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TECNOLOGIA GERAL DE CONSTRUÇÃO CIVIL - 12º ANO - 2010/11

SISTEMA DE ESGOTO DOMICILIAR (SISTEMA AUTÓNOMO)

Fossas sépticas
O tanque séptico ou fossa séptica é uma das
soluções recomendadas para destino dos esgotos
(efluentes) em edificações providas de
suprimento de água. É um dispositivo de
tratamento biológico, destinado a receber a
contribuição de um ou mais domicílios e com
capacidade de dar aos esgotos um grau de
tratamento compatível com sua simplicidade e
custo.
Os despejos lançados sem tratamento propiciam
a proliferação de inúmeras doenças. Cerca de 50
tipos de infecções podem ser transmitidas
directamente via excretas humanas (Ex. febre
tifóide, cólera, disenteria, hepatite infecciosa,
dentre outras).

Fossas sépticas – Conceito e aplicação


As fossas sépticas são instalações que atenuam a agressividade das águas servidas. Fisicamente
consistem basicamente em uma caixa impermeável onde os esgotos domésticos se depositam.
Têm a função de separar e transformar a matéria sólida contida nas águas de esgoto, descarregando-a
no terreno, onde o se completará o tratamento.
É importante enfatizar que a fossa séptica não purifica os esgotos, apenas reduz a sua carga
orgânica a um grau de tratamento aceitável em determinadas condições.

Funcionamento
Nas fossas, as águas servidas sofrem a acção de bactérias anaeróbicas, ou seja, microorganismos que
só actuam sem a presença de oxigénio. Durante a acção desses microorganismos (em grande parte
presentes nos próprios resíduos lançados), parte da matéria orgânica sólida é convertida em gases ou
em substâncias solúveis, que dissolvidas no líquido contido na fossa, são esgotadas e lançadas no
terreno.
Ao longo do processo, depositam-se no fundo da fossa, as partículas minerais sólidas (llodo) e forma-se
na superfície do líquido uma camada de espuma ou crosta constituída de substâncias insolúveis e mais
leves que contribui para evitar a circulação do ar, facilitando a acção das bactérias.

Obs. As fossas sépticas não devem


ficar muito perto das moradias (para
evitar meu cheiro) nem muito longe
(para evitar tubulações muito
longas). A distância recomendada é
de 4 metros. Elas devem ser
construídas do lado do banheiro,
para evitar curvas nas canalizações.
Também devem ficar num nível mais
baixo do terreno e longe de poços ou
de qualquer outra fonte de captação
de água, para evitar contaminações,
no caso de eventual vazamento.

“Para falar bem é preciso falar pouco.”


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Obs. Devemos vedar o encaminhamento ao tanque séptico: águas pluviais e despejos capazes de
causar interferência negativa na fase do processo de tratamento ou elevação excessiva da vazão de
esgoto afluente, como os provenientes de piscinas e lavagem de reservatórios de água.

Localização e distâncias mínimas da fossa séptica


As fossas sépticas devem observar as seguintes distâncias horizontais mínimas:
• 1,50m de construções, limites de terreno, sumidouro, valas de infiltração e ramal predial de
água;
• 3,0m de árvores e de qualquer ponto de rede pública de abastecimento de água;
• 15,0m de poços freáticos e de corpos de água de qualquer natureza.

Tipos de fossas sépticas


As fossas sépticas podem ser de dois tipos:
• Pré-moldadas (de formato cilíndrico, cuja a capacidade mínima é de 1000 litros)
• Feitas no local (de formato rectangular ou circular).

Ligação da rede de esgoto (domiciliar) á fossa séptica


A rede de esgoto da moradia deve passar inicialmente por uma caixa de inspecção, que serve para
fazer a manutenção do sistema, facilitando o desentupimento, essa caixa deve ter 60 cm X 60 cm e
profundidade de 50cm, construída a cerca de 2 metros de distância da casa. Caixa construída em
alvenaria, ou pré-moldada, com tampa de concreto.

Dimensões
Para estipular as dimensões da fossa, é necessário o cálculo do volume útil. Entretanto, para um pré-
dimensionamento, pode-se utilizar uma tabela de dimensionamento prático. Entrando com o número
de pessoas, têm-se as dimensões e a capacidade da fossa, em litros, equivalente ao volume útil.

Fossas sépticas rectangulares ou circulares Sumidouro


Número Dimensões internas (metro)
de Rectangular Circular Capacidade Altura Diâmetro
pessoas Comprimento Largura Altura Diâmetro Altura Litros
Até 7 2.00 0.90 1.50 1.35 1.50 2160 3.00 2.00
Até 10 2.30 0.90 1.50 1.45 1.50 2480 2.90 2.00
Até 14 2.50 0.90 1.50 1.52 1.50 2700 350 2.00
Até 21 2.70 1.20 1.50 1.62 1.90 3890 4.00 2.00
Até 24 3.20 1.20 1.50 1.70 2.00 4600 4.50 2.00

Dimensionamento do Tanque Séptico

Volume útil (V) total do tanque séptico: Consiste no espaço interno mínimo Necessário ao correcto
funcionamento do tanque séptico, correspondente à somatória dos volumes destinados à digestão,
decantação e armazenamento da escuma. É dado pela expressão:
V= 1000 + N x (C x T+K x Lf)
Em que,
V = Volume útil, L;
N = Número de pessoas ou unidades de contribuição, hab ou unid.;
C = Contribuição de esgotos, L/ha.dia ou L/unid.dia;
T = Tempo de detenção hidráulica dos despejos, dias;
Lf = Contribuição de lodo fresco, L/ha.dia ou L/unid.dia; e
K = Taxa de acumulação de lodo, dias.

“Para falar bem é preciso falar pouco.”


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Tabela 01: Contribuição diária de esgoto (C) e de lodo fresco (Lf) por tipo de prédio e ocupante.

Tabela 02: Período de detenção (T) dos despejos, por faixa de contribuição diária

Período de Detenção do Esgoto:


Tempo de permanência da parcela
líquida do esgoto dentro da zona de
decantação do tanque séptico.

A contribuição diária (Q) = N x C

.
Tabela 03: Taxa de acumulação total de lodo (K), em dias por intervalo entre limpezas e
temperatura do mês mais frio.

Taxa de acumulação de lodo:


Número de dias de acumulação de
lodo fresco equivalente ao volume de
lodo digerido a ser armazenado no
tanque, considerando redução de
volume de quatro vezes para o lodo
digerido.

“Para falar bem é preciso falar pouco.”


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Tabela 04: Profundidade útil mínima e máxima, por faixa de volume útil

Profundidade Útil: Medida


entre o nível mínimo de saída
do efluente e o nível da base do
tanque.

Inspecção
• Verificação de Estanqueidade:
 Antes de entrar em funcionamento, o tanque séptico deve ser submetido ao ensaio de
estanqueidade, realizado após ele ter sido saturado por no mínimo 24 h.
 A estanqueidade é medida pela variação do nível de água, após preenchimento, até a altura da
geratriz inferior do tubo de saída, decorridas 12 h. Se a variação for superior a 3% da altura
útil, a estanqueidade é insuficiente, devendo-se proceder à correcção de “trincas”, fissuras e
juntas. Após a correcção, novo ensaio deve ser realizado.
• Manutenção:
 O lodo e a escuma acumulados nos tanques devem ser removidos a intervalos equivalentes ao
período de limpeza do projecto conforme Tabela 3.
 O intervalo pode ser encurtado ou alongado quanto aos parâmetros de projecto, sempre que se
verificarem alterações nas vazões efectivas de trabalho com relação às estimadas.
 Quando da remoção do lodo digerido, aproximadamente 10% de seu volume devem ser
deixados no interior do tanque.
 Anteriormente a qualquer operação que venha a ser realizada no interior dos tanques, as
tampas devem ser mantidas abertas por tempo suficiente à remoção de gases tóxicos ou
explosivos. (mínimo 5 min).

Exemplo do dimensionamento da fossa séptica


Dimensionar uma fossa séptica para uma residência com cinco quartos, sendo um deles de serviço.

Resolução:
1º Passo: Determinação do número de contribuintes (N)
Admitindo-se 1 pessoa por cada quarto, têm-se N=5

2ºPasso: Determinação das Contribuições unitárias de Esgotos (C) e de Lodo Fresco (Lf)
Tomando a residência como padrão médio, pela tabela 01 da norma
C=130 litros/ dia x pessoa e Lf = 1 litro/ dia x pessoa

3º Passo: Determinação do período de detenção (T)


 Para determinação do período de detenção consulta-se a tabela 2 da norma. Porém, antes disso
é preciso calcular a contribuição diária, obtida a partir do produto entre a contribuição diária
por pessoa vezes o número de pessoas:
Q = N X C= 5 X 130= 650 litros / dia
Tomando 650 litros/dia como a contribuição diária consulta-se a Tabela 02 da norma obtendo-se:
T= 1dia

4ºPasso: Determinação da taxa de acumulação total de lodo (K), por intervalo entre limpezas e
temperatura do mês mais frio.
Admitindo um valor de temperatura média para o mês mais frio do ano compreendido entre o
intervalo 10 ºC e 20º e um intervalo entre limpezas da fossa de 2 anos, consulta-se a Tabela 03 da
norma, obtendo-se: K= 105 dias

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5ºPasso: Cálculo do Volume Útil (V)
Para o cálculo do volume útil utiliza-se a fórmula: V=1000+N x (C x T+K x Lf)
Substituindo os dados obtidos nos passos anteriores:
N= 5 pessoas
C= 130 litros/dia x pessoa
Lf= 1 litro/ dia x pessoa
T= 1 dia
K= 105 dias
V=1000+5 x (130 x 1+105 x 1)
V= 2175 litros
V=2,1 m³
6ºPasso: Determinação das dimensões
Arbitrando um valor para a altura H de 1,50 m e para largura W de 0,90 m, para o volume útil obtido
de 2,1m³, o comprimento L deve ser de 1,56 m. Como, 2 <= L/W <=4, adopta-se, L=1,80m deixando
também uma folga de cerca de 14% entre o volume útil e o volume total. Dessa forma, têm-se para as
dimensões da fossa:
L=1,80 m Esse exercício foi resolvido respeitando a norma NBR
W=0,90 m 7229/1993:
H=1,50 m
A profundidade útil dos tanques sépticos pode ser de 1,50m a 2,80m para volumes úteis dos
mesmos de 6,0 a 10 m3.Para fossas sépticas de secção circular, o diâmetro interno mínimo e a
profundidade útil mínima devem ser iguais a 1,10m e o diâmetro não deve ser superior a duas
vezes a profundidade útil. Para as fossas sépticas rectangulares, a largura interna mínima deve ser
igual a 0,70m, a razão entre comprimento e largura deve estar entre 2m e 4m, a profundidade útil
mínima igual a 1,10 m e a largura não pode ultrapassar duas vezes a profundidade útil.

Sistema de distribuição dos efluentes no solo


Há duas maneiras de distribuir os efluentes no solo: através das valas de infiltração e sumidouros.
A utilização de um ou outro vai depender do tipo de solo, dos recursos disponíveis para a sua execução

Poço sumidouro ou Absorvente


Consiste de um buraco escavado
no solo, com secção circular de
diâmetro 1,5m a 1,8m ou
quadrada com área entre 1,5m2 e
1,8 m2 e profundidade útil de 2m a
3m, destinado a receber todo o
esgoto da casa conduzido por
tubulação de 100 mm (4”), de
diâmetro. Deve ser coberto por
uma tampa de concreto armado,
na qual se instala um tubo de 75
mm de diâmetro, que funciona
como suspiro e uma abertura de
inspecção com tampa. De todo o
material descarregado no poço,
chamado efluente, a parte sólida é
degradada por microrganismos
anaeróbios, a parte líquida se
infiltra no solo e os gases
formados escapam pelo suspiro.

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O dimensionamento do poço sumidouro pode se feito, partindo-se da determinação da área das suas
paredes, a qual pode ser definida em função do tempo de infiltração do solo, de acordo com os dados
apresentados na Tabela 05.

Áreas de absorção de
poços absorventes, em
m2, em função da
capacidade de infiltração
do solo, medida pelo
coeficiente de infiltração
(Ci), em litros por m2 por
dia e pelo tempo de
infiltração, em minutos

Exemplo do dimensionamento o poço absorvente


Dimensionar poço sumidouro ou absorvente, circular, para atender uma família de 10 pessoas,
considerando-se que o tempo de infiltração do solo da propriedade seja igual a 4 minutos.

Resolução:
De acordo com a Tabela 05, para tempos de infiltração do solo entre 2 e 5 minutos, pode-se adoptar
área de absorção igual a 2,8 m2 por pessoa. Então:

1º Passo: Área total das paredes (S


Sp):
Sp = 10pessoas × 2,8m2 / pessoa = 28m2
2º Passo: Perímetro do poço sumidouro (P P):
Adoptando-se diâmetro (D) igual a 1,5 m, tem-se:
P = πD = 4,7m
3º Passo: Profundidade do poço (h hs):
hs = Sp/P = 28m2/4,7m = 5,9m
Nesse caso a profundidade calculada ficou acima da máxima recomendada, com risco de atingir e
contaminar o lençol freático. Dessa forma, pode-se redimensionar, adoptando-se área da secção
transversal maior ou optar pela construção de duas unidades mais rasas.

Valas de infiltração
Recomendadas para locais onde o lençol freático é próximo à superfície. Esse sistema consiste na
escavação de uma ou mais valas, nas quais são colocados tubos de dreno com brita, ou bambu, que
permite, ao longo do seu comprimento, escoar para dentro do solo os efluentes provenientes da fossa
séptica. O comprimento total das valas depende do tipo de solo e quantidade de efluentes a ser
tratado. Em terrenos arenosos 8m de valas por pessoa são suficientes. Em terrenos argilosos são
necessários 12m de valas por pessoa. Entretanto, para um bom funcionamento do sistema, cada linha
de tubos não deve ter mais de 30m de comprimento. Portanto, dependendo do número de pessoas e
do tipo de terreno, pode ser necessária mais de uma linha de tubos/valas.

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Exemplo do dimensionamento do Sistema de Valas de Infiltração


Dimensionar valas de infiltração para atender residência rural com 20 habitantes, em local com
temperaturas médias entre 10 e 20 º C e solo com tempo de infiltração igual a 5 minutos, determinado
por meio de teste prático de campo.

Para planejar o sistema de valas de infiltração, de acordo com a Tabela 06, para a capacidade de
infiltração medida no solo, a área de absorção no fundo das valas deve ser igual a 3,50 m2 por pessoa.

Tabela 06: Área de absorção das valas em função do tempo de infiltração do solo.

Resolução:
1º Passo: Área total de valas de infiltração (SSt):
St = S x N = 3,50m2 / pessoa × 20pessoas = 70m2
2º Passo: Comprimento total de valas (L Lt):
Lt = St/l = 70m2/0,60m = 117m
A largura (ll) do fundo da vala foi considerada conforme recomendado, ou seja, entre 0,3 e 0,7m.
Adoptando-se comprimento de 20m para cada linha de valas de infiltração.

2º Passo: Número de linhas (N


Nl):
Nl = Lt/c = 117m/20m = 5,85= 6 linhas.
O comprimento e o número de linhas dependem da forma da área disponível para implantação do
sistema. O espaçamento entre elas deve estar entre 1 e 2 m e a declividade das mesmas, entre 0,2 e
0,3%.

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