apropriadas de óxidos de cálcio, MATERIAL, ASSIM COMO FEZ NOS AGREGADOS E CITAR.
2 – DE ONDE SAIU ESSA AFIRMAÇÃO?
sílica, alumínio e ferro. Para tal, normalmente utiliza-se materiais com presença de carbonato Excluído: alumin

de cálcio, como pedras calcárias, e materiais argilosos, que fornecem os silicatos e aluminatos. Excluído: a

O ferro é fornecido com a adição de minérios de ferro, com a bauxita. Estes materiais são então Comentado [OFN24]: NORMALMENTE O FERRO ADVEM
DA PROPRIA ARGILA QUE CONTEM ESSES ELEMENTOS.
moídos e misturados. Comentado [OFN25]: DE ONDE SAIU ESSA AFIRMAÇÃO?
17

A interação dos produtos utilizados como matéria-prima forma uma série de


compostos mais complexos, que podem ser resumidos em quatro principais no clínquer
resfriado, e são apresentados a seguir, de acordo com Kosmatka et al (2003) e Neville (2016):

• Silicato tricálcico: 3CaO.SiO2, abreviado em C3S, hidrata rapidamente e é


responsável pelo início de pega e resistência nos primeiros dias;

• Silicato dicálcico: 2CaO.SiO2, abreviado em C2S, possui endurecimento lento,


possuindo ampla contribuição para a resistência em períodos maiores que uma
semana;

• Aluminato tricálcico: 3CaO.Al2O3, abreviado em C3A, não possui influência


considerável para a resistência e pode causar desagregação do concreto quando
atacado por sulfatos, mas facilita a combinação de óxido de cálcio com sílica; e

• Ferroaluminato tetracálcico: 4CaO.Al2O3.Fe2O3, abreviado em C4AF, está presente


em pequena quantidade, e não afeta significativamente o comportamento do cimento,
mas, quando reage com gipsita, pode acelerar a hidratação dos silicatos.

A quantidade de cada um destes compostos pode variar de acordo com a matéria-prima


utilizada. Vale mencionar também que esta matéria prima contém impurezas e, nas altas
temperaturas predominantes durante a formação do clínquer, entram nas soluções sólidas dos
compostos, resultando em formas impuras do C3S e do C2S, que passam a ser conhecidos como
alita e belita, respectivamente. Comentado [OFN26]: APROFUNDAMENTO
DESNECESSARIO PARA O CONTEXTO DO TRABALHO
Como dito anteriormente, a propriedade adesiva do cimento é possível quando este é
misturado com água. Como explicado por Neville e Brooks (2013), isso acontece porque “[...]
na presença de água, os silicatos e aluminatos do cimento Portland se hidratam, formando
compostos hidratados que, com o passar do tempo, produzem uma massa sólida resistente”.
Mehta e Monteiro (2008), descrevem da seguinte forma as alterações que ocorrem no cimento
quando se inicia a hidratação:
“Quando o cimento é disperso em água, o sulfato de cálcio e os compostos de cálcio
formados a alta temperatura começam a entrar em solução, e a fase líquida se torna
rapidamente saturada com várias espécies de íons. Como resultado da interação entre
cálcio, sulfato, aluminato e íons hidroxilas, e dentro de poucos minutos de hidratação
do cimento, começam a aparecer cristais aciculares de trisulfoaluminato de cálcio
hidratado, conhecido como etringita. Poucas horas mais tarde, grandes cristais
prismáticos de hidróxido de cálcio e pequenos cristais fibrosos de silicato de cálcio
hidratado começam a preencher os vazios antes ocupados por água e partículas de
cimento em dissolução. Depois de alguns dias, dependendo da relação de alumina-
sulfato de cimento Portland, a etringita pode se tornar instável e se decompor para
formar o monosulfoaluminato hidratado, que tem a forma de placa hexagonal. ”
18

Além dos compostos mencionados, também existe na composição do cimento os


óxidos de magnésio e cálcio, sendo este último raramente encontrado nos cimentos modernos,
Comentado [OFN27]: DESNECESSARIO…
e compostos alcalinos e sulfatos.

No Brasil, são oferecidos no mercado seis tipos de cimento e duas variações, como
apresentado Tabela 2: Comentado [OFN28]: DE ONDE SAIU ESSA AFIRMAÇÃO?
Formatado: Fonte: Não Itálico, Verificar ortografia e
gramática
Tabela 2 - Tipos de cimento. Excluído: Tabela 2

Norma Sigla Denominação Característica


CP I Portland comum -
Portland comum com adição
1% a 5% de fíler carbonático
de fíler carbonático
NBR 5732
CP I-S
Portland comum com adição
1% a 5% de escória ou pozolana
de escória ou pozolana

Portland composto com


CP II-E 6% a 34% de escória
escória
NBR 11578 Portland composto com
CP II-Z 6% a 14% de pozolana
pozolana
CP II-F Portland composto com fíler 6% a 10% de fíler
NBR 5735 CP III Portland de alto forno 35% a 70% de escória
NBR 5736 CP IV Portland pozolânico 15% a 50% de pozolana
Portland de alta resistência
NBR 5733 CP V-ARI Até 5% de material carbonático
inicial
Portland de baixo calor de
NBR 13116 Cimento BC -
hidratação
NBR 5737 Cimento RS Portland resistente a sulfatos Baixo teor de C3A
NBR 12989 CPB Portland branco Baixo teor de compostos ferrosos Comentado [OFN29]: O MELHOR SERIA PRODUZIR UMA
TABELA DE ACORDO COM AS NBRS ATUALMENTE EM VIGOR,
Fonte: Mehta e Monteiro, 2008 (adaptado). SOMENTE PARA TITULO DE ORDEM DAS COISAS

3.3 Água

A água está presente em todos estágios de produção do concreto: No estágio inicial, é


a água que dá início às reações, pela hidratação; no desenvolvimento, ela é usada para a cura
úmida, e na vida útil, ataca a durabilidade do concreto, portanto, seu estudo é necessário. Comentado [OFN30]: 1-DE ONDE SAIU ESSA
AFIRMAÇÃO?
Por mais que a afirmativa da necessidade do estudo tenha uma base plausível, estudos 2-FALTOU FALAR DA FUNÇÃO DE PROVER
TRABALHABILIDADE
referentes à água este são poucos (NEVILLE, 2016). No Brasil, uma norma específica do Comentado [OFN31]: ??????
assunto surgiu apenas em 2009, sendo ela a NBR 15900/09, que aborda os requisitos para água
de amassamento do concreto.
19

A norma apresenta quantidades específicas das substâncias, assim como um


fluxograma de aceitação da água. De maneira geral, considera-se que água potável, ou seja,
aquela que atenda aos requisitos da portaria nº 2914 do Ministério da Saúde, é adequada para
Comentado [OFN32]: DE ONDE SAIU ESSA AFIRMAÇÃO?
uso em concreto.

Neville e Brooks (2013) apontam que a água adequada para amassamento, também é
adequada para a cura.

3.4 Aditivos

Na década de 70, quando os primeiros aditivos entraram no mercado brasileiro, eram


vistos com bastante dúvida, pois a falta de pesquisas sobre eles resultava em vários problemas
quando eram utilizados (MENDES, 2006). Passadas mais de quatro décadas, hoje o aditivo é
componente importante do concreto, sendo, em alguns países, raro que não o use nas misturas
(NEVILLE, 2016).

Em casos que se deseja apenas as características de um concreto convencional (CCV),


basta selecionar os materiais adequados, ao invés depender do uso de aditivos. Porém há
frequência no uso de aditivos para corrigir dosagens, como apontado por Nakamura (2009), e
que não corresponde com a norma de aditivos químicos para cimento Portland, a NBR
11768/11, que os define como produtos adicionados em quantidade de até 5% durante a mistura
dos componentes, objetivando modificar propriedades do concreto fresco ou endurecido. Comentado [OFN33]: NÃO ENTENDÍ

Kosmatkta et al (2003) aponta quatro razões para justificar o uso de aditivos, que são:
(1) reduzir custos da produção de concreto, (2) alcançar certas propriedades do concreto mais
eficientemente do que de outras maneiras, (3) manter a qualidade do concreto durante os
estágios de mistura, transporte, lançamento, cura e condições climáticas adversas e (4) controlar Comentado [OFN34]: NÃO SERIA “EM”???

certas emergências durante a concretagem.

O autor ainda aponta que a efetividade do aditivo depende de características como tipo,
marca e compatibilidade com o cimento. Para tanto, é necessário o estudo de dosagem antes da
utilização do aditivo na obra, além de ensaios sem o uso do aditivo, por efeito de comparação.
O estudo de dosagem com aditivos também é utilizado para verificar a compatibilidade entre
dois aditivos.

A Tabela 3 apresenta os aditivos descritos pela NBR 11768/11. Formatado: Fonte: Não Itálico, Verificar ortografia e
gramática
Excluído: Tabela 3
20

Tabela 3 - Tipos de aditivos químicos.

Sem alterar consistência, permite redução


Aditivo redutor de água
de água; ou maior fluidez com mesma
(plastificante)
quantidade de água

Sem alterar consistência, permite elevada


Aditivo de alta redução de água
redução de água; ou eleva fluidez com
(superplastificante)
mesma quantidade de água

Incorpora pequenas bolhas de ar durante o


Aditivo incorporador de ar
amassamento

Diminui tempo para a transição do concreto


Aditivo acelerador de pega
do estado plástico para o endurecido

Aditivo acelerador de Aumenta a taxa de desenvolvimento das


resistência resistências iniciais do concreto
Aumenta tempo para a transição do
Aditivo retardador de pega concreto do estado plástico para o
endurecido
Aditivo polifuncional Possui duas das funções citadas acima
Fonte: NBR 11768/11 (Adaptado).

3.5 Adições Comentado [VV35]: Falar sobre fibras


Comentado [OFN36R35]: UM TEXTO BREVE SOMENTE
O cimento composto foi desenvolvido visando a economia de custos (MEHTA e Comentado [OFN37]: FALTA FALAR SOBRE:
MONTEIRO, 2008), substituindo o cimento Portland por subprodutos de queima de carvão 1-ADIÇÕES QUIMICAMENTE INERTES, COMO O FILER,
UTILIZADO PARA ALTERAÇÃO REOSTATICA E AUMENTO DE
mineral em usinas termoelétricas (cinzas volantes) e da indústria de aço (escória de alto forno), IMPERMEABILIDADE
2-FIBRAS
por exemplo. Comentado [OFN38]: COMPLEMENTAR A DEFINIÇÃO DE
ADIÇÃO, POIS AQUI ESTÁ INCOMPLETA.
A esses materiais dá-se o nome de adições minerais, e podem ser utilizadas como
matéria prima durante a produção do clínquer de cimento Portland, ou então moídos em
partículas finas e misturados com o cimento Portland, dependendo do tipo de adição e da
característica que se deseja. Comentado [OFN39]: 1-DE ONDE SAIU ESSA
AFIRMAÇÃO?
Algumas dessas adições possuem propriedades cimentícias, como a escória de alto 2-DIFERENCIAR ADIÇÃO DE PRODUÇÃO DE CIMENTO E DE
PRODUÇÃO DE CONCRETO, INCLUSIVE AS ADIÇÕES DE
forno, outras possuem propriedades cimentícias latentes, como as pozolanas, que precisa ser PRODUÇÃO DE CLINQUER NEM ENTRARIAM AQUI EM
DISCUSSÃO.
sempre misturadas ao cimento Portland. Além desses, também há disponíveis no mercado Comentado [OFN40]: NA VERDADE NÃO É UMA
brasileiro a sílica ativa e o metacaulim. PROPRIEDADE CIMENTICIA LATENTE, É UM MATERIAL DE
REAGE QUIMICAMENTE COM CARBONATO DE CALCIO,
PRODUTO ESTE LIBERADO DURANTE O PROCESSO DE
Atualmente, além dos custos, são reconhecidas outras vantagens no uso de adições HIDRATAÇÃO DO CIMENTO PORTLAND

para a produção de concretos. Entre essas vantagens, pode-se citar o menor calor de hidratação, Excluído: ,
Comentado [OFN41]: DE ONDE SAIU ESSA AFIRMAÇÃO?
maior resistência final e durabilidade (MEHTA e MONTEIRO, 2008).
21

3.6 Concreto

O início do uso do concreto provavelmente ocorreu no império romano, para a Comentado [OFN42]: FORMA RUDIMENTAR DE
CONCRETO
construção de obras portuárias, utilizando cimento constituído de pozolanas naturais ou obtidas
pela moagem de tijolos calcinados. A queda do império romano levou a civilização de volta às
áreas rurais, e ao desuso do concreto. Comentado [OFN43]: DE ONDE SAIU ESSA AFIRMAÇÃO?

A volta da utilização do concreto ocorreu na revolução industrial, quando surgiu o


cimento Portland e o aço laminado, que trouxeram à tona o concreto armado, mais precisamente
em 1849, com o desenvolvimento de um barco de argamassa de cimento reforçada com ferro.
A partir de então foram surgindo cada vez mais teorias, além de normas referentes ao concreto Comentado [OFN44]: ESTUDOS SOBRE O TEMA

como material estrutural (FUSCO, 2008).

Ainda segundo Fusco (2008), o concreto estrutural é aquele composto de concreto Excluído: S

simples e armadura. O concreto, um material compósito, é formado por uma pasta de cimento,
em que se adiciona agregados miúdos e graúdos. A baixa resistência do concreto comum é Comentado [OFN45]: ??????

contornada pelo uso de armaduras de aço, adequadamente dispostas ao longo da peça estrutural.
Depois que endurece, o concreto e a armadura passam a trabalhar solidariamente, ou seja, não
existe escorregamento relativo entre eles. Comentado [OFN46]: CONTINUA SENDO TEXTO DO
FUSCO?
Logo após a mistura do concreto, este apresenta estado plástico, permitindo que seja
facilmente transportado, lançado e moldado. Mas, para isso, é necessário que o concreto tenha
boa trabalhabilidade (NEVILLE e BROOKS, 2013).

Trabalhabilidade é definida pela ASTM C-125 como a propriedade que determina o


esforço requerido para manipular o concreto fresco, com a mínima perda de homogeneidade. A Comentado [OFN47]: SENDO A NORMA EM QUESTÃO EM
INGLES, OU VC CITOU DE UMA CITAÇÃO OU VC TRADUZIU,
trabalhabilidade do concreto se baseia em duas características: a fluidez – facilidade de DE QUALQUER FORMA TEM QUE CORRIGIR A CITAÇÃO
TEXTUAL SUA
mobilidade –, e a coesão – resistência à exsudação e à segregação (MEHTA e MONTEIRO,
2008).

Esta propriedade é diretamente afetada por diversos fatores, dentre eles, a dosagem de Excluído: como

água e cimento e a características dos aditivos e adições. É importante saber que a Excluído: , e

trabalhabilidade ideal para um concreto, pode não ser para outro, dependendo da peça que será
moldada, do método de adensamento (manual ou por vibradores), entre outros. Comentado [OFN48]: DE ONDE SAIU ESSA AFIRMAÇÃO?

A avaliação básica de trabalhabilidade no Brasil é preconizada pela NBR NM 67/98, Excluído: Sua medição é normatizada

ensaio do abatimento de tronco de cone, mas já existem outros métodos para a medição, como Excluído: pelo

o ensaio de Vebe.
22

A característica tida como principal em um concreto endurecido é a compressão axial, Excluído: ¶

pois a maior parte dos elementos de concreto tiram vantagem desta propriedade. Em situações Excluído: resistência

reais, o que ocorre é a ação de várias forças – compressão, cisalhamento e tração –


simultaneamente, mas esta ação e algumas características, como porosidade, estanqueidade e
Comentado [OFN49]: FAVOR CONFIRMAR ESSA
resistência a intempéries, podem ser analisadas através do ensaio de compressão uniaxial, o INTERPRETAÇÃO
qual é de simples execução (MEHTA e MONTEIRO, 2008).

Esse ensaio é normatizado no Brasil pela NBR 5738/15, que trata da moldagem e cura
do corpo de prova, e pela NBR 5739/07, que trata do ensaio de compressão. Ele deve sempre Comentado [OFN50]: ACHO QUE TEVE REVISÃO, OLHAR.

ser feito com corpos de prova com idade de 28 dias, pois essa idade é aceita como um índice
geral da resistência do concreto, sendo os projetos estruturais baseados neste valor. Comentado [OFN51]: DE ONDE SAIU ESSA AFIRMAÇÃO?

Vários são os fatores que podem influenciar a resistência do concreto, muitos podendo
ser analisados através de um estudo de dosagem, como as características dos materiais
empregados, a relação água/cimento e quantidade de ar incorporado. Outros fatores dependem
do controle em obra, como a cura, o transporte e o lançamento. Por fim, ainda há os fatores
envolvidos na vida útil do material, como tipo de carregamento e fadiga. Comentado [OFN52]: 1-DE ONDE SAIU ESSA
AFIRMAÇÃO?
A NBR 8953/15 classifica os concretos pela massa específica, pela resistência e pela 2-FICOU MEIO SOLTO DEMAIS ESSE PARAGRAFO, NÃO
ENTENDI A NECESSIDADE DELE
consistência. Para a massa específica, atribui as siglas “C” para concreto normal, com massa
específica entre 2000 kg/m³ e 2800 kg/m³, “CL” para concreto leve, com massa específica
inferior à do normal e “CD” para concreto denso, com massa específica superior à do normal.
Para a resistência, separa-se em dois grupos, sendo o primeiro para resistência entre 20 MPa e Excluído: ¶

50 MPa, e o segundo de resistência entre 55 MPa e 100 MPa. A terceira classificação é a de


consistência, havendo cinco grupos, desde concretos secos à concretos fluídos. Comentado [OFN53]: DETALHAR ASSIM COMO FEZ PARA
DENSIDADE E RESISTENCIA

3.7 Dosagem do concreto

Para que o concreto a ser utilizado em uma obra atenda tanto os requisitos de projeto
(resistência mecânica) quanto os requisitos construtivos (slump), é necessário um estudo de Comentado [OFN54]: NÃO SOMENTE SLUMP COMO
REQUISITO CONSTRUTIVO. REVISAR FONTE.
dosagem com os materiais disponíveis, para que a proporção entre eles produza tal concreto.
Comentado [OFN55]: DE ONDE SAIU ESSA AFIRMAÇÃO?

Dessa forma, como afirmado por Mehta e Monteiro (2008), o processo de dosagem
equilibra os diversos requisitos conflitantes na interação dos materiais que compõem o
concreto, ou seja, ainda nas palavras dos mesmos autores, “a dosagem do concreto é o processo
de obtenção da combinação correta de cimento, agregados, água, adições e aditivos”.
23

Portanto, pode-se afirmar que os estudos feitos sobre tais interações foram de grande
importância para a o desenvolvimento dos métodos atuais de dosagem. Entre tais estudos, pode-
se citar o da importância da quantidade de água de amassamento, iniciado por Luis J. Vicat em
Comentado [OFN56]: A PUBLICAÇÃO QUE CULMINOU FOI
1828, e que culminou na publicação de Duff A. Abrams em 1918, que apresentou a uma relação FEITA ANTES DOS ESTUDOS INICIADOS?????
entre a resistência do concreto e o fator água/cimento. Outra contribuição foi a feita por Inge
Lyse, que apresentou que a relação entre a massa de água por unidade de volume do concreto
Comentado [OFN57]: FALAR TAMBEM SOBRE A LEI DE
determina a consistência do concreto fresco. KIRILOS…M X C

O estudo de dosagem de concreto pode ser baseado em métodos empíricos, isto é, Comentado [OFN58]: DE ONDE SAIU ESSA AFIRMAÇÃO?
Comentado [VV59]: Escrever de maneira mais completa
baseados na experiência ou na tradição do executor, ou baseados em métodos racionais e
Comentado [OFN60]: ????????
experimentais, que demandam conhecimentos específicos e trabalhos prévios em laboratório
para conhecimento dos materiais à serem utilizados na produção do concreto, sejam de forma
individual, seja a interação entre eles. Comentado [OFN61]: DE ONDE SAIU ESSA AFIRMAÇÃO?

Segundo a NBR 12655/2006, concretos de classe C10, com consumo mínimo de 300
kg de cimento por metro cúbico de concreto, o qual não possui requisitos muito exigentes, a
dosagem empírica pode ser usada sem grandes problemas. Mas eu outros casos, principalmente
onde se prevê características como alta resistência e exímia fluidez sem segregação, é
necessário um rígido controle, fazendo-se então o estudo de dosagem por métodos racionais. Comentado [OFN62]: DE ONDE SAIU ESSA AFIRMAÇÃO?

Considerando a escala mundial, o estudo de métodos racionais de dosagem do concreto


teve início na França em 1892, pelo chefe de laboratório de “Ponts et Chausseés”, René Ferét. Excluído: ¶

No Brasil, esse estudo teve início na instalação que hoje atende pelo nome de Instituto de
Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT) (HELENE e TERZIAN, 1992). A partir
de então, foram várias as propostas sobre formas de proporcionamento dos materiais que
compõem o concreto.

Dentre os métodos de dosagem aplicados em território nacional, vale a menção dos


métodos selecionados para a dissertação de Boggio (2000), que foram baseados em: presença
nos centros urbanos, diversidade em princípios e adaptabilidade aos materiais disponíveis
localmente. Apresenta-se a seguir alguns desses métodos:

6.1 Método ABCP/ACI: Adaptação do método americano (ACI 211.1-81) para a Comentado [OFN63]: ??????? QUE NUMERAÇÃO É ESSA

realidade nacional, proposta pelo engenheiro Públio Penna Firme Rodrigues;


6.2 Método IPT/EPUSP: Desenvolvido pelos pesquisadores do IPT e posteriormente
adaptado pelos professores da Escola Politécnica de São Paulo (EPUSP);
24

6.3 Método ITERS: Desenvolvido no Instituto Tecnológico do Rio Grande do Sul,


pelo professor Eládio Petrucci; e
6.4 Método INT: Desenvolvido no Instituto Nacional de Tecnologia do Rio de
Janeiro, pelo professor Fernando Luiz Lobo Carneiro. Comentado [OFN64]: SERIA MUITO IMPORTANTE DAR
UM DETALHAMENTO UM POUCO MAIOR PARA CADA
O estudo de dosagem analisa o equilíbrio entre os materiais utilizados, tendo em vista MÉDOTO, RESUMIDO SEU SISTEMA. ALGO EM TORNO DE 8 A
10 LINHAS PARA CADA
a interação entre eles. Porém, para o início deste estudo, é necessário verificar algumas
condições. Helene e Terzian (1992) apontam que são cinco as condições principais, como
definido a seguir:

1. Exigências de projeto;
2. Condições de exposição e operação;
3. Tipo de agregado disponível economicamente;
4. Técnicas de execução; e
5. Custo.

Ainda segundo os mesmos autores, além das condições, o autor também lista sete Excluído: A

atividades necessárias a um estudo de dosagem, sendo:

1. Condições que um estudo de dosagem deve atender;


2. Elementos de referência inicial;
3. Decisões tomadas segundo critérios próprios de cada país ou região, que
incluem: tipo de cimento, cálculo de resistência de dosagem, cálculo da
dimensão máxima do agregado graúdo, escolha da trabalhabilidade;
4. Parâmetro de referências singulares de cada país ou região (a/c provável e
a/conc); Comentado [OFN65]: ??????

5. Cálculo analítico comum a todos os métodos (consumo de cimento e agregados);


6. Metodologia; e
7. Ajustes experimentais.

As condições principais e atividades necessárias devem fazer parte de todos estudos


de dosagem, porém as formas de desenvolver esses estudos são as mais variadas possíveis, não
havendo um consenso de que um certo método seja o melhor. Comentado [OFN66]: DE ONDE SAIU ESSA AFIRMAÇÃO?
25

3.8 Método IBRACON Excluído: ¶


Este método, anteriormente chamado de IPT/EPUSP, foi atualizado por Tutikian e


Helene em 2011, que o nomearam então de “método IBRACON”.

A escolha do uso deste método de dosagem se baseia certas vantagens características


deste método, as quais são explicitadas por Tutikian e Helene (2011), que afirmam o método
ser “[...] um dos mais versáteis, simples e capazes de fornecer uma resposta profícua aos
requisitos exigidos de um concreto [...]”.

Os autores do método IBRACON apontam que este busca a melhor proporção entre
os agregados disponíveis consumindo a menor quantidade de água para o abatimento requerido,
considerando a proporção de aglomerante, cimento e adições, na proporção total, o que é
bastante relevante, considerando que os cimentos atuais possuem muitas adições incorporadas.
Afirmam também que o parâmetro mais importante para o método é o fator água/cimento.

Este método é classificado como teórico experimental, pois combina os conceitos de


comportamento do concreto, de forma analítica, com a parte experimental feita em laboratório,
onde se encontra a mínima quantidade de água necessária para obter a trabalhabilidade
especificada, testando diferentes proporções de argamassa seca (TUTIKIAN e HELENE, 2011).
Os passos principais para o desenvolvimento estão descritos na Figura 1. Formatado: Fonte: (asiático) Chinês (República Popular
da China)
O método pode ser utilizado para os mais diversos tipos de concretos, porém seus Excluído: Figura 1

autores explicam que não para todos, pois há certas limitações. Estas limitações são as listadas
a seguir:

• Resistência à compressão entre 5 MPa e 150 MPa;


• Fator água/cimento entre 0,15 e 1,5;
• Abatimento entre 0 mm e autoadensável;
• Agregados com dimensão máxima entre 4,8 mm e 100 mm;
• Teor de argamassa seca (α) entre 30% e 90%;
• Fator água/materiais secos (H) entre 5% e 12%; e
• Massa específica do concreto maior que 1500 kg/m³.
26

Figura 1 - Passos principais do método IBRACON

Escolher dimensão máxima característica do agregado graúdo compatível com os espaços


disponíveis entre armaduras e fôrmas do projeto da estrutura (depende do desenho estrutural da obra).

Escolher o abatimento compatível com a tecnologia disponível (depende da obra).

Estabelecer a resistência média que se deseja alcançar na idade especificada, resistência de dosagem
(consultar ABNT NBR 12655/06).

Escolher como mínimo três diferentes traços em massa seca de cimento: agregados que contenham
ou estejam próximos ao traço resposta pretendido.

Misturar em laboratório o traço intermediário (1:m), com base na busca do traço ideal entre cimento,
adições, agregados miúdos, agregados graúdos e aditivos, para lograr uma trabalhabilidade
especificada, ou seja, um abatimento constante. Para produzir o primeiro traço em laboratório, variar
o conteúdo de argamassa seca em massa, começando com α = 30% e subindo esse conteúdo de 2%
em 2% até encontrar o ponto ótimo por meio de observações visuais do traço. O acerto do teor de
argamassa seca nada mais é do que substituir gradativamente o agregado graúdo pelo miúdo, sem
interferir no consumo de cimento. Obtido o conteúdo de argamassa seca ideal, por exemplo α=50%,
moldar os corpos-de-prova para os ensaios em concreto endurecido.

Misturar os demais traços para verificar o mesmo batimento com distintas relações a/c, mantendo
fixo α e H do traço intermediário otimizado anteriormente. Recomendam-se os traços (m±1) ou
(m±0,5) nos casos correntes. Nos casos de concreto de alta resistência, esse intervalo deve ser menor,
da ordem de (m±0,4). Moldar os corpos de prova para os ensaios em concreto endurecido.

Construir o diagrama de dosagem e de desempenho (opcional) específico a essa família de concretos.

Obter o traço otimizado a partir do diagrama de dosagem entrando com a resistência média requerida
ou outra propriedade ou requisito desejado.

Opcional: para o caso de certas pesquisas, é aconselhável confeccionar pelo menos dois traços a mais
(um muito mais rico e outro muito mais pobre) com a mesma relação a/c do traço intermediário.
Fonte: Tutikian e Helene, 2011 (adaptado).

Para o desenvolvimento, precisa-se também entender os modelos de comportamento


que o método se baseia, que são as seguintes equações:

• Teor de argamassa seca: α = (1+a)/(1+m);


• Relação água/materiais secos: H = (a/c)/(1+m); e
• Consumo de cimento/m³: C = γ/(1+a+p+a/c).
27

Onde:
γ = Massa específica do concreto, em kg/m³;
a/c = Relação água cimento em massa em kg/kg;
a = Relação agregado miúdo seco/cimento em massa em kg/kg;
p = Relação agregado graúdo seco/cimento em massa em kg/kg;
m = a + p.

O traço de concreto é descrito na proporção de materiais em relação ao cimento, ou


seja 1:a:p, na sequência cimento, agregado miúdo e agregado graúdo, ou 1:m, sendo a+p=m.

Os autores chamam o primeiro traço (1:m) para o estudo de dosagem de traço


intermediário, e os traços auxiliares de traço mais rico (1:m-variação) e traço mais pobre
(1:m+variação), completando assim os três traços mínimos para poder utilizar o método, que
se baseia na formação de um gráfico a partir destes valores. Para ser mais abrangente ou mais
preciso, é sugerido ainda trabalhar um traço muito mais pobre e outro muito mais rico.

O conceito de “família”, apresentado na Figura 1, faz relação às características únicas Formatado: Fonte: Não Itálico, Verificar ortografia e
gramática
do concreto em estudo, que é constituído pelo mesmo cimento (tipo e classe), adições minerais,
Excluído: Figura 1
equipamentos, e manutenção das demais variabilidades e materiais sobre controle.

Com os dados do estudo em mão, ou seja, as resistências, relação água/cimento, m’s e


consumo de cimento, é possível construir o diagrama de dosagem, introduzido por Priszkulnik
e Kirilos em 1974 (TUTIKIAN e HELENE, 2011), que apresenta o modelo de comportamento
do concreto da família em estudo. Um exemplo deste diagrama é ilustrado na Figura 2. Excluído: Figura 2
Formatado: Fonte: Não Itálico, Verificar ortografia e
Neste diagrama, os resultados são aproximados para equação, as quais são chamadas gramática

de leis clássicas do concreto. No primeiro quadrante da figura, os resultados são ajustados


segundo a lei de Abrams (1998) ou de Powers (1966), no segundo quadrante, os ajustes são
segundo a lei de Lyse (1932), e no terceiro, pela lei de Priszulnik e Kirilos (1974). Por fim, o
quarto faz a relação entre consumo de cimento e resistência, mas também pode-se usar esse
quadrante para relacionar o custo do concreto com a resistência, utilizando-se de uma escala
diferente para o eixo x do quadrante.

Os ajustes podem ser feitos pelo método dos mínimos quadrados. Porém é importante
a análise de desvio-padrão do processo, que pode apontar à problemas durante a produção,
causando grande variabilidade nos ensaios. Quanto maior a variabilidade, mais se aumenta o
valor de fcm, para que valor de fck não seja prejudicado, mas causando aumento nos custos de
produção (TUTIKIAN e HELENE, 2011).
28

Figura 2 - Diagrama de dosagem: Modelo de comportamento

Fonte: Helene e Terzian, 1992.

É importante lembrar que para utilização do eixo das resistências, a norma NBR
12655/15 estabelece que a resistência de dosagem é função da resistência característica, na
equação:

fcj = fck + 1,65 * sd


Onde:
fcj = Resistência média do concreto à compressão, prevista para a idade em j dias, em megapascal;
fck = Resistência característica do concreto, em megapascal;
sd = Desvio padrão da dosagem, em megapascal, sendo 4,0 MPa para a condição A, 5,5 MPa para a
condição B e 7,0 para a condição C, sendo a condição A referente ao controle de produção mais rigoroso
e C referente ao controle de produção menos rigoroso.

Finalizada a construção do gráfico e analisado o desvio-padrão, é possível então


utilizar o gráfico para que se encontre o traço definitivo, com base na característica estabelecida.
Tendo, por exemplo, fixado um valor de resistência à compressão, encontra-se o valor referente
a a/c, em seguida o valor de “m”, e por fim o valor do consumo de cimento.

Os autores do método apresentam ainda que ele pode ser utilizado praticamente de
forma integral para os mais diversos concretos especiais produzidos atualmente, havendo
apenas cuidados para manter as características desejadas ao concreto, como baixo consumo de
cimento e relação a/c para concretos de alta resistência, ou então uso de métodos de avaliação
específicos, como no caso do concreto autoadensável.
29

3 MATERIAIS E MÉTODOS

3.1 Planilha eletrônica

A automatização do método de dosagem IBRACON será desenvolvida através do


programa Microsoft Excel 2016, com layout conforme a Figura 3 que trabalha com planilhas Excluído: Figura 3

eletrônicas integradas com ferramentas de cálculo e testes lógicos.


Figura 3 - Layout do programa Microsoft Excel 2016

Comentado [OFN67]: NÃO PRECISA DE FONTE?

Soma-se ao programa uma linguagem de programação, Visual Basic for Applications Excluído: chamada

(VBA), a qual aumenta ainda mais as possibilidades do programa com os chamados “macros”,
que automatizam tarefas repetitivas.

Tais funcionalidades permitem que a planilha abranja uma grande quantidade de


possibilidades, ou seja, pode-se criar uma planilha que funcionem para os mais diversos
requisitos de dosagem.

Além deste programa, ainda há outros no mercado, porém o Microsoft Excel


apresentou mais funcionalidades, além de ser o programa do gênero mais utilizado pelos
profissionais da região. Comentado [OFN68]: DE ONDE SAIU ESSA AFIRMAÇÃO?

Para complementar o desenvolvimento da planilha, foi usado a versão de computador


do software de cálculo da Texas Instruments CX, apresentado na Figura 4, programa que serviu Excluído: Figura 4

para gerar alguns dos gráficos apresentados neste trabalho. O uso deste programa se justifica
pelo fato de ser de mais simples operação na geração de gráficos, o que facilitou também a
verificação de algumas funções implementadas na planilha elaborada através do programa
30

Microsoft Excel.

Figura 4 - Layout do software de cálculo da Texas Instruments CX

Comentado [OFN69]: NÃO PRECISA DE FONTE?

3.2 Origem, armazenamento e caracterização dos materiais

Os materiais utilizados no trabalho foram obtidos através da contribuição de empresas


baseadas em Cuiabá, que forneceram quantidades suficientes para todo o teste, evitando assim Comentado [OFN70]: ????

a necessidade da troca de material, que poderia vir a prejudicar a análise dos dados.

Os agregados graúdos, de origem granítica, são de origem da Serra de São Vicente,


tendo os tamanhos de brita 1 e brita 0. O agregado miúdo é a areia do rio Cuiabá. O cimento,
do tipo CP II F 40 utilizado nos ensaios é fabricado em uma cimenteira nos arredores da cidade
de Cuiabá. A caracterização detalhada de todos os dados pertinentes a cada agregado e do
cimento encontra-se em planilhas em anexo a este trabalho. Comentado [OFN71]: CITAR O NOME DAS EMPRESAS
QUE FORNECERAM OS AGREGADOS, POIS É INTERESSANTE
Os materiais, assim que obtidos, foram armazenados em local apropriado, ao abrigo PARA ELES.
NÃO APRESENTAR A MARCA DO CIMENTO.
de intempéries, no local onde foram feitas as rodagens do concreto. No caso dos agregados
miúdos (areia natural e areia artificial), estes foram primeiramente secos ao ar, para então serem
reensacados e armazenados.

3.3 Equipamentos

Para a produção dos concretos, foi utilizada uma betoneira estacionária com
31

capacidade de mistura de 90 litros e rotação de 28 rpm, de acordo com os dados da fabricante.

Após a rodagem, o slump foi medido em pelo tronco de cone e a densidade em um


molde cilíndrico de diâmetro de 15 cm e altura de 30 cm. Os corpos de prova foram moldados
em moldes cilíndrico de diâmetro de 10 cm e altura de 20 cm, imprimados com diesel S500,
utilizado como desmoldante.

Para as rupturas, foi utilizada uma prensa hidráulica com indicador digital,
devidamente calibrada. A prensa é apresentada na Figura 5. Excluído: Figura 3

Figura 5 - Prensa utilizada nos testes Formatado: Verificar ortografia e gramática

Comentado [OFN72]: APRESENTAR TAMBEM FIGURAS DA


BETONEIRA, FORMAS E SLUMP

3.4 Traços

Para a verificação da facilidade de uso da planilha, esta será testada para as seguintes
combinações:

• dois agregados graúdos, um agregado miúdo, nenhum aditivo e nenhuma Excluído: graúdo

adição; e
• dois agregados graúdos, um agregado miúdo, um aditivo e nenhuma adição. Excluído: graúdo

Foi decidido trabalhar unicamente com uma combinação de dois agregados graúdos tendo em
vista a variedade de trabalhos já elaborados que trabalham com um agregado. Outras
combinações foram desconsideradas, como, por exemplo, dois aditivos e uma adição e um
aditivo e duas adições, devido ao trabalho excessivo que essa combinação pode proporcionar. Comentado [OFN73]: REITIRAR. TEMOS QUE JUSTIFICAR
O QUE FOI FEITO, NÃO O QUE NÃO FOI FEITO
Para cada combinação, serão feitas 7 variações do valor “m” para a elaboração do
gráfico. Posteriormente, serão testados os pontos médios das resistências de cada um destes
“m”, com os as quantidades de cada material sendo fornecidas pela planilha, com base no
gráfico, para a comprovação do método.
32

Para este trabalho não será utilizada a nomenclatura de mais pobre e mais rico, pois
serão utilizados 7 traços para a constituição de uma mesma família, podendo confundir o leitor.
Portanto os traços serão simplesmente nomeados pelo valor “m” em que serão baseados.

Os corpos de prova serão armazenados e rompidos em uma empresa de controle


tecnológico de concreto, pois esta oferece local e equipamentos apropriados para o volume que
este trabalho demandará.

3.5 Rodagem dos traços Comentado [OFN74]:

Para a rodagem dos traços, os materiais foram separados previamente a rodagem de Comentado [OFN75]:

acordo com a quantidade especificada na planilha, com quantidade medida em peso, exceto
pelos aditivos, que foi em volume, observando que foi utilizada a densidade apresentada pelo
fabricante. Foi estipulado iniciar as rodagens dos traços considerando 50% de argamassa, sendo
também separado as quantidades adicionais para até 52%.

A inserção dos materiais dentro de betoneira se deu da seguinte forma: Com a


betoneira desligada, foram inseridos os agregados com um pouco de água, o que ajuda a evitar
a dispersão de muito material fino pela boca da betoneira; após isso, a betoneira é ligada e,
verificando a uniformidade na mistura dos agregados, é despejado o cimento aos poucos; a
partir deste ponto, a análise é de certa forma empírica, e aos poucos é adicionada a água. Nos
traços que utilizaram aditivos, estes foram despejados quando o concreto aparentava
consistência seca e, após rodar por um tempo e o aditivo ter efeito em todo o volume do
concreto, foi adicionada água restante, quando necessário.

Para verificar se a quantidade argamassa e de água adicionada está próxima ao ideal,


sem ter que despender tempo fazendo teste de slump, a betoneira é desligada, então passa-se a
colher de pedreiro sobre o concreto dentro da betoneira, pela textura que o material aparentar,
é possível induzir se a quantidade está aceitável. Outro método utilizado foi colocar uma
quantidade do concreto rodado na palma da mão e então aperta-se, verificando a consistência.

Quanto ao tempo de rodagem, a NBR 12655/06 apresenta que deve ser dentro de um
tempo mínimo de 60 segundos, acrescidos de 15 segundos para cada metro cúbico de
capacidade nominal da betoneira. Comentado [VV76]: Qual o tempo máximo?

Caso esteja aparentemente com a argamassa e a quantidade de água próxima ao


necessário para o slump desejado, tira-se a prova com o teste de slump. Caso o slump esteja
33

dentro do aceitável, continua-se o ensaio, caso não se continua com a dosagem de água ou
argamassa. Em ambos os casos, o tronco é retornado à betoneira e rodado para voltar a
uniformidade. Comentado [VV77]: Não pode

Na sequência, após a rodagem é feita a pesagem para a densidade. Neste teste o


concreto é colocado em três camadas, cada uma adensada com 25 golpes, em um molde
cilíndrico de 15 centímetros de diâmetro e 30 centímetros de altura. Sabendo-se o peso do
concreto, descontando-se a tara e o volume do molde, é encontrada a densidade, valor
importante também para calcular o consumo de cimento.

Por fim, o concreto utilizado para a pesagem no molde para densidade é retornado à
betoneira, fazendo-se uma última uniformização para então preencher os moldes de 10x20 que
moldarão os corpos de prova para ruptura a compressão.

A moldagem e cura de corpos de prova foi feita seguindo a norma ABNT NBR
5738/03. Os moldes, apoiados em uma superfície plana, são primeiramente imprimados com
uma película de óleo mineral. O concreto é introduzido em duas camadas, cada uma adensada
com 12 golpes, utilizando uma haste metálica. Após a moldagem, o concreto permanece no
molde pelo período de aproximadamente 24 horas, para a cura inicial, mantidos em local
protegido de intempéries. Após as 24 horas, os corpos de prova são desmoldados e colocados
em um tanque d’água.

Findada a rodagem, os equipamentos são todos limpos, tanto para uma rodagem de
outro traço em sequência quanto para guarda-los.

Na empresa onde foram rodados os concretos, há um controle interno dos corpos de


prova, portanto eles foram numerados conforme a Figura 6. Os números foram escritos após a Excluído: Figura 3

cura dos corpos de prova. Dessa forma o sistema acusa quais são os corpos de prova que devem
ser rompidos no dia, não ocorrendo então o esquecimento do dia de ruptura de algum corpo de
prova.
34

Figura 6 - Numeração dos corpos de prova

3.6 Ruptura dos corpos de prova

Chegado o dia de ruptura do corpo de prova, este é retirado do tanque e posto para
secar. Caso constatado imperfeições na superfície, tendo em vista os equipamentos disponíveis,
os corpos seriam faceados, e não capeados. Após este primeiro tratamento, foi seguido os passos Comentado [VV78]: Falar isso? Falar que não foi
necessário?
descritos na NBR 5739/07, que trata do ensaio de compressão de corpos de prova cilíndricos.
Comentado [VV79R78]: Não precisa falar que não
precisou de capeamento aqui pq eu vou falar no tópico 5:
A ruptura dos corpos de prova foi feita em equipamento assim como descrito no tópico Ensaios
3.3. A prensa foi configurada para mostrar o valor máximo de compressão, assim é constatado
o valor máximo que o corpo de prova resistiu. Este valor e também o tipo de ruptura, dentre os
apresentados no anexo A da NBR 5739/07 foram anotados na planilha.

4 DESENVOLVIMENTO DA PLANILHA ELETRÔNICA Comentado [VV80]: Tendo a planilha totalmente


desenvolvida, colocar imagens dela para ilustrar o seu
funcionamento

4.1 Funcionamento

A planilha trabalha com base nos dados fornecidos pelo usuário, ou seja, não terá
nenhuma informação pré-definida. Estes dados serão preenchidos em formulários, como o
35

mostrado na Formatado: Fonte:

Tendo em vista as informações necessárias para se fazer um estudo de dosagem, a


planilha oferece dados suficientes, e ainda mais, uma vez que fornece informações que facilitam
a interpretação dos dados.

Claramente, esta planilha não tem a função de fazer o serviço de um tecnologista de


concreto, mas sim agilizar e facilitar a obtenção de informações. Quanto a este ponto, pode-se
concluir que a planilha atingiu as expectativas.

Em contatos feitos com profissionais da área e nas pesquisas publicadas, é sabido que
esta não é a primeira tentativa de uma planilha do gênero. Porém, muitos profissionais acabam
desenvolvendo a planilha por necessidade, em outras palavras, não há controle do fluxo de
informações que ocorre na planilha, o que pode interferir em novas implementações,
ocasionando erros que não se sabe onde pode ser a origem, por exemplo, e na rapidez do
processo, e com esta planilha há este controle, como apresentado nos fluxogramas.

Para a efetividade da planilha foi preciso também verificar a consistência dos gráficos
que ela produz, o qual pode-se concluir que foi satisfatório com os testes de comprovação
realizados. Mas é importante ver que a diferença entre os M’s consecutivos foi bem pequena, o
que fez gerar um gráfico mais preciso, mas é esperado menor precisão no caso de valores mais
distantes.

6.1 Sugestões para trabalhos futuros

Tendo em vista as inovações no mercado da construção civil, é visível que a utilização


de equipamentos móveis, como smartphones e tablets está cada vez mais presente, sugere-se
então adaptar as funções desta planilha para a tais aparelhos, o que é interessante quando não
se tem um computador em mãos no local de execução dos ensaios, como ocorre em locais mais
distantes das cidades.

Figura 9. Excluído: Figura 6

Para a execução do estudo de dosagem, alguns dados são de preenchimento opcional,


não sendo necessário para a produção do resultado final do traço do concreto, mas podendo
oferecer informações a mais, que o usuário pode julgar necessárias.

O preenchimento das informações será feito em etapas, sendo a primeira o


cadastramento das informações básicas para o desenvolvimento do estudo. Tais informações
36

são as seguintes:

• Informações da obra;
• Critérios do estudo de dosagem;
• Informações dos materiais.

Ao terminar o preenchimento das informações pertinentes à esta etapa, o usuário


deverá clicas em um botão que fará a análise das informações inseridas, e apontará se houve ou
não algum erro. Não havendo erros, será liberado ao usuário o cálculo da previsão de materiais
necessários para o desenvolvimento do estudo e as planilhas de campo para o estudo de
dosagem, assim como mostrado na Figura 10. Formatado: Fonte: Não Itálico, Verificar ortografia e
gramática
Por planilha de campo, entende-se a planilha impressa a qual o usuário usará como Excluído: Figura 7

referência para a rodagem dos concretos para o estudo. Nesta planilha contém as informações
dos materiais que serão usados e a quantidade que deverá ser adicionada à betoneira de cada
um deles, em quantidades totais e em quantidades adicionais em relação à porcentagem de
argamassa imediatamente anterior.

A planilha de campo foi pensada para ser utilizado tanto a frente quanto o verso da
folha. Na página frontal constam as informações das quantidades dos materiais que comporão
o concreto, e no verso as informações relativas ao concreto rodado.

Na planilha de campo há espaços para se preencher as seguintes informações:

• Valor de α utilizado no traço (frente);


• Quantidade de água adicionada (frente);
• Slump alcançado (frente);
• Dados para o cálculo da dosagem de concreto (Dimensões e tara do molde
utilizado e peso do molde preenchido com concreto) (verso);
• Informações referentes aos corpos de prova moldados (Código de registro,
idade de ruptura, carga de ruptura e dimensões) (verso).

Sendo finalizado a rodagem dos traços, o usuário deverá preencher na planilha


eletrônica, nas abas “CP” e “Concreto”, as informações que se encontram manuscritas na
planilha de campo. Novamente, há um botão em cada aba para verificação das informações
inseridas, estando elas corretas, será liberado ao usuário a aba de “Relatório analítico”. Além
disso, estando as informações corretas também significa que elas poderão ser trabalhadas nos
cálculos para gerar as informações, cálculos os quais estão concentrados na aba “cálculos”.
37

Na aba de relatório analítico se encontram um resumo das informações dos materiais


e os dados referentes a cada traço, calculados com base nas informações inseridas pelo usuário,
como densidade e consumo de cimento.

Para ilustração do método de dosagem de concreto utilizado nesta planilha, há também


os gráficos referentes aos traços, assim como apresentado no tópico 3.8 deste trabalho. Excluído: 2.8

Por fim, estará liberado ao usuário a aba “Resultado” também. Nesta aba é possível
selecionar qual a característica desejada ao concreto e inseri-la, para então apresentar qual será
o traço previsto para que tal característica seja alcançada.

Devido à quantidade de funções e a interação entre elas, as células que não são para o
preenchimento do usuário são bloqueadas, para que não sejam feitas alterações que
comprometam o funcionamento da planilha. Além do bloqueio das células, há também o
bloqueio de qualquer tipo de formatação e alteração da planilha, como, por exemplo, a inserção
ou exclusão de linhas e colunas.

Tal bloqueio, porém, acaba impossibilitando a inserção de imagens, função que pode
ser de interesse de alguns usuários. Uma forma encontrada para contornar essa limitação foi a
pré inserção de imagens, as quais podem ser alteradas, como demonstrado na Erro! Fonte de
referência não encontrada.. Excluído: Figura 3

O anexo X deste trabalho apresenta o fluxograma de funcionamento da planilha, Comentado [VV81]: Colocar referência cruzada

mostrando a dependência de cada um dos dados utilizados pela planilha, e como este dado é
utilizado nos cálculos.

A relação de todos os dados a serem inseridos na planilha, é apresentada a seguir:

• Informações de controle:
o Cliente, obra e local;
o Número de registro;
o Observações.
• Critérios do estudo de dosagem:
o Slump desejado;
o Resistência desejada aos 28 dias;
o Número de traços e o “m” de cada traço;
o Quantidade de corpos de prova por traço e idades de ruptura;
o Quantidade de agregados e se será feito ensaio de compacidade;
o Quantidade de aditivos e adições;
38

o Forma de medição da quantidade de aditivo (volume ou peso).


• Marca e tipo de cimento;
• Origem da água;

• Características dos agregados:


o Tamanho;
o Origem;
o Proporção (no caso da utilização de dois agregados miúdos ou dois
agregados graúdos);
o Quantidade inicial de agregado graúdo;
o Massa unitária e massa específica;
o Umidade da areia.
• Características dos aditivos e das adições:
o Nome e fabricantes;
o Proporção a ser adicionada na mistura.
• Preço dos materiais utilizados;
• Equipamentos a serem utilizados:
o Molde para corpo de prova;
o Molde para medição de densidade do concreto;
o Molde para compacidade de agregados;
o Prensa;
o Betoneira.
• Fotos dos materiais e equipamentos utilizados;
• Cadastro de corpos de provas:
o Número de registro do corpo de prova;
o “M” da betonada;
o Data de moldagem;
o Esforço aplicado pela prensa (toneladas);
o Tipo de ruptura.
• Características do concreto:
o Quantidade de água utilizada na betonada;
o Slump da betonada;
o Peso do concreto no molde para densidade.
39

• Informações para teste de compacidade:


o Massa inicial do agregado maior.

Com estes dados inseridos, a planilha poderá produzir dados para o desenvolvimento
do estudo e, ao final, um relatório analítico. Todas estas informações, produzidas pela planilha
após trabalhar com os dados inseridos, são listadas a seguir:

• Cadastro de corpos de prova:


o Dia da ruptura do corpo de prova;
• Características do concreto:
o Fator água/cimento;
o Densidade;
o Consumo de cimento.
• Informações para teste de compacidade:
o Quantidade de agregado menor a em relação ao agregado menor para
as porcentagens de 10% a 50% de agregado menor em relação ao total;
o Proporções ideais dos agregados para a máxima compacidade;
o Massa específica.
• Relatório analítico de dados:
o Informações cadastradas para registros e informações dos materiais;
o Informações do traço: m, a/c, slump, densidade e fcj médio para cada
idade cadastrada;
o Gráficos de: consumo de m por consumo de cimento, a/c por m, e fcj
por a/c;
o Custo do concreto por m³;
o Traço ideal.

Quantidade provável de material necessário para a elaboração dos traços.

4.2 Interface

A planilha foi pensada para ser fácil de usar, tentando ao máximo tornar intuitivo o
que se deve fazer em cada etapa.
40

Para facilitar, informações referentes a um mesmo processo foram concentradas em


abas, tendo então uma aba para cadastro de dados, uma para cálculo das proporções quando
requisitar teste de compacidade de dois agregados graúdos, e assim por diante.

Toda a planilha é visualmente adaptada para folhas de tamanho A4, o que facilitará
para o usuário a impressão de alguma página, quando for necessário. Quanto ao esquema de
cada página, este foi pensado para ser o mais similar possível, tornando assim familiar ao
usuário.

Também foi utilizado um esquema de cores para que o usuário entenda qual célula da
página deverá ser preenchida por ele, utilizando a cor azul para células de preenchimento
obrigatório e a cor verde para células de preenchimento opcional. A cor cinza foi utilizada para
nomear as caixas de preenchimento. Comentado [VV82]: Escrever melhor

Uma facilidade de interface proporcionada pelo Excel é o uso de controles de


formulário. Estes foram usados quando há campos de preenchimento com opções limitadas,
como na escolha da quantidade de traços a serem ensaiados. Os controles de formulário
utilizados na planilha foram caixa de combinação, caixa de seleção e botão de opção. O Excel
também oferece a opção de controle de formulário utilizando ActiveX. Comentado [VV83]: Explicar o que é isso.

4.3 Comandos

Como já mencionado, o programa para computador Microsoft Excel 2016 possui


várias funções, além de comandos macros, para funções repetitivas. Para o desenvolvimento
desta planilha, foram utilizados desde comandos básicos, como repetir valores de outras células,
até funções lógicas “se” mais extensas.

Explicar como funciona cada uma das funções utilizadas na planilha?

4.4 Cálculos das curvas

Como mencionado na explicação do funcionamento do método IBRACON, este se


baseia na plotagem de um gráfico, que é usado para encontrar o traço do concreto que possua
certa característica desejada. Portanto, é válido dizer que a parte mais importante da planilha é
como ela efetua os cálculos e como é definida a curva do gráfico.

Para determinar as curvas, os cálculos da planilha foram escritos considerando a


41

relação entre os quadrantes no sentido horário, tendo início no eixo “fcj” (vide Figura 7), Formatado: Fonte: (Padrão) Times New Roman

considerando sempre o primeiro eixo de cada quadrante como o eixo x, e o segundo como eixo Excluído: Figura 4

y. Exemplificando: No primeiro quadrante, o eixo das resistências é o eixo x e o eixo da relação


água cimento o eixo y; seguindo para o próximo quadrante, o eixo a/c passa a ser considerado
o eixo x e o eixo do valor de m o eixo y.
Figura 7 - Relação entre quadrantes Excluído: 8

Considerando dessa forma, atribui-se uma equação f(x) para cada quadrante, e,
sabendo o valor de x, encontra-se o valor de y, determinando assim todas as características
tendo como base um valor inicial de resistência.

Visando a necessidade de ser determinado um valor específico de a/c, por exemplo,


para que o usuário não tenha que testar vários valores de fcj, para assim encontrar o traço para
o valor a/c desejado, foi escrito também cálculos considerando o sentido anti-horário. Assim,
no mesmo exemplo de ser necessário um valor específico de a/c, calcula-se o valor de m e
consumo de cimento no sentido horário, e o valor de fcj no sentido anti-horário.

Para a definição das curvas, a primeira versão da planilha contava com um método de
interpolação, visando obter um gráfico o qual a curva passe exatamente por todos os pontos. O
Comentado [VV84]: Explicar como funciona?
método utilizado para encontrar esta curva é uma adaptação da interpolação de Lagrange, Formatado: Normal, À esquerda, Espaço Antes: 6 pt,
Sem controle de linhas órfãs/viúvas, Não manter com o
denominada quocientes de determinantes (Pinheiro, 2003).
próximo

Mas, como apresentado na Formatado: Fonte: (Padrão) Times New Roman


Excluído: Figura 5
Figura 8, a equação resultante pode apresentar resultados inconsistentes. A Formatado: Fonte: (Padrão) Times New Roman
42

Figura 8 apresenta um exemplo com 7 pontos, sendo a equação f1(x) obtida pelo Excluído: Figura 5

método dos quocientes de determinantes, e a equação f2(x) obtida através de um método de


ajuste de curva, com aproximação para uma equação quadrática.

De acordo com Ruggiero (ano), ajustes de curva são mais adequados quando os valores Comentado [VV85]: Verificar ano

são resultados de algum experimento físico ou pesquisa, devidos aos erros inerentes que, em
geral, são imprevisíveis, sendo aconselhável encontrar uma “boa aproximação” para os valores
tabelados.

Dessa forma, a versão final da planilha conta com cálculos do método dos mínimos
quadrados, com aproximação para uma equação de segundo grau para a relação entre resistência
e fator água/cimento, aproximação para equação do primeiro grau para a relação entre o fator
água/cimento e m (assim como na lei de Lyse). Comentado [VV86]: Falta falar da relação entre consume
de cimento e M
Observa-se que foi preferível aproximar as relações para equações de segundo grau,
ao invés das sugeridas pelas leis clássicas. Comentado [VV87]: Por que?

Figura 8 - Gráfico a/c x fc28 Excluído: 9

4.5 Limitações

Para o funcionamento da tabela, é sugerido na mesma que não sejam utilizados valores Formatado: Fonte: (Padrão) Times New Roman,
(asiático) Chinês (República Popular da China)
fora do intervalo dos resultados dos ensaios. Exemplificando com o gráfico da Figura 8, a tabela
Excluído: Figura 5
43

acusaria extrapolação caso fosse requisitado um traço com resistências menores que 15 Mpa ou
maiores que 35 Mpa.

Não é possível armazenar dados de mais de um ensaio em um mesmo arquivo da


planilha, o que seria interessante para comparação entre ensaios, mas que deixaria o arquivo
muito pesado, além de funcionamento mais complexo.

5 TESTES COM A PLANILHA

Como apresentado, foram elaborados X traços para testar a facilidade de utilização da


planilha. Para isso, ela foi utilizada por mim e por dois operadores da empresa na qual foram Comentado [VV88]: Como falar de maneira impessoa?

rodados os traços. As rodagens ocorrem nos dias XXXX e XXXX para o traço sem aditivos ou
adições e nos dias XXXx e XXX para o traço com um aditivo.

Para as informações completas dos traços, conferir anexo X, o qual foi gerado pela
planilha desenvolvida neste trabalho.

Observa-se que a diferença entre as porcentagens de argamassa de um M para outro


não obedeceu ao proposto pelos desenvolvedores do método, o que se justifica pela
inexperiência, sendo ainda que os traços nas foram rodados em sequencia crescente os
decrescente dos valores de M, e sim de maneira aleatória, para não influenciar em certas
decisões, mas que afetou a falta de controle em acréscimo da porcentagem de argamassa, a qual
foi escolhida em cada traço por ter atingido o slump desejado.

Durante a época de rodagem, o clima estava chuvoso, dessa forma teve de ser usado
uma placa de madeira para cobrir os corpos de prova durante o tempo de cura, para que a chuva
não danificasse de alguma forma.

Findada a rodagem dos traços iniciais, obteve-se as seguintes curvas, e destas foram
retirados os traços para a resistência média entre as resistências representativas de dois M’s
consecutivos.

Vale mencionar que a finalidade deste trabalho não é comprovar o método, assunto o
qual já foi tema de vários trabalhos. Este passo se deve unicamente a verificação de que a curva
gerada pela planilha pode ser utilizada. Comentado [VV89]: Reescrever de maneira melhor

Sendo que o traço apresentado para a resistência média já apresenta a quantidade exata
44

de todos os materiais para constituir o concreto, não foi necessário o teste de um teor de
argamasse ideal ou de uma quantidade ideal de água. Dessa forma pode até se dizer que a
verificação do slump não é necessária, pois esta medida não será controlada, mas ainda assim
foi feita, confirmando que o requisito de 12 ± 2 mm foi atendido.

6 CONCLUSÕES

Tendo em vista as informações necessárias para se fazer um estudo de dosagem, a


planilha oferece dados suficientes, e ainda mais, uma vez que fornece informações que facilitam
a interpretação dos dados.

Claramente, esta planilha não tem a função de fazer o serviço de um tecnologista de


concreto, mas sim agilizar e facilitar a obtenção de informações. Quanto a este ponto, pode-se
concluir que a planilha atingiu as expectativas.

Em contatos feitos com profissionais da área e nas pesquisas publicadas, é sabido que
esta não é a primeira tentativa de uma planilha do gênero. Porém, muitos profissionais acabam
desenvolvendo a planilha por necessidade, em outras palavras, não há controle do fluxo de
informações que ocorre na planilha, o que pode interferir em novas implementações,
ocasionando erros que não se sabe onde pode ser a origem, por exemplo, e na rapidez do
processo, e com esta planilha há este controle, como apresentado nos fluxogramas.

Para a efetividade da planilha foi preciso também verificar a consistência dos gráficos
que ela produz, o qual pode-se concluir que foi satisfatório com os testes de comprovação
realizados. Mas é importante ver que a diferença entre os M’s consecutivos foi bem pequena, o
que fez gerar um gráfico mais preciso, mas é esperado menor precisão no caso de valores mais
distantes.

6.2 Sugestões para trabalhos futuros

Tendo em vista as inovações no mercado da construção civil, é visível que a utilização


de equipamentos móveis, como smartphones e tablets está cada vez mais presente, sugere-se
então adaptar as funções desta planilha para a tais aparelhos, o que é interessante quando não
se tem um computador em mãos no local de execução dos ensaios, como ocorre em locais mais
distantes das cidades.
45

Figura 9 - Inserção de dados Excluído: 10

Fonte: Própria
46

Figura 10 - Folha de campo para rodagem do concreto Excluído: 11

Fonte: Própria
47

REFERÊNCIAS

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