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Fossas sépticas
O tanque séptico ou fossa séptica é uma das
soluções recomendadas para destino dos esgotos
(efluentes) em edificações providas de
suprimento de água. É um dispositivo de
tratamento biológico, destinado a receber a
contribuição de um ou mais domicílios e com
capacidade de dar aos esgotos um grau de
tratamento compatível com sua simplicidade e
custo.
Os despejos lançados sem tratamento propiciam
a proliferação de inúmeras doenças. Cerca de 50
tipos de infecções podem ser transmitidas
directamente via excretas humanas (Ex. febre
tifóide, cólera, disenteria, hepatite infecciosa,
dentre outras).
Funcionamento
Nas fossas, as águas servidas sofrem a acção de bactérias anaeróbicas, ou seja, microorganismos que
só actuam sem a presença de oxigénio. Durante a acção desses microorganismos (em grande parte
presentes nos próprios resíduos lançados), parte da matéria orgânica sólida é convertida em gases ou
em substâncias solúveis, que dissolvidas no líquido contido na fossa, são esgotadas e lançadas no
terreno.
Ao longo do processo, depositam-se no fundo da fossa, as partículas minerais sólidas (llodo) e forma-se
na superfície do líquido uma camada de espuma ou crosta constituída de substâncias insolúveis e mais
leves que contribui para evitar a circulação do ar, facilitando a acção das bactérias.
Dimensões
Para estipular as dimensões da fossa, é necessário o cálculo do volume útil. Entretanto, para um pré-
dimensionamento, pode-se utilizar uma tabela de dimensionamento prático. Entrando com o número
de pessoas, têm-se as dimensões e a capacidade da fossa, em litros, equivalente ao volume útil.
Volume útil (V) total do tanque séptico: Consiste no espaço interno mínimo Necessário ao correcto
funcionamento do tanque séptico, correspondente à somatória dos volumes destinados à digestão,
decantação e armazenamento da escuma. É dado pela expressão:
V= 1000 + N x (C x T+K x Lf)
Em que,
V = Volume útil, L;
N = Número de pessoas ou unidades de contribuição, hab ou unid.;
C = Contribuição de esgotos, L/ha.dia ou L/unid.dia;
T = Tempo de detenção hidráulica dos despejos, dias;
Lf = Contribuição de lodo fresco, L/ha.dia ou L/unid.dia; e
K = Taxa de acumulação de lodo, dias.
Tabela 02: Período de detenção (T) dos despejos, por faixa de contribuição diária
.
Tabela 03: Taxa de acumulação total de lodo (K), em dias por intervalo entre limpezas e
temperatura do mês mais frio.
Inspecção
• Verificação de Estanqueidade:
Antes de entrar em funcionamento, o tanque séptico deve ser submetido ao ensaio de
estanqueidade, realizado após ele ter sido saturado por no mínimo 24 h.
A estanqueidade é medida pela variação do nível de água, após preenchimento, até a altura da
geratriz inferior do tubo de saída, decorridas 12 h. Se a variação for superior a 3% da altura
útil, a estanqueidade é insuficiente, devendo-se proceder à correcção de “trincas”, fissuras e
juntas. Após a correcção, novo ensaio deve ser realizado.
• Manutenção:
O lodo e a escuma acumulados nos tanques devem ser removidos a intervalos equivalentes ao
período de limpeza do projecto conforme Tabela 3.
O intervalo pode ser encurtado ou alongado quanto aos parâmetros de projecto, sempre que se
verificarem alterações nas vazões efectivas de trabalho com relação às estimadas.
Quando da remoção do lodo digerido, aproximadamente 10% de seu volume devem ser
deixados no interior do tanque.
Anteriormente a qualquer operação que venha a ser realizada no interior dos tanques, as
tampas devem ser mantidas abertas por tempo suficiente à remoção de gases tóxicos ou
explosivos. (mínimo 5 min).
Resolução:
1º Passo: Determinação do número de contribuintes (N)
Admitindo-se 1 pessoa por cada quarto, têm-se N=5
2ºPasso: Determinação das Contribuições unitárias de Esgotos (C) e de Lodo Fresco (Lf)
Tomando a residência como padrão médio, pela tabela 01 da norma
C=130 litros/ dia x pessoa e Lf = 1 litro/ dia x pessoa
4ºPasso: Determinação da taxa de acumulação total de lodo (K), por intervalo entre limpezas e
temperatura do mês mais frio.
Admitindo um valor de temperatura média para o mês mais frio do ano compreendido entre o
intervalo 10 ºC e 20º e um intervalo entre limpezas da fossa de 2 anos, consulta-se a Tabela 03 da
norma, obtendo-se: K= 105 dias
Áreas de absorção de
poços absorventes, em
m2, em função da
capacidade de infiltração
do solo, medida pelo
coeficiente de infiltração
(Ci), em litros por m2 por
dia e pelo tempo de
infiltração, em minutos
Resolução:
De acordo com a Tabela 05, para tempos de infiltração do solo entre 2 e 5 minutos, pode-se adoptar
área de absorção igual a 2,8 m2 por pessoa. Então:
Valas de infiltração
Recomendadas para locais onde o lençol freático é próximo à superfície. Esse sistema consiste na
escavação de uma ou mais valas, nas quais são colocados tubos de dreno com brita, ou bambu, que
permite, ao longo do seu comprimento, escoar para dentro do solo os efluentes provenientes da fossa
séptica. O comprimento total das valas depende do tipo de solo e quantidade de efluentes a ser
tratado. Em terrenos arenosos 8m de valas por pessoa são suficientes. Em terrenos argilosos são
necessários 12m de valas por pessoa. Entretanto, para um bom funcionamento do sistema, cada linha
de tubos não deve ter mais de 30m de comprimento. Portanto, dependendo do número de pessoas e
do tipo de terreno, pode ser necessária mais de uma linha de tubos/valas.
Para planejar o sistema de valas de infiltração, de acordo com a Tabela 06, para a capacidade de
infiltração medida no solo, a área de absorção no fundo das valas deve ser igual a 3,50 m2 por pessoa.
Tabela 06: Área de absorção das valas em função do tempo de infiltração do solo.
Resolução:
1º Passo: Área total de valas de infiltração (SSt):
St = S x N = 3,50m2 / pessoa × 20pessoas = 70m2
2º Passo: Comprimento total de valas (L Lt):
Lt = St/l = 70m2/0,60m = 117m
A largura (ll) do fundo da vala foi considerada conforme recomendado, ou seja, entre 0,3 e 0,7m.
Adoptando-se comprimento de 20m para cada linha de valas de infiltração.