Sei sulla pagina 1di 5

PALESTRA

Revisão do conceito de agricultura orgânica: conservação do e seu efeito sobre a água. 69

REVISÃO DO CONCEITO DE AGRICULTURA ORGÂNICA:


CONSERVAÇÃO DO SOLO E SEU EFEITO SOBRE A ÁGUA

Ana Primavesi
Sindicato Rural de Itaí (SINDAI)

A "Revolução Verde" foi lançada para poder utili- entre Agricultura e Indústria, a agricultura mecânica-
zar as tecnologias desenvolvidas durante a 2 o Guerra química ficou conhecida como "Convencional". A agri-
Mundial, abrindo a agricultura para a indústria. Com cultura que antes pagava a industrialização ficou cara
isso iniciou-se o desmatamento e a exploração dos demais e trabalhou no vermelho. A indústria teve
solos no mundo inteiro. Já em 1970 preocupava-se ganhos altos e pagou impostos elevados. Parte dos
com a compactação excessiva dos solos, a erosão, as impostos os governos dirigiram à agricultura. Atual-
enchentes, as tempestades de poeira e as secas que mente tanto os EUA como a EU empregam ao redor de
apareceram com estas tecnologias. A água começou a 90 bilhões de dólares como subvenções para sua agri-
diminuir e os rios a secar. cultura.
Nos trópicos, com ecossistemas completamente
diferentes dos de clima temperado, esta tecnologia não Solos de clima temperado Solos de clima tropical
aumentou as colheitas como esperado, mas levou à rasos profundos
decadência total dos solos especialmente pela neutros (pH 7,0) ácidos (pH 5,6)
lavração profunda, a neutralização do alumínio por ricos ( CTC 500- 2200) pobres (CTC 10 a 150)
calagens elevadas, o desequilíbrio entre os nutrien- frios (ótimo 12 oC) quentes (ótimo 25 oC)
tes, causado pela adubação com NPK e uso de pouca microvida (1,5 .106) muita microvida
pesticidas, e a exposição dos solos a chuvas e sol. (20.106)
Como resultado aparecem cada vez mais pragas e produzem pela riqueza produzem pela
doenças que atacando as culturas foram combatidas em nutrientes vida diversificada
por substâncias tóxicas desenvolvidas durante a guer-
ra para a guerra como os fosforados, desenvolvidos Porém já em 1970 a decadência dos solos pelo uso
como neurotóxicos e os clorados, como inseticidas. de máquinas pesadas, aração profunda, adubos quí-
(CARSON, 1956) As monoculturas, introduzidas para micos (KLINKENBORG, 1993), herbicidas, monoculturas
permitir a mecanização em grande escala, os e a conseqüente falta de matéria orgânica (REICOVSKY,
herbicidas e as queimadas acabaram rapidamente com 1996) levou a uma compactação preocupante dos so-
as reservas do solo em matéria orgânica que se subs- los (BARNES, 1971), causando erosão, enchentes e em
tituiu por adubos químicos e, a mão de obra foi subs- seguida uma seca. Cada vez mais prolongada
tituída por máquinas, iniciando a migração de bilhões (P RIMAVESI , 1980, M ARELLI, 1996). Começou a
de pessoas para as cidades e as favelas. Perdeu-se o desertificação que RODRIGUES (2000) define como "a
contato com o solo e a natureza embora sejam a base degradação de terra em zonas áridas, semi-áridas e sub-
de qualquer vida. úmidas secas resultante de vários fatores, incluindo as va-
riações climáticas e as atividades humanas" 55% do NE
REVOLUÇÃO VERDE E A AGRICULTURA CON- (FERREIRA, 1994) e 27,6% dos continentes são desertos
VENCIONAL ou em desertificação (UNEP, 1991). A poluição da
água está aumentando, em parte pela erosão levando
A "Revolução Verde" foi inspirada pelo Prof. substâncias químicas dos campos para os rios, em
Borlaug, famoso pela criação de milho e trigo anão parte pela evaporação de defensivos durante sua apli-
que reuniu biotecnologia com a adubação química. cação, que pode ascender até 60 % do total (OMETTO,
Não usou variedades adaptadas ao solo e clima, mas 1981) e que chegam através das chuvas até os ocea-
fez os solos produzir com ajuda de adubos, defensi- nos, pólos e matas virgem.
vos e irrigação
Em 1961 o presidente Kennedy lançou a "Revolu- Efeito estufa: A agricultura contribui também para
ção Verde" sob o lema "Alimentos para a Paz" abrindo a a poluição da estratosfera aumentando o efeito estufa.
agricultura, pela primeira vez na história, para pro- Isso ocorre pela lavração que "mobiliza" a microvida,
dutos químicos industriais. A tecnologia em uso foi induzindo a decomposição explosiva de matéria
desenvolvida para os solos de clima temperado, orgânica. Duas horas depois da aração pairam nuvens
mesmo assim foi diretamente transferida para os grossas de CO2 sobre o campo (R EICOVSKY , 1996).
trópicos, sem consideração ao ecossistema completa- Outro fator são as queimadas mobilizando grandes
mente diferente. Como se tratava de um convênio quantidades de CO2. Solos irrigados como os de

Biológico, São Paulo, v.65, n.1/2, p.69-73, jan./dez., 2003


70 A. Primavesi

arroz, ou com matéria orgânica enterrada profundo A agricultura convencional está afetando seria-
demais e conseqüentemente com decomposição mente solos, água e ar, a saúde vegetal e humana.
anaeróbia, produzem grandes quantidades de CH4
com efeito estufa 25 vezes maior do que o gás AGRICULTURA ORGÂNICA
carbônico e, solos compactados perdem seu nitro-
gênio em forma de N2O para o ar com um efeito Atualmente a agricultura orgânica é orientada
estufa 250 vezes maior que o CO2. (CRUTZEN, 1970; pelas Normas de IFOAM com o objetivo de proteger o
IPCC, 1994). consumidor sem pretender orientar o agricultor. Ela
continua com o enfoque temático-analítico da agri-
Solo compactado: A falta de oxigênio no solo cultura convencional, continua combatendo sintomas,
compactado baixa radicalmente o metabolismo vege- embora com meios menos tóxicos, não se preocupa
tal. Em solo agregado, aeróbio (+ O2), em respiração muito com o solo, tomando sua melhora como dado
aeróbia a planta produz 688 Kcal / mol glicose de pela aplicação de composto do qual acredita ser NPK
energia e anaeróbia somente 22 a 25 Kcal/mol. Mas a em forma orgânica e não se preocupa pela profundi-
compactação contribui igualmente para a "redução" dade de sua aplicação, nem das variedades importadas
dos compostos minerais, que, em parte os torna tóxicos a hibridadas.
como o alumínio, enxofre, ferro, ou manganês Chama-se isso de "orgânico por substituição" substi-
(DÖBEREINER, 1965) e, em parte, faz desaparecê-los, como tuindo fatores químicos por orgânicos.
o fósforo (PRIMAVESI , 1980). No sistema SRI (UPHOFF,
2002) pela oxigenação do solo de arroz e o maior sis- A matéria orgânica: Na natureza todos restos vege-
tema radicular pode-se até quadruplicar a colheita tais ou serapilheira sempre se encontram nos horizon-
chegando até a 22 t/ha. tes Ao e A1 e nunca mais profundo. Entretanto, o siste-
Uma das reações a esta situação foi o Plantio Direto ma radicular das plantas quando bem desenvolvido
(Mulch-farming) onde o solo permanece coberto com pode acrescentar 5,0 t/ha na soja em plantio convenci-
palha, evitando o enterro da matéria orgânica e sua onal, 17 t/ha no cerrado natural e até 20 t/ha em pas-
decomposição anaeróbia, a erosão e o super-aqueci- tos bem manejados.(MIRANDO & MACEDO, 1997) Porém
mento e, em caso de rotação de 4 a 5 culturas, após em campos cultivados organicamente com composto
alguns anos, não necessita mais de adubo químico. enterrado até 40 cm de profundidade, as raízes per-
(BARTZ, 1998, CROVETO, 1996, GARCIA, 1996, RICE,1995) manecem superficiais por fugir dos gases tóxicos (CH 4
SH2) produzidos na decomposição anaeróbia, e pro-
O problema da água: duzem nem 2 a 3 t/ha de massa orgânica. O pior é que
Gasto de água: (ROSEGRANT,2003) as raízes fugindo dos gases permanecem nos 4 a 5 cm
pela países em países superficiais, geralmente lixiviados, baixando a produ-
desenvolvimento industrializados ção em 50 a 60 %. (PRIMAVESI 2003) Não é a agricultura
população 8% 11% orgânica que produz mal, mas o manejo errado do com-
indústria 21% 59% posto e da matéria orgânica em geral.
agricultura 71% 30% Segundo GLATHE (1966) o adubo químico leva à
decadência do solo; o composto de esterco animal
Seja observado que os países em desenvolvimento acrescenta nitrogênio ao solo, mas impede a fixação
são todos tropicais onde a tecnologia convencio- de N por bactérias, enquanto somente matéria orgâni-
nal acelera a decadência e compactação dos solos ca, especialmente palha (DHAR, 1972) induz a fixação de
que promove seu aquecimento, e portanto sua neces- N por bactérias e fungos de vida livre, aeróbios e
sidade em água, fora da água perdida por evapo- anaeróbios. Portanto, o composto não é indispensável
ração pelas altas temperaturas do ar durante a para a agricultura orgânica porque o problema não é
irrigação, e que chega a até 60% do total da o enriquecimento do solo com nutrientes, mas a nutrição
solução.(OMETTO, 1981). dos microrganismos (PRIMAVESI, 1965), que ocorre por
Cobertura do solo (mulch), melhor permeabilidade, substâncias orgânicas com proporção C/N larga. Mas
quebra ventos, variedades adaptadas e melhor nutri- exige-se uma diversidade muito grande de substâncias
das, um sistema radicular abundante (boro) reduzem orgânicas, uma vez que bactérias possuem somente 1
drasticamente a necessidade de irrigação. enzima, fungos podem ter algo mais.(PRIMAVESI, 1965)
As regiões mais prósperas são aquelas onde ocor- E cada enzima somente digere 1 única substância (fór-
rem as melhores condições de solo e clima (mata) e mula) química (MÜLLER 1972).Monoculturas com
onde se faz agricultura para promover a qualidade retorno de matéria orgânica podem ter 10 milhões de
da vida familiar e da comunidade em vez da explora- micróbios/cm3, mas de somente 8 a 10 espécies.
ção em extensas monoculturas para exportação. (INST. Capoeiras podem ter igualmente 10 milhões de
AGRON. PARANÁ, 1990) micróbios/cm3, porém, de 250 a 300 espécies. Portanto

Biológico, São Paulo, v.65, n.1/2, p.69-73, jan./dez., 2003


Revisão do conceito de agricultura orgânica: conservação do e seu efeito sobre a água. 71

a capoeira mobiliza nutrientes (CARO, 1994), enrique- espécie aumentando em muito o volume de solo
cendo o solo, mas a monocultura agrícola o empobrece, explorado por planta. Por isso duas variedades dife-
somente "exportando" nutrientes. rentes da mesma cultura p.ex. arroz, e que equivalem
a duas espécies diferentes, plantadas em linhas
Riqueza do solo: PRIMAVESI (1980) mostra que uma alternadas, dobram seu sistema radicular, são muito
certa quantidade de adubo químico misturado com 4 melhor nutridos, mais saudáveis e produzem 80%
kg de terra produz 30% do que a mesma quantidade mais (YOON, 2000)
produz misturado com 16 kg de terra. Nos trópicos O ciclo da água. A água evapora de correntezas
não é a concentração de nutrientes na solução do solo quentes do oceano que acompanham o litoral, sobe,
que produz mais, mas sim a concentração baixa, porém forma nuvens, e volta como chuva. A água pluvial
com um sistema radicular abundante. E raízes não se penetra no solo, alcança o nível freático e as reservas
desenvolvem em solos compactados, ou com lajes ou de água residente, nasce como fontes e nascentes, forma
hard-pans ou com falta de boro. Neste caso a produção riachos, fomenta os rios e volta ao mar. Se há erosão-
depende da adubação. enchentes-seca, o ciclo da água está interrompido na
superfície de solo compactado. A água não consegue
Os quatro itens fundamentais: A Agricultura mais penetrar mas escorre, sulcando o solo, causando
Orgânica tem de ser ecológica, holística, ou seja, enchentes assoreando os rios. Mas os níveis subter-
natural e trabalhar conforme o ecossistema. Por isso râneos de água ficam vazios. Não há mais nascentes,
não pode ser orientada por normas e receitas, mas nem riachos e os rios ficam sem água. (UNO,2003). Não
somente por conceitos. Há 4 itens que nunca podem se combatem enchentes com obras gigantescas, mas
ser negligenciados dos quais depende a agricultura pela conscientização dos agricultores, para recupe-
tropical. rar e conservar a estrutura grumosa de seus solos.
1. Suficiente Matéria Orgânica. Para a agregação e Reservas florestais são necessárias quando o solo, pela
oxigenação do solo, da qual depende a infiltração da utilização de tecnologias inadequadas perde sua
água, a disponibilidade dos nutrientes e o metabolismo estrutura agregada. Por outro lado, quanto mais
das plantas. diversificada a vegetação tanto melhor a agregação e
2. A bio-diversidade vegetal da qual depende a diver- tanto mais rápida a infiltração da água no solo. Na
sidade da vida no solo, seja como simbiontes, seja de Amazônia, onde a mata ainda estava de pé não existia
vida livre, que mobiliza os nutrientes. nenhuma enchente e todas as pontes sobre os
3. A cobertura do solo para evitar seu super-aqueci- iguarapés encontravam-se somente a 40 cm acima do
mento, (porém com atenção à alelopatia ou inimizade nível da água. Mas quando se derrubou a mata todas
entre as plantas p.ex. leguminosas x cebola, ou giras- as pontes foram levadas por enchentes.
sol x batatinhas). Árvores também impedem o vento levar a umidade
4. O controle do vento (quebra-ventos e bosques) para do solo e a água transpirada. O vento pode levar até
não perder boa parte da umidade. um equivalente de 700 mm/ano de chuva (EMBRAPA,
2001) e baixar a produção vegetal em 50 até 70%
A vida humana, animal e vegetal dependem da (SAATO, 1948). Quer dizer com 50% de área florestada,
água e esta da permeabilidade do solo produzida sem vento, produz-se o mesmo ou mais de que em
pela microvida que necessita de matéria orgânica área 100% desmatada.
como alimento.
Pragas e doenças: Para as doenças e pragas que
AGRICULTURA ORGÂNICA-ECOLÓGICA atacam as lavouras Borys (1968) verificou a influên-
cia da nutrição vegetal sobre a resistência a parasitas
A agricultura orgânica-ecológica, ou se quiser e CHABOUSOU (1981, 1983) em sua teoria de "Trofobiose"
natural, não trabalha com fatores, como o combate de mostra que desequilíbrios minerais, também quando
erosão e enchentes, construindo curvas de nível, induzidos por pesticidas, todos em base mineral, pro-
murundús e microbacias ou combate de pragas e vocam o ataque das plantas por outras pragas e do-
doenças, mas trabalha com sistemas e ciclos onde não enças, (também BUSSLER, 1968; HOMÉS 1963; 1972;
se combatem sintomas mas se procuram as causas, PRIMAVESI , 1980; 1987) p.ex. O curuquerê da couve-
isto é o fator alterado, que procura corrigir. É holística. flor (Ascia monuste orseis ) somente ataca plantas defi-
A base da agricultura ecológica é a máxima di- cientes em molibdênio. Portanto, se aplicar uma adu-
versificação da capa vegetal. Quando os agricultores bação foliar com Mo, a tracinha não põe mais seus
ainda plantavam 4 culturas (milho-feijão-mandioca- ovos na couve-flor porque não se acumula mais a subs-
abobora) simultaneamente nenhuma ficou doente. Isso tância que seus filhotes poderiam digerir. Ou a brusone
porque espécies diferentes podem permitir o (Piricularia oryzae) somente ataca o arroz quando este
enraizamento de seu espaço radicular por outra é deficiente em cobre. Adubando com sulfato de cobre

Biológico, São Paulo, v.65, n.1/2, p.69-73, jan./dez., 2003


72 A. Primavesi

ela não consegue mais atacar o arroz, porque não existe BUSSLER, W. The importance of balanced fertilizers with 12
mais a substância que sua enzima consegue digerir. mineral nutrients for hiogher yields and adequate
quality. Scient Varia v.38, p.503-540, 1972
Descompactação: Máquinas podem romper lajes C ARO, C.R. Un acercamiento a la microbiologia del suelo,
em Gutiérrez,M.M.Agricultura para la Vida., Unisarc,
e até pulverizá-las, mas nunca conseguem agregar o
Sta. Rosa de Cabal, p.171-199, 1997.
solo tornando-o grumoso, permeável e arejado. Este é
C ARSON , R. Primavera silenciosa, Munique: Biederstein, 1961.
um processo biológico (PRIMAVESI, 1965; 1980; 1987). C HABOUSSOU,F. Les plantes malades des pesticides. Paris:
Matéria orgânica é o alimento da vida do solo. So- Debard, 1981.
mente a vida aeróbia o agrega, tornando-o permeável C HABOUSSOU,F. La santé des plantes: Une revolution
à água e ar. Mas, também, nutre os anaeróbios que agricole. Maison Rustique, Paris, 1983.
mobilizam nutrientes (EIRA, 1992; HENDERSON , 1975; C ROVETO, C. El desarrollo de la Zero Labranza en el fundo
HUNGRIA, 1992; SPERBER; 1957; TSAI, 1992). de Chequen y su influencia en alguns parametros
Em solos pobres a muito pobres a mata amazôni- físicos, químicos y biológicos. CONGRESSO NACI-
ca produz até 5,5 vezes mais biomassa de que a flo- ONAL DE SIEMBRA DIRECTA 4. v.1, 1996 p 87-119
resta boreal em solos ricos. O segredo não é tanto a C RUTZEN, P.J. The influence of nitrogen oxide on the
atmosferic ozon content.Quart. Royal Meteor. Soc. Journ.
reciclagem rápida da matéria orgânica, mas a diver-
Reading-UK,96, 1970,: 320-325p
sidade enorme de sua vegetação (400.000 espécies
DHAR, R. World food crisis and land fertility improvement.
diferentes). Esta garante-se graças a "guerra química" Calcutta: Univ.Calcutta, 1972.
entre as plantas (DOBREMEZ, 1995) onde muitas plan- DÖBEREINER, J. & ALVAHYDO, B. Eliminação da toxidez de
tas ou árvores defendem seu espaço até um raio de 50 manganês pela matéria orgânica em solos. “gray
metros contra o aparecimento de um outro exemplar hidromorphicos”. Pesqui Agropec Bras. v.2, p.163-170,
de sua espécie. 1966
DOBREMEZ, J.F. Guerre chimique chez les vegeteaux. L a
Solo – Plantas – Micróbios – Água são uma unidade Recherche, v.279, p.912-916, 1995.
beneficiando-se mutuamente e dependendo um do EIRA, A.F. Solubilização micriobiana de fosfatos, In: C AR-
DOSO et.al. Microbiologia do solo. Soc. Bras. Ci. Solo,
outro. O estudo de fatores isolados não leva à com-
p.243-255, 1992.
preensão de ciclo ou sistema algum.
FERREIRA, D.G.; RODRIGUES, V.; PEREIRA, J.; LI M A, M.G. A
desertificação no nordeste do Brasil II: diagnóstico e
Transgênicos: Não se combate a fome pelos GM's, perspectiva. In: CONFERÊNCIA NACIONAL e SE-
mas pelo manejo das leis naturais. Nenhuma cultura MINÁRIO LATINOAMERICANO DA
transgênica garante a nutrição melhor das plantas. A DESERTIFICAÇÃO, 1994, Fortaleza. Resumo. Forta-
soja RR permite somente matar o "mensageiro" como leza: 1994. 54p.
p.ex. o amendoim-bravo (Euphorbia heterophylla), que GARCIA, F.O. Fertilización de trigo en labranza convencio-
anuncia a falta de molibdênio. O mensageiro é morto, nal y siembra directa en el sur de la provincia de
a deficiência continua. Ou nas variedades Bt, que Buenos Aires. J. Reg. Fertilidad d. Suelos Fertilización y
possuem uma proteína tóxica implantada, matam-se Siembra Directa, p.39-54, 1995
as pragas mantendo as plantas limpas, como p.ex. do GARCIA, F.O. Dinámica del Nitrogeno PROCISUR, curso
de Siembra Directa,INTA, Cordoba, 1996
lagarto-de-cartucho em milho, mas a causa de seu
GLATHE, H & GLATHE,G. Bedeutung der mikroorganismen
aparecimento é a falta de boro. A deficiência continua
für die nährstoffumsetzung im boden In: Sharrer-
e aumenta. Por isso o valor biológico destes alimentos linser, handbuch der pflanzenernährung und
é baixo. Uma planta somente tem de ser defendida düngnung. New York: Springer Wien, 1996. p.626-642.
porque não conseguiu formar todas as substâncias a HENDERSON , M.E.K. & DUFF, R.B. The release of metallic and
que geneticamente seria capaz. Ela é deficiente isto é silicate ions from minerals, rocks and soils by fungal
doente. Os índios bolivianos dizem: somos feitos de luz, ativity. J. Soil Sci. v.14, p.236-246 p,1973.
chuva (água) e terra (minerais). Vocês modificaram a luz, a HOMÉS, M.V.L. Effect of completely equilibrated fertilizer
água, os solos e as plantas. E agora? O que será de nós? on the production of plants, cultivated on large scale.
Scient.Varia,v.38, p.469-502, 1972
HUNGRIA, M & URQUIAGA, S. Transformação microbiana de
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS outros elementos, Em: C ARDOSO , E.J.B.N. (Eds.).
Microbiologia do solo. Campinas: Soc. Bras. Ci. Solo,
BARNES, K.K. et al. Compaction of agricultural soils. Asa 1992. p.329-340.
Monograph. ed. Amer.Soc. Agric.Engin. 1971. IPCC. Climate change, radiativ forcing of climate change and a
BARTZ, H.K. Dinâmica dos nutrientes e adubação em sistema evaluation of the IPCC 1892 scenários . London:
de produção de Plantio Direto.CCR-UFSM, 1998, 52p Cambridge Univ. Press, 1994. 339p
BORYS, M.W. Influencia da nutrição vegetal na resistência INSTITUTO AGRONÔMICO DO PARANÁ, citado em PRIMAVESI , O.
das plantas aos parasitas.Progr.Biodin.Produt.Solo, Integração dos sistemas de manejo do solo à ecologia
Sra.Maria, 1968, p.385-404. regional e qualidade de vida. In: CONGRESSO BRA-

Biológico, São Paulo, v.65, n.1/2, p.69-73, jan./dez., 2003


Revisão do conceito de agricultura orgânica: conservação do e seu efeito sobre a água. 73

SILEIRO DE CI. SOLO. 29., 2003, Riberão Preto. Resu- sustentabilidade e o semi-árido. Fortaleza: Univ. Fed.
mo. Ribeirão Preto, 2003. Ceará, 2000. 137-164p.
KLINKENBORG, V. Fertilizantes químicos afetam negativa- REICOVSKY, D.C. La perdida de dióxido de carbono en el
mente a estrutra dos solos. National .Geographic, v.12, suelo à causa de las labranzas. Congresso. Nacional.
1993. Siembra Directa. 4. 1996, Córdoba. Resumo. n2, p.105-
MARELLI, G.H. Infiltraçción, escurrimiento y humedad del 131 APRESID, Cordoba, 1996.
suelo en Siembra Directa. PROSICUR, curso de RICE, C.W. Cíclo del nitrogeno del suelo en siembra
Siembra Directa, INTA Cordoba, 1996. directa. J. Reg. Fertil. Suelos. fertilización y siembra
MIRANDA, C.H.B. & MACEDO, M.C.M. Resíduos orgânicos directa. AAPRESID, 61-76p. 1995.
em um Latossolo dos cerrados sob vegetação natural ROSEGRANT, M.W.; C AI ,; CLINE S.A. Global water outlook
e diferentes cultivos.In: ENCONTRO BRASILEIRO to 2025; averting an impending crisis.
SOBRE SUBSTÂNCIAS HUMICAS. 1997, São Carlos. Washington,DC, International.Food Policy
Anais, São Carlos: Embrapa, Instrumentação Agropec. Research .Institute, 2002.
1997. 143.p. SAATO, L. In: GRACE, J. Plant response to wind. London:
MÜLLER, L. Curso em fisiologia vegetal na pós-graduação em Academic Press, 1977. 204p.
agronomia. Porto Alegre, UFSM/RS, 1970. SPERBER, J.J. Solution of mineral phosphorous by soil
OMETTO , J.C. Bioclimatrologia vegetal, São Paulo: bacterias, Nature, v.80, p.994-995, 1957.
Agron.Ceres, 1981. 425p. TSAI , S.M. Transformações microbianas do fósforo. In..
PRIMAVESI , A. Microbiologia do solo. Santa Maria: Palotti, 1965. C ARDOSO et al. (Eds.). Microbiologia do solo, Campinas:
PRIMAVESI , A. Manejo ecológico do solo. São Paulo: Palotti, 1980. Soc. Bras. Ci. Solo, 1992. 231-142p.
PRIMAVESI , A. Manejo ecológico de Pragas e doenças. São Paulo: UNEP, Status of desertificação and implemention of UN plan
Nobel, 1987. of action to combat desertification. Nairobi, 1991, 78p
PRIMAVESI , A. Levantamento em agricultores orgânicos. 2003. UNITED NATIONS. World water development report: water
PRIMAVESI , O. Integração dos sistemas de manejo do solo à for people,water for life,Paris UNESCO Publishing/
ecologia regional e qualidade de vida. In: CONGRES- Berghahn books, 2003. 576p
SO BRASILEIRO DE CI. SOLO. 29., 2003, Riberão Preto. UPHOFF, N, Assessments of the system of rice intensification
Resumo. Ribeirão Preto, 2003. (SRI). China: Sanya, 2002.
RODRIGUES, V. Desertificação: problemas e soluções, In: YOON , C.K. Reportagem no Estado de S.Paulo, copiado da
S E N N A D E O LIVEIRA , T. et al. (Eds.). Agricultura, New York Times, 2/10/2000.

Biológico, São Paulo, v.65, n.1/2, p.69-73, jan./dez., 2003

Potrebbero piacerti anche