Constitucionalismo: trajetória histórica e premissas filosóficas. Neoconstitucionalismo e transconstitucionalismo. História do constitucionalismo brasileiro. A Assembleia Constituinte de 87/88. Teorias da Constituição. Tipologia das constituições. Poder constituinte. Reforma e mutação constitucional. Normas constitucionais. Teoria dos princípios. Interpretação da Constituição. Colisão entre normas constitucionais, proporcionalidade e ponderação. Constitucionalização do Direito. Direito constitucional intertemporal.Trajetória histórica dos direitos fundamentais. Teoria geral dos direitos fundamentais. Direitos fundamentais e relações privadas. Restrições aos direitos fundamentais. Princípio da dignidade da pessoa humana. Direito à vida. Igualdade, liberdade, solidariedade e segurança jurídica. Liberdades públicas. Liberdade de expressão e comunicação social. Direito de propriedade e função social. Direitos fundamentais processuais. Direitos sociais. Mínimo existencial, reserva do possível e proibição do retrocesso. Direitos transindividuais. Meio ambiente na Constituição. Direitos culturais, multiculturalismo e proteção das minorias étnicas. Controle de constitucionalidade. Trajetória histórica e fundamentos teóricos. A judicialização da política e a dificuldade contramajoritária. Tipos de inconstitucionalidade e técnicas de controle. Controle abstrato de constitucionalidade: ADI, ADC, ADI por Omissão, ADPF. Controle concreto de constitucionalidade. Mandado de injunção. Súmulas vinculantes. Recurso extraordinário e repercussão geral. Federação. Partilha de competências. Constituições estaduais e leis orgânicas municipais. Intervenção federal. Processo legislativo. Princípio republicano. Princípio da separação de poderes. Presidencialismo e parlamentarismo. Poder Legislativo. Sistemas eleitorais. Poder Executivo. Poder Judiciário. O Supremo Tribunal Federal. Ministério Direito Constitucional Programa Aula Matérias Constitucionalismo: trajetória histórica e DS Constitucional – 01 Origem premissas filosóficas Magna Carta Direito estamental e não constitucional Pilares do constitucionalismo (3) Modelos de constitucionalismo (3) DS Constitucional – 01
Tecnicamente falando, o constitucionalismo é uma construção da modernidade.
Limitação de poder é a ideia central do constitucionalismo. Esta compreensão da Constituição como limitação jurídica para o exercício do poder voltada, sobretudo, para a garantia dos direitos individuais é típica da modernidade e veio, sobretudo, com o Iluminismo. O modelo de constituição enquanto realidade política não se confunde com o de constituição enquanto norma jurídica. Embora se reconheça, tanto na Antiguidade quanto na Idade Média, a presença da limitação de poder, ainda que em contexto teológico, não se pode dizer que já existia o constitucionalismo porque os direitos e deveres valiam para determinados estamentos. Exemplo disso é o pacto entre reis e barões firmados na Magna Carta de 1215. A liberdade religiosa foi a primeira das liberdades do constitucionalismo. O Constitucionalismo surgiu, em boa parte, como reação às perseguições religiosas que aconteciam na Europa. No absolutismo, no contexto da Reforma e Contrarreforma era o rei quem escolhia a religião. O que ocorria, na prática, era uma perseguição àqueles de religião diferente. E começou-se a pensar uma forma de ter liberdade religiosa e também de limitar o rei. Constitucionalismo se valeu de duas ideias importantes e mais a frente incorporou uma terceira. 1º pilar – institucional. A engenharia do Estado voltava-se, antes de tudo, para a limitação do Poder. Montesquieu e a separação dos poderes: porque o poder freia o poder. Por que separava funções? Por que atribuir funções diferentes a órgãos distintos ocupados por autoridades diferentes? Para evitar uma concentração excessiva de poder que representaria uma ameaça a liberdade individual. Então o telos da separação de poderes era a contenção do poder que é ideário do constitucionalismo. Passagem do Federalista [parafraseada]: os seres humanos não são anjos, porque eles não são anjos é preciso que haja governo. Os governantes não são anjos, porque eles não anjos é preciso que se contraponha ambição com ambição e aí há controles recíprocos. Tinha uma ideia de pensar a engenharia do Estado de modo que implicasse na contenção do poder, no freio aos governantes como mecanismo de salvaguarda dos governados. 2º pilar – tem a ver com garantia de liberdades individuais. Séc. XVIII e XIX eram vistos como direitos negativos do Estado. Era o que o Estado não podia fazer. Liberdade de religião, expressão, direito de propriedade. Os direitos eram negativos e tinham como foco o Estado. Via-se o Estado como adversário dos direitos. Isso tem a ver com a burguesia, mas também do modelo do estado absoluto. Quando se pensava o direito eram direitos negativos. O Estado era absenteísta. 3º pilar – é aquele que buscava a legitimação do poder político pelo consentimento daqueles que estão submetidos a esse poder. Foi o que mais demorou para ser implantado. O ícone dessa ideia foi Rousseau, que de certa maneira, recuperou uma ideia de democracia grega. Vai surgir a representação política. O sufrágio universal é um fenômeno do século XX. Democratização política. Busca da legitimação não mais divina, mas pelo consentimento dos governados. Há três modelos de Constitucionalismo: Inglês, Francês e norte-americano. 1- Inglês: valorização das tradições. Não há controle de constitucionalidade forte. 2- Francês: modelo de ruptura. Teoria do poder constituinte. Valorização da razão abstrata e não de tradições concretas. Também não apostou no Judiciário como garantidor da Constituição. Lei geral e abstrata igual para todo mundo. Autonomia da vontade. Proteção da propriedade privada. 3- Norte-americano – tornou-se hegemônico. 1- não havia confiança no parlamento – ele imaginava o parlamento inglês [...]. 2- Constituição como norma jurídica que pode ser invocada pelo judiciário e que pode levar a invalidação de leis. 3- Forte componente liberal que manifesta medo do despotismo das maiorias. Modelo: vai envolver garantia de direitos individuais. Pensar a constituição como norma e o judiciário como garantidor dessa norma podendo invalidar decisões do legislativo que possas invalidar essa norma.
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Constitucionalismo: trajetória histórica e DS Constitucional – 01 (parte II) premissas filosóficas DS Constitucional – 01 (parte II) Outra mudança pós 2ª Guerra. Tribcast em Questões Direito Constitucional Prof. Daniel Sarmento
EUA quase estavam sozinhos de atribuir ao PJ a fiscalização de atos normativos.
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DS Constitucional 02 DS Constitucional 02 Supremacia da constituição – surge no contexto do iluminismo para afirmar a superioridade dos direitos naturais em face do direito positivo. Essa é a origem filosófica da ideia da supremacia. Como os direitos foram vertidos para as constituições era necessário que as constituições tivessem uma hierarquia superior a das leis para que, de fato, os direitos vinculassem plenamente o Estado. Como o objeto das Constituições era, exatamente, garantir direitos e estruturar o Estado havia uma necessidade de supremacia da Constituição. No entanto, na medida em que as Constituições foram assumindo outros conteúdos, foi começando a disciplinar uma série de outras questões, foi necessário agregar ao argumento substancial em favor da supremacia da constituição, um argumento de outra natureza, é o do poder constituinte em face dos poderes constituídos. A Constituição como ato de um poder constituinte estaria em posição de superioridade normativa (jurídica) em face dos poderes constituídos. E aí já desvinculava a supremacia da Constituição do conteúdo específico da constituição. Não era necessário que a Constituição tivesse um determinado conteúdo de garantia de direitos individuais ou de organização do Estado para que ela assumisse essa superioridade em face da legislação infraconstitucional. Para esse debate de Supremacia confluem todos os problemas abordados na aula passada: até que ponto é legítimo dizer que as pessoas hoje estão vinculadas a uma decisão tomada há décadas atrás. Será que não há um problema de vício democrático na própria ideia de Constituição? A resposta que se tentou dar para este problema que se tentou dar para esse problema. Para a afirmação da Supremacia da Constituição, ao longo do tempo envolveu então estes dois elementos: 1- um elemento de conteúdo - porque é supremacia? Porque na Constituição estão os direitos básicos; porque na Constituição aqueles valores que não devem ser deixados ao jogo das forças políticas de ocasião. Porque é preciso