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História

de uma gaivota e do gato que a ensinou a voar de Luís Sepúlveda

Tenho um grande carinho pelos animais, mas não


escrevi o livro (História de uma Gaivota e do Gato
que a Ensinou a Voar) na perspe>va das sociedades
protetoras dos animais. A fábula segue a velha
escola grega: o seu obje>vo é transmi>r a prá>ca da
tolerância, o respeito pela diversidade. Sobretudo
aprender a respeitar a diferença e aquilo que nos
rodeia.
Luis Sepúlveda, in «Forum Ambiente»
Fábula
•  narra>va curta e imaginária, com um obje>vo pedagógico e moral,
geralmente protagonizada por animais ou seres inanimados.

Tema
•  amor, amizade, companheirismo, cooperação, proteção, coragem,
responsabilidade, lealdade, confiança, racismo (igualdade), poluição
(defesa do planeta)

Esta é uma fábula que defende:


•  O valor dos compromissos;
•  O espírito de grupo e a amizade;
•  A integração entre a teoria e a ação;
•  A preservação do ambiente;
•  O respeito pela diferença;
•  O respeito pela vontade da maioria;
•  O valor do saber;
•  A harmonia entre as espécies;
•  Os direitos dos animais.
Ação
•  Zorbas mora numa casa perto do porto de Hamburgo e numas férias, fica sozinho em casa;
•  Aterra na sua varanda uma gaivota moribunda – Kengah que >nha sido apanhada por uma maré
negra;
•  Kengah, antes de morrer, põe um ovo e faz três pedidos a Zorbas:
•  não comer o ovo;
•  tomar conta da gaivo>nha;
•  quando esta nascesse deveria ensiná-la a voar;
•  Zorbas concorda, sem se aperceber da grande responsabilidade que era educar uma pequena ave.
•  O gato empenha-se para cumprir a sua promessa;
•  Procura os seus amigos para que o ajudem a cuidar e a educar a pequena Ditosa.
•  Com as enciclopédias do inteligente Sabetudo, a boa vontade de todos e o sen>do do dever de
cumprir a palavra dada, a todo o custo, este pequeno grupo de gatos, começa a diXcil e delicada
tarefa de educar a pequena gaivota.
•  Ditosa é tão bem aceite no grupo e sente-se tão bem que começa a achar que, também ela, é um
gato. Assim, é com eles que ela quer ficar, e começa a lutar contra o esforço que os seus amigos
fazem para a educar, para que se torne uma verdadeira gaivota;
•  No entanto, a sua verdadeira natureza começa a vir ao de cima e o desejo de abrir as asas e de
voar também a invade e é muito mais forte;
•  Numa noite chuvosa, com a ajuda de um humano, o Poeta, Ditosa finalmente abre as suas asas,
segue o seu des>no e voa, deixando Zorbas com lágrimas nos olhos, mas feliz, porque a sua amiga
segue o seu caminho.
Espaço
•  Mar do Norte, Hamburgo Hamburgo

Mar do
Norte

Localização: Torre de S. Miguel


•  norte da Alemanha, nas margens do rio Elba;
•  Área – 755,330 Km2;
•  Habitantes – 1734830 (2004;) Local de onde Ditosa sai
•  2.ª maior cidade da Alemanha e 8.ª da U.Europeia. para o seu primeiro voo.

Micro-espaços
•  Casa de Zorbas, Restaurante, Bazar do Harry.
Tempo

Tempo da história:
•  consiste no tempo durante o qual a ação se desenrola, segundo uma ordem cronológica, e
em que surgem marcas obje>vas da passagem das horas, dias, meses, anos...
•  o narrador narra a história segundo um seguimento temporal linear, isto é, seguindo a
ordem temporal pela qual os acontecimentos ocorrerram.

Ações simultâneas:
•  Os capítulos um, dois e três decorrem “em simultâneo, já que, enquanto Kengah sofre o
acontecimento trágico do derramamento de petróleo, Zorbas tem a sua despedida com o
dono. É no capítulo quatro que as duas histórias se encontram com a aterragem “pouco
elegante” de Kengah na varanda do “gato grande, preto e gordo”.

Ação por encaixe:


• No capítulo dois, existe uma ação por encaixe que descreve os primeiros tempos de vida de
Zorbas até conhecer o seu atual dono. (desde “Zorbas contraíra essa dívida…” até “Assim
começara aquela amizade que já durava há cinco anos.”)
Esta ação por encaixe cons>tui uma analepse – recuo no tempo, é feita
uma pausa na ação presente para se contar um acontecimento passado.
Personagens

Personagens principais

Zorbas Ditosa

•  gato grande, preto e gordo; •  linda;


•  olhos amarelos; •  branca, com asas cor de prata como a
•  sensível, bom coração; mãe;
•  nobre, destemido, determinado; •  caprichosa, exigente;
•  cumpridor da sua palavra, muito •  tem medo de voar.
responsável.
•  altruísta (dá, sem esperar receber nada
em troca)
Personagens adjuvantes
Colonello Secretário Sabetudo Barlavento O Poeta
- vive no - vive no - vive no Bazar do - gato do mar; - vive num
restaurante; restaurante com porto; - cor de mel e apartamento;
- o patriarca, Colonello, sendo - curioso e olhos azuis. - escreve, é
velho e bom um pouco inteligente; sensível e torna o
conselheiro; dependente - tem acesso aos mundo mais
- mia em italiano; deste; livros e bonito com as
- é respeitado - gato romano, curiosidades do suas palavras;
pelos conselhos com dois pelos de bazar; - é ele que ajuda
que dá; bigode; - é muito culto; Ditosa a voar.
- muito magro;
- curioso, atento,
esperto e prá>co;
- gosta de dar as
suas ideias.
Disponíveis para ajudar . Emocionam-se com a história da gaivota .
Assumem as promessas como suas

Personagens oponentes
•  Gatos provocadores
•  Ratazanas
Narrador

Quanto à presença:
•  Narrador não par>cipante/heterodiegé>co:
•  Não par>cipa na história enquanto personagem, narrando-a na terceira pessoa do
singular – ex. “Era uma ave muito suja. Tinha todo o corpo impregnado de uma
substância escura e malcheirosa.”

Quanto à posição:
•  Narrador subje>vo:
•  Emite os seus juízos de valor, a sua opinião – ex. “… Zorbas não estava disposto a
deixar passar as provocações daqueles malvados.”

Quanto à focalização:
•  Narrador com focalização omnisciente:
•  Conhece os pensamentos das personagens, bem como o passado, presente e
futuro das personagens, dominando toda a ação – ex. “… não sabia o que lhe iria
cair em cima nas próximas horas.”
Recursos expressivos

“Um momento, ó seus sacos de pulgas!” Metáfora

“ Cento e vinte corpos perfuraram a água como setas…” Comparação


“Como bem sabes, liquidei mais ratazanas que os pêlos que tenho no corpo” Hipérbole

“ Bla, bla, bla!”; “Hi, hi, hi!”; “Ahoi! Ahoi! Ahoi!” Onomatopeias

“Mais que uma bolinha de gordura, parece uma bolinha de alcatrão.” Metáfora e Comparação

“Gato grande, preto e gordo…” Adje>vação e enumeração

“E tu és um pássaro – repe>u o chimpanzé cheio de segurança. “ Personificação

“Havia melros, papagaios, tucanos , pavões reais, águias, falcões, que ela contemplava atemorizada.”
Enumeração
“… pacientes e disciplinados…” Adje>vação

“… preguiçosas velas…” Personificação

“… umas mil gaivotas que, como uma rápida nuvem cor de prata…” Comparação
A críIca

Primeira diferença apontada entre os seres humanos e os animais.

A linguagem e a língua é uma das diferenças entre o ser humano e os animais. Os Homens têm
muitas línguas e raramente se entendem. Os animais falam todos na mesma língua, por isso a
comunicação entre si é mais fácil.

Questões ambientais – poluição

Os petroleiros aproveitam os dias de neblina para lavar os tanques, a>rando milhares de litros de
petróleo para os oceanos. A este acontecimento chama-se – Maré Negra.

Questões ambientais - proteção

Existem umas “embarcações decoradas com as cores do arco-íris” que tentam travar as ações dos
petroleiros. A maior organização ambiental é a Greenpeace.

Questões ambientais - poluição

A draga onde anda Barlavento re>ra do fundo do rio Elba barris de inse>cida, pneus e toneladas de
garrafas de plás>co que os humanos deixam nas praias.
A críIca

Aspeto exterior – importância/crí>ca.

Zorbas por ser “grande, preto e gordo” enfrenta sempre as provocações dos dois gatos
“malvados”. - Zorbas tem que se impor para não ser alvo de crí>ca/troça daqueles que valorizam
excessivamente o aspeto exterior.

Burocracias, espera e urgências

Zorbas vai ter com Colonello, mas primeiro tem que se fazer anunciar através de Secretário que
apenas vai averiguar se Colonello o pode atender ou não.

Hierarquias e subserviência

Secretário é submisso em relação a Colonello, na medida em que este é um gato mais an>go e
supostamente mais sábio (o que se comprova que não é bem realidade). O estatuto social acaba
por adquirir grande importância. Valorização das pessoas com mais idade.

A domes>cação animal

Os homens não aceitam os seres diferentes, conseguem domes>car (todos) os animais para
beneXcio próprio, exemplo disso são os golfinhos, leões e papagaios.
Valores/Símbolos

•  Gaivotas: espírito comunitário, organização.

•  Gatos: generosidade, solidariedade, cumprimento da palavra, responsabilidade, saber, cultura.

•  Gatos e gaivota: respeito pela diferença, amizade entre raças diferentes.

•  Poeta/Poesia: Dá prazer e alegria, faz “voar”.

A críIca aos humanos:


•  Falta de respeito pelo ambiente e pelos animais.

A lição de vida:
•  Só voa quem se atreve a fazê-lo.
Moralidade

- Tu és uma gaivota. Nisso o chimpanzé tem razão, mas só nisso. Todos gostamos de >, Ditosa. E
gostamos de > porque és uma gaivota, uma linda gaivota. Não te contradissemos quando te
ouvimos grasnar que és um gato, porque nos lisonjeia que queiras ser como nós; mas és diferente, e
gostamos de que sejas diferente. Não pudemos ajudar a tua mãe, mas a > sim. Protegemos-te desde
que saíste da casca. Demos-te todo o nosso carinho sem nunca pensarmos em fazer de > um gato.
Queremos-te gaivota. Sen>mos que também gostas de nós, que somos teus amigos, a tua família, e
é bom que saibas que con>go aprendemos uma coisa que nos enche de orgulho: aprendemos a
apreciar, a respeitar e a gostar de um ser diferente. É fácil aceitar e gostar dos que são iguais a nós,
mas fazê-lo com alguém diferente é muito diXcil, e tu ajudaste-nos a consegui-lo. És uma gaivota e
tens de seguir o teu des>no de gaivota. Tens de voar. Quando o conseguires, Ditosa, garanto-te que
serás feliz, e então os teus sen>mentos para connosco e os nossos para con>go serão mais intensos
e belos, porque será a amizade entre seres totalmente diferentes.
- Tenho medo de voar – grasnou Ditosa endireitando-se.
- Quando isso acontecer eu estarei con>go – miou Zorbas lambendo-lhe a cabeça. – Prome> isso à
tua mãe.”
A jovem gaivota e o gato grande, preto e gordo começaram a andar. Ele lambia-lhe a cabeça com
ternura e ela cobriu-lhe o dorso com uma das suas asas estendida.
Capítulo 6, pp. 102-103
- Tu és uma gaivota. Nisso o chimpanzé tem razão, mas só nisso. Todos gostamos de >, Ditosa. E gostamos de > porque és uma
gaivota, uma linda gaivota. Não te contradissemos quando te ouvimos grasnar que és um gato, porque nos lisonjeia que queiras ser como nós; mas
és diferente, e gostamos de que sejas diferente. Não pudemos ajudar a tua mãe, mas a > sim. Protegemos-te desde
que saíste da casca. Demos-te todo o nosso carinho sem nunca pensarmos em fazer de > um gato.
Queremos-te gaivota. Sen>mos que também gostas de nós, que somos teus amigos, a tua família, e é bom que saibas que con>go aprendemos uma

aprendemos a apreciar, a respeitar e a gostar de um ser diferente. É fácil


coisa que nos enche de orgulho:

aceitar e gostar dos que são iguais a nós, mas fazê-lo com alguém diferente é muito diXcil, e tu
ajudaste-nos a consegui-lo. És uma gaivota e tens de seguir o teu des>no de gaivota. Tens de voar. Quando o
conseguires, Ditosa, garanto-te que serás feliz, e então os teus sen>mentos para connosco e os nossos para con>go serão mais intensos e belos,

porque será a amizade entre seres totalmente diferentes.


- Tenho medo de voar – grasnou Ditosa endireitando-se.
- Quando isso acontecer eu estarei con>go – miou Zorbas lambendo-lhe a cabeça. – Prome> isso à tua mãe.”

A jovem gaivota e o gato grande, preto e gordo começaram a andar. Ele lambia-lhe a cabeça com
ternura e ela cobriu-lhe o dorso com uma das suas asas estendida.
Capítulo 6, pp. 102-103

u  Através de uma fábula e dos comportamentos dos animais, o homem


consegue refle>r sobre os seus próprios atos.
u  Esta obra cumpre o obje>vo de transmi>r o respeito pela diversidade
conseguindo unir pela amizade pura aqueles que tradicionalmente são
inimigos.

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