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Uma em cada 4 pessoas que usam a internet no mundo tem uma conta no Facebook. Esse
meio bilhão de pessoas publicam 14 milhões de fotos diariamente. Os 100 milhões de
usuários do Twitter postam 2 bilhões de mensagens por mês. Dê um google no nome de
alguém e os tweets dele vão estar lá. Pesquisadores cunham termos bonitos como a "era
da hipertransparência". E a maior rede social do planeta deu um passo grande rumo a tal
hipertransparência: em maio, o Facebook mudou as regras sobre a privacidade em suas
páginas. "Estamos construindo uma internet cujo padrão é ser sociável", decretou Mark
Zuckerberg, criador e presidente do site, ao anunciar as mudanças. Utopia sociológica à
parte, interessa para ele que usuários de seu serviço possam ser encontrados com mais
facilidade. E, quanto mais gente lá, mais Zuckerberg pode faturar com publicidade. As
mudanças, de cara, parecem bem sutis. Antes, não dava para ver a foto de perfil ou a idade
de uma pessoa pesquisada, por exemplo. Agora, a não ser que o usuário mude as
configurações no braço, um resumo de sua ficha ficará exposto na internet. Não é pouca
coisa. E para piorar a internet não "esquece" nada. Qualquer vacilo do passado pode
causar um problema no presente. Em suma, nunca existiram tantas possibilidades de
exposição pública. Um estudo da Universidade da Califórnia mostra mudanças no
comportamento: os entrevistados disseram tomar mais cuidado com o que postam online
hoje do que há 5 anos. A mudança de comportamento se nota na manifestação contra a
mudança na configuração de privacidade do Facebook; enquanto que em 2006, quando o
Orkut passou a identificar quem visitava o seu perfil. Não faltaram reações: "Qual é a graça
se não dá mais para espionar a vida dos outros escondido?", perguntavam os usuários. É
difícil imaginar algo assim hoje. Aprendemos a nos comportar na rede como nos
comportamos em público.
Nas ilhas Mascarenhas -Maurício, Reunião e Rodriguez -, localizadas a leste de
Madagáscar, no oceano Índico, muitas espécies de pássaros desapareceram como
resultado direto ou indireto da atividade humana. Mas aquela que é o protótipo e a tataravó
de todas as extinções também ocorreu nessa localidade, com a morte de todas as espécies
de uma família singular de pombos que não voavam - o solitário da ilha Rodriguez, visto
pela última vez na década de 1790; o solitário da ilha Reunião, desaparecido por volta de
1746; e o célebre dodô da ilha Maurício, encontrado pela última vez no início da década de
1680 e quase certamente extinto antes de 1690. Os volumosos dodôs pesavam mais de
vinte quilos. Uma plumagem cinza-azulada cobria seu corpo quadrado e de pernas curtas,
em cujo topo se alojava uma cabeça avantajada, sem penas, com um bico grande de ponta
bem recurvada. As asas eram pequenas e, ao que tudo indica, inúteis (pelo menos no que
diz respeito a qualquer forma de voo). Os dodôs punham apenas um ovo de cada vez, em
ninhos construídos no chão. Que presa poderia revelar-se mais fácil do que um pesado
pombo gigante incapaz de voar? Ainda assim, provavelmente não foi a captura para o
consumo pelo homem o que selou o destino do dodô, pois sua extinção ocorreu sobretudo
pelos efeitos indiretos da perturbação humana. Os primeiros navegadores trouxeram porcos
e macacos para as ilhas Mascarenhas, e ambos se multiplicaram de maneira prodigiosa. Ao
que tudo indica, as duas espécies se regalaram com os ovos do dodô, alcançados com
facilidade nos ninhos desprotegidos no chão e muitos naturalistas atribuem um número
maior de mortes à chegada desses animais do que à ação humana direta. De todo modo,
passados os primeiros anos da década de 1680, ninguém jamais voltou a ver um dodô vivo
na ilha Maurício. Em 1693, o explorador francês Leguat, que passou vários meses no local,
empenhou-se na procura dos dodôs e não encontrou nenhum.
Nas últimas décadas, a China poupando 40% do PIB, cresce a taxas espantosas. Nos
Estados Unidos, políticas financeiras levianas tornam o país dependente dos chineses.
Ainda pior, no teste Pisa os americanos amargam as posições entre 15ª a 31ª, enquanto a
campeã absoluta é a cidade de Xangai. Ainda, um livro que uma professora americana
conta como educou suas filhas ao estilo chinês vira best-seller. Proibindo as filhas de
participar de teatro, de atividades extracurriculares, de ver TV ou jogar no computador, de
tirar qualquer nota que não fosse A, de obter qualquer colocação que não fosse o primeiro
lugar e de tocar qualquer coisa que não fosse piano ou violino (e por duas ou três horas de
prática diária). Filhos estressados? Enquanto 70% das mães ocidentais temem as pressões
sobre os filhos, 0% das chinesas se preocupa com isso. Se os filhos não se saem bem, é
vergonha para os pais. Para evitarem a desonra, gastam dez vezes mais tempo ajudando
os filhos nos deveres - em comparação com as mães ocidentais. Para os orientais, nada é
divertido ou agradável, até que seja totalmente dominado. Portanto, não se pergunta à
criança se quer estudar, praticar ou se gosta do que está fazendo. É crença deles, gosto se
adquire na prática obsessiva e do sucesso que vem dela. Se malandrava ou tirava notas
ruins, Chua era chamada pela mãe de “lixo”. A vergonha foi um santo remédio e não deixou
cicatrizes na personalidade. Se a nota foi menos que A, só pode ser por vadiagem, pois é
certo que o filho pode obter os resultados esperados. Daí as explosões de fúria paternal,
sem as preocupações em traumatizar as crianças. Portanto, ter peninha da pobre criança
que não tem vontade de estudar é trocar o conforto emocional de hoje pelo futuro do filho. A
educação nem sempre é leve e divertida. Fica assim, depois que se toma o gostinho de
lidar com assuntos entendido. Antes, é suor.
Há não muito tempo, falava-se em imprensa escrita, falada e televisada quando se desejava
abarcar todas as possibilidades da comunicação jornalística. Os jornais e as revistas, o
rádio e a televisão constituíam o pleno espaço público das informações. Tinham em comum
o que se pode chamar de “autoria institucional”: dizia-se, por exemplo, que tal notícia “deu
no Diário Popular”, ou “foi ouvida na rádio Cacique”, ou “passou no telejornal da TV
Excelsior”. Funcionava como prova de veracidade do fato. Hoje a autoria institucional
enfrenta séria concorrência dos autores anônimos, ou semi-anônimos, que se valem dos
recursos da internet, entre eles os incontáveis blogs. Considerados uma espécie de
cadernos pessoais abertos, os blogs possibilitam intervenção imediata do público e
exploram em seu espaço virtual as mais distintas formas de linguagem: textos, desenhos,
gravuras, fotos, músicas, vídeos, ilustrações, reportagens, entrevistas, arquivos importados
etc. etc. A novidade maior dos blogs está nessa imediata conexão que podem realizar entre
o que seria essencialmente privado e o que seria essencialmente público. Até mesmo
alguns velhos jornalistas mantêm com regularidade esses espaços abertos da internet. A
diferença é que, em seus blogs, eles se permitem depoimentos subjetivos e apreciações
pessoais que não teriam lugar numa Folha de S. Paulo ou num O Globo, por exemplo.
Qualquer cidadão pode resolver sair da casca e dizer ao mundo o que pensa. Artistas
plásticos trocam figurinhas em seus blogs diante de um largo público de espectadores,
escritores adiantam um capítulo do próximo romance, um músico resolve divulgar sua nova
canção. É só abrir um espaço na internet. Não importa a extensão das descobertas
tecnológicas, sempre será imprescindível a atuação do nosso espírito crítico diante de cada
fato novo que se imponha à nossa atenção.
Voto do ministro Marco Aurélio, que admitiu repercussão geral em recurso sobre a proibição
de expulsão de estrangeiro com filhos no Brasil, foi seguido por unanimidade em votação no
sistema Plenário Virtual do Supremo Tribunal Federal. O tema será analisado no Recurso
Extraordinário (RE) 608898. A União, autora do RE, questiona decisão do Superior Tribunal
de Justiça que, ao analisar um recurso, proibiu a expulsão de estrangeiro “que tenha
concebido prole brasileira posteriormente ao fato motivador do ato expulsório”. De acordo
com aquela corte, a concepção de filho brasileiro após o fato que originou a expulsão
impede a medida tendo em vista os princípios da proteção do interesse da criança e da
garantia do direito à identidade, à convivência familiar e à assistência pelos pais, presentes
na Constituição Federal e no Estatuto da Criança e do Adolescente. Assim, a União alega
violação aos artigos 227 e 229, da CF. Assevera que, na coexistência da proteção dos
direitos da família e da criança com a proteção da soberania e do território nacional, a Lei
6.815/80 previu a impossibilidade de expulsão de estrangeiro somente quando a prole
brasileira seja anterior ao fato motivador da expulsão. Sob o ângulo da repercussão geral, a
autora sustenta a relevância dos pontos de vista econômico, político, social e jurídico do
tema. A União salienta que o caso refere-se a conflito de interesse do Estado brasileiro
quanto à “proteção de direitos e garantias fundamentais aparentemente conflitantes, com
reflexos interna e internacionalmente”. “Cumpre ao Supremo definir a espécie presentes os
valores envolvidos, a saber: a soberania nacional, com manutenção de estrangeiro no país,
e a proteção à família, ante a existência de filho brasileiro”, disse o relator, ministro Marco
Aurélio. Ele foi seguido por unanimidade dos votos.
Pesquisadores do Rio e de Belém alertam para o risco de que a febre chikungunya,
causada pelo mesmo mosquito que transmite a dengue, se espalhe pelo país. Os médicos
diagnosticaram um caso dessa febre a partir de testes sorológicos para a detecção de
anticorpos do vírus da doença. O paciente é um surfista carioca de 41 anos, contaminado
em uma viagem à Indonésia, em agosto de 2010. O trabalho será apresentado durante o
Congresso Brasileiro de Medicina Tropical, que acontece entre os dias 23 e 26 de março,
em Natal (RN). O vírus da doença é transmitido pelo mesmo mosquito da dengue, o Aedes
aegypti. Como os sintomas são muito parecidos com os da dengue, a chikungunya pode
chegar ao Brasil e não ser detectadas. A Organização Mundial de Saúde registra casos da
febre na África e na Ásia. Apesar de o problema ainda não existir no país -há três casos
diagnosticados, todos de pessoas contaminadas no exterior, pesquisadores estão alertas.
Como a infestação de mosquito no país é alta, o temor é que o vetor espalhe o vírus. "Trinta
por cento dos casos da chikungunya são assintomáticos, o que pode contribuir para a
dificuldade de bloqueio dos casos vindos de outros países, introduzindo a doença no
Brasil", explica a infectologista Isabella Albuquerque, do Hospital São Vicente de Paulo
(RJ), uma das responsáveis pelo diagnóstico do surfista. A chikungunya tem quase os
mesmos sintomas da dengue. Uma das características que a diferencia da dengue é a dor
forte nas articulações - algumas vezes, chega a ser confundida com artrite. Ela não
apresenta versão hemorrágica e seu índice de letalidade é baixo. Mas as dores nas
articulações, nos casos mais graves, podem perdurar por até cinco anos. Como na dengue,
ainda não há medicamentos para combater a chikungunya. São usados antiinflamatórios,
analgésicos e antitérmicos para controlar sintomas.
O Brasil avança na economia, mas tem um longo caminho a percorrer na educação. O país
é o único dos BRICs a não ter nenhuma instituição de ensino superior entre as cem mais
bem avaliadas por acadêmicos no mundo todo. É o que mostra o novo ranking divulgado
nesta quinta-feira pela THE (Times Higher Education), principal referência no campo das
avaliações de universidades no mundo, que é baseada em Londres. A Rússia aparece com
a Universidade Lomonosov, de Moscou, na 33ª posição. A China tem cinco universidades
no ranking (duas em Hong Kong e uma em Taiwan). A melhor é a Tsinghua, de Pequim, no
35º lugar. O Instituto Indiano de Ciência está na 91ª colocação. Foram ouvidos 13.388
acadêmicos de 131 países para chegar à lista das universidades com melhor reputação.
São estudiosos com, em média, mais de 16 anos de trabalho em instituições de ensino
superior e 50 trabalhos científicos publicados. Na liderança, mais uma vez, aparece a
americana Harvard, que também lidera o ranking geral da THE divulgado em setembro de
2010. A diferença entre os rankings é que o geral leva em conta 13 critérios: relação
estudante/professor, quantidades de alunos e professores estrangeiros, número de
trabalhos científicos publicados, ênfase em pesquisa etc. O índice de reputação, divulgado
pela primeira vez pela THE, considera apenas a imagem que as instituições têm entre os
acadêmicos. Foi pedido que apontassem, entre mais de 6.000, até dez universidades como
as melhores do mundo em seus campos específicos. Os Estados Unidos são o grande
destaque, com sete universidades entre as dez primeiras e 45 entre as cem. Em seguida
vem o Reino Unido, com duas entre as dez primeiras (Oxford e Cambridge) e 12 no total. A
surpresa é a Universidade de Tóquio, que aparece na oitava posição. No ranking geral, ela
está no 26º lugar. Itália, Espanha e Portugal não figuram no ranking.
Se existe uma certeza quanto ao futuro, é a de que ele será mais velho. Aos poucos, o
mundo ao nosso redor terá mais idosos, resultado de uma taxa de fecundidade que
continuará caindo e de uma expectativa de vida que continuará subindo. Em 2050, o
planeta contabilizará dois bilhões de indivíduos com mais de 65 anos. Só no Brasil eles
serão mais de 55 milhões. Por seu impacto, esse é um fenômeno que mudará a história do
ser humano para sempre. Nossas moradias serão diferentes, planejadas para abrigar com
segurança e conforto a população. A medicina se empenhará para criar terapias que
proporcionem boa saúde. As indústrias do turismo, do lazer e do conhecimento também
criarão produtos para que a vida aos 70, 80, 100 anos permaneça divertida. A
transformação rumo a esse mundo já começou. Muitas moradias começam a ser
construídas levando em consideração o fato de que dentro delas haverá alguém com mais
de 65 anos. Banheiros com barras de apoio, rampas no lugar de escadas e portas com
maçanetas fáceis de manusear são alguns dos detalhes presentes nas edificações mais
modernas. Elas são a primeira mostra da chamada “arquitetura da velhice”, área emergente
dedicada a pensar moradia para idosos. A busca de autonomia é o ponto mais importante
dessa nova realidade, pois é preciso garantir liberdade de ação, de movimentos e de
escolha para essa população. Afinal, quando se fala de idosos é preciso tirar da mente
aquela imagem arcaica do velhinho, pois nos próximos anos, a velhice perderá de vez este
estigma. Esse anseio dos mais velhos pelo que a vida ainda pode apresentar de novo tem
alimentado as áreas de intercâmbio cultural, caracterizado por cursos de línguas oferecidos
em outros países, e de turismo. Há ainda consenso de que merecem atenção especial os
cuidadores, as pessoas que tomarão conta daqueles mais debilitados pela idade.
O artista suíço George Steinmann deixou seu país em 1992 e aportou no Centro de Artes
de Tallinn, capital da Estônia, para apresentar quadros que produziu com minerais extraídos
da água. Acabou propondo a revitalização do espaço, àquela época bastante deteriorado.
Queria transformá-lo em um símbolo de cultura de sustentabilidade. Terminou a reforma
três anos depois, usando materiais não nocivos ao ambiente. “Vemos uma nova imagem do
mundo, na qual a arte procura o seu lugar”, disse, na reinauguração do local. Ações como a
de Steinmann, que aproximam arte e sustentabilidade, multiplicam-se à medida que
aumenta o debate sobre as mudanças climáticas. Com filmes, fotografias, desenhos e
outras formas de expressão artística, as discussões acerca da sustentabilidade têm cada
vez mais aparecido com destaque nas agendas culturais. “O conceito de desenvolvimento
sustentável se tornou popular após a Eco-92, no Rio. Mas o debate cultural nessa área foi
negligenciado”, diz Sacha Kogan, coordenadora do Cultura 21, grupo de entidades que
defendem um processo de mudança cultural no mundo com base em ideias sustentáveis.
De acordo com o pesquisador cultural Hans Dieleman, as primeiras “obras ambientais”
surgiram nos anos 1960, mas hoje é mais fácil artistas tratarem desse tema. “O método
artístico pode ajudar a despertar emoções que a ciência não consegue”, diz ele. Por meio
do humor, a ONG Doutores da Alegria leva o conceito sustentável para hospitais há 18
anos. “Nosso pressuposto é que a arte gera transformações, melhorando as relações
humanas”, diz Luís Vieira da Rocha, diretor executivo do grupo. Há seis anos a ONG
mantém um programa de formação de palhaços com jovens de famílias de baixa renda. E
criou, em 2007, uma rede virtual para agregar grupos semelhantes. “É uma maneira de
expandir o resultado social de nossa atividade”, diz Rocha.
Você já teve a impressão de que o céu está menos azul? Não é impressão. Segundo um
novo estudo, que analisou 3 250 medições atmosféricas feitas em diversas partes da Terra,
isso realmente está acontecendo: nas regiões mais críticas, o céu está 20% menos azul do
que na década de 1970. O efeito é provocado pelo excesso de aerossóis na atmosfera –
uma camada de sujeira flutuante que junta moléculas de poeira, fuligem e dióxido de
enxofre produzido por carros, indústrias e queimadas. Ou seja: além de provocar efeito
estufa, a poluição já está modificando a luz que chega à Terra. A luz do Sol é branca. Mas,
quando entra na atmosfera terrestre, ela esbarra nas partículas que estão suspensas no ar
(moléculas de oxigênio, nitrogênio e água) e se decompõe em várias cores. É por isso que,
quando você olha para cima, vê um Sol amarelo e um céu azul. O amarelo e o azul são
subprodutos da luz branca - eles foram separados e espalhados pelas moléculas da
atmosfera. Só que os aerossóis alteram essa divisão. “Eles são muito pequenos, e
conseguem rebater os raios do Sol como nenhum outro poluente”, explica o físico
atmosférico Kaicun Wang, da Universidade de Maryland. Os aerossóis “seguram” os raios
de luz azul lá em cima, impedindo que eles desçam e cheguem com plena força aos seus
olhos. E aí o céu adquire um aspecto leitoso, menos azul. A região mais afetada é o sul da
Ásia, seguida por África, Oceania e América do Sul. A grande exceção é a Europa – onde
desde a década de 1990 o céu está ficando mais azul (possivelmente porque os níveis de
alguns poluentes tenham diminuído). Mas alguns cientistas especulam que os aerossóis
possam ter também um efeito positivo. Como eles reduzem a quantidade de luz que chega
à superfície terrestre, ajudariam a diminuir a temperatura global em até 1 grau. Um céu
menos azul por uma Terra menos quente.
Do futuro da Amazônia depende o futuro de todos nós. Está claro nos resultados das
pesquisas científicas que a floresta é fundamental para a regulação do clima da Amazônia e
do restante da América do Sul, com fortes relações com o clima global.Entretanto nem tudo
está perdido e existem razões para manter acesa a chama da esperança. A história da
humanidade não é linear, felizmente. A queda do muro de Berlim, que marcou história no
final do século passado, não era previsível dois anos antes. Modelos científicos de previsão
de mudanças climáticas globais são ferramentas úteis para lidar, de forma científica, com
análise dos cenários para o nosso futuro comum. O que varia entre os modelos são os
pressupostos teóricos e a magnitude das variáveis. O que importa é que todos apontam
para o fim das florestas amazônicas, uns um pouco mais cedo, outros um pouco mais tarde.
Como podemos, pois, alimentar a chama da esperança? A ciência nos diz que, se
mudarmos radicalmente o padrão de desenvolvimento em todo o mundo, o processo de
mudanças climáticas se estabilizará num patamar razoável para a sobrevivência humana.
Para isso, precisamos de uma nova consciência ambientalista, de caráter global. Os
modelos científicos não incorporam mudanças abruptas que acontecem no comportamento
humano, como ocorreu em Berlim. Podemos também alimentar a chama da esperança
focando nos casos positivos que acontecem na Amazônia. O caso do Estado do Amazonas
é exemplar. Há cerca de cinco anos, o governo do Estado distribuía motosseras
gratuitamente. Ainda que hoje nos pareça chocante, o que estava por trás disso era uma
visão de mundo muito comum em toda a história do Brasil. As florestas nativas sempre
foram vistas como um estorvo para o desenvolvimento. Na mata Atlântica, conseguimos
acabar com tudo, ou quase tudo, que tínhamos: sobraram algo como 7% escondidos em
fundo de vale e encostas íngremes.
O princípio da insignificância ou bagatela só deve ser aplicado, em casos de falsificação de
moeda, quando a reprodução da cédula for tão grosseira que possa ser percebida a olho
nu, de forma que seja incapaz de iludir o homem médio. Essa é a interpretação dos
ministros da Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça. A tese foi discutida no
julgamento de dois habeas corpus em que os autores falsificaram cédulas de R$ 50. Um
falsificou quatro notas e o outro, apenas uma. Nos dois casos, os réus foram condenados a
três anos de reclusão, sendo que a pena foi substituída por duas restritivas de direito mais
multa pelo crime de moeda falsa. A Defensoria Pública pediu a absolvição dos réus com
base no princípio da insignificância. O Ministério Público Federal emitiu parecer para que os
pedidos fossem negados. O relator, ministro Napoleão Maia Filho, destacou que cabe ao
intérprete da lei penal a delimitação da abrangência dos tipos penais para excluir os fatos
causadores de ínfima lesão, o que ocorre com a aplicação do princípio da insignificância.
Para isso, é necessária a presença de certos elementos, como mínima ofensividade da
conduta do agente, total ausência de periculosidade social da ação, ínfimo grau de
reprovabilidade do comportamento e inexpressiva lesão jurídica ocasionada. O ministro
considerou que a falsificação de quatro cédulas de R$ 50 representa valor que não pode
ser classificado como de “pequena monta”. Além disso, nos crimes de falsificação de
moeda, o fato determinante para a aplicação da bagatela não é o valor irrisório. “A norma
não busca resguardar apenas o aspecto patrimonial, mas também, e principalmente, a
moral administrativa, que se vê bastante abalada com a circulação de moeda falsa”, afirmou
no voto. Segundo o ministro Napoleão Maia Filho, a insignificância só estará configurada
quando a falsificação for grosseira.
Um teste realizado com 244.836 crianças da primeira série do ensino fundamental dá uma
valiosa pista sobre os meios de produzir melhores alunos. A imensa maioria dos que
passaram pela pré-escola teve melhores notas em língua portuguesa. Dos que obtiveram
ótimo, a nota máxima, como conceito somente 10,2% não tinham passado pela chamada
educação infantil. Esse é apenas um detalhe observado num exame (Saresp) em que se
avaliaram 4,5 milhões de alunos paulistas - grande parte dos quais da rede estadual- do
ensino fundamental e médio. Diagnóstico: os cidadãos que tiveram a oportunidade de
serem estimulados desde o berço demonstraram mais chance de progresso intelectual e
profissional. Prognóstico: se o poder público investir em educação infantil, os futuros
trabalhadores serão mais qualificados, e os cidadãos, mais educados. Apesar da extensão
do teste realizado pela Cesgranrio, com inúmeras lições sobre avanços e deficiências -é
inédita no Brasil uma avaliação de 4,5 milhões de alunos desse nível de ensino-, houve
baixa repercussão. Primeira explicação: ainda não nos convencemos, de fato, da
importância do capital humano para o desenvolvimento de uma nação. Segunda: o país
ainda não sabe que a gestão sofrível, além de retardar a qualificação dos cidadãos, é o
maior ralo de dinheiro público que existe no país. Terceira: a onda de suspeitas de
corrupção, em ritmo de espetáculo, concentra quase toda a atenção. Na semana passada,
num debate na Folha, o ministro Patrus Ananias, o secretário do Desenvolvimento Social do
município de São Paulo, Floriano Pesaro, Lena Lavinas, da UFRJ, e Marcelo Nery, da FGV-
RJ, demonstraram uma série de divergências. Concordaram, entretanto, em que as
centenas de bilhões de reais drenados em programas de educação, saúde e assistência
social poderiam ser mais bem usadas se tivéssemos mais indicadores e melhor gerência.
Qualidade de vida é fundamental, mas quase ninguém pára para pensar que a vida pode
ser muito melhor e mais simples se incorporarmos pequenos gestos e atitudes que podem
fazer a maior diferença no nosso cotidiano e - claro - também na vida. Ser cortês no
trabalho, em casa ou em qualquer outro lugar fará com que você receba de volta, pelo
menos, um sorriso. E isso, também pode melhorar seu dia, seu humor, sua vida. · Abrir a
porta do carro para a sua namorada ou amiga não é apenas um ato elegante em desuso. É
uma forma de cortesia que demonstra o seu respeito e carinho pela pessoa. No trabalho
sempre que for buscar um café ou água, não custa perguntar se alguém quer e trazer com
prazer - pelo menos para quem senta ao lado ou os colegas mais próximos. Mesmo que
você não fume, esvazie os cinzeiros de quem senta perto ou mesmo em casa. E, claro,
faça-o sem reclamar ou cara feia. Ainda sobre reclamar - há pequenos inconvenientes no
dia-a-dia que realmente incomodam: ter que manobrar o carro na garagem para dar
passagem a outro, ou tirar o lixo de casa. Estes são exemplos prosaicos, no entanto, como
são inevitáveis, é melhor que encaremos com um certo humor, sem fazer pesar a quem
está perto o "sacrifício" que estamos fazendo. Ser cortês também está ligado a não ser
folgado. Por isso, no carro de alguém ou mesmo em casa, não mude o canal da TV ou a
estação de rádio sem consultar o dono do carro ou as pessoas que estão junto. E lembre-
se: por favor e obrigado são palavras essenciais. Em supermercados não faltam ocasiões
para ser gentil. Procure incorporar a cortesia em sua vida. No elevador, em filas, e
principalmente em lugares difíceis ou situações de crise. Essa é a diferença entre o sujeito
insignificante, igual a todos e aquele de quem todo mundo lembra quando quer companhia.
Sempre vejo anunciados cursos de oratória. Nunca vi anunciado curso de escutatória. Todo
mundo quer aprender a falar, ninguém quer aprender a ouvir. Pensei em oferecer um curso
de escutatória, mas acho que ninguém vai se matricular. Escutar é complicado e sutil.
Parafraseio o Alberto Caeiro: "Não é bastante ter ouvidos para ouvir o que é dito; é preciso
também que haja silêncio dentro da alma". Daí a dificuldade: a gente não agüenta ouvir o
que o outro diz sem logo dar um palpite melhor, sem misturar o que ele diz com aquilo que
a gente tem a dizer. Como se aquilo que ele diz não fosse digno de descansada
consideração e precisasse ser complementado por aquilo que a gente tem a dizer, que é
muito melhor. Nossa incapacidade de ouvir é a manifestação mais constante e sutil de
nossa arrogância e vaidade: no fundo, somos os mais bonitos. Tenho um velho amigo,
Jovelino, que se mudou para os Estados Unidos estimulado pela revolução de 64. Contou-
me de sua experiência com os índios: reunidos os participantes, ninguém fala. Há um longo,
longo silêncio. Todos em silêncio, à espera do pensamento essencial. Aí, de repente,
alguém fala. Curto. Todos ouvem. Terminada a fala, novo silêncio. Falar logo em seguida
seria um grande desrespeito, pois o outro falou os seus pensamentos, pensamentos que ele
julgava essenciais. É preciso tempo para entender o que o outro falou estou chamando o
outro de tolo. O longo silêncio quer dizer: "Estou ponderando cuidadosamente tudo aquilo
que você falou”. Não basta o silêncio de fora. É preciso silêncio dentro. Ausência de
pensamentos. A música acontece no silêncio. A alma é uma catedral submersa. Para mim,
Deus é isto: a beleza que se ouve no silêncio. Daí a importância de saber ouvir os outros: a
beleza mora lá também. Comunhão é quando a beleza do outro e a beleza da gente se
juntam num contraponto.
Para lavar o banheiro, vire uma lata de COCA-COLA no vaso, deixe que a bebida repouse
por 1 hora e depois dê descarga. O ácido eliminará as Manchas na porcelana; para eliminar
manchas de oxidação de decalques nos automóveis, esfregue o decalque com um pedaço
de alumínio (Bombril) molhado na COCA-COLA; para limpar a corrosão nos terminais de
baterias do automóvel vire uma Lata de COCA-COLA sobre os terminais para desfazer a
corrosão; para afrouxar um parafuso oxidado - aplique ao parafuso um tecido que ficou
molhado em COCA-COLA por vários minutos; pra assar um presunto defumado - esvazie
uma lata de COCA-COLA na forma, envolva o presunto em papel alumínio e asse-o, trinta
minutos antes que esteja pronto, retire o alumínio para que as gotas de COCA-COLA
dourem com o presunto; para tirar a graxa das roupas, esvazie uma lata de COCA-COLA na
roupa gordurosa, adicione detergente e programe um tempo médio, ajudará a remover as
manchas de gordura; COCA-COLA também ajuda a limpar pára-brisas. É isso que
bebemos! Para sua informação, o PH de bebidas gasosas, por exemplo, é 3,4. Esta acidez
é tão forte que dissolve dentes e ossos. Nosso corpo detém o crescimento dos ossos na
idade de 30 anos e depois disso, aproximadamente 8% a 18% dos ossos se dissolvem a
cada ano através da urina, dependendo da acidez dos alimentos ingeridos. Os refrigerantes
não tem nenhum valor nutritivo (vitaminas e minerais). Tem um conteúdo alto de açúcar,
acidez e mais aditivos como conservantes e corantes. Se você fizer uma experiência,
colocando um dente quebrado em uma garrafa de Coca, por exemplo, em 10 dias o dente
se dissolverá. Imagine o que faz um refrigerante no intestino! Os que gostam, podem
continuar, porém, com mais conhecimento sobre seus efeitos. Mas, que tal trocar o
refrigerante por água com gás misturado com um suco, com uma fruta? Fica delicioso e é
nutritivo. Experimente!
Silêncio. Silêncio, por favor. Psiu. Gritamos e colocamos janelas à prova de som, paredes
almofadadas, tapetes, forros etc. O barulho de construção, de serra elétrica, de motores de
carro, de buzinas - é o preço da modernidade, mas não é sobre isso que eu quero falar, e
sim sobre o barulho humano de crianças e jovens. Quero falar dos sons das gentes. Há
anos, fala-se sobre a dificuldade de conciliar modernidade com ausência de silêncio e falta
de espaço. Amplo espaço silencioso virou artigo de luxo. Contudo, tenho que confessar que
somos nós, adultos, que liberamos e orquestramos esse inferno em que o barulho humano
transformou o nosso mundo. Assentimos que ruídos ensurdecedores feitos por crianças,
jovens e jovens adultos dominem. Existem certos recintos que não conseguimos evitar, e,
assim, ninguém consegue um encontro consigo mesmo, que sem silêncio é impossível.
Nada contra a alegria e tudo contra o som pelo som, só para fazer companhia e evitar esse
encontro. Musiquinha de fundo invade o planeta. Ficamos sem refúgio. Solidão e silêncio
viraram palavrão? Como é que as crianças, as mesmas que gritam e galopam pelos
corredores, conseguem manter-se em silêncio na missa, no culto, em enterros e em
velórios? Nós, os adultos, por temer o silêncio, que instigamos ou deixamos o barulho
vingar em volta de nós. Vivemos um momento e em um universo em que a aversão ao
silêncio não se manifesta só com música de fundo, com escapamento desregulado, com os
motoqueiros, mas ainda nos damos ao luxo de liberar qualquer barulhento em qualquer
lugar. O que aconteceria se, de repente, o silêncio caísse sobre nós? Respondo: discursos
interiores, voz da "consciência", emergiriam. Talvez sejamos todos culpados por maus
pensamentos e/ou intenções, o que nos leva a viver em permanente esquiva de nós
mesmos.
Durante séculos, a Inglaterra dominou os mares e, dessa forma, muito mais do que os
mares. Para isso tinha os melhores navios. E, para tê-los, precisava de excelentes
carpinteiros navais. Com a tecnologia do ferro, os navios passaram a ter couraça metálica.
Impossível manter a superioridade sem caldeireiros e mecânicos competentes. Uma
potência mundial não se viabiliza sem a potência dos seus operários. A Revolução Industrial
tardia da Alemanha foi alavancada pela criação do mais respeitado sistema de formação
técnica e vocacional do mundo. Daí enchermos a boca para falar da "engenharia alemã".
Mas, no fim das contas, todos os países industrializados montaram sistemas sólidos e
amplos de formação profissional. Para construir locomotivas, aviões, naves espaciais.
Assim como temos a Olimpíada para comparar os atletas de diferentes países, existe a
Olimpíada do Conhecimento (World Skills International). É iniciativa das nações altamente
industrializadas, compete-se nos ofícios centenários, como tornearia e marcenaria, mas
também em desenho de websites ou robótica. Em 1982, um país novato nesses misteres se
atreveu a participar dessa Olimpíada: o Brasil, por meio do Senai. E lá viu o seu lugar, pois
não ganhou uma só medalha. Mas em 1985 conseguiu chegar ao 13º lugar. Em 2001 saltou
para o sexto. Aliás, é o único país do Terceiro Mundo a participar, entra ano e sai ano. Em
2007 tirou o segundo lugar. Em 2009 tirou o terceiro, competindo com 539 alunos, de sete
estados, em 44 ocupações. Não é pouca porcaria para quem, faz meio século, importava
banha de porco, pentes, palitos, sapatos e manteiga! E que, praticamente, não tinha centros
de formação profissional. É preciso muito esforço para passar na frente de Alemanha e
Suíça. O segredo: qualidade valorizada, seleção dos melhores, prática obsessiva e
persistência. Quem aplicar essa receita terá os mesmos resultados.
Cantar é divertido, quem não sabe. E é bem mais que isso: mexe com várias partes do
corpo, faz bem à saúde. Para começar, quem canta melhora a capacidade pulmonar e o
sistema imunológico, fortalece a barriga e alivia o estresse. Cantoria ajuda a reorganizar
cérebro, diz estudo. Jane Tapxure, 62, canta em karaokê na Liberdade, em São Paulo O
professor Graham Welch, especialista em Educação Musical da Universidade de Londres e
pesquisador, diz que o canto ativa o corpo e a mente. Cantar é uma atividade física,
psicológica, social e musical. Diferentes sistemas modulares no cérebro são usados para
lidar com as características musicais do canto, como o tom, o ritmo e as letras, e integrá-las.
"Há um entrelaçamento dos sistemas nervoso, endócrino e imunológico", diz ele. Há
também um envolvimento emocional com o som humano, desenvolvido na fase fetal, e um
diálogo da pessoa com seu corpo, seu sistema respiratório e os espaços que oferecerá para
essa voz soar. Mesmo quem canta sozinho, acompanhando um CD ou iPod, sente esses
benefícios. O sentido de se envolver em uma atividade compartilhada permanece. "Cansei
de chegar triste ao karaokê e sair de lá muito bem", diz Jane Tapxure, 62 anos, dona de um
pet shop. Com o fim do casamento de 30 anos, ela passou dois anos deprimida, chorando
no sofá. Até que uma amiga a chamou para cantar. Jane, que é fã de música italiana e
Frank Sinatra, conta que voltou a sair de casa e a se arrumar. No karaokê, ela formou um
grupo de amigos de idades variadas, que se encontra toda semana, comemora aniversários
e faz festas temáticas, como Halloween e até do pijama. "É uma farra. Lá você não é
julgado por ninguém." Mesmo quem não quer ou não está em condições de soltar o gogó
pode se beneficiar da cantoria alheia. Estudos apontam que escutar músicas prazerosas
está relacionado à liberação de serotonina, que é o neuropeptídio da alegria, do prazer.
"A Arezzo entende e respeita as opiniões e manifestações contrárias ao uso de peles
exóticas na confecção de produtos de vestuário e acessórios. E, por respeito aos
consumidores contrários ao uso desses materiais, estamos recolhendo em todas as nossas
lojas do Brasil as peças com pele exótica em sua composição, mantendo somente as peças
com peles sintéticas." Foi com esse texto, publicado em seu site, que a grife de bolsas e
sapatos Arezzo anunciou o fim da Pelemania, coleção baseada em peles de animais.
Ecologicamente incorreta, a coleção se tornou alvo de críticas ferrenhas nas redes sociais,
especialmente no Twitter, onde chegou a emplacar dois tópicos entre os mais comentados
pelos usuários de microblogs. No comunicado oficial, a grife procura tirar o corpo fora da
polêmica, alegando que suas peças seguem todas as formalidades legais e que não
entende como sua responsabilidade “o debate de uma causa tão ampla e controversa”. No
site da marca, já não é possível encontrar nenhuma referência à coleção, apenas a
produtos de pele sintética. As hashtags #arezzo e #pelemania estiveram entre as mais
comentadas durante todo o dia. A grande maioria dos comentários era de tipo negativo e
questionava a postura ecologicamente incorreta da empresa. “Casacos de pele em pleno
século XXI, no auge da sustentabilidade. Muito estratégico”, ironizou um usuário. Mesmo
após a Arezzo ter anunciado que retiraria das lojas os produtos, os internautas continuam
questionando a postura da empresa. “A #arezzo tirou a #pelemania de circulação, mas os
animais continuam mortos”, afirmou um deles. Outro chegou a questionar a estratégia de
divulgação da marca: “Só eu que acho que a campanha #pelemania da @arezzo_ foi de
propósito? Baita sacada de marketing”, disse. Pelo menos a marca ficou um pouco mais
conhecida.
Por 10 votos a 1, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quartafeira (27) que a
vaga decorrente do licenciamento de titulares de mandato parlamentar deve ser ocupada
pelos suplentes das coligações, e não dos partidos. A partir de agora, o entendimento
poderá ser aplicado pelos ministros individualmente, sem necessidade de os processos
sobre a matéria serem levados ao Plenário. Durante mais de cinco horas, os ministros
analisaram Mandados de Segurança (MS 30260 e 30272) em que suplentes de deputados
federais dos estados do Rio de Janeiro e de Minas Gerais reivindicavam a precedência na
ocupação de vagas deixadas por titulares de seus partidos, que assumiram cargos de
secretarias de Estado. A ministra Cármen Lúcia Antunes Rocha, relatora dos processos, foi
a primeira a afirmar que se o quociente eleitoral para o preenchimento de vagas é definido
em função da coligação, a mesma regra deve ser seguida para a sucessão dos suplentes.
“Isso porque estes formam a única lista de votação que em ordem decrescente representa a
vontade do eleitorado”, disse. Além da ministra Cármen Lúcia, votaram dessa forma os
outros 9 ministros. Somente o ministro Marco Aurélio manteve a posição externada em
dezembro do ano passado, no julgamento de liminar no MS 29988, e reafirmou que
eventuais vagas abertas pelo licenciamento de parlamentares titulares devem ser
destinadas ao partido. “Deverá ser empossado no cargo eletivo, como suplente, o candidato
mais votado na lista da coligação e não do partido que pertence o parlamentar afastado”,
afirmou o ministro Luiz Fux, que se pronunciou logo após a relatora dos processos. O
ministro Marco Aurélio abriu a divergência. Segundo ele, o eleitor não vota em coligação. A
Constituição, disse, versa realmente sobre coligação, mas com gradação maior versa sobre
a instituição que é o partido político.
Cientistas norte-americanos dizem ter encontrado uma maneira de transformar gordura
corporal em um tipo de gordura que queima calorias e diminui o peso. A informação foi
publicada nesta terça-feira no site da "BBC News". A equipe de Johns Hopkins realizou o
experimento em ratos, mas acredita que o mesmo poderia ser feito em seres humanos, o
que acende a esperança de uma nova ferramenta para combater a obesidade. A
modificação da expressão de uma proteína ligada ao apetite não só reduziu o consumo de
calorias e o peso dos animais, como também transformou a composição de gordura
corporal dos ratos. A gordura "má" branca transformou-se em gordura "boa" marrom,
segundo relatório publicado na revista "Cell Metabolism". A gordura marrom é abundante
em bebês, que a usam como fonte de energia para gerar calor corporal, gastando calorias
ao mesmo tempo. Mas à medida que as pessoas envelhecem, grande parte da gordura
marrom desaparece e é substituída pela gordura branca, "ruim", que se manifesta como um
pneu sobressalente em torno da cintura. Especialistas acreditam que estimular o organismo
a produzir mais gordura marrom em vez de gordura branca pode ser uma maneira útil para
controlar o peso e prevenir a obesidade, além de outros problemas relacionados à saúde,
como diabetes tipo 2. Quando silenciaram a proteína no cérebro dos roedores, descobriram
a diminuição do seu apetite e ingestão alimentar.Nos ratos com a NPY silenciada, um pouco
da gordura ruim branca tinha sido substituída pela gordura boa marrom. Os pesquisadores
estão esperançosos com a possibilidade do experimento ser realizado em pessoas,
injetando células-tronco de gordura marrom sob a pele para queimar a gordura branca e
estimular a perda de peso. De acordo com Bi, "se o corpo humano conseguisse transformar
gordura ruim em boa, que queima calorias em vez de armazená-las, poderíamos
acrescentar uma ferramenta séria para enfrentar a epidemia de obesidade. "Somente mais
pesquisas nos dirão se isso é possível."
A descoberta de uma nova espécie revela um elo evolucionário entre dois grupos de
dinossauros. A existência do Daemonosaurus chauliodus se deu depois que cientistas do
Instituto Smithsoniano encontraram fósseis de seu crânio e das vértebras de seu pescoço
no estado norte-americano do Novo México, no Sudoeste do país. A pesquisa foi publicada
pelo “Proceedings of the Royal Society B”. O Daemonosaurus viveu há aproximadamente
205 milhões de anos, bem no fim do período triássico, antes do jurássico. Como foram
encontrados apenas ossos da cabeça e do pescoço, não é possível calcular o tamanho do
animal. Contudo, sabe-se que à subordem dos terópodes, dinossauros bípedes que podem
ser carnívoros ou onívoros. Os mais antigos dinossauros bípedes conhecidos incluem
espécies de predadores como o Herrerasaurus, que habitou um espaço que hoje
corresponde à Argentina ao Brasil há cerca de 230 milhões de anos. Até a presente
descoberta, os cientistas não conheciam nenhum elo entre esses animais e os terópodes
mais desenvolvidos. A análise da estrutura óssea foi suficiente para mostrar que o
Daemonosaurus é esse elo. A descoberta motiva os paleontólogos na busca por novas
evidências sobre a evolução dos dinossauros. Milhões de anos mais tarde, surgiriam as
aves, e elas herdariam dos dinossauros um olfato apurado. Esse estudo foi um esforço
conjunto da Universidade de Ohio, nos EUA, da Universidade de Calgary e do Museu Real
Tyrrell, ambos no Canadá. Há muito se acreditava que, durante a evolução dos dinossauros
para as aves, o olfato teria piorado, uma vez que foi preciso desenvolver a visão, a audição
e o equilíbrio, essenciais ao voo. No entanto, uma comparação entre os bulbos olfatórios de
dinossauros e pássaros – antigos e modernos – não confirmou está hipótese.
Mahatma Gandhi, político e líder independentista indiano. Procedente de uma família de
comerciantes ricos, estuda Direito na Inglaterra. Após obter o título acadêmico instala-se na
África do Sul, dedicando-se aos negócios familiares. A discriminação de que são objeto os
indianos desperta nele a consciência social e organiza um movimento para lutar contra as
desigualdades. Em 1915 regressa ao seu país e funda o Congresso Nacional Indiano para
lutar pela independência. Durante a Primeira Guerra Mundial interrompe as suas atividades
políticas, mas em 1920, ao verificar que a Grã-Bretanha se nega a qualquer tipo de reforma,
elabora um programa que preconiza a luta não violenta, a desobediência civil e o boicote
aos produtos britânicos. Graças a este programa, o independentismo recupera enorme
força. Encarcerado em 1922, é libertado dois anos depois mercê da enorme pressão
popular e internacional. Até 1940 Gandhi está confrontado com a política colonialista da
Grã-Bretanha, é encarcerado várias vezes e protagoniza diversas greves de fome. Ao
rebentar a Segunda Guerra Mundial os indianos voltam a apoiar a Grã-Bretanha; Gandhi,
em desacordo e ao ver contrariados os seus princípios pacifistas, abandona a presidência
do Conselho Nacional Indiano. Após a contenda, e em grande parte por causa da infatigável
atividade pública e política de Gandhi, a Índia ascende à independência (1947). Gandhi
morre em 30 de janeiro de 1948, assassinado por um hindu, fanático opositor à divisão da
Índia em dois países: Índia e Paquistão. Gandhi estava com 78 anos. Cerca de um milhão
de indianos, comparecem ao funeral. Parte de suas cinzas são lançadas às águas sagradas
do Rio Jumna. Em janeiro de 1996, parte das cinzas de Mahatma Gandhi é lançada no Rio
Ganges, na cidade de Allahabad, local sagrado para os hinduístas. Gandhi foi um pacifista
convicto e sempre pregou uma doutrina de não-violência. Desejava que a paz reinasse
entre hindus e muçulmanos; entre indianos e ingleses e entre toda a humanidade, Gandhi
símbolo da resistência pela NÃO-VIOLÊNCIA.
O procurador regional da República Ronaldo Albo denunciou o psiquiatra Luis Altenfelder Silva Filho
pelos crimes de formação de quadrilha, fraude processual e falsidade ideológica por ter treinado a
promotora Deborah Guerner (na foto, escondendo o rosto após a prisão) a simular desequilíbrio
mental em um teste de sanidade mental. Altefender foi filmado pelas câmeras de vídeo instaladas na
casa da promotora às vésperas do exame médico no Instituto Médico Legal de Brasília. O doutor
Altenfelder é especialista em psicodrama. De acordo com os investigadores, nas quase duas horas
de gravação, o psiquiatra orienta como Deborah deve responder a um questionário médico. Na
simulação do exame, o marido de Deborah, empresário Jorge Guerner, representou o médico
enquanto Altenfelder respondia como se fosse a promotora. Ao final da consulta, o psiquiatra disse a
Deborah que se ela respondesse à junta médica da maneira como ele a ensinou, sairia do IML com
um diagnóstico de transtorno bipolar múltiplo. Na gravação também aparece Altenfelder dando
conselhos a Deborah de como ela deveria se vestir, que tipo de batom usar e como se comportar na
frente da junta médica. Isso seria suficiente para livrá-la dos problemas com a Justiça. Segundo
investigadores, enquanto saboreava um vinho, Jorge Guerner indagou quanto o psiquiatra cobraria
pelo treinamento. O médico pediu R$ 15 mil. O marido da promotora achou caro e barganhou.
Propôs pagar R$ 10 mil em duas parcelas. Altenfelder topou. O médico e uma colega psiquiatra, que
também assinou atestados e relatórios médicos apresentados por Deborah Guerner à Justiça, foram
denunciados ainda por fraude processual. Para os investigadores, a doença foi forjada. ÉPOCA
ouviu por telefone o psiquiatra Altenfelder. Ele disse que a promotora é sua paciente, confirmou a ida
a Brasília para uma consulta de Deborah na véspera do exame no Instituto Médico Legal, mas negou
que a tivesse treinado para fraudar o teste de sanidade mental.
Substância usada em estudo de Alzheimer prolonga vida de verme. Cientistas encontraram
a fonte da juventude pelo menos para o minúsculo verme chamado Caenorhabditis elegans.
Prolongar a vida de vermes não é nenhuma grande descoberta, porém, o intrigante é que
um dos compostos químicos usados pelos cientistas para obter esse resultado, o corante
tioflavina T, já foi testado em humanos. O tioflavina T é usado para detectar massas de
proteínas amiloides danificadas, encontradas no cérebro de pessoas que sofrem do mal de
Alzheimer. Além dele, outro composto bemsucedido nos testes foi a curcumina,
componente amarelo-vivo encontrado no tempero açafrão-da-índia. Como o tioflavina T se
liga às proteínas amiloides, como a curcumina, os pesquisadores acreditam que ele surtiu
um efeito benéfico nos vermes - desacelerando o acúmulo de proteínas avariadas.
Geralmente, o verme C. elegans vive de 18 a 20 dias. Tratados com os compostos, esse
tempo aumentou entre 30% e 70%. E, ao entrar na meia-idade, com cerca de dez dias, os
vermes tratados se mantinham mais ativos --e pareciam mais saudáveis - do que aqueles
sem tratamento. Os compostos, porém, provocaram um efeito colateral e reduziram a
fertilidade dos vermes e, como muitos outros químicos, se tornaram tóxicos em dosagens
mais altas. "É difícil afirmar que esses compostos seriam eficazes em mamíferos", diz o
principal autor do artigo publicado na revista "Nature", Gordon J. Lithgow, professor do
Instituto Buck de Pesquisa em Envelhecimento, na Califórnia, Estados Unidos. Mas o
pesquisador conclui que esses compostos poderiam levar à descoberta de outros que
poderiam agir sobre o envelhecimento dos organismos e também resultar em novos
tratamentos de doenças relacionadas à idade, que estão associadas ao acúmulo de
proteínas danificadas.