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Universidade Estadual de Maringá

12 a 14 de Junho de 2013

O TEATRO DE JOSÉ DE ANCHIETA:


UMA ANÁLISE POR TEMAS

FURLAN, Vinicius (UEM)


ARNAUT DE TOLEDO, Cézar de Alencar (Orientador/UEM)

Considerações Iniciais

O objetivo deste texto é apresentar uma análise da produção teatral de José de


Anchieta (1534-1597) por meio da discussão dos temas. A produção teatral de José de
Anchieta é composta por doze autos, escritos e produzidos em terras brasileiras (JOSÉ
DE ANCHIETA, 1977), com objetivos missionários desenvolveu um projeto
educacional e catequético aliado ao projeto colonizador da América Portuguesa.
José de Anchieta nasceu em San Cristóbal de La Laguna, Tenerife, uma das ilhas
Canárias. Filho de Juan de Anchieta e Mencia Diaz de Clavijo, era o terceiro filho de
doze irmãos (ECHANÍZ I, 2006).
Sua criação ocorreu em um ambiente marcado pela diversidade cultural. Aos 14
anos partiu para Coimbra, considerada como importante centro estudantil português e
um dos maiores da Europa (HERNANDES, 2008).
Desde o início de seus estudos, José de Anchieta teve uma formação
humanística, o que teve continuidade em Coimbra. Devido ao nível de seus
conhecimentos, seu talento para a literatura, a facilidade para aprender a falar diversos
idiomas, foi possível o ingresso no Real Colégio das Artes, “Essa formação humanística
fez parte da vida de José de Anchieta, pois suas produções tinham um estilo clássico.
Ele utilizava os idiomas e os estilos estruturais das escritas como os escritores da
Antiguidade Clássica” (FURLAN, 2013, p. 57).
José de Anchieta teve presente em sua vida, desde muito cedo, questões ligadas
à religiosidade e ao interesse pelos estudos. Além disso, tinha conhecimentos das bases

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do latim, o que lhe rendeu destaque como um dos melhores alunos em Coimbra e a
facilidade de aprender outros idiomas, como o português (CAXA, 1988).
Foi em Coimbra que José de Anchieta teve conhecimento dos ideais
missionários da Companhia de Jesus. Assim, aos 17 anos ingressou na Ordem
(PINTINHA, 2004).
A Companhia de Jesus foi uma das Ordens com maior representatividade do
século XVI, fundada por Inácio de Loyola (1491-1556), teve seu reconhecimento no
ano de 1540, por meio da Bula Regimini militantis Ecllesiae, exarada do Papa Paulo III
(O’MALLEY, 2004).
Fundada em um momento de transição do período medieval para o moderno, a
nova Ordem trazia em sua estrutura uma prática moderna. Seu objetivo inicial era o
estabelecimento de uma ajuda espiritual, ou seja, da restauração do homem cristão por
meio da prática dos Exercícios Espirituais, o que consistia em uma nova linguagem e
uma nova forma de se aproximar de Deus (BARTHES, 2005).
Em pouco tempo a Companhia de Jesus atingiu um considerável número de
membros. Esses novos membros recebiam uma boa formação baseada na dedicação e na
disciplina dos estudos. “A educação ou ato educacional da e na Companhia de Jesus
surgiu devido à necessidade de formar homens aptos e com formação intelectual
adequada para atuarem como membro da Companhia de Jesus” (FURLAN, 2013, p.
57).
A Companhia de Jesus não foi fundada com objetivos educacionais, mas foi por
meio da ação educacional que seus membros vislumbraram uma forma de desenvolver
um trabalho de formação social.
Pela ação catequética com meninos perceberam que era possível ampliar as
bases de formação cristã na sociedade, pois, ao catequizar os meninos, formavam
cristãos que atuariam nessa nova sociedade e, além disso, os mesmo contribuiriam para
a formação cristã de seus pais e demais membros da sociedade. Desta forma, ocorreu a
fundação dos primeiros colégios da Companhia de Jesus.
Em um primeiro momento, os colégios dirigidos pela Companhia de Jesus eram
destinados aos futuros membros. Apenas no ano de 1548, na cidade de Messina, ocorreu
a fundação de um colégio destinado a alunos externos. O Colégio Romano, fundado no
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ano de 1551, foi um dos mais importantes da Ordem e o preferido de Inácio de Loyola
(O’NEILL; DOMÍNGUEZ II, 2001).
Devido à sua representatividade e ao seu modo de atuar, a Companhia de Jesus
foi solicitada por D.João III (1521-1557) para atuar em terras portuguesas. E foi a partir
dessa solicitação que se iniciou a atuação dos jesuítas no reino português e o
desenvolvimento de um projeto missionário na América Portuguesa.

A ação Missionária de José de Anchieta na América Portuguesa e o teatro como


método pedagógico

Da ação missionária dos jesuítas na América Portuguesa, destacamos a atuação


de José de Anchieta, que chegou ao Brasil no ano de 1553 para um trabalho missionário
e catequético.
Em terras brasileiras José de Anchieta desenvolveu diversas atividades. Devido à
sua facilidade para escrever e se comunicar, atuou como auxiliar do provincial,
professor de latim e intérprete para os indígenas. Já no ano de 1554 contribuiu para a
fundação do Colégio de São Paulo de Piratininga, onde atuou como professor de
humanidades, e ao mesmo tempo exercia outras funções como a de costureiro, sapateiro
e enfermeiro (O’NEILL; DOMÍNGUEZ I, 2001).
Pouco tempo após sua chegada, começou a aprender a língua nativa, e devido à
sua facilidade para aprender e se comunicar em outros idiomas, no ano de 1555
produziu uma gramática da língua mais falada na colônia, e em pouco tempo já era
utilizada nos colégios da Companhia de Jesus, e teve sua publicação no ano de 1595 em
Portugal intitulada: A arte da gramática mais utilizada na Costa do Brasil
(HERNANDES, 2008).
A facilidade de comunicação que possuía, contribuiu de maneira decisiva para o
desenvolvimento de sua ação missionária, que se encaminhou para o processo de
educação e de catequização dos indígenas. Sua atuação ocorreu em diversas frentes
educacionais devido à falta de professores qualificados e em quantidade suficiente para
suprir a demanda. O campo educacional foi uma das áreas mais fortemente marcadas
pela atuação de José de Anchieta.
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Para a atuação na frente educacional, José de Anchieta utilizou como método


pedagógico o teatro. Seu primeiro contato com o teatro foi em Coimbra numa época em
que estava em voga o teatro de Gil Vicente (1465-1536?), esse contato contribuiu para a
formação do estilo teatral produzido por José de Anchieta; a facilidade com a escrita e
com os idiomas originou uma produção de peças teatrais semelhante ao estilo da escola
de Gil Vicente (CARDOSO, 1977).
José de Anchieta, por meio de sua ação missionária, contribuiu para a formação
do legado cultural e literário brasileiro. Contribuiu ainda para a formação e o
desenvolvimento dos aspectos educacionais, pois sua produção teatral tinha fins
catequéticos e educacionais, “Os jesuítas não foram os primeiros a utilizar o teatro como
recurso pedagógico, mas, por meio desse recurso, desenvolveram um produtivo trabalho
educacional e souberam utilizá-lo como importante método pedagógico” (FURLAN,
2013, p. 70).
O teatro teve sua origem na Antiguidade. Devemos destacar sua formação em
dois momentos: o teatro clássico grego e o teatro romano. O teatro grego é originário do
rito, ou seja, está ligado às manifestações religiosas da Grécia Antiga. Suas
apresentações são relacionadas aos rituais de culto a Dionísio, deus do vinho, e a Ceres,
deusa da fertilidade. O teatro grego é classificado e dividido em quatro estilos: a
tragédia, a comédia, a tragicomédia e o drama (RUCKSTADTER, 2005).
No caso do teatro romano, sua origem foi da união das culturas latina, etrusca e
grega. Da cultura latina utilizou os diálogos, da etrusca as danças e gestos e da grega, os
temas e estilos abordados. Contudo, a população romana tinha preferência pelo embate
entre os gladiadores ou espetáculos circenses.
Na Idade Média, os estilos teatrais que predominaram foram a farsa ou
entremez, a pantomina, a ópera-cômica, a tragicomédia ou melodrama e o auto. O que
teve mais destaque foi o auto, apresentações realizadas nas igrejas, em festas da corte ou
ao ar livre. Deste estilo teatral destacamos Gil Vicente,

Poeta e dramaturgo, viveu durante o período de transição da Idade


Média para a Idade moderna. Desse modo, seu estilo teatral é uma
criação original do dramaturgo com influência de elementos com
marca do período medieval. Ocupou lugar de representatividade na

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corte portuguesa como organizador de eventos, e seu primeiro auto foi


encenado no ano de 1502. (FURLAN, 2013, p. 72).

Gil Vicente atuou por cerca de trinta e cinco anos como organizador de
espetáculos na corte portuguesa. Em seu estilo produziu um teatro que criticava a
condição social da época e diversos setores da sociedade, com destaque para a nobreza e
o clero (SARAIVA, 1988). É considerado como o inaugurador do teatro moderno em
Portugal. Seu estilo não era o único apresentado na época, havia representações
religiosas e profanas que não seguiam o mesmo estilo dos autos vicentinos.
Seu estilo foi formado a partir da mescla do estilo teatral religioso com o
profano, com destaque para os seguintes estilos: o auto pastoril, a moralidade religiosa,
as narrações bíblicas, a fantasia alegórica, a farsa episódica e o auto narrativo. Mesmo
com essa variedade de estilos podemos resumir sua obra em alegoria, quadro e
narrativa. Alegoria e narrativa fazem parte da estrutura teatral, o estilo narrativa é o que
mais se aproxima do teatro atualmente.
Com um teatro crítico, Gil Vicente utilizava, em suas obras, tipos da sociedade
portuguesa para compor suas personagens, pois, por meio de seu teatro fazia uma crítica
e um combate ideológico à sociedade feudal, com uma expressividade moralista, que
condenava as ações como a soberba, a cobiça, a atuação das classes dominantes e,
demonstrava afeição pelos camponeses, ou seja, retratava as desigualdades sociais da
época com uma linguagem que ia do arcaico ao moderno, e se fazia entender pela
camada popular e pelos membros da corte.
Gil Vicente foi responsável pela produção de um teatro inovador durante o
século XVI na sociedade portuguesa; fazia críticas àquela sociedade em transição. Com
uma produção expressiva, que envolvia diversas personagens. A peça Florestas de
Enganos foi sua última produção, no ano de 1536, e mesmo com sua morte, seus autos
continuaram a ser representados na corte portuguesa devido à condição de destaque que
obteve (PEIXOTO, 2006).
Durante o século XVI, ocorreram grandes transformações. Foi um século
marcado por expansões e o descobrimento de novas terras. Além disso, a cultura
portuguesa sofreu influências do Humanismo e do Renascimento. Portugal tornou-se

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um importante centro comercial, com destaque para Lisboa, que também era o ponto de
chegada de pessoas dos mais diversos lugares de mundo e de outras cidades
portuguesas, e foi neste contexto de transformação que houve um desenvolvimento
cultural e educacional influenciados pelo Renascimento e o Humanismo.
O desenvolvimento cultural e educacional de Portugal foi influenciado com a
chegada de intelectuais em Coimbra como “[...] André de Gouveia, Diogo de Teive,
Buchanan, Vinet e outros, que contribuíram fortemente para um novo desenvolvimento
literário e mesmo teatral” (PEIXOTO, 2006, p. 94).
Nesse cenário de transformação, houve a retomada dos textos de escritores da
Antiguidade Clássica para estudos da arte e da retórica, no meio acadêmico as tragédias
latinas passaram a ser fontes de estudos, para leitura, comentários, traduções de autores
gregos e representações de autores latinos.
Todo esse processo de transformação, com influências humanistas, atingiu os
estilos teatrais da tragédia e da comédia. A tragédia passou a retratar assuntos mais
sérios da sociedade, enquanto a comédia retratava assuntos do cotidiano. Desta forma,
podemos afirmar que “O teatro em Portugal no século XVI, foi marcado pela influência
do renascimento e utilizou, em suas tragédias e comédias, aquilo que representava o
espírito humanista” (FURLAN, 2013, p. 75).
E foi durante esse período de transformação que o teatro começou a ser utilizado
pelos jesuítas. No ano de 1566, passaram a dirigir o Colégio das Artes de Coimbra e,
após assumirem a direção, desenvolveram um teatro com temas de cunho religioso, em
latim e sem a presença feminina, ou seja, realizaram uma descaracterização do teatro
humanista, para um teatro religioso (PEIXOTO, 2006).
Como para toda estruturação da Companhia de Jesus, existiam também regras
para a ação educacional. As ações educacionais da Companhia de Jesus eram
encaminhadas pela IV parte das Constituições. Essas regras foram complementadas pelo
Ratio Studiorum, o código pedagógico dos jesuítas. No Ratio Studiorum havia regras e
determinações para as ações, atividades, funções, bem como a metodologia dos colégios
administrados pela Companhia de Jesus (ARNAUT DE TOLEDO, 2000). Entre essas
metodologias, o teatro foi utilizado pelos jesuítas como um importante recurso
pedagógico de catequização, pois por meio deste recurso, que se assemelhava a um
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sermão, os objetivos de conversão e de catequização eram atingidos com mais


facilidade.

As aulas e o programa das práticas religiosas formavam a espinha


dorsal dos colégios jesuítas, mas também eram importantes desde o
início as peças de teatro e as celebrações acadêmicas nas quais os
estudantes exibiam seus talentos e habilidades para um público mais
amplo. (O’MALLEY, 2004, p. 344-345).

No início, a prática teatral desenvolvida pelos jesuítas era a declamação de


poemas, discursos de recitação, disputas e retóricas. Essas ações eram realizadas para a
formação de um bom orador e, consequentemente ter um bom desempenho nos
púlpitos. Além disso, a ação teatral visava um melhor conhecimento da língua latina.
A partir dessas práticas inicias houve uma rápida evolução para um teatro com
fins pastoris e apologéticos, que em pouco tempo teve grande destaque e importância na
Europa. De cunho religioso, abordava temas com fundamentação na Bíblia e temas
profanos, com um fundo moralizante, que tinha um sentido religioso e profano, com
uma finalidade pedagógica e moral, ou seja, o de difundir os ensinamentos da religião
(GUTIÉRREZ, 1997).
Uma das primeiras peças do teatro jesuíta que se tem registro e de uma produção
de José Acosta (1540-1600), no ano de 1555, intitulada Jeftá sacrificando sua filha, sua
apresentação aconteceu em Medina Del Campo, e teve uma boa aceitação
(O’MALLEY, 2004).
As produções teatrais dos jesuítas não deveriam ser apenas arte, não deveriam ir
contra a moral, mas sim, realizar um trabalho de edificação da fé e de formação do
homem cristão. Os temas eram escolhidos de acordo com as circunstâncias, por isso, era
considerado um teatro adequado às necessidades, o motivo das peças deveria ser o de
promover a moralidade.
O teatro produzido pelos jesuítas tinha suas peças escritas e encenadas pelos
próprios alunos. Foi utilizado como método pedagógico nos diversos locais de atuação
das missões da Ordem, como no caso da França, Alemanha e Áustria, Polônia e Hungria
e na América Portuguesa.

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No teatro produzido pelos jesuítas não era permitida a participação de mulheres


nas encenações, contudo, era permitida a representação de santas e virgens. Essa
proibição ocorreu devido ao fato de que se houvessem mulheres em atuação, os padres e
seminaristas poderiam se deixar levar pela tentação (LEITE II, 1938).
O teatro, enquanto método pedagógico, era visto e aceito pelos membros da
Companhia de Jesus como uma forma de estímulo aos estudantes, porém, nem todos
concordavam com isto, havia críticas às produções teatrais devido ao tempo de
preparação para uma apresentação, pela forma como essas produções e método
pedagógico eram vistos pela população e pelo alto custo de suas produções, “Por esses
motivos é que foram impostas as normas e regras [...] para que a utilização do teatro,
enquanto instrumento pedagógico atingisse seu fim maior, o papel educativo e
formativo” (FURLAN, 2013, p. 80).
Mesmo com a imposição de regras e normas, o teatro continuou a ser utilizado
nos colégios dirigidos pela Ordem e se tornou um importante método pedagógico, como
uma marca nos colégios da Companhia de Jesus espalhado pelo mundo (ARNAUT DE
TOLEDO; RUCKSTADTER; RUCKSTADTER, 2010), como no caso do Brasil.
Os jesuítas foram os primeiros a escrever e produzir peças teatrais em terras
brasileiras. Nesta ação destacamos a atuação de José de Anchieta, com a produção de
peças teatrais escritas e encenadas em português, espanhol, latim e tupi. O objetivo de
suas peças era o converter os indígenas em um projeto missionário aliado ao projeto
colonizador.

O teatro foi introduzido no Brasil pelos colonos, que apresentavam


nas igrejas, à moda portuguesa, os seus autos, arranjados ali mesmo,
ou, mais provàvelmente, levados de Portugal. Os portugueses já
representavam autos no Brasil, quando os Jesuítas começaram os seus.
Isto, novidade para muita gente [...] Mas é igualmente certo que os
Padres escreveram no Brasil as primeiras peças conhecidas e deram à
arte dramática, na colônia nascente, primeiro desenvolvimento e
arranco. (LEITE II, 1938, p. 599).

Além de fazer uma produção desde a escrita até a apresentação os jesuítas, no


caso José de Anchieta, produziu um teatro com a utilização dos recursos locais, ou seja,
havia a necessidade de uma adaptação às condições que a nova terra oferecia. Era
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utilizado aquilo que favorecesse o trabalho de catequização dos indígenas e de


manutenção da fé dos colonos.
O teatro produzido pelos jesuítas unia arte e evangelização, tinha um propósito
direto. As peças iam desde as mais simples as mais elaboradas, de acordo com o nível
de conhecimento dos espectadores. O texto, o cenário e o local da apresentação eram
supervisionados e escolhidos pelos próprios jesuítas, essa ação era desenvolvida para
que não houvesse um desvio do objetivo central que era a catequização dos indígenas e
a manutenção da fé dos colonos.

O teatro anchietano e seus temas

José de Anchieta, desde sua chegada no Brasil no ano de 1553, se aproximou e


logo assimilou os conhecimentos e costumes dos indígenas sem perder o objetivo de sua
missão. E foi por meio do teatro que desenvolveu e obteve bons resultados de seu
trabalho missionário junto à conversão dos indígenas e a manutenção da fé dos colonos.
Sua produção teatral tinha como destaque a luta entre o bem e o mal. Nesse
contexto o bem era tudo o que representasse os costumes religiosos do colonizador,
aquilo que deveria ser assimilado e praticado, em uma imposição da cultural. O mal
eram as práticas e costumes do indígena que deveria ser substituída pelo novo modelo
cultural imposto, um processo de aculturação.
A produção teatral de José de Anchieta teve início no ano de 1561, e sua última
peça foi escrita e produzida no ano de sua morte em 1597. Produziu doze autos,
intitulados: Na Festa de São Lourenço (1587); Excerpto do Auto de São Sebastião
(1584); Diálogo do provincial Pero Dias Mártir (1575 ou 1592); Na aldeia de
Guaraparim (1585?); Recebimento do Provincial Marçal Beliarte (1589); Dia de
Assunção em Reritiba (1590); Recebimento do Provincial Bartolomeu Simões
Pereira (fins de 1591/ início de 1592); Recebimento do Provincial Marcos da Costa
(1596); Auto de Santa Úrsula (1585, ou, mais provável 1595); Na Vila Vitória ou
Auto de São Maurício (1595) e Na Visitação de Santa Isabel (1597).
A produção teatral de José de Anchieta foi adaptada às condições locais, pois,
além das limitações que a nova terra oferecia, havia a necessidade de se atingir os
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objetivos missionários. Em suas peças teatrais e autos utilizava mais de uma língua,
desta forma, se fazia entender por um público diversificado. A estrutura de suas peças
era simples, e não havia muita variação.
A influência do estilo vicentino era clara na composição dos personagens, nas
rimas simples e naturais. Outra característica assimilada foi o estilo mais cultivado para
a apresentação em auditórios. Para essas apresentações utilizava personagens simbólicas
como o Temor e o Amor de Deus, um recurso muito utilizado por Gil Vicente. A
diferença que havia entre o auto anchietano e o vicentino era a estrutura das partes. O
auto colonial, criado por José de Anchieta, era de acordo com seu ambiente e costumes
locais, havia as encenações acompanhadas de danças, desfiles, cantos, músicas, o que
fazia o espetáculo durar várias horas. Já o espetáculo vicentino era marcado por um
diálogo, com uma introdução e um espetáculo final de dança, canto e música
(CARDOSO, 1977).
As produções teatrais eram encenadas em dias festivos, na visitação de pessoas
ilustres e para o recebimento de imagens ou relíquias de santos(as). Para essas
apresentações José de Anchieta utilizou de características dos rituais e cerimônias
indígenas para estruturar suas peças.

[...] Anchieta aproveitou no seu auto estes elementos do cerimonial


indígena. Nota-se em suas peças que antes do diálogo há quase sempre
uma saudação ou representação do assunto, recitativo ou canto de um
ou mais atores.
Realiza-se no porto ou a certa distância do povoado. Depois disso
começa o desfile festivo ou procissão pelo caminho engalanado, com
canto, música ou dança, até o adro da igreja. É o 1.º ato em que o
simples espetáculo prevalece sobre a representação cênica.
A fachada da igreja é o cenário do 2.º ato e corresponde ao pouso na
taba indígena para o visitante. O diálogo deste com os que o saúdam e
dos chefes entre si, inspirou Anchieta a parte central do auto, o
conluio dos diabos contra o visitante, missionário ou santo, que com o
auxílio do anjo vem proteger e reformar espiritualmente a aldeia ou a
vila. O regozijo destes últimos sobre o diabo é manifesta por dança,
canto ou música, antes da despedida. É o 3.º ato nas peças de
Anchieta.
A despedida ou 4.º ato é a conclusão moral dos sermões do Temor e
Amor de Deus, que aparecem nos autos maiores e correspondem à
pregação do chefe índio percorrendo a aldeia de madrugada em elogio
ao bom visitante.

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Também nos autos maiores o 2.º Ato se desdobra em outra cena


diferente, mas resultante da primeira, fazendo que se possam
distinguir nessas grandes peças cincos atos ou partes diferentes
(CARDOSO, 1977, p. 52-53).

A justificativa para essa adaptação era o nível cultural da sociedade colonial. As


apresentações deveriam ser de fácil entendimento aos nativos para atingir os fins
estabelecidos no projeto missionário. Outra diferença que havia no teatro anchietano era
a presença de personagens femininas, podemos destacar personagens como Santa
Úrsula, Vila Vitória, Santas e Virgens.
José de Anchieta instituiu uma nova forma de comunicação, por meio de uma
linguagem adaptada conseguiu produzir peças teatrais e autos que atingissem os fins
determinados. “A nova representação do sagrado assim produzida já não era nem a
teologia cristã nem a crença tupi, mas uma terceira esfera simbólica, uma espécie de
mitologia paralela que só a situação colonial tornara possível” (BOSI, 1992, p. 65).
Em um trabalho que representava a fé católica e os objetivos colonizadores dos
portugueses, José de Anchieta inaugurou um novo estilo cultural no Brasil. Criou uma
linguagem adaptada a cultura indígena, mas que também era capaz de realizar a
manutenção da fé nos colonos.
O tema central de suas peças teatrais e autos era a constante luta entre o bem e o
mal. Se utilizou dos medos que existia entre os indígenas para uma produção que
criticava sua cultura e mostrava que o correto era a tradição cultural religiosa dos
colonizadores, demonstrava que o caminho para a salvação era o da religiosidade cristã.

A luta entre o bem e o mal era fundamentada no contexto histórico da


Idade Média, onde predominavam os dogmas cristãos e o poder da
Igreja. Com essa temática, fica óbvio que o bem eram os preceitos e
traços religiosos culturais cristãos, e que o mal eram os costumes e
traços culturais indígenas. A luta entre o bem e o mal era, em sua
maior parte, travada por anjos ou santos(as), protetores da Igrejas,
contra Diabos que recebiam nomes de origem indígena. (FURLAN,
2013, p. 95).

Mesmo com uma estrutura que não se modificava muito, é possível perceber na
linguagem que José de Anchieta utilizava a valorização dos preceitos cristãos por meio

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de seus personagens. As personagens que representavam os preceitos cristãos tinham


em sua fala e vestimentas certa superioridade, enquanto que os Diabos tinham uma
representação que fazia uma crítica aos costumes indígenas.
A primeira peça de José de Anchieta, Na festa de Natal ou Pregação
Universal, foi escrita a pedido do padre Manuel da Nóbrega (1517-1570), ara uma
apresentação mais adequada aos ambientes sagrados. Na peça podemos notar a temática
central mantida em todas as peças, a luta entre o bem o mal. A partir desta temática,
José de Anchieta desenvolvia outros temas.
Nesta peça, além do bem e do mal podemos notar a abordagem do tema pecado.
Na fala da personagem Guaixará, um diabo, no ato II, os costumes indígenas de beber,
de dançar, se enfeitar, de praticar o curandeirismo e de cometer adultério são pecados, e
nas peças sempre apareciam ligados às ações de diabos.
As figuras dos Diabos sempre são representadas de maneira que os espectadores
tivessem medo. A própria personagem em sua composição contribuía para tal, pois se
apresentava com uma fala carregada de maldade, uma condição de sofrimento.
Já para os Anjos ou Santo(as) a representação era diferente, como podemos
perceber no diálogo entre Guaixará (Gua) e Aimbirê (Aim):

[...]
Aim: Olha lá esse sujeito
que me está ameaçando!

Oh! Que será o que vejo?


Parece azul Canindé
ou uma arara de pé.
Gua: É um anjo o que entrevejo,
Guarda dos escravos é.

Aim: Ai! ele me esmagará!


É-me terrível mirá-lo
Gua: Oh! sê forte, vamos lá!
Vem, ataque-mo-lo [sic] já,
para logo amedontrá-lo [sic].

Das más flechas escapar!


pois nos prostam destruíos [sic].
Aim: Olha, vem-nos açoitar:
meus músculos vão ficar

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de tremor endurecidos. (JOSÉ DE ANCHIETA, 1977, p. 126-


127).

Como podemos notar, o Anjo é representado como uma bela ave. José de
Anchieta aproveitou ainda a cena para demonstrar o medo que os Diabos têm do Anjo, o
que demonstrava sua superioridade em relação aos Diabos, e que deixava claro q
superioridade da crença cristã sobre a cultura indígena.
Em relação ao tema do pecado, a abordagem nas peças mantinha uma estrutura
sem grandes modificações. No contexto da peça teatral um ou mais diabos incitavam os
indígenas a cometer o pecado, ou valorizam as ações que eram condenadas pelos
jesuítas. Essa ação não ocorria somente com os indígenas, por vezes, as personagens
que apareciam em pecado eram os colonos, já adaptados aos costumes indígenas. Nesse
contexto em que o Diabo incentivava a condição de pecado, aparecia um Anjo ou
Santo(a) para salvar o indígena ou colono da condição pecaminosa e exterminava o
Diabo, o que fazia prevalecer os preceitos cristãos.
Ligado ao tema pecado, aparecia o tema do arrependimento e da conversão. O
objetivo nesse caso era claro, o enredo da peça mostrava uma vida em condição de
pecado, o processo de arrependimento e a condição de vida após a conversão, tudo
baseado na visão dos jesuítas e da religião cristã.
O arrependimento e a conversão aconteciam por meio da confissão. No contexto
de representação temos mais temas que foram abordados por José de Anchieta em suas
peças teatrais. Na peça Na festa de São Lourenço, o arrependimento e a conversão são
aliados ao ato de confissão, como podemos notar em uma fala da personagem São
Lourenço (Lou):

Lou: Mas existe a confissão


remédio senhor da cura.
[...]
Quando o pecado lhes pesa,
vão-se os índios confessar.
Dizem: “Quero melhorar...”
O Padre sobre eles reza
para ao seu Deus aplacar. (JOSÉ DE ANCHIETA, 1977, p.
158-159).

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Os atos da confissão, do arrependimento e da conversão demonstravam que o


indígena, a partir daquele momento, passaria a viver sobre os preceitos cristão.
Contudo, em muitos casos essas ações só aconteciam no momento da morte, e em
alguns casos que não fosse nesse momento a conversão e arrependimento era
temporária, pois em pouco tempo o indígena se voltava para suas antigas práticas
culturais.
Por vezes a retorno às práticas culturais era incentivado pelos colonos, pois uma
vez convertidos, os indígenas não poderiam ser tomados como escravos, pois ficavam
sobre a proteção dos jesuítas, e trabalhavam nas aldeias comandadas pelos missionários.
Outro tema que merece destaque na produção teatral de José de Anchieta é a
devoção. Na maioria das vezes o tema era abordado quando da chegada de imagens ou
relíquias de santos(as), ou na visita de padres provinciais. Essas personagens
representavam a vitória sobre o mal. Após derrotarem os Diabos, tinham a devoção dos
indígenas. Essa devoção se estendia a Deus, Jesus Cristo e Nossa Senhora.
Geralmente essa ação acontecia nos finais das peças, ou seja, no IV ato, quando
a imagem, relíquia era levada para o interior da igreja ou a visita se despedia e concedia
a benção aos espectadores.
Junto ao tema devoção, podemos perceber o tema adoração, pois no momento da
despedida havia uma canção para exaltação da imagem ou relíquia sagrada, como
ocorreu na peça teatral Dia da Assunção em Reritiba: “A imagem é introduzida na
igreja, e durante o desfile para o beijo de despedida, se canta em honra a Maria uma
canção” (CARDOSO, 1977, p. 248).
Na peça teatral Recebimento do P. Bartolomeu Simões, temos momentos de
adoração e devoção. Já no ato I, o padre é saudado no porto por cinco meninos cantores
que exaltam os dons do crisma como forma de salvação, em um enredo que
demonstrava que após o crisma os indígenas poderiam viver em estado de graça, e a
partir desta momento devem ter devoção pelos preceitos cristão.

Seremos mui confirmados


com este sagrado unguento
e divino sacramento,
com que seremos crismados.

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Crismados receberemos
a graça, com fortaleza,
para cobrar a limpeza
que, pela culpa, perdemos. (JOSÉ DE ANCHIETA, 1977, p. 261).

Temas como adoração e devoção eram abordados na maioria das peças de José
de Anchieta, pois a partir do momento em que ocorria a conversão e os indígenas
passassem a ter devoção a adorar os preceitos cristãos ficaria mais fácil o
desenvolvimento do projeto missionário e colonizador. Por outro lado, a relação entre
jesuítas e indígenas era mais fácil a partir do momento em que o indígena passava a ser
um devoto seguidor dos preceitos cristãos.
José de Anchieta utilizava ainda em sua produção personagens simbólicas, como
no caso da peça teatral Na Vila Vitória ou de São Maurício. No enredo, o medo foi
relacionado à condição de temor a Deus, representado por uma personagem simbólica,
por meio de um discurso que retratava uma vida pecaminosa e com sofrimentos.

A sentença derradeira
se chama morte sem morte.
Será morte de maneira
que te deixe vida inteira,
se te couber esta sorte.
Porque sempre hás de viver,
fogo eterno padecendo,
e ao eterno Deus não vendo,
hás, por força, de morrer,
e viver sempre morrendo!

Mil contos de contos anos


teu tormento há de durar.
Quando puderes pensar
que se acabam já teus danos,
de novo hão de começar.

Deixa pois já de pecar,


a teu Deus te convertendo,
se queres vida ganhar.
Senão, vivo te hás de assar,
e morrer sempre vivendo! (JOSÉ DE ANCHIETA, 1977, p. 335-336).

Mais uma vez, com o discurso da personagem, José de Anchieta quis demonstrar
que somente a conversão para os preceitos cristãos poderia salvar, e que para a salvação
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deveria haver a aceitação de Deus, o Deus imposto pelos jesuítas, que concederia uma
vida sem sofrimento, e a salvação após a morte, a vida eterna.
Na última peça escrita por José de Anchieta, Na Visitação de Santa Isabel, o
tema central aborda a proteção e a salvação. O enredo da peça teatral se desenvolveu em
torno da visita que Maria fez a sua prima Isabel após a anunciação.
A peça é composta por três atos. No II ato Maria se apresenta como a Visitadora
dos males do mundo, àquela que traz proteção e salvação.

Por mim e por Deus, a sós,


curais os pobres fiéis.
Não queirais ser, contra vós,
pela culpa tão cruéis
que nos percais a ambos nós.

Ficai-vos, mas não me vou


e não me aparto dos meus,
pois sempre convosco estou
e mil dádivas vos dou
que na minha mão pôs Deus.

Deixo-vos minha benção,


e festejai-a com brilho;
por minha visitação
alcançar-vos-ei perdão
de meu Deus, Senhor e Filho (JOSÉ DE ANCHIETA, 1977, p. 360).

Em sua fala, Maria deixa claro que tem condições para interceder junto a Deus e
Jesus Cristo, por aqueles que se arrependem de seus pecados e pedem o perdão. Além
disso, tem condições de pedir a proteção para as aldeias e seus habitantes.
A produção teatral de José de Anchieta mantinha uma estrutura objetiva de
acordo com os objetivos propostos em seu trabalho missionário.

As peças teatrais que foram escritas por José de Anchieta tinham


estruturas semelhantes, porquanto os temas abordados tinham, como
objetivo, atender ao projeto missionário colonizador de catequizar e
educar os indígenas, da manutenção da fé e da instrução dos colonos.
A manutenção da estrutura das peças era uma característica da
literatura medieval, pois o fato das peças teatrais serem semelhantes à
obra mantinha seu valor e, o que mais importava, era que o objetivo
proposto fosse atingido. (FURLAN, 2013, p. 103).

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José de Anchieta desenvolveu uma produção teatral com temas relacionados aos
objetivos propostos em seu trabalho missionário de catequização e conversão dos
indígenas. Além da ação juntos aos indígenas que sua produção abordasse temas para a
manutenção da fé dos colonos, pois para um bom desenvolvimento de seu trabalho
missionário ligado ao projeto colonizador o colono não poderia agir de forma contrária
aos objetivos traçadas pelos missionários e pela Coroa Portuguesa.
Desta forma, ao eleger os temas José de Anchieta tinha um objetivo específico, o
de conversão dos indígenas e de manutenção da fé dos colonos.

Considerações Finais

A Companhia de Jesus foi uma das ordens religiosas com mais


representatividade no século XVI. Criada com uma nova linguagem e perspectiva de
atuação trazia em sua ação um projeto missionário.
Umas das missões desenvolvidas pela Ordem foi no Brasil, em uma atuação
junto ao projeto colonizador da Coroa Portuguesa. Vários jesuítas aturam nesta missão
na América Portuguesa, porém, a figura de José de Anchieta teve destaque por ter uma
atuação que contribuiu para a formação cultural e do legado educacional brasileiro.
Ele atuou em diversas funções, mas foi por meio do teatro que desenvolveu um
trabalho significativo, ou seja, atingiu os objetivos propostos pela Ordem e pela Coroa
Portuguesa. Com um teatro que envolvia catequese e educação, elencou temas
relacionados aos preceitos cristãos, que tinham como base a luta entre o bem e o mal,
em uma representação de bem tudo que dizia respeito aos preceitos católicos, e o mal
eram os traços culturais da cultura indígena condenados pelos jesuítas.
Temas como pecado, devoção, proteção, adoração, crisma, arrependimento,
eram constantes em suas produções teatrais, pois mantinham uma estrutura simples mas
com objetivos claros, a imposição da cultura europeia sobre a cultura indígena e a
manutenção da fé dos colonos.
Por meio desta produção teatral, do retrato dos costumes indígenas como o mal,
e dos preceitos cristãos como o bem, José de Anchieta conseguiu atingir os fins

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estabelecidos em seu projeto missionário de catequização e educação dos indígenas,


além de manutenção da fé nos colonos.

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