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dimensionamento: Estados
limites, ações e critérios de
segurança
1
ESTADOS LIMITES
2
Estados Limites
3
ESTADOS LIMITES ÚLTIMOS
4
ESTADOS LIMITES ÚLTIMOS
5
ESTADOS LIMITES ÚLTIMOS
6
ESTADOS LIMITES DE SERVIÇO
8
1. DEFINIÇÃO
9
1.1 AÇÕES DIRETAS
CARGAS PERMANENTES
peso próprio da estrutura
sobrecargas fixas
empuxos permanentes de terra e de outros
materiais granulosos
massa específica do concreto normal: 2.000 kg/m3
a 2.800 kg/m3. NBR 6118: 2.400 kg/m3 para
concreto simples e de 2.500 kg/m3 para concreto
armado.
As massas específicas dos materiais de
construção correntes podem ser avaliadas com
base nos valores indicados na NBR 6120. 10
1.1 AÇÕES DIRETAS
CARGAS PERMANENTES
11
1.1 AÇÕES DIRETAS
CARGAS PERMANENTES
12
1.1 AÇÕES DIRETAS
CARGAS PERMANENTES
Os pesos de instalações permanentes devem são
considerados com os valores nominais indicados
pelos respectivos fornecedores
13
1.1 AÇÕES DIRETAS
CARGAS ACIDENTAIS
As cargas acidentais são prescritas pela NBR
6120 no caso de edificações usuais e pelas NBR
7188 e NBR 7189 no caso de estruturas sujeitas a
carregamento móvel e devem ser dispostas nas
posições mais desfavoráveis para o elemento
estudado. São exemplos de cargas acidentais:
as cargas verticais de uso da construção;
impacto vertical;
as forças resultantes de impacto lateral;
15
1.1 AÇÕES DIRETAS
16
1.1 AÇÕES DIRETAS
17
1.1 AÇÕES DIRETAS
AÇÃO DO VENTO
A NBR 6118:2003 determina a obrigatoriedade de
se considerar a ação do vento. Os esforços
devidos a essa ação devem ser determinados de
acordo com o prescrito pela NBR 6123, sendo
permitido o emprego de regras simplificadoras
previstas em normas brasileiras específicas.
18
1.1 AÇÕES DIRETAS
AÇÃO DA ÁGUA
A ação da água deve ser considerada no
dimensionamento de estruturas como
reservatórios, tanques ou decantadores, ou ainda
em estruturas em que a água da chuva possa
ficar retida devido a deficiências de caimento ou
de deformações da própria estrutura.
19
1.1 AÇÕES DIRETAS
20
1.2 AÇÕES INDIRETAS
21
1.3 AÇÕES EXCEPCIONAIS
22
AÇÕES NO MÉTODO DOS
ESTADOS LIMITES
23
Introdução
24
1. Valores representativos para estados
limites últimos
Valores característicos
no caso de ação variável, probabilidade de 25% a
35% de serem ultrapassadas no sentido
desfavorável durante um período de 50 anos
exemplo: vento.
Ações permanentes: desfavorável usar valor
característico superior; favorável usar valor
característico inferior.
Valores característicos nominais: são aqueles
que não possuem função de distribuição de
probabilidade. Ex: sobrecarga em edifícios,
carga móvel em ponte 25
1. Valores representativos para estados
limites últimos
Valores reduzidos de combinação: leva em conta
que é muito baixa a probabilidade de ocorrência
simultânea dos valores característicos de duas
ou mais ações variáveis.
Valores convencionais excepcionais: arbitrados
por consenso entre proprietário e autoridades
governamentais
26
2. Valores representativos para estados
limites de serviço
Valores reduzidos de utilização: ações que se
repetem muitas vezes e ações de longa duração
Valores raros de utilização: ações que podem
acarretar estados limites de serviço mesmo que
atuem com duração muito curta
27
3. Valores de cálculo
28
4. Coeficientes de ponderação
γ f = γ f1 γ f 2 γ f 3
γf 1, :variabilidade das ações;
γf 2, probabilidade de ocorrência simultânea das
ações;
γf 3, desvios gerados nas construções e as
aproximações feitas em projeto do ponto de vista
das solicitações.
29
4. Coeficientes de ponderação
Recalque de
Permanentes (g) Variáveis (q) Protensão (p)
apoio e retração
Especiais ou de construção 1,3 1,0 1,2 1,0 1,2 0,9 1,2 0,0
31
4. Coeficientes de ponderação
Coeficiente γf 2 para ponderação das ações variáveis.
Ações ψ0 ψ1(1) ψ2
Vento
Temperatura
Variações uniformes de temperatura em relação à média anual local 0,6 0,5 0,3
32
(1)
Nos casos de pontes e principalmente de problemas de fadiga, consultar o capítulo 23 da NBR6118:2003
4. Coeficientes de ponderação
a) combinação última normal
m n
Fd = ∑ γ gi Fgi , k + γ q Fq1, k + ∑ Ψ0 Fqj, k
i =1 j= 2
- edifício residencial
( )
Fd = 1,4 Fgk + 1,2 Fεgk + 1,4 Fq1k + 0,5 Fq 2k + 1,2 0,6 Fεgk
combinação 1: Fgk – cargas permanentes
Fεgk – recalque de apoio
Fq1k – vento
Fq2k – carga acidental
Fεqk – efeito da temperatura
combinação 2: Fgk – cargas permanentes
Fεgk – recalque de apoio
Fq1k – carga acidental
Fq2k – vento
Fεqk – efeito da temperatura 33
4. Coeficientes de ponderação
a) combinação última normal
m n
Fd = ∑ γ gi Fgi , k + γ q Fq1, k + ∑ Ψ0 Fqj, k
i =1 j= 2
- bibliotecas, arquivos, oficinas e estacionamentos:
combinação 1
Fd = 1,4 Fgk + 1,2 Fεgk + 1,4 (Fq1k + 0,8 Fq 2 k ) + 1,2 0,6 Fεqk
Fq1k – vento
Fq2k – carga acidental
combinação 2
Fd = 1,4 Fgk + 1,2 Fεgk + 1,4 (Fq1k + 0,6 Fq 2 k ) + 1,2 0,6 Fεqk
- edifício residencial
Fd = Fgk + Fεgk + 0,3Fq1k + 0,3Fεqk
- edifício residencial
Fd = Fgk + Fεgk + 0,4Fq1k + 0,3Fεqk , Fq1 = carga acidental
35
Concreto Aço
Combinações
( γc ) ( γs )
37
CRITÉRIOS DE SEGURANÇA
38
1. Definição
39
2. Métodos de quantificação da
segurança quanto ao colapso
Método das tensões admissíveis:
coeficiente de segurança interno γi:
σe
σ max ≤
γi
P=?
h = 60 cm
l = 600 cm b = 20 cm
σe=18 kN/cm2
γi = 2
40
2. Métodos de quantificação da
segurança quanto ao colapso
Método das tensões admissíveis:
Resolução:
M Pl 1 h 3 Pl
σmax = y= =
I 4 bh3 2 2 bh2
12
2 bh 2 σe 2 20 60 2 18
P= = = 720 kN
3 l γi 3 600 2
2. Métodos de quantificação da
segurança quanto ao colapso
Método do coeficiente de segurança externo (γe)
q ruptura
q≤
γe
P=?
h = 60 cm
l = 600 cm b = 20 cm
σe=18 kN/cm2
γi = 2
42
2. Métodos de quantificação da
segurança quanto ao colapso
Método do coeficiente de segurança externo (γe)
Resolução:
σe h
Rc Rc = R t = b σ e
h/4 2
Rt
h bh h bh2
Mplast = Rc = σe = σe
σe
2 2 2 4
Pl bh2
M= = Mplast = σe
4 4
bh 2 20 60 2
P= σe = 18 = 2160 kN
l 600
2160
γe = = 3,0
720
2. Métodos de quantificação da
segurança quanto ao colapso
Métodos Probabilísticos:
os parâmetros mecânicos e geométricos são
aleatórios. Ex: duas estruturas projetadas com o
mesmo γe , mas com σe apresentando dispersões
diferentes, são diferentes, sendo menor a
segurança da estrutura que tiver σe com maior
dispersão (Ex: estruturas de madeira e de aço)
O comportamento estrutural é
determinístico?
44
2. Métodos de quantificação da
segurança quanto ao colapso
Métodos Probabilísticos
A medida de segurança é tomada como a
probabilidade de ruína:
Pruína = P { R ≤ S}
46
2. Métodos de quantificação da
segurança quanto ao colapso
Métodos Probabilísticos
Aspecto econômico: fixar a probabilidade de ruína
levando em conta os custos da construção e o
montante dos danos decorrentes de uma eventual
ruína da mesma.
Dificuldade: imperfeito conhecimento estatístico
dos fatores que influem na segurança das
estruturas (ações, solicitações, resistências,
geometria da estrutura). São pesquisas recentes
e ainda não podem determinar com precisão a
probabilidade de ruína.
47
2. Métodos de quantificação da
segurança quanto ao colapso
Métodos Probabilísticos
Probabilidades de falha implicitamente aceitas (CEB/78)
48
2. Métodos de quantificação da
segurança quanto ao colapso
Exemplo de aplicação dos Métodos Probabilísticos
Seja um pilar, de seção transversal constante, submetido a uma força P = 3000 kN.
Admitindo σe = 30 kN/cm2 e E = 2 x 104 kN/cm2, calcular:
40 cm
l=2m
10 cm
50
2. Métodos de quantificação da
segurança quanto ao colapso
b) coeficiente de segurança externo (γe)
Se a estrutura mantivesse resposta linear até a ruptura, γe = γi = 4.
No entanto, ao atingir a carga de flambagem, as tensões internas
crescem muito mais que o carregamento, sendo a ruptura atingida
pouco superior à carga de flambagem (Pf)
π2 EI π2 × 2 × 104 × 40 × 103
Pf = 2 = 2
= 4112 kN
4l 12 × 4 × 200
Pf 4112
γe = = = 1,37
P 3000
51
2. Métodos de quantificação da
segurança quanto ao colapso
c) probabilidade de ruína admitindo que apenas E seja uma variável aleatória
A probabilidade de ruína será a probabilidade de se Ter P = P{ Pf < P},
uma vez que como σe é determinado, e como já foi verificado no item b, a
ruptura deverá ocorrer por flambagem.
π2 EI 4l 2 4 2
P = Pf ⇒ 3000 = ⇒ E = 3000 = 1, 46 × 10 kN / cm
4l 2 π2 I
Logo, basta P{ E < 1,46x104 kN/cm2}
f(ξ)
Curva normal reduzida:
F( x ) − Fm
1-F(ξ) ξ=
s
52
ξ1 ξ
2. Métodos de quantificação da
segurança quanto ao colapso
s s
δ= = ⇒ s = δE m = 0,15 × 2 × 10 4 = 0,3 × 104 kN / cm 2
x m Em
O valor de ξ correspondente a E = 1,46x104 é:
E − E m 1,46 × 104 − 2 × 104
ξ1 = = 4
= −1,8
s 0,3 × 10
De uma tabela de áreas da distribuição normal retira-se:
1-F(ξ1) = 1 - 0,9641 = 0,0359
que é a probabilidade de E tornar-se menor ou igual a 1,46x104 kN/cm2, o
que faria Pf = 3000 kN.
∴ Probabilidade de ruína do pilar = 3,59%
53
2. Métodos de quantificação da
segurança quanto ao colapso
d) Qual o valor da força que pode ser aplicada ao pilar admitindo-se uma
probabilidade de ruína de 10-3 (0,1%)?
54
2. Métodos de quantificação da
segurança quanto ao colapso
Método semi-probabilístico:
É um método híbrido (valores empíricos
associados a dados estatísticos e conceitos
Probabilísticos)
Princípios:
Majoram-se as ações (probabilísticas) e as
γf γm
Sm Sk Rk Rm
Sd=Rd
57
3. Índice de Confiabilidade (β)
0
Dessa forma, define-se prababilidade de falha por: p f = ∫− ∞ f M (m)dm ,
onde fM(m) representa a distribuição de probabilidade de M.
−β
Pode-se escrever: p f = ∫− ∞ f M (s)s M ds , com s = (m – µM)/sM
µM: média da margem de segurança
58
3. Índice de Confiabilidade (β)
40 cm Em = 2 x 104 kN/cm2
l=2m
Pm = 2206 kN
10 cm δE = 15%
59
3. Índice de Confiabilidade (β)
Resolução:
π2E k I
Carga de flambagem (Pf):
4l 2
π2E k I
Margem de segurança (M): Pf – Pk = 2
− Pk
4l
π2I
µM = 2
E m − Pm
4l 60
3. Índice de Confiabilidade (β)
O desvio padrão da margem de segurança pode ser escrito como:
2
π2I
sM = 2 s E + SP 2
4l
sE
Logo: δ E = ⇒ s E = δ E E m = 0,15 × 2 × 10 4 = 0,3 × 10 4 kN / cm 2
Em
π2I π 2 × 40 × 10 3
µM = E m − Pm = × 2 × 10 4 − 2206 = 1906 kN
4l 2 12 × 4 × 200 2
2 2
π2I 2 π 2 × 40 × 10 3 4
sM = 2 s E + S P = × 0 ,3 × 10 + 220 ,6 2 = 655 kN
4 12 × 4 × 200 2
l
62
3. Índice de Confiabilidade (β)
Usando uma tábua de função de distribuição normal, têm-se a
probabilidade de ruína:
f(β)
A=0,49819
Pf = 0,5 – 0,49819 = 0,00181
?
Pf = 1,81 x 10-3
β=2,91 β
63
3. Índice de Confiabilidade (β)
9
Delta=0,05
8 Delta=0,1
Índice de confiabilidade
7 Delta=0,2
Delta=0,3
6
Pf = 0,00001
5
4
3
2
1
0
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6
Coeficiente de variação do módulo de elasticidade
64
3. Índice de Confiabilidade (β)
Ek = 2 x 104 kN/cm2
40 cm Pk = 2206 kN
l=2m
δE = 15% e δP = 10%
b=?
65
3. Índice de Confiabilidade (β)
Resolução:
4l 2
I = Pd 2
, com Pd = γfPk e Ed = Ek / γm
π Ed
4l 2 4 × 200 2
I = Pd = 1,4 × 2206 × = 3505 cm 4 ⇒ b = 10,2 cm
π2E d π 2 × 2 × 10
4
1,4
π2E d I
Margem de segurança (M): Pf – Pd = 2
− Pd
4l
66
3. Índice de Confiabilidade (β)
π2 I
A média µM vale: µ M = 2
E m − Pm
4l
2
π2I
O desvio padrão vale: s M = 2 s E + SP 2
4l
Admitindo variação normal para o módulo de elasticidade e para a força
normal, têm-se:
γf γm
Pm Pk Ek Em 67
Pd=Rd
3. Índice de Confiabilidade (β)
Ek = Em – 1,645 sE (quantil de 5%)
Ek = Em – 1,645 δE Em
Ek 2 × 10 4
Em = = = 2,65 × 10 4 kN / cm 2
1 − 1,645δ E 1 − 1,645 × 0,15
Pk = Pm + 1,645 δP Pm
Pk 2206
Pm = = = 1894 kN
1 + 1,645δ P 1 + 1,645 × 0,1
68
3. Índice de Confiabilidade (β)
sE = δE Em = 0,15 x 2,65 x 104 = 0,4 x 104 kN/cm2
π2I π 2 × 3505
µM = E − Pm =
2 m
× 2,65 × 10 4 − 1894 = 3835 kN
4l 4 × 200 2
2 2
π2I 2 π 2 × 3505 4
sM
= 2 s E + SP = × 0, 4 × 10 + 189,4 2 = 885 kN
2
4l 4 × 200
µ M 3835
β= = = 4,33 ⇒ p f < 2 × 10 − 5
sM 885
69
3. Índice de Confiabilidade (β)
Influência dos coeficientes de ponderação sobre o índice de confiabilidade
10 Gama=1,4
9 Gama=1,3
Gama=1,2
8
Índice de confiabilidade
Gama=1,1
7 Pf = 0,00001
6
5
β = 4,5
4
3
2
1
0
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6
Coeficiente de variação do módulo de elasticidade
70