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A ENTREVISTA NO SERVIÇO SOCIAL: características, usos e significados

Fundamental no trabalho do Assistente social, como instrumento técnico


operativo, a entrevista é trabalhada desde a origem da profissão, inicialmente no
Serviço Social de Caso, focando-se muitas vezes em fatos isolados, sem levar
em consideração uma análise crítica.

Atualmente, ela constitui-se então como um processo de diálogo entre o


assistente social e os seus usuários permitindo realizar uma escuta qualificada
e estabelecer uma relação dialógica intencional com o usuário, através da qual
se busca conhecer a realidade social, econômica, cultural e política onde este
está inserido e que incide direta ou indiretamente sobre as suas demandas,
através da fala dos usuários.
Seu uso deve estar articulado com as diferentes dimensões que formam uma
unidade na competência profissional, sendo elas: teórico-metodológica, ético-
política e técnico-operativa, juntas no enfrentamento da questão social e no
atendimento das demandas dos usuários.
Segundo Sarmento (1994),
“a entrevista é sempre uma relação face-a-face entre duas ou
mais pessoas, sendo que a diferenciação em seu uso é dada
pela maneira e a intenção de quem a pratica, mas reconhecendo
que é uma relação de distância e envolvimento, conhecimento e
ação, pensamento e realidade, interação e conflito, mudar e ser
mudado” (p. 287).

A entrevista também é um espaço onde se manifestam as contradições


presentes tanto na relação profissional-usuário, como na relação indivíduo-
sociedade, além de reconhecer elementos possíveis para construção conjunta
de estratégias de enfrentamento das situações vivenciadas.

OBJETIVOS DA ENTREVISTA

Mediação necessária no processo de conhecimento da realidade do


usuário e intervenção profissional, a entrevista tem seus objetivos principais:
conhecer a realidade dos usuários e prestar informações sobre as situações
demandadas por esses, além de fazer encaminhamentos e orientações para
garantia de direitos.
É importante desenvolver uma escuta qualificada do sujeito, perceber
como “aquele problema” trazido pelo usuário ao assistente social afeta a sua
vida, para assim o Assistente Social em conjunto com o usuário, penetrar na
realidade social e produzir um novo saber baseado na reflexão crítica e na
análise das contradições e inter-relações contidas nesta realidade. Além disso,
o assistente social pode e deve utilizar o espaço da entrevista para veicular
informações de interesse da população.

O domínio de informações referentes às diferentes políticas públicas


também pode contribuir com o trabalho de democratização das informações aos
usuários, ou seja, ficar atento a veracidade de informações, para evitar “idas e
vindas” da população a diferentes órgãos.

CLASSIFICAÇÃO DAS ENTREVISTAS

Podemos classifica-las em: estruturadas ou fechadas, não estruturadas


ou abertas e temos ainda a modalidade de entrevista semiestruturada.

As estruturadas, são realizadas de modo que o profissional formula as


perguntas conforme a ordem estabelecida em um roteiro elaborado previamente,
atingindo rapidez na aplicação, traçando o perfil socioeconômico dos usuários.

A entrevista não estruturada, não é uma simples conversa sem


intencionalidade, um tipo de “conversa” livre com o entrevistado, buscando
compreender razões, sentimentos, motivações, sem, contudo seguir uma
estrutura formalizada de questionamentos. O profissional deve estar atento para
não fugir do tema original e objetivo da entrevista.

O tipo de entrevista semiestruturada, é mais espontânea, ou seja, é uma


conversa, mas com questões a serem pautadas, questões norteadoras e
objetivos preestabelecidos, deixa espaço para o surgimento de outros aspectos
não previstos pelo entrevistador, aliando dados objetivos sobre as condições de
vida dos usuários com a compreensão de aspectos subjetivos sobre suas
demandas e situações vivenciadas.
ETAPAS DA ENTREVISTA

Como qualquer instrumento para operacionalização, a entrevista tem suas


etapas, são elas: planejamento, operacionalização e registro.

O planejamento serve para evitar que aspectos importantes sejam


esquecidos ou que a mesma não ocorra conforme o previsto, levando em conta
os objetivos do profissional, os objetivos institucionais e as necessidades dos
usuários para decidir qual a melhor modalidade de entrevista e se ela deverá ser
individual ou grupal, preparar um espaço físico adequado para a entrevista que
permita a comunicação entre assistente social e a manutenção do sigilo
profissional, evitando expor o usuário.

Para a execução da entrevista, deve-se levar em conta uma comunicação


efetiva, o momento do acolhimento por parte do assistente social para que o
usuário compreenda que o profissional tem por objetivo a garantia dos seus
direitos sociais. Independentemente do local da entrevista, deve-se iniciar com
a apresentação do assistente social e com a exposição clara dos objetivos da
entrevista. As informações obtidas através da entrevista irão subsidiar a
avaliação da situação apresentada pelo usuário e possibilitarão manter um
diálogo a partir de questionamentos e reflexões, afinal, trata-se de questões
referentes à estruturas marcadas por desigualdades, violências e injustiças
sociais,

O Registro, é a materialização da realização da ação, dessa forma, a


linguagem utilizada nos relatórios e prontuários seja a mais clara, objetiva e
técnica possível, é a sistematização das informações obtidas/produzidas a partir
do usuário e pode subsidiar decisões institucionais e de outros profissionais.
Através dessas informações, pode-se ainda, utiliza-las na construção de
documentos para área de ensino, produzindo um novo saber a partir da realidade
concreta vivenciada pela população.

Portanto, a técnica não pode ser neutra, ela permite que o conhecimento
teórico se operacionalize, crie movimento. O Assistente social vai utilizar técnicas
específicas para melhorar o relacionamento, propiciar o diálogo, fortalecer o
saber/poder do usuário e encorajá-lo para enfrentar as questões que estão ao
seu alcance, buscando sempre primar por sua autonomia e participação, além
de atuar na garantia dos seus direitos sociais.

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