Sei sulla pagina 1di 21

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO - UFPE

CENTRO DE TECNOLOGIA E GEOCIÊNCIAS - CTG


DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA - DEMEC

TURBINA BULBO

Recife, 2013.
PE - Brasil

1
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO - UFPE
CENTRO DE TECNOLOGIA E GEOCIÊNCIAS - CTG
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA - DEMEC

TURBINA BULBO

EDUARDO CORTE REAL


EDUARDO LAURÊNIO MEIRA
IGINO GIORDANI DA SILVA GUERRA
LUIZ GUILHERME GUERRA
PEDRO HENRIQUE BRAYNER

Recife, 2013.
PE – Brasil

2
APRESENTAÇÃO

Este relatório é referente ao trabalho sobre o estudo sobre a teoria e o


dimensionamento de uma turbina tipo bulbo realizado pelos estudantes da
disciplina de Máquinas Hidráulicas, no curso de Engenharia Mecânica, da
turma MM. E Tem como finalidade desenvolver o conhecimento sobre o este e
suas características. Como método de aprendizagem, foi solicitado à
construção de um relatório e uma apresentação sobre o mesmo.

Este presente trabalho visa explanar sobre este tipo de turbina e as


características as quais podem ser avaliadas detalhadamente na mesma,
abordando de forma simples a teoria. De igual forma, são relatados todos os
resultados e cálculos necessários para compreensão do desenvolvimento e da
metodologia aplicada para o dimensionamento da mesma.

3
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO.............................................................................................................4
2. TURBINAS BULBO.....................................................................................................4
3. HISTÓRICO..................................................................................................................4
4. COMPARAÇÃO COM A TURBINA KAPLAN CONVENCIONAL........................5
4.1. VANTAGENS............................................................................................5
4.2. DESVANTAGENS....................................................................................5
5. COMPONENTES DE UMA TURBINA BULBO........................................................6
6. FUNCIONAMENTO....................................................................................................6
7. DIMENSIONAMENTO................................................................................................9
8. EXEMPLO PRÁTICO................................................................................................16
9. BIBLIOGRAFIA.........................................................................................................20

4
1. Introdução

Preocupada com a preservação do meio ambiente, a engenharia


moderna tem buscado novas alternativas para a produção de
hidroeletricidade.
Uma delas é a utilização de turbinas do tipo bulbo, que podem ser
instaladas em baixíssimas quedas, a fio d’água, não sendo necessária a
formação de grandes reservatórios, reduzindo assim os impactos
ambientais.

2. Turbinas Bulbo
Um grupo bulbo é caracterizado por possuir o conjunto turbina-
gerador de eixo horizontal instalado no interior de uma cápsula,
denominada bulbo, que opera dentro do escoamento.

A turbina Bulbo é uma turbina de reação do tipo Kaplan, sendo


utilizada para as quedas mais baixas. Elas praticamente substituiram as
turbinas Kaplan para quedas inferiores a 25 m.

Isso se deve ao fato do escoamento ser mantido praticamente


retilíneo nas instalações Bulbo, o que lhes confere melhor eficiência
hidráulica e contribui para redução de custo e tamanho das instalações.

Dependendo das necessidades específicas, as turbinas Bulbo


podem ser modificadas para também operar como bombas em ambas
as direções do escoamento.

A diferença principal com a turbina Kaplan tradicional é que o


escoamento ocorre na direção axial-radial pelas pás, ao invés de ser
conduzido por uma espiral.

3. Histórico

3.1. 1921 - Defour iniciou os estudos para melhoria das


turbinas Kaplan visando a viabilização em baixas
quedas, sendo prosseguido por Bernshtein, Thomas
e Mueller
3.2. 27/12/1933 – Arno Fisher patenteia as turbinas de
bulbo
3.3. 1936 – A firma Escher Wyss constrói as primeiras
turbinas bulbo.

5
4. Comparação com a Turbina Kaplan Convencional

4.1. Vantagens
- Há uma redução da ordem de 10 a 15 % no peso total de uma
turbina bulbo, quando comparada com uma turbina Kaplan e
consequentemente a mesma proporção na redução do custo;

- Devido à menor perda de queda que se obtém com uma turbina


bulbo, e a condução da água quase que retilínea, consegue-se uma
eficiência maior neste tipo de arranjo do que um equivalente com turbina
Kaplan;

- Devido ao aumento da rotação, a roda da turbina deve estar em


um nível mais baixo que o nível mínimo do canal de fuga, para que haja
menor efeito de cavitação. A instalação nesta posição é mais fácil com
uma turbina tipo bulbo do que com uma Kaplan, o que lhe dá um menor
efeito de cavitação;

- É sensível a economia na área civil, onde a redução pode


chegar a 50 % em comparação com uma usina convencional. As
principais razões são a menor necessidade de escavação, por não ser
utilizado o joelho do tubo de sucção, a casa de força possui dimensões
reduzidas no comprimento, devido à menor distância entre as linhas de
centro dos grupos e na altura devido à necessidade de ser apenas
compatível com o diâmetro da roda da turbina. Além disso, por possuir o
sistema bulbo, cujo peso é menor, também se reduz o reforço da
estrutura da casa de força;

- É necessário um tempo de construção da usina 25 % menor do


que uma equivalente Kaplan, o que reduz o custo de mão de obra e
encargos;

- Menor área de represamento, o que significa um custo menor de


desapropriação e indenização, com perda menor de áreas férteis e um
impacto ambiental reduzido.

4.2. Desvantagens
- Reduzida acessibilidade ao gerador. Porém no atual estágio de
desenvolvimento dos hidrogeradores e dos materiais empregados, as
máquinas requerem pouca manutenção, necessitando somente uma
manutenção regular nas escovas caso se opte por um sistema de
excitação estático. Esta desvantagem pode ser eliminada com a opção
por um sistema de excitação do tipo “brushless”.

6
- Devido ao reduzido diâmetro do rotor, o momento de inércia
intrínseco à máquina pode ser insuficiente, o que pode requerer a
utilização de volantes e o que provavelmente resultaria em um
encarecimento do gerador.

- As solicitações mecânicas no rotor durante a rotação de disparo


e o diâmetro reduzido deste, podem resultar em um limite para a relação
da rotação de disparo à velocidade nominal, o que tornaria inexequível
um acionamento direto do gerador, o que representa a solução mais
econômica e mais segura para o arranjo das máquinas. Neste caso seria
necessário instalar um redutor de velocidade entre a turbina e gerador, o
que certamente encareceria o equipamento.

5. Componentes de uma Turbina Bulbo


A Fig. 1 apresenta a localização dos principais componentes em
um grupo bulbo.

A Tabela I relaciona os números da Fig. 1 com os nomes dos


respectivos componentes.

Fig. 1. Visão de um corte longitudinal de um grupo bulbo

7
5.1. Bulbo

Cápsula que contém todo o grupo gerador

5.2. Tubo de acesso

Escada para o acesso de operadores

5.3. Câmara de Adução

É posicionada na região final da queda d'água

5.4. Distribuidor e Pré-Distribuidor

É um conjunto de elementos que tem por finalidade dirigir o


escoamento e controlar a vazão para o rotor.
O pré-distribuidor é fixo, e tem duas funções básicas:
Direcionamento do fluxo sem perturbações e função estrutural em
máquinas verticais.
O distribuidor tem como principal função a regulação da vazão em
máquinas radiais.

5.5. Rotor Kaplan

Rotor Kaplan é o elemento rotativo da turbina onde se transforma


a energia do escoamento da água em trabalho mecânico.
Com relação às pás do rotor, a maioria das turbinas bulbo possui
pás móveis, como as Kaplan. Entretanto, há também construções com
pás fixas, do tipo hélice. Este tipo de construção, com rotor do tipo
hélice, é rara porque exige uma mínima variação do fluxo hidráulico e
consequentemente, da altura da lâmina d’água. O rotor pode ser
subdividido em três partes: cubo, ogiva ou cone e pás.

5.6. Gerador

Acoplado no eixo que está conectado no, é responsável pela


conversão do trabalho mecânico em de energia elétrica.

8
6. Funcionamento

1. A água entra pela câmara de adução e é levada através de um


conduto forçado percorrendo o perfil da turbina paralelamente ao seu
eixo até o distribuidor.
2. No distribuidor a água passa por um sistema de palhetas guia móveis
que controlam a vazão volumétrica fornecida à turbina.
3. Para se aumentar a potência as palhetas são abertas (aumentando a
vazão), para diminuir a potência elas se fecham. Após passar por
este mecanismo a água chega ao rotor da turbina.
4. Por transferência de quantidade de movimento parte da energia
potencial da água é transferida para o rotor na forma de torque, que
adquire uma velocidade de rotação. Devido a isto a água na saída da
turbina está a uma pressão pouco menor que a atmosférica, e bem
menor do que a inicial.
5. Após passar pelo rotor a água é conduzida pelo tubo de descarga até
um rio.
6. O movimento de rotação da turbina é transmitido pelo eixo até o
gerador.
7. A energia mecânica contida na rotação do eixo induz um campo
eletromagnético no gerador.

9
7. Dimensionamento

7.1. Potência Útil

1000∗𝜂∗𝑄∗𝐻
N=
75

7.2. Velocidade Específica

√𝑁 1
ns = n ∗ ∗4
H √𝐻

Com o valor de ‘ns’ olhar o valor de ‘us’ na tabela abaixo

ns 400 450 500 600 700 900 1000

us 1,3 1,4 1,5 1,7 2,0 2,2 2,4

7.3. Dimensões Principais do Rotor

10
7.3.1.Diâmetro externo do rotor D1

3 𝑄
D1 = (4,8 a 5,5)* √
𝑛

Q 1
D1 = ∗
D2 √𝐻

√2𝑔𝐻 1
D1 = 60 ∗ u1s ∗ ∗
𝜋 n

Essa última equação é usada para calcular o diâmetro D1

7.4. Diâmetro do cubo

d1=(0,4 a 0,5)*D1

7.5. Seção livre de passagem de água pela turbina(área entre o cubo e


a extremidade da pá)
𝜋
S = (D1² - d1²)* 4

7.6. Velocidade Meridiana (Vm)


Q
Vm = S

Tabela 10.4 >> número de pás Z

4 pás H de 10 a 21m

5 pás H de 12 a 23m

6 pás H de 15 a 35m

7 pás H maior que 35m

11
7.7. Passo entre as pás, medido na circunferência de raio médio >> Rm
𝐃𝟏+𝐝𝟏
= 𝟐

O comprimento das pás pode ser dado através da altura de queda H ou


das relações entre diâmetros:

Rm
T = 2*𝜋*
Z

Tabela 10.2

7.8. Comprimento das pás ‘L’

L = λ*t
onde:

78
λ= 3
√𝑁𝑠2

7.9. Velocidade periférica u, média

π∗Dm∗Ns
U=
60

7.10. Rendimento hidráulico, 𝜺

𝜀 = 𝜂 + 0.05 ,

Onde esse 5% adicionais são devidos as considerações feitas sobre as


perdas mecânicas e outras perdas secundárias.

12
7.11. Componente periférica da velocidade absoluta:

𝜀 ∗ 𝑔 ∗ 𝐻 = 𝑉u1 − u2 ∗ Vu2

Na turbina axial, u1=u2=u e , como a saída da água é meridiana, Vu2=


0. Logo:

𝜀 ∗ 𝑔 ∗ 𝐻 = 𝑢 ∗ 𝑉𝑢1

7.12. Traçado do diagrama das velocidades:

7.12.1. Ângulo 𝛽1

𝑉𝑚
𝑇𝑔 𝛽1 =
𝑢 − 𝑉𝑢1

7.12.2. Ângulo 𝛽2:

𝑉𝑚
𝑇𝑔𝛽2 =
𝑢

7.12.3. Ângulo 𝛽∞:

𝑉𝑚
Tg 𝛽∞ =
𝑢−𝑉𝑢1/2

13
7.12.4. Velocidade Relativa W∞:

𝑉𝑢 2
W ∞ = √( 𝑢 − 2
) + 𝑉𝑚²

14
7.13. Cálculo do coeficiente de portança Ca:

2∗𝑔∗𝑡∗𝑒
𝐶𝑎 =
𝑡𝑔𝜃
𝑙 ∗ 𝑢1 ∗ 𝑊1∞(1 − )
𝑡𝑔𝛽∞

Sendo 𝜃 , o ângulo de deslizamento. É desconhecido, pois depende da


forma e das dimensões do perfil, bem como do ângulo de incidência 𝛽∞ e da
velocidade relativa. Pode-se aproximar Tg𝜃 = 0.05.

15
7.14. Ângulo de ataque 𝜶:

Obtido na figura 10.6, e usando o valor de Ca como referencia.

7.15. Ângulo do Perfil:

𝛽𝑝 = 𝛽∞ − 𝛼

8. Exemplo Prático
16
Dimensionar uma turbina bulbo, de acordo com as relações
obtidas anteriormente e compará-las com uma turbina bulbo real
com d1= 3,8m, usando os seguintes dados:

H=11.30 m; Q=89 m³/s; n= 150 rpm; 𝜂 = 88%

Resolução:

1. Potência Útil

N =(1000*0.88*89*11.3)/75

N=11800,21 cv

2. Velocidade Específica
ns =( 180 * √11800,21 ) / 11,3 * 4√11,3

ns = 943.78 rpm

3. Diâmetro Externo do Rotor

17
Através da tabela 10.3, temos que para ns = 943 rpm,
u1s = 2.3, portanto

D1 = (2.3 * 60 * √2 ∗ 9.81 ∗ 11.3 )/ 150 * π

D1 = 4.5 m

4. Diâmetro do cubo
d1 = 0.5 D1
d1 = 2.25 m

5. Área da seção livre de passagem:


𝜋
S = * (D1² - d1²) = 12m²
4

6. Velocidade Meridiana:

Vm= 89/12 = 7.42 m/s

7. Passo Entre as Pás


De acordo com a tabela 10.4, o número necessário de pás
é 4. Obtendo o valor do passo:

t = ( 2𝜋*Rm ) / 4 = 2.65 m

8. Comprimento das pás


3
𝜆= 78/ √943.78² = 0.81

L = 0.81 * 2.65 = 2.15 m

9. Velocidade periférica u, média


𝜋∗3.375∗150
u= = 26.5 m/s
60

18
10. Rendimento Hidráulico

𝜀 = 𝜂 + 0.05 = 0.88 + 0.05 = 0.93

11. Componente Periférica da Velocidade Absoluta


𝜀∗𝑔∗𝐻
Vu1 = = (0.93 * 9.81 * 11.3)/ 26.5 = 3.89 m/s
𝑢

12. Diagrama de Velocidades:

 Ângulo 𝛽1:

Tg 𝛽1= 7.42/(26.5 – 3.89) = 0.328


𝛽1= 18.17°

 Ângulo 𝛽2 :

Tg 𝛽2 = 7.42/26.5 = 0.28
𝛽2 = 15.64°

 Ângulo 𝛽∞:

Tg 𝛽∞ = 7.42/ (26.5 – 1.945) = 0.302

𝛽∞ = 16.8°

13. Velocidade Relativa:

W∞ = √24.555² + 7.42² = 25.65 m/s

19
14. Coeficiente de portança:

Ca = (2*9.81*2.65*0.93)/ (2.15*7.883*7.63*0.834)= 0.374

Onde:

u1= u/√𝐻= 7.883

W= W/√𝐻 = 7.636

Através do gráfico (figura 10.6), temos que 𝛼 = −0.1°

15. Ângulo do Perfil:

𝛽𝑝 = 𝛽∞ − 𝛼= 16.9°

20
9. Bibliografia

Livros:
MACINTYRE, ARCHIBALD JOSEPH - Bombas e Instalações de Bombeamento, Editora
Guanabara Koogan S.A., Rio de Janeiro, RJ, Segunda Edição, 1969.

MACINTYRE, ARCHIBALD JOSEPH - Máquinas Motrizes Hidráulicas, Editora Guanabara Koogan


S.A., Rio de Janeiro, RJ, Segunda Edição, 1969.

PFLEIDERER, CARL & PETERMANN, HARTWIG - Máquinas de Fluxo, Livros Técnicos e


Científicos Editora, Rio de Janeiro, RJ, 1979.

QUANTZ, L - Motores Hidráulicos, elementos para el estudio, construcción y cálculo de las


instalaciones modernas de fuerza hidráulica, Barcelona, Sexta Edicion.

SOUZA, ZULCY DE & BRAN, RICHARD - Máquinas de Fluxo - Turbinas, Bombas e


Ventiladores, Editora Ao Livro Técnico S.A., Rio de Janeiro, RJ, 1969.

DUBBEL - Manual do Engenheiro Mecânico – Volume V, Hemus Editora Ltda., São Paulo, SP,
Décima Terceira Edição, 1979

21

Potrebbero piacerti anche