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Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais

ANATOMIA E FISIOLOGIA HUMANA

Curso: Técnico em Enfermagem


Etapa: 1ª
Carga Horária: 160 horas/aula
SUMÁRIO

1 Introdução à Anatomia.....................................................................................................03
2 Anatomia Topográfica......................................................................................................07
3 Citologia...........................................................................................................................10
4 Histologia.........................................................................................................................16
5 Sistema Ósseo.................................................................................................................29
6 Sistema Muscular............................................................................................................45
7 Sistema Circulatório.........................................................................................................59
8 Sistema Respiratório........................................................................................................74
9 Sistema Digestivo............................................................................................................88
10 Sistema Urinário..........................................................................................................108
11 Sistema Reprodutor Masculino ...................................................................................119
12 Sistema Reprodutor Feminino.....................................................................................127
13 Sistema Nervoso..........................................................................................................134
14 Sistema Sensorial........................................................................................................155
15 Sistema Endócrino.......................................................................................................165
15 Exercícios de Fixação..................................................................................................172
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................................183

Distribuição de Pontos

1º Bimestre

 20,0 pts - a critério do professor;


 20,0 pts – Avaliação Bimestral

**Avaliação Suplementar (notas menores que 24,0 pts)

2º Bimestre

 20,0 pts – a critério do professor;


 10,0 pts – Mostra Científica;
 30,0 pts – Avaliação Final;

**100,0 pts – Recuperação final (notas finais da etapa entre 40 e 59 pontos)


1 INTRODUÇÃO À ANATOMIA

No seu conceito mais amplo, a Anatomia é a ciência que estuda macro e


microscopicamente, a constituição e desenvolvimento dos seres organizados.

Ramos da Anatomia:

 Citologia: estudo da célula.


 Histologia: estudo dos tecidos e de como estes se organizam para a formação de
órgãos.
 Embriologia: estudo do desenvolvimento do indivíduo.

Especificamente a Anatomia (ana = em partes; tomein = cortar) macroscópica é


estudada pela dissecação de peças previamente fixadas por soluções apropriadas.
O homem pode ser visto como uma organização de pequenas unidades chamadas
células, um agregado de células diferenciadas e semelhantes compõem um tecido. Os
tecidos por sua vez formam órgãos e os órgãos formam sistemas.
Os sistemas que compõe o organismo do indivíduo são: Tegumentar; Esquelético;
Muscular; Nervoso; Circulatório; Respiratório; Digestório; Urinário; Genital Masculino e
Feminino; Endócrino e o Sensorial.

Variação Anatômica

São as diferenças morfológicas são denominadas variações anatômicas e podem


apresentar-se externamente ou em qualquer dos sistemas do organismo, sem que isso
traga prejuízo funcional para o indivíduo.
Para o anatomista o padrão é o normal. Quando o desvio do padrão anatômico
altera a função, diz-se que trata de uma anomalia.
Se a anomalia for tão acentuada de modo a deformar profundamente a construção
do corpo do indivíduo, sendo incompatível com a vida denomina-se monstruosidade, por
ex. a agenesia do encéfalo.
Os fatores que determinam as variações anatômicas são: idade, sexo, raça,
biótipo (longilíneo, brevilíneo, mediolíneo) e a evolução.
Divisão do Corpo Humano:

1. Cabeça
2. Pescoço
3. Tronco - Tórax
- Abdome
CORPO
HUMANO 4. Membros - Superiores - Raiz: Ombro
(Torácicos) - Parte livre: Braço, antebraço, mão

- Inferiores Raiz: Quadril


(Pélvicos) Parte livre: Coxa, perna, pé

Posição Anatômica

A posição anatômica é uma convenção adotada em anatomia para descrever as


posições espaciais dos órgãos, ossos e demais componentes do corpo humano.
Indivíduo em posição ereta (em pé, bípede), com a face voltada para a frente, o
olhar dirigido para o horizonte, membros superiores estendidos, aplicados ao tronco e
com as palmas voltadas para frente, membros inferiores unidos, com as pontas dos pés
dirigidas para frente.

Planos de delimitação e secção do corpo humano

Na posição anatômica o corpo humano pode ser delimitado por planos tangentes à
sua superfície.

a) Dois planos verticais, um tangente ao ventre (plano ventral ou anterior) e outro ao


dorso (plano dorsal ou posterior).
 As denominações ventral e dorsal são reservadas ao tronco e anterior e posterior aos
membros. Ex: Planos frontais  paralelos a fronte.

b) Dois planos verticais tangentes aos lados do corpo plano lateral direito e plano lateral
esquerdo.

c) Dois planos horizontais tangentes à cabeça (plano cranial ou superior) e à planta dos
pés (plano podálico ou inferior). Ex: Plano caudal  (cóccix) tronco isolado.

Planos de Secção:

a) Plano mediano: É um plano vertical que passa através do eixo mais longo que cruza
o corpo, dos pés até a cabeça. Divide o corpo humano em metades direita e
esquerda. O que quer que esteja situada próximo a este plano é chamado medial, e o
que está longe dele, lateral. Toda secção do corpo feita por planos paralelos ao
mediano é uma secção sagital.

b) Plano Coronal ou Frontal: Passa pelo eixo maior (dos pés à cabeça), mas é
perpendicular ao plano mediano, separando a frente do corpo, ou ventre, da parte de
trás, ou dorso. Algo em posição a frente do plano frontal é chamado anterior, ao passo
que algo situado atrás desse plano é chamado posterior. Os planos de secção que
são paralelos aos planos ventral e dorsal são frontais. A secção também é frontal.

c) Plano horizontal, transverso ou axial: Os planos de secção que são paralelos aos
planos cranial, podálico e caudal são horizontais. A secção é transversal. Atravessa o
eixo menor do corpo, do dorso até o ventre, isto é, da posição posterior para a
anterior. Divide a estrutura atravessada em porções superior e inferior.
Eixos do Corpo Humano:

São linhas imaginárias traçada no indivíduo.

a) Sagital, ântero-posterior: une o centro do plano ventral ao centro do plano dorsal.


b) Longitudinal, crânio-caudal: une o centro do plano cranial ao centro do plano podálico.
c) Transversal, látero-lateral: une o centro do plano lateral direito ao centro do plano
lateral esquerdo.

Decúbitos

É um termo médico que se refere a posição da pessoa que está deitada, não
necessariamente dormindo.
a) Decúbito dorsal ou supina: pessoa que deita com a barriga voltada para cima;
b) Decúbito ventral ou prona: pessoa que deita de bruços.
c) Decúbito lateral: pessoa que deita de lado esquerdo ou direito.
2 ANATOMIA TOPOGRÁFICA

É a anatomia que visa, essencialmente, a orientação para aplicação médico-


cirúrgia. Estuda os vários segmentos do corpo humano, divididos em regiões chamadas
topográficas, e os órgãos nelas contidos. A divisão segue-se esquematizada abaixo:

I) PESCOÇO:
a) Região anterior do pescoço. Ex.: tireóide, paratireoide, faringe, laringe, traquéia,
esôfago cervical.
b) Região lateral direita e esquerda. Ex.: linfonodos.
c) Região posterior. Ex.: linfonodos, coluna vertebral, medula espinhal.

II) TÓRAX:
a) Cavidade pleural direita e esquerda. Ex.: pulmão direito e esquerdo, brônquios direito
e esquerdo, árvore brônquica direita e esquerda.
b) Mediastino. Ex.: osso esterno, traquéia, coração, aorta torácica, esôfago torácico,
coluna vertebral.

III) ABDOME:
a) Região do hipocôndrio direito. Ex.: fígado, vesícula biliar.
b) Região do epigástrio. Ex.: Estômago, cabeça do pâncreas, duodeno, coluna vertebral,
aorta abdominal.
c) Região do hipocôndrio esquerdo. Ex.: baço, pâncreas (corpo e cauda).
d) Região do flanco direito. Ex.: rim direito, supra renal direita, cólon ascendente.
e) Região do mesogástrio. Ex.: cólon transverso, intestino delgado (jejuno e íleo),
ureteres direito e esquerdo, aorta abdominal, coluna vertebral.
f) Região do flanco esquerdo. Ex.: cólon descendente, rim esquerdo e supra renal
esquerdo.
g) Região inguinal direita ou fossa ilíaca. Ex.: apêndice cecal ou vermiforme, ceco, ovário
D e tuba uterina D.
h) Região do hipogástrio. Ex.: bexiga, reto, coluna vertebral, útero, próstata, vesículas
seminais.
i) Região inguinal esquerda ou fossa ilíaca esquerda. Ex.: Cólon sigmoide, tuba uterina
E, ovário E.

Outra forma de divisão do corpo humano se dá através das linhas convencionais:


Subcostal, bi-ilíaca e as hemiclaviculares. As regiões delimitadas pelas quatro linhas são:

a) ímpares -mediastino
-epigástrio
-mesogástrio
-hipogástrio

b) pares -cavidade pleural Direito e Esquerdo


-hipocôndrios Direito e Esquerdo
-flancos Direito e Esquerdo
-região inguinal ou fossa ilíaca Direita e Esquerda

g) Terço médio do antebraço


IV) MEMBROS SUPERIORES: h) Terço inferior do antebraço
i) Punho
Regiões: j) Dorsal da mão
a) Deltoidiana
b) Terço superior do braço V) MEMBROS INFERIORES
c) Terço médio do braço
d) Terço inferior do braço Regiões:
e) Cotovelo - prega do cotovelo a) Glútea
f) Terço superior do antebraço b) Terço superior da coxa
c) Terço médio da coxa g) Terço médio da perna
d) Terço inferior da coxa h) Terço inferior da perna
e) Joelho - poplítea i) Dorsal do pé
f) Terço superior da perna
3 CITOLOGIA

É o ramo da anatomia que estuda a célula e seu funcionamento. A organização


dos seres vivos possui a seguinte sequência:
Moléculas  células  tecidos  órgãos  sistemas  indivíduo.
A célula foi observada pela 1ª vez por um cientista chamado Robert Hooke, ao
examinar pedaços de cortiça. Com os microscópios da época, as células se
apresentavam como minúsculas celas vazias, de onde o cientista retirou o nome
CÉLULA. Com a melhoria dos microscópios, descobriu-se que as células não são vazias
e sim compostas por uma complexa estrutura.
Dessa forma, a célula é a unidade morfofisiológica dos seres vivos, ou seja, é a
unidade fundamental dos seres vivos. Todo ser vivo é formado por células, exceto o vírus.
De acordo com a organização de uma célula, ela pode ser classificada em
procariota e eucariota, dependendo se não possui ou se possui carioteca delimitando o
núcleo.
A estrutura básica de uma célula eucariota é formada de membrana plasmática,
citoplasma e núcleo. Já a célula procariota por não possuir carioteca, tem o seu material
nuclear disperso no citoplasma. Este material recebe o nome de nucleóide.

A célula dos vegetais também é uma célula eucariota, diferenciando-se da célula


dos animais por apresentar externamente à membrana plasmática a parede celular,
constituída quimicamente de celulose, o que lhe confere mais rigidez, e no seu interior
existem organelas especializadas em realizar a fotossíntese. (cloroplastos – ricos em
clorofila, pigmento verde).
O corpo humano é pluricelular, isto é, composto por um número muito grande de
células.

Formas das células

As células possuem formas variadas. Elas podem ser: cilíndricas, estreladas,


fusiformes, discóides, alongadas e etc.

A célula compõe-se de três partes: membrana plasmática, citoplasma e núcleo.

 Membrana plasmática: lipoproteica (proteínas e lipídios). Função de envolver e


proteger a célula; regular a entrada e saída de substâncias; semipermeável; seletiva.

 Citoplasma: é toda porção da célula compreendida entre a membrana e o núcleo. Nele


existem água, muitas substâncias dissolvidas e as organelas citoplasmáticas que
desempenham diversas funções vitais para a célula. Todo esse material viscoso no
citoplasma chama-se hialoplasma.

 Núcleo: apresenta-se como uma organela arredondada, situada geralmente, no centro


da célula. O núcleo é responsável pelo controle de todas as atividades da célula. É
nele que encontramos os cromossomos (cromatina – filamentos de DNA)
responsáveis pela transmissão das características hereditárias dos seres vivos. O
núcleo é dividido nas seguintes partes: membrana nuclear ou carioteca, suco nuclear
ou cariolinfa, nucléolos e a cromatina (cromossomos).

A cariolinfa é um material gelatinoso presente no núcleo. O nucléolo é uma região


de concentração de RNA, responsável pela síntese de proteínas.
Como a membrana plasmática, a carioteca também se apresenta toda perfurada
por poros. Através desses poros ocorre troca de substâncias com o citoplasma.
Na maioria das células, elas possuem um núcleo. Existem casos, como as células
do fígado, algumas do estômago e da bexiga com dois núcleos.
As fibras musculares possuem vários núcleos cada uma. As hemácias nos
mamíferos não possuem núcleo.
A seguir será descrito um estudo das partes das célula e suas funções.

Organelas citoplasmáticas

São estruturas encontradas no citoplasma e que desenvolvem funções vitais na


célula. Elas são: mitocôndria, complexo de Golgi, retículo endoplasmático, centríolo,
ribossomos, lisossomos.
Mitocôndria: Conhecida como “centro de energia” da célula, pois é nela que a glicose se
converte em energia, a energia indispensável para o trabalho celular. Função: respiração
celular.

Complexo de Golgi: apresenta-se como um empilhamento de bolsas achatadas, rodeadas


de pequenos vacúolos e vesículas. Função: secreção celular; armazenamento e
empilhamento de proteínas; síntese de lipídios e glicoproteínas.

Ribossomos: são pequenos grãos constituídos por RNA e proteínas, presentes no


citoplasma livre ou aderidos às membranas do R. E. R.. Função: síntese proteica.

Retículo Endoplasmático: esta organela apresenta-se sob as formas de uma vesícula


achatada e túbulos que se anastomosam entre si. Há 2 tipos de retículos: liso (R.E.L.) e
rugoso (R.E.R.)
 R. E. Rugoso ou Ergastoplasma: possui aderidos ao lado externo das membranas
grânulos chamados ribossomos.
 R. E. Liso: constituído apenas por membranas, não possui ribossomos nas
membranas.
Função: R.E.L.: síntese de lipídios; funciona como via de transporte no interior da célula;
armazenamento de substâncias. / R.E.R.: todas do R.E.L. mais síntese protéica.
Centríolos: têm forma de bastonetes e ocupam uma posição próxima ao núcleo. São 2
centríolos dispostos perpendicularmente. Função: atua na divisão celular; responsáveis
por determinados movimentos da célula; originam os cílios e flagelos.

Lisossomos: pequenas vesículas com enzimas hidrolíticas (digestivas). Função: digestão


intracelular.

4 HISTOLOGIA

É o ramo da biologia que estuda os tecidos e suas funções. Ao conjunto de células


semelhantes entre si, que realizam a mesma função e tem a mesma origem embrionária,
dá-se o nome de tecido.

a) Tecido Epitelial - De revestimento


- Glandular

b) Tecido Conjuntivo – Tec. Conjuntivo propriamente dito


- Tec. Adiposo
- Tec. Cartilaginoso
- Tec. Ósseo
- Tec. Sanguíneo

c) Tecido Muscular
d) Tecido Nervoso

Os tecidos constituem os órgãos. Em nosso corpo, praticamente todos os órgãos


são formados pela associação de mais de um tipo de tecido. No estômago, por exemplo,
há um tecido especializado no revestimento interno, outro que dá resistência à parede
estomacal, outro que permite a contração do órgão, e assim por diante.

Tecido Epitelial

Possui células justapostas, com pouca ou nenhuma substância intercelular.


Reveste o corpo, forra as cavidades internas e forma as glândulas.
Não possui vasos sanguíneos e sua nutrição é feita pelo tec. conjuntivo adjacente.
Função: proteção do corpo, absorção de substâncias do meio, secreção de
substâncias e percepção de sensações, dependendo do órgão onde se localizam.

a) Tecido Epitelial de Revestimento

Reveste o corpo, as cavidades e órgãos. Recebe nome variado de acordo com o


local onde é encontrado (pele, mucosa e serosa).
Os tecidos epiteliais que forram as cavidades de órgãos são chamados de
mucosas (boca, nariz e etc.), e os que revestem os órgãos são as serosas (peritônio,
pleura e pericárdio).
Quanto ao número de camadas pode ser: simples, estratificado ou pseudo-
estratificado.
Quanto a forma das células pode ser: cúbicas, pavimentosas, prismáticas ou de
transição.

b) Tecido Epitelial Glandular

Ao invés de formar lâminas, são aglomerados, podendo ou não ter canais


excretores. As glândulas são estruturas formadas pelo acúmulo de células epiteliais. De
acordo com o destino da secreção, as glândulas são classificadas em:

 Glândulas exócrinas: cujas secreções são lançadas fora da corrente sanguínea.


Elas possuem um canal ou duto de saída para as secreções. Exemplo: salivares,
lacrimais, sudoríparas.
 Glândulas endócrinas: cujas secreções são lançadas dentro da corrente
sanguínea. Suas secreções são os hormônios. Não possuem duto. Exemplo:
tireóide, hipófise, supra-renais.
 Glândulas Anfícrinas ou mistas: são glândulas que possuem uma porção
endócrina e uma exócrina. Exemplo: pâncreas, testículo e ovário.
Em relação à maneira de eliminar a secreção, as glândulas podem ser:

 Holócrinas – as células secretoras são eliminadas junto com a secreção. Ex.:


glândulas sebáceas.
 Merócrinas – só elimina a secreção, a célula fica intacta. Ex.: glândulas salivares,
sudoríparas, lacrimais e gástricas.
 Apócrinas – as células perdem parte do seu protoplasma (membrana plasmática,
citoplasma e organelas), junto com a secreção. Ex. glândula mamária.
Tecido Conjuntivo

Une outros tecidos, sustentando-os e dando conjunto ao corpo. Não apresentam


células justapostas, como os tecidos epiteliais. Apresenta grande quantidade de
substância intercelular.
Está amplamente distribuído pelo nosso corpo, realizando diversas funções como
a de sustentação, preenchimento, conexão, defesa e regeneração.
São cinco as variedades do tecido conjuntivo. São elas: conjuntivo propriamente
dito, adiposo, cartilaginoso, ósseo e sanguíneo.

a) Tecido Conjuntivo Propriamente Dito – TCPD

É chamado de conjuntivo típico, rico em substância intercelular com função de


sustentar e nutrir os tecidos que não possuem vascularização, como o tecido epitelial;
preenchimento de espaços, e fazer conexão em dois tecidos diferentes.
O TCPD é constituído de:

- S.F.A (Substância Fundamental Amorfa) é uma espécie de gelatina que envolve as


células e as fibras.

- Fibras
 Colágenas: proteína mais abundante no organismo. São grossas e resistentes. As
fibras presentes na derme evitam que a pele rasgue quando esticadas;
 Elástica: proteína derivada da proteína elastina. Tem a propriedade de distender e
retornar ao cumprimento original
 Reticular: derivada do colágeno. Liga o tecido conjuntivo aos tecidos vizinhos.

Apresenta ainda vários tipos de células, apresentando como principais tipos


celulares do T C P D:
 Fibroblasto: produz SFA e fibras. Principal tipo celular.
 Células mesenquimais: são células indiferenciadas, capazes de originar outras células
do conjuntivo (pode originar fibroblasto, células adiposas, etc.), pois mantêm a
potencialidade de células embrionárias. Confere ao tec. conjuntivo alta capacidade de
regeneração.
 Macrófagos: são células especializadas na defesa dos tecidos, realizam fagocitose e
pinocitose.
 Plasmócitos: células produtoras de anticorpos.
 Mastócitos: células produtoras de heparina e histamina.

Dependendo da quantidade de fibras, o tec. conjuntivo pode ser classificado como


frouxo ou denso.

O T.C.P.D. é também chamado de tecido conjuntivo frouxo, é delicado, flexível e


está espalhado por todo o corpo envolvendo órgãos e preenchendo o espaço entre eles.
O tecido conjuntivo denso possui maior concentração de fibras colágenas e é mais
resistente. É encontrado nos tendões ( liga o músculo ao osso) e ligamentos ( liga os
ossos entre si).

b) Tecido Adiposo

Tecido formado por células que acumulam gordura no seu interior, com isso o
citoplasma e o núcleo ficam deslocados para a periferia da célula. Estas células são
chamadas de adipócitos. Este tecido funciona como reserva de energia, proteção contra
perda de calor, contra choques mecânicos e modelagem do corpo.
c) Tecido Cartilaginoso

É formado à partir de células mesenquimais que se transformam em condroblastos


(células cartilaginosas jovens), responsáveis pelo crescimento da cartilagem. Estas
fabricam a substância intercelular flexível. Os condroblastos crescem e transformam-se
em condrócitos (células cartilaginosas adultas), que ficam alojados em lacunas no interior
da cartilagem.
É um tecido rico em colágeno e elastina, sem vascularização. Ao redor da
cartilagem o tecido conjuntivo denso forma o pericôndrio (vascularizado e nutre a
cartilagem), esse possui uma camada de células que pode dar origem a novos tipos de
células, para regenerar o tecido cartilaginoso.
De acordo com a quantidade de fibras, as cartilagens podem ser classificadas em:
 Hialinas: cartilagem moderada de fibras colágenas, é a mais comum, bem
homogênea, encontrada na traquéia, laringe, brônquios, superfície articulares dos
ossos (longos) e na ligação das costelas com o esterno.
 Elásticas: além de possuir as fibras colágenas, possui também fibras elásticas, o que
lhe confere maior elasticidade, encontrada na epiglote, pavilhão auditivo e septo nasal.
 Fibrosas: são cartilagens ricas em fibras colágenas o que confere maior resistência,
encontradas principalmente formando os discos intervertebrais, pubis.
As cartilagens normalmente estão associadas aos ossos e junto com os ossos
compõe a sustentação do organismo.

d) Tecido Ósseo

É o tecido formador dos ossos. Formado por tecido conjuntivo no qual as células
secretam fibras colágenas e fosfato de cálcio. Os cristais de fosfato de cálcio associados
às fibras, fazem com que os ossos sejam muito mais duros do que as cartilagens.
É um tecido de sustentação que reúne duas propriedades: rigidez e resistência. Há
três tipos de ossos: longos, chatos e curtos.
O exame da parte interna desses ossos mostra regiões compactas (sem
cavidades) e regiões esponjosas (com cavidades).

Um osso longo possui duas epífises e uma diáfise. Ao corte, vê-se o tecido ósseo
esponjoso, em cujas lacunas se localizam a medula óssea vermelha (produtora de células
do sangue) e na região central do osso (diáfise) localiza-se a medula amarela (tutano),
onde ocorre o armazenamento de gordura.
A estrutura microscópia da região periférica de um osso consiste de inúmeras
unidades, chamadas de sistemas de Havers. Cada sistema apresenta camadas
concêntricas de células óssea, depositadas ao redor do canal de Havers onde existem
vasos sanguíneos e nervos.
Os ossos são revestidos por bainhas de tecido conjuntivo o periósteo.
O tecido ósseo é constituído de células e substância intercelular. Tipos de células
do osso:
 Osteoblastos: células jovens, apresentam longas projeções citoplasmáticas e
secretam a substância intercelular.
 Osteócitos: células maduras e sem projeções citoplasmáticas.
 Osteoclastos: são células especialmente ativas na destruição de áreas lesadas ou
envelhecidas do osso, abrindo caminho para a regeneração do tecido pelos
osteoblastos.
Funções dos ossos: sustentação e proteção; apoio aos músculos, funcionam como um
sistema de alavanca; hemacitopoese ou hematopoese (formação de células sanguíneas);
suprem de cálcio o organismo (quando o plasma sanguíneo está com excesso de cálcio,
o excesso é depositado nos ossos e quando o sangue está deficiente, o osso fornece o
cálcio.

e) Tecido Sanguíneo:

O sangue é o único tecido líquido do nosso corpo e é formado por uma parte
sólida (elementos figurados) e uma parte líquida (plasma).
Os elementos figurados do nosso sangue são constituídos pelos seguintes tipos
celulares:
 Hemácia (Glóbulo Vermelho ou Eritrócito): é responsável pelo transporte de gazes no
interior do nosso corpo. São produzidas principalmente na medula óssea vermelha. É
uma célula achatada em forma de disco e anucleada, vida curta de 120 dias. São as
células mais abundandantes no sangue. No interior da hemácia encontramos o
pigmento respiratório chamado hemoglobina, rico em ferro que pode se associar ao
oxigênio (oxihemoglobina) ou ao gás carbônico (carbohemoglobina).

 Leucócitos (Glóbulos Brancos): responsáveis pela defesa do organismo (produzir


anticorpos e realizar fagocitose). É uma célula esférica. Há dois tipos: os
granulares (apresentam grânulos no citoplasma) e os agranulares (não
apresentam grânulos no citoplasma).

Os granulares são:

- Neutrófilos: são os mais numerosos, fagocitam bactérias e corpos estranhos, o núcleo é


trilobado.
- Eosinófilos (ou acidófilo): participam de reações alérgicas, produzem histamina e o
núcleo é bilobado.
- Basófilos: menos numerosos, possuem heparina (anticoagulante) e histamina
(substância vasodilatadora liberada nos estados alérgicos), núcleo irregular.

Os agranulares são:
- Linfócitos: (B e T) - participam dos processos de defesa imunitária , produzindo e
regulando a produção de anticorpos, participam dos mecanismos de rejeição de enxertos,
destroem células anormais como as cancerosas ou as infectadas por vírus e o núcleo é
esférico.
- Monócitos: originam macrófagos e osteoclastos, células especializadas em fagocitar
microorganismos, resíduos e células mortas, núcleo oval ou reniforme.

OBS.: Os neutrófilos, eosinófilos, basófilos e monócitos são produzidos na medula


vermelha dos ossos. Já os linfócitos são produzidos nos tecidos linfóides (timo, baço,
gânglios linfáticos, tonsilas).

 Plaquetas (trombócitos): participam do mecanismo de coagulação sanguínea. São


fragmentos de células.

O plasma corresponde a parte líquida do sangue e cerca de 60% de seu volume


total. É incolor e contém substâncias de natureza proteica como albumina; lipídios; sais
minerais; glicose; água; vitaminas; anticorpos; enzimas; substâncias de excreção e o
fibrinogênio, que em vasos traumatizados, transforma em fibrina (coagulação).

Funções do sangue: transporte de oxigênio e nutrientes para as células; recolhe gás


carbônico e excreções das células; produz células sanguíneas; transporte de hormônios;
defesa; termorregulador e garante o equilíbrio hídrico e osmótico.

Tecido Muscular

É um tecido formado por células altamente especializadas em se contrair,


produzindo movimentos. As células são chamadas de fibras musculares, porque são
alongadas e possuem filamentos de miofibrilas (proteínas contráteis).
A membrana plasmática das células é chamada de sarcolema e o citoplasma de
sarcoplasma. É um tecido vascularizado. Os tipos de tecido muscular são:

 Tecido Muscular Estriado Esquelético: é formado por células multinucleadas.


Apresentam estrias transversais que representam as miofibrilas. É um tecido que se
encontra preso ao esqueleto, de contração rápida e voluntária e suas fibras não
possuem ramificações.
 Tecido Muscular Estriado Cardíaco: é o formador do coração, possui estrias
transversais, com contrações rápidas, involuntárias e ritmadas. Suas fibras são longas
e com ramificações. Apresentam discos intercalares que aumentam a coesão das
células, permitindo a passagem rápida do estímulo. Possuem um ou dois núcleos
centrais.
 Tecido Muscular Liso: Tecido com células mononucleadas, fusiformes, sem estrias e é
encontrado nas paredes dos órgãos ocos. Apresentam contração involuntária e
geralmente lenta. O músculo liso também pode ser encontrado ao redor de glândulas
e presos aos pêlos.

Tecido Nervoso

É um tecido especializado em condutibilidade elétrica comportando-se como


sentinela do corpo, sensível a estímulos externos e internos. A condução dos impulsos
nervosos é feita com muita rapidez, fator fundamental para a integração de complexas
funções do organismo.
É responsável por receber, transportar, interpretar e responder a estímulos
externos e internos. É formado por células altamente especializadas, os neurônios e por
células da neuróglia.
A célula nervosa propriamente dita é denominada neurônio, especializada na
condução de impulso elétrico. Apresenta prolongamentos citoplasmáticos (dendritos ou
axônios) que partem de um corpo celular e possuem a seguinte estrutura:
 Corpo celular: é capaz de receber estímulos , não regenera, possui núcleo e grande
parte das organelas citoplasmáticas. Pode ser esférico, piramidal ou estrelado.
 Axônio: prolongamento único, longo, especializado na condução de impulsos que
transmitem informações do neurônio a outras células (nervosas, musculares,
glandulares). A porção final do axônio, em geral muito ramificada (telodendro), termina
na célula seguinte por meios de botões terminais, essenciais à transmissão de
informações para elementos adiante. Em geral, as informações são recebidas a nível
dos dendritos e do corpo celular e são emitidas pelo axônio.
 Dendritos: prolongamentos numerosos especializados na função de receber os
estímulos do meio ambiente, de células epiteliais sensoriais ou de outros neurônios.

As Células da Neuróglia ou Glia são as células do tecido nervoso que não


conduzem impulsos nervosos, no entanto, desempenham funções importantes. Podem
ser:
 Astrócitos: relacionadas com a nutrição e sustentação dos neurônios.
 Oligodendrócitos: também participam da nutrição e sustentação dos neurônios.
 Microgliócitos ou Micróglia: associam-se com o mecanismo de defesa por
fagocitose no S.N.C..
 Células Empendimárias: revestem as cavidades naturais do S.N.C. e em alguns
pontos especializam-se para secreção do líquor.

Tipos de neurônios:
 Sensitivos: levam o impulso para o S.N.C.
 Motores: levam o impulso do S.N.C. para os efetuadores (músculos e glândulas).
 Associação: fazem a conexão entre os neurônios sensitivos e motores.

Os nervos são fibras nervosas que se agrupam em feixes no S.N.P. sua classificação é:

a) Quanto à posição no sistema nervoso:


 Cranianos: quando saem do encéfalo.
 Raquidianos: quando saem da medula.

b) Quanto à condução do impulso:

 Sensitivos (aferentes): transmitem o impulso dos órgãos sensoriais para os centros


nervosos.
 Motores (eferentes): transmitem o impulso dos centros nervosos para os órgãos
efetuadores (músculos e glândulas).
 Mistos: têm fibras dos dois tipos, aferentes e eferentes.
Chamamos de sinapse, a região de conexão entre as ramificações de dois
neurônios. A sinapse mais comum é entre o axônio de um neurônio e os dendritos de um
outro neurônio.
Quando o axônio termina nas fibras musculares denomina-se placa motora e
quando o axônio termina nas glândulas denomina-se junção neuro glandular.
5 SISTEMA ÓSSEO

O osso é uma estrutura formada por tecido ósseo, um tipo de tecido conjuntivo
muito rígido caracterizado pela presença de cálcio e fibras de colágeno.
São órgãos esbranquiçados e duros que se unem aos demais por articulações
para formar o esqueleto do corpo.
O esqueleto humano é formado por 206 ossos.

Os ossos formam o sistema esquelético de todos os animais vertebrados,


desempenhando muitas funções:

 Sustentação dos tecidos moles;


 Proteção de órgãos;
 Mobilidade;
 Armazenamento e liberação de minerais na corrente sanguínea;
 Produção de células do sangue;
 Reserva de energia (triglicérides).
 O esqueleto humano é formado por 206 ossos.
Existem dois tipos de esqueleto: o articulado e o desarticulado. Os tipos de
substância óssea são a compacta formada por lamínulas de tecido ósseo estão
fortemente unidas sem deixar espaço entre elas. E a esponjosa formada por lamínulas
óssea arranjam de forma a deixar entre si espaços.

Classificação dos ossos


Eles são classificados de acordo com sua forma:

a) Ossos longos: são aqueles em que o comprimento predomina sobre a largura e a


espessura. Exemplos: ossos dos membros, como o fêmur (no membro inferior) e
o úmero (no membro superior).

b) Ossos curtos: são aqueles em que as três dimensões se equivalem.


Exemplos: tarsos, carpos e calcâneo.

c) Ossos planos ou chatos: são aqueles em que a espessura é bem menor que o
comprimento e a largura. Exemplos: escápula, esterno e os ossos da bacia.

d) Ossos alongados: são as costelas, que se diferenciam dos ossos longos pela
ausência de canal medular.
e) Ossos irregulares: são as vértebras, que não apresentam forma definida.

f) Ossos pneumáticos: são aqueles que apresentam cavidades com ar. Exemplos: ossos
frontais. Ex: osso esfenóide.

g) Osso sesamóide: desenvolvem-se na substância de certos tendões ou da cápsula


fibrosa que envolve certas articulações. Ex.: patela.
Divisão do Sistema Esquelético

O esqueleto humano pode ser dividido em duas partes:

1-Esqueleto axial: formado pela caixa craniana, coluna vertebral caixa torácica.
2-Esqueleto apendicular: compreende a cintura escapular, formada pelas escapulas e
clavículas; cintura pélvica, formada pelos ossos ilíacos (da bacia) e o esqueleto dos
membros (superiores ou anteriores e inferiores ou posteriores).

O esqueleto axial apresenta 80 ossos; são os ossos do crânio (22), ossos da


orelha (ouvido) (6), costelas (24) e vértebras (26), esterno (1), e hióide (1).
E o esqueleto apendicular apresenta os ossos dos membros superiores e
inferiores, cintura escapular e pélvica (126). Somando um total em um adulto de 206
ossos.
Esqueleto Axial

1. Ossos do crânio

O crânio é uma estrutura óssea que protege o cérebro e forma a face, e é formado
por 22 ossos separados, o que permite seu crescimento e a manutenção da sua forma.
A maioria dos ossos cranianos forma pares, um do lado direito e o outro do lado
esquerdo.
Para tornar o crânio mais forte, alguns desses pares, como os dos ossos frontais,
occipitais e esfenóides, fundem-se num osso único.
Os pares de ossos cranianos mais importantes são os parietais, temporais,
maxilares, zigomáticos, nasais e palatinos.
O crânio possui os seguintes ossos importantes:
• Frontal;
• Parietais;
• temporais;
• occipital;
• esfenoide;
• nasal;
• zigomático;
• maxilar e mandíbula.
Observações: Temos na caixa craniana a fontanela ou moleira que é o nome dado a
região alta e mediana, da cabeça da criança, que facilita a passagem da mesma no canal
do parto; após o nascimento, será substituída por osso.
2. Ossos do tronco

O tronco é formado pela coluna vertebral, pelas costelas e pelo osso esterno
(caixa torácica). O tronco e a cabeça formam o esqueleto axial.
A coluna vertebral ou espinha dorsal é constituída por 33 ossos, as vértebras. A
sobreposição dos orifícios presentes nas vértebras forma um tubo interno ao longo da
coluna vertebral, onde se localiza a medula nervosa.

A coluna vertebral é dividida em quatro regiões: cervical, torácica, lombar e sacro-


coccígea. São 7 vértebras cervicais, 12 torácicas, 5 lombares, 5 sacrais e cerca de 4
coccígeas.

As funções da coluna vertebral são:


• Protege a medula espinhal e os nervos espinhais;
• Suporta o peso do corpo;
• Exerce um papel importante na postura e locomoção;
• Serve de ponto de fixação para as costelas, a cintura pélvica e os músculos do dorso;
• Proporciona flexibilidade para o corpo, podendo fletir-se para frente, para trás e para
os lados e ainda girar sobre seu eixo maior.

O canal ou forame vertebral segue as diferentes curvas da coluna vertebral. É


grande e triangular nas regiões onde a coluna possui maior mobilidade (cervical e lombar)
e é pequeno e redondo na região que não possui muita mobilidade (torácica).
Ele é formado pela junção das vértebras e serve para dar proteção à medula
espinhal.

Entre os corpos de duas vértebras adjacentes desde a segunda vértebra cervical


até o sacro, existem discos intervertebrais. Constituído por um disco fibroso periférico
composto por tecido fibrocartilaginoso, chamado anel fibroso e uma substância interna,
elástica e macia, chamada núcleo pulposo. Os discos formam fortes articulações,
permitem vários movimentos da coluna vertebral e absorvem os impactos.
3. Caixa Torácica

Formada pelas costelas e pelos osso externo eles protegem o coração, os


pulmões e os principais vasos sanguíneos. A musculatura da caixa torácica é
responsável, juntamente ao diafragma, pelos movimentos respiratórios.
É formada pelas costelas, que são ossos achatados e curvos que se unem,
dorsalmente a coluna vertebral e, ventralmente, ao esterno. A maioria das pessoas possui
12 pares de costelas. Algumas tem uma extra (mais comum em homens que mulheres).
Os dois últimos pares de costelas são ligados à coluna vertebral, não se ligam ao esterno
(as costelas flutuantes).
Elas são 24 e estão dispostas em 12 pares:
 Verdadeiras: I a VII possuem cartilagem própria e articulam com o esterno.
 Falsas: VIII a X não articulam com o esterno, mas com a cartilagem da VII costela.
 Flutuantes: XI e XII não possuem cartilagem, são livres.
Esqueleto Apendicular

1. Membros Superiores

Estão incluídos os ossos da cintura escapular, braço, antebraço e mão. São todos
em pares.
A união do esqueleto axial com o apendicular se faz por meio das cinturas
escapular e pélvica.
A cintura escapular possui dois pares de ossos: uma clavícula e uma escápula,
sendo um de cada lado. A clavícula mede aproximadamente quinze centímetros de
comprimento parecendo ser reta se vista em sua porção anterior, porém é curva quando
vista superiormente.
A escápula é um osso triangular, plano, que possui duas faces: a costal, localizada
próxima às costelas e a dorsal; possui três bordas, a medial, a lateral e a superior, e três
ângulos, o superior, o lateral e inferior.
O complexo do ombro não apenas proporciona uma ampla variação para a
colocação das mãos como também executa importantes funções de estabilização para o
uso da mão, levantar e empurrar, elevação do corpo, inspiração e expiração forçadas e
até mesmo sustentação de peso como andar de muletas ou "plantar bananeira".
Os ossos dos membros superiores podem ser divididos em quatro segmentos:

• Cintura Escapular - Clavícula e Escápula


• Braço - Úmero
• Antebraço - Rádio e Ulna
• Mão - Ossos da Mão

Os ossos do carpo são: 8 ossos: trapézio, trapezóide, capitato, hamato, piramidal,


psiforme, semilunar, escafoide. O metacarpo é compostos por 5 ossos: os metacarpianos.
Já as falange são dividias em proximal, média, distal.
2. Membros Inferiores

Os ossos dos membros inferiores podem ser divididos em quatro segmentos:

• Cintura Pélvica - Ilíaco (Osso do Quadril);


• Coxa - Fêmur e Patela;
• Perna - Tíbia e Fíbula;
• Pé - Ossos do Pé.

Os membros inferiores tem função de sustentação do peso corporal, locomoção,


tem a capacidade de mover-se de um lugar para outro e manter o equilíbrio. Os membros
inferiores são conectados ao tronco pela cintura pélvica.
Da mesma forma que a cintura escapular é a junção entre membros superiores e
tronco, a cintura pélvica é a junção entre membros inferiores e tronco. Preste atenção,
quando falamos em osso do quadril estamos nos referindo ao ílio, ísquio e púbis.

O tarso é composto por 7 ossos: talus, calcâneo, cubóide, navicular, cuneiforme


medial, cuneiforme intermédio, cuneiforme lateral. O metatarso é composto por 5 ossos,
os metatársicos. E as falanges são divididas em proximal, média, distal.
O esqueleto humano apesar de ter seus ossos definidos apresenta diferenças
entre o sexo feminino e o masculino, dentre elas destaca-se:
6 SISTEMA MUSCULAR

Em qualquer movimento realizado, mesmo o mais discreto, como mexer o dedo do


pé ou piscar o olho, utiliza-se a musculatura.
Os músculos distribuem-se por todo o corpo, sendo responsáveis por todo e
qualquer movimento, intencional ou não.
O sistema muscular é formado pelo conjunto de músculos do nosso corpo.
Existem cerca de 600 músculos no corpo humano; juntos eles representam de 40 a 50%
do peso total de uma pessoa.
Os músculos são capazes de se contrair e de se relaxar, gerando movimentos que
nos permitem: andar, correr, saltar, nadar, escrever, impulsionar o alimento ao longo do
tubo digestório, promover a circulação do sangue no organismo, urinar, defecar, piscar os
olhos, rir, respirar, etc.
A nossa capacidade de locomoção depende da ação conjunta de ossos,
articulações e músculo, sob a regulação do sistema nervoso. A principal característica do
tecido muscular é sua capacidade “elástica” de contração e distensão.
Para que um músculo funcione, ou seja, para a realização do movimento, faz-se
necessário um comando do cérebro - enviado pelos nervos motores e cujo resultado é a
contração muscular.
Ao ficar paralisado por longo tempo o músculo perde sua tonicidade, o que dificulta
ou impede seu movimento. Os músculos variam de volume quando exercitados com
freqüência, tornando- se mais delineados e desenvolvidos, como podemos observar nos
esportistas.

*** Tonicidade – estado em que os músculos apresentam vigor ou energia; o seu oposto é
a flacidez.

Características

O músculo é constituído por fibras, possui forma alongada, parte central alargada
(ventre, porção carnosa contrátil) e extremidades afuniladas que se fixam aos ossos ou
órgãos por meio de tendões (cordões fibrosos) ou aponeuroses (lâminas fibrosas).
Cada fibra muscular é uma célula longa e fina, com vários núcleos e filamentos
microscópicos a preencher seu citoplasma. O conjunto de fibras constitui o feixe muscular
e cada músculo possui numerosos feixes.
Classificação

Em algumas regiões do corpo, a musculatura é diferenciada de acordo com a


função a ser desempenhada:

a) Musculatura estriada esquelética

Está situada nas camadas superficiais do corpo, liga-se firmemente às cartilagens


e aos ossos por meio de tendões ou aponeuroses. Seus movimentos são voluntários,
comandados pela vontade. Ela recobre todo o esqueleto, permitindo o controle dos
movimentos da face, pernas, braços, etc.

b) Musculatura lisa ou visceral

É responsável pelo movimento de órgãos como o esôfago, o estômago e os


intestinos, contrai-se lentamente, independente de nossa vontade. Além disso, faz parte
da maioria dos vasos e controla o fluxo do sangue através dos vasos sangüíneos.
** Cólicas: são as fortes contrações das fibras musculares lisas, que provocam intensa
dor.

c) Musculatura estriada cardíaca

É o músculo estriado cardíaco, também conhecida como miocárdio, é responsável


por seus movimentos (batimentos cardíacos) e contrai-se vigorosa e involuntariamente,
apesar de composta por fibras estriadas.

Principais Músculos do Corpo Humano

1. Músculos da Cabeça

Os músculos da cabeça estão agrupados em duas categorias: os músculos da


face e os músculos da mastigação.

 Músculos da face e pescoço

Os músculos da face contraem-se e relaxam-se inúmeras vezes, o que nos


permite expressar sensações como sorrir, chorar, espantar-se, sentir dor, raiva, etc.
Cada uma dessas expressões envolve movimentos de diversos músculos faciais,
também conhecidos como mímicos.
Ao nos alimentarmos faz-se necessária a mastigação, processo que exige a
participação dos músculos mastigadores.
Os músculos da face são:
- Frontal: é um músculo plano que cobre o osso frontal. Sendo que sua ação determina a
elevação das sobrancelhas, promovendo um aspecto de surpresa.

- Músculo do supercílio: realiza os movimentos de elevação e aproximação das


sobrancelhas;

- Orbicular do olho: é um músculo em forma de esfíncter, que circunda a abertura das


pálpebras. Um esfíncter é um músculo circular que controla o tamanho de uma abertura.
A contração desse músculo fecha o olho e auxilia no ato de piscar, pestanejar e manter os
olhos semicerrados

- Orbicular da boca: é um músculo em forma de esfíncter que circunda a abertura da


boca. A contração deste músculo ajuda a fechar a boca, falar e apertar os lábios. Ele às
vezes é referido como o "músculo do beijo".

- Músculo do nariz: responsável pelo movimento de franzir o nariz;

- Bucinador: é um músculo que se insere no m. orbicular da boca e comprime (achata) a


bochecha quando contraído. É usado para assobiar e tocar instrumentos de sopro, como
o trompete, sendo também conhecido como "músculo do trombeteiro". Também é
classificado como um músculo auxiliar da mastigação, porque, quando contraído, ele
auxilia o posicionamento do alimento entre os dentes, para ser mastigado.

- Zigomático: é o músculo do sorriso, que se estende dos cantos da boca até o osso
zigomático.

- Músculo depressor do lábio inferior: atua na projeção do lábio inferior e na contração


do queixo.
 Músculos da Mastigação

Os músculos da mastigação também são chamados de músculos mastigadores.


Todos eles estão inseridos na mandíbula e são considerados alguns dos músculos mais
fortes do corpo.

- Masseter: é um músculo que se estende do arco zigomático até a mandíbula. A


contração desse músculo fecha a boca. Ele age sinergicamente (isto é, trabalha em
conjunto) com o músculo temporal para fechar a boca.

- Temporal: é um músculo em forma de leque que se estende da porção plana do osso


temporal até a mandíbula. Ele age sinergicamente com os outros músculos da
mastigação.

 Principais músculos do pescoço

Muitos músculos estão envolvidos no movimento da cabeça e dos ombros e


participam da movimentação das estruturas da garganta. Os principais são:
esternocleidomastóideo, platisma e trapézio.

- Esternocleidomastóideo: Como o nome indica, se estende do esterno e da clavícula


até o processo mastóide do osso temporal, no crânio. A contração de ambos os músculos
de cada lado do pescoço determina a flexão da cabeça. Como a cabeça fica fletida na
posição de oração, algumas pessoas se referem a esse músculo como o "músculo da
oração". A contração de apenas um dos músculos esternocleidomastóideos causa a
rotação da cabeça. Um espasmo desse músculo pode causar torcicolo. Essa condição é
caracterizada pela torção do pescoço e rotação da cabeça para um dos lados.
- Trapézio: Se insere na base do osso occipital na cabeça, e nos processos espinhosos
das vértebras da parte superior da coluna vertebral (cervicais e. torácicas). A contração
do trapézio estende a cabeça, tracionando-a na direção posterior, de maneira que a face
olha para cima. O trapézio funciona de maneira antagônica ao músculo
esternocleidomastóideo, que flexiona e inclina a cabeça para frente. O trapézio também
está fixado no ombro.

- Platisma: participa no processo de rotação da cabeça

2. Músculos dos Membros Superiores

Seria difícil contar durante todo um dia os diversos movimentos realizados pelos
braços, como pentear-se, pegar objetos, dirigir, abraçar uma pessoa querida, etc.
Determinados movimentos necessitam dos músculos flexores, que participam da
retração muscular; outros, dos músculos extensores, que permitem a extensão do
membro.
- Deltóide: Músculo volumoso e em forma de triângulo, que cobre a cintura escapular a
estrutura do ombro. A ação deste músculo permite a elevação lateral do braço até aos 90
graus.

- Bíceps braquial: Principal músculo do braço, sua principal ação é a flexão do cotovelo;
localiza-se na parte anterior do braço, sendo responsável pela flexão do antebraço sobre
si mesmo – é bem delineado em pessoas que exercem práticas esportivas;

- Tríceps braquial: é conhecido como músculo do tchauzinho, está localizado na parte


posterior do braço e é responsável pelo movimento de extensão do cotovelo.

- Braquiorradial: É um músculo do antebraço que age na flexão dele no cotovelo.


Também é capaz de promover a pronação e supinação, dependendo da posição do
antebraço.

O movimento do antebraço é limitado, o que lembra uma dobradiça. Porém, as


mãos executam movimentos precisos e delicados, como abotoar uma blusa, fazer uma
trança, digitar um texto, dentre muitos outros utilizados no dia-a-dia.
Para a prática de seu serviço duas posições do antebraço são muito úteis: supina,
quando o antebraço se encontra com a palma da mão para cima, e prona, quando a
palma está virada para baixo.
Os principais músculos do antebraço são:

- Flexor dos dedos – situa-se na parte anterior do antebraço e promove a flexão dos
dedos;

- Extensor dos dedos – localiza-se na parte posterior do antebraço, sendo responsável


pelo afastamento dos dedos.

Deltoide

Bíceps Braquial
Tríceps braquial Braquiorradial

3. Principais músculos do tronco

Os músculos do tronco estão envolvidos na respiração, nos movimentos da coluna


vertebral e na formação das paredes do abdome e da pelve.

- Músculos Envolvidos na Respiração

Os músculos do tórax incluem os músculos intercostais e o diafragma. Esses


músculos são os principais responsáveis pela respiração.
Os músculos intercostais (externos e internos) estão situados entre as costelas, e
são responsáveis por elevar e abaixar o arcabouço costal durante a respiração.
O diafragma é um músculo em forma de domo (cúpula), que separa a cavidade
torácica da cavidade abdominal e é o principal músculo da inalação, a fase inspiratória da
respiração. Sem a contração e o relaxamento dos músculos intercostais e do músculo
diafragma, a respiração não poderia ocorrer.

- Peitoral Maior: Atua na adução, rotação medial, flexão e flexão horizontal do ombro.

- Grande dorsal – situa-se na região inferior das costas, tendo como função principal
levar o braço para trás;

- Grande dentado – situa-se na parte lateral do tórax, promovendo a elevação das


costelas, ajudando, dessa forma, o processo de respiração.

Grande dentado

4 Músculos Abdominais

A parede do abdome consiste de quatro músculos arranjados de tal maneira que


promovem firmeza considerável.
Os músculos estão estendidos em camadas, de forma que as fibras de cada um
dos quatro músculos percorrem quatro direções diferentes. Este arranjo permite aos
músculos conter, suportar e proteger os órgãos abdominais.
A contração dos músculos abdominais permite a realização de outras funções;
assim, ela determina a flexão da coluna vertebral e a compressão sobre os órgãos
abdominais durante os atos de urinar e defecar e durante o trabalho de parto.
Os quatro músculos abdominais incluem:

- Reto do abdome: como o nome indica, as fibras do m. reto do abdome correm no


sentido crânio-caudal, ou na direção longitudinal. Ele se estende do esterno ao osso púbis
(parte do osso do quadril). A contração desse músculo flete a coluna vertebral.

- Oblíquo externo: o músculo oblíquo externo sustenta a parede lateral do abdome. As


fibras correm em sentido oblíquo, isto é, elas são inclinadas no sentido súpero-inferior.

- Oblíquo interno: o músculo oblíquo interno constitui uma parte da parede lateral do
abdome. Ele reforça o músculo oblíquo externo, com suas fibras percorrendo no sentido
inverso.

- Transverso do abdome: o músculo transverso do abdome forma a camada mais


interna dos músculos da parede ântero-lateral do abdome. Suas fibras correm
horizontalmente, ao longo do abdome.

5. Músculos dos membros inferiores

- Sartório: Sua ação é a flexão, abdução e rotação lateral da coxa e flexão e rotação
medial do joelho.

- Quadríceps - situa-se na parte anterior da coxa, sendo responsável pela extensão da


perna;

- Vasto medial: é dividido em duas porções, uma proximal: vasto medial longo e outra
distal: vasto medial oblíquo. Suas funções principais são: estabilização medial da patela,
extensão da perna e flexão da coxa.
- Reto Femoral: Sua ação é a flexão da coxa e extensão da perna.

- Vasto lateral: é um músculo que tem como função a flexão do quadril e extensão do
joelho.

- Tibial Anterior: O tibial anterior é um músculo que fica na região anterior da perna e
que se insere no tarso e na base do dedo grande do pé através do seu tendão. O tibial
anterior é o principal responsável pela flexão dorsal do pé (puxar a ponta do pé para
cima).

- Gastrocnêmio: É um músculo que fica na região posterior da perna abaixo


dos joelhos e recobre outro músculo chamado Sóleo (este conjunto é chamado de
Panturrilha). Agem como flexores plantares, ou seja, fletem o pé para baixo.
Gastrocnêmio também age como flexor dos joelhos quando a perna não estiver
suportando o peso.

- Grande glúteo ou glúteo superior - localiza-se nas nádegas e permite a extensão da


coxa;

- Costureiro - é o músculo mais longo do corpo: inicia-se no quadril, cruza a coxa e


termina na lateral interna do joelho; sua função é aproximar a coxa do abdome;
- Bíceps crural ou femoral – localiza-se na face posterior da coxa, permitindo o
movimento de flexão das pernas;

Os pés apresentam movimentos de extensão flexão e rotação – possíveis devido à


utilização dos músculos extensores e flexores neles inseridos por meio dos tendões.
Quadríceps
Reto Femoral

Grande Glúteo

Costureiro Bíceps Femoral


7 SISTEMA CIRCULATÓRIO

É formado por: coração, vasos sanguíneos, o sangue, linfa e vasos


linfáticos.Também chamado de sistema cardiovascular.
A circulação do sangue permite o transporte e a distribuição de nutrientes, gás
oxigênio e hormônios para as células de vários órgãos. O sangue também transporta
resíduos do metabolismo para que possam ser eliminados do corpo.
As funções do sistema circulatório são:

 Transporte de gases: os pulmões, responsáveis pela obtenção de oxigênio e pela


eliminação de dióxido de carbono, comunicam-se com os demais tecidos do corpo por
meio do sangue.

 Transporte de nutrientes: no tubo digestivo, os nutrientes resultantes da digestão


passam através de um fino epitélio e alcançam o sangue. Por essa verdadeira "auto-
estrada", os nutrientes são levados aos tecidos do corpo, nos quais se difundem para
o líquido intersticial que banha as células.

 Transporte de resíduos metabólicos: a atividade metabólica das células do corpo


origina resíduos, mas apenas alguns órgãos podem eliminá-los para o meio externo.
O transporte dessas substâncias, de onde são formadas até os órgãos de excreção, é
feito pelo sangue.

 Transporte de hormônios: hormônios são substâncias secretadas por certos órgãos,


distribuídas pelo sangue e capazes de modificar o funcionamento de outros órgãos do
corpo. A colecistocinina, por exemplo, é produzida pelo duodeno, durante a passagem
do alimento, e lançada no sangue. Um de seus efeitos é estimular a contração da
vesícula biliar e a liberação da bile no duodeno.

 Intercâmbio de materiais: algumas substâncias são produzidas ou armazenadas em


uma parte do corpo e utilizadas em outra parte. Células do fígado, por exemplo,
armazenam moléculas de glicogênio, que, ao serem quebradas, liberam glicose, que o
sangue leva para outras células do corpo.

 Transporte de calor: o sangue também é utilizado na distribuição homogênea de calor


pelas diversas partes do organismo, colaborando na manutenção de uma temperatura
adequada em todas as regiões; permite ainda levar calor até a superfície corporal,
onde pode ser dissipado.

 Distribuição de mecanismos de defesa: pelo sangue circulam anticorpos e células


fagocitárias, componentes da defesa contra agentes infecciosos.

 Coagulação sanguínea: pelo sangue circulam as plaquetas, pedaços de um tipo


celular da medula óssea, com função na coagulação sanguínea. O sangue contém
ainda fatores de coagulação, capazes de bloquear eventuais vazamentos em caso de
rompimento de um vaso sanguíneo.

 Sangue

O sangue é uma massa líquida, contida num compartimento fechado, o aparelho


circulatório, e mantida em movimento regular e unidirecional devido às contrações
rítmicas do coração. Num adulto, seu volume total é de aproximadamente 5,5 litros.
As funções do sangue são:

1. suprir as necessidades alimentares dos tecidos;


2. transportar detritos das células para serem eliminados;
3. conduzir substâncias e gases de uma parte a outra do corpo;
4. Possibilita o bom funcionamento das células.

Sua composição é:

- Plasma: parte líquida;


- Glóbulos vermelhos: Elementos figurados que compõem a parte sólida composta por
células e fragmentos de células.

O plasma representa 56% do volume sangüíneo e é constituído por 90% de água


e diversas substâncias, como proteínas, sais inorgânicos, aminoácidos, vitaminas,
hormônios, lipoproteínas, glicose e gases - oxigênio, gás carbônico e nitrogênio -, diluídos
em seu meio.

Pressão osmótica:

Força formada pela água e sais minerais que pressiona a passagem de água
através de uma membrana de um local menos concentrado para outro mais concentrado.
Os principais sais minerais são o cloreto, o sódio, o potássio, o cálcio e o
magnésio.

Proteínas do Plasma:

- Albumina: transporta medicamentos, bilirrubina e ácido biliar, além de manter a pressão


osmótica uniforme no plasma, propiciando a troca de água entre o sangue e os tecidos.

- Globulinas: transportam o ferro e outros metais, hormônios, vitaminas, lipídios;


- gamaglobulinas (anticorpos): que protegem o nosso organismo – motivo pelo qual são
chamadas de imunoglobulinas.

- Fibrinogênio: é necessário para a formação de fibrina, na etapa final da coagulação


sangüínea.

Glóbulos vermelhos:

Também são chamados hemácias ou eritrócitos, são os que existem em maior


quantidade. Não possuem núcleo e apresentam um pigmento rico em ferro, denominado
hemoglobina, que torna o sangue vermelho e tem a função de transportar oxigênio para
as células.
A interferência nesse transporte pode ser letal para as células do tecido afetado =
cianose.
As hemácias se formam nas medulas vermelhas dos ossos longos e vivem cerca
de 120 dias. Ao morrerem são transportadas pelo próprio sangue para o baço, onde se
fragmentarão.
O valor normal de eritrócitos é de 4,5 a 5 milhões/ml de sangue, o hematócrito, ou
seja, a porcentagem de eritrócitos no sangue é de 45%.

Tipos sanguíneos:

As células sanguíneas possuem certos componentes (aglutinógenos),


geneticamente determinados, convencionalmente chamados de A e B. Essas células
determinam o tipo sanguíneo do indivíduo, e são:

 tipo A – com hemácias que só contêm o elemento A;


 tipo B - com hemácias que só contêm o elemento B;
 tipo AB - com hemácias que contêm os dois elementos;
 tipo O - com hemácias “vazias”, ou seja, sem aglutinógeno.

Além destes componentes, há o fator Rh. Cerca de 85% da população possui o


aglutinógeno Rh, sendo chamadas de Rh+.

Glóbulos Brancos
Os leucócitos ou glóbulos brancos são células que existem no sangue em menor
quantidade que as hemácias.
Responsáveis pela defesa do organismo são capazes de destruir os invasores,
além de produzir histamina (substância manifesta nas reações alérgicas) e heparina
(anticoagulante).
Quando suspensos no sangue os leucócitos são esféricos e classificam-se em
granulócitos - ou poliformonucleares - e agranulócitos - segundo características celulares -
e se diferenciam em outras células durante a fase de maturação.
Os granulócitos são compostos de 60% a 75% de neutrófilos, 2% a 4% de
eosinófilos e 1% de basófilos. Formam-se na medula óssea e são destruídos e eliminados
pelo fígado, baço, muco-bronquial, secreções glandulares e por autodestruição.
Defendem o organismo na fase aguda do processo infeccioso e inflamatório. Os
eosinófilos participam de processos alérgicos.
Os agranulócitos compreendem os linfócitos e monócitos. Os linfócitos
correspondem a 25%-40% dos leucócitos e são formados nos tecidos linfóides, onde se
armazenam (timo e baço).
Uma pequena quantidade circula pelo corpo, atuando lentamente nas inflamações
crônicas em vista de sua pouca ação destrutiva sobre as bactérias, no entanto são
importantes nas reações de defesa contra proteínas estranhas ao organismo.
Os monócitos formam-se na medula óssea e participam no combate de infecções
crônicas, correspondendo a 3%-6% dos leucócitos.

Plaquetas:

Um terceiro elemento de fundamental importância no sangue são as plaquetas,


fragmentos de células especiais da medula óssea chamadas megacariócitos.
Nosso corpo possui cerca de 250 a 450 mil plaquetas/ml, cuja função é a
coagulação sanguínea - se não existissem, perderíamos todo o sangue através de
qualquer ferimento.

Cascata de Coagulação:

Quando um vaso sanguíneo sofre lesão em sua parede inicia-se um processo


chamado hemostasia (coagulação sanguínea), que visa impedir a perda de sangue
(hemorragia). O vaso lesado se contrai (vasoconstrição) e as plaquetas circulantes
agregam-se no local, formando um tampão plaquetário.
Durante a agregação, fatores do plasma sanguíneo, dos vasos lesados e das
plaquetas promovem a interação sequencial (em cascata) de 13 proteínas plasmáticas,
originando a fibrina e formando uma rede que aprisiona leucócitos, eritrócitos e plaquetas.
Forma-se então o coágulo sanguíneo, mais consistente e firme que o tampão
plaquetário. Protegido pelo coágulo, a parede do vaso restaura-se pela formação de
tecido novo. Por fim, a ação de enzimas plasmáticas e plaquetárias faz com que o
coágulo seja removido.
 Vias de Circulação Sanguínea

Os vasos sanguíneos são inervados pelo nervo simpático, que possui ação
vasoconstritora (diminui o calibre dos vasos), e pelo nervo parassimpático, que é
vasodilatador (aumenta o calibre dos vasos). A ação desses dois feixes nervosos mantém
o diâmetro e a tonicidade dos vasos sangüíneos.
São compostas por tubos chamados veias ou artérias, conforme o fluxo que
seguem e o tipo de sangue que por eles passa. Qualquer interrupção no seu fluxo pode
acarretar a morte celular e, portanto, ocasionar uma lesão nos tecidos.
Formam uma rede de tubos que transportam sangue do coração em direção aos
tecidos do corpo e de volta ao coração. Os vasos sanguíneos podem ser divididos em
sistema arterial e sistema venoso:

a) Sistema Arterial: Constitui um conjunto de vasos que partindo do coração, vão se


ramificando, cada ramo em menor calibre, até atingirem os capilares.

b) Sistema Venoso: Formam um conjunto de vasos que partindo dos tecidos, vão se
formando em ramos de maior calibre até atingirem o coração.

Artérias:

São responsáveis por levar o sangue rico em nutrientes e substâncias essenciais -


como o oxigênio - às células.
Possuem paredes resistentes, formadas por musculatura lisa (involuntária), pois
transportam o sangue sob alta pressão para que seu fluxo seja tão rápido quanto
necessário.
Podem ser palpadas, principalmente em regiões articulares, onde são mais
superficiais.

Veias:
Possuem paredes musculares finas, podendo contrair-se ou expandir-se conforme
a necessidade. Não pulsam, funcionam como reservatórios do sangue que nelas se
movimenta.
Transportam o sangue já utilizado pelo organismo, portanto rico em detritos e gás
carbônico. Seu diâmetro aumenta gradativamente à medida que se aproximam do
coração.
Apresentam válvulas no seu interior, principalmente nos membros inferiores e
superiores, para direcionar o fluxo sangüíneo no sentido do coração e impedir o refluxo.
Quando essas válvulas perdem parte de sua funcionalidade as veias se dilatam e surgem
as varizes.

Vasos capilares: são tubos muito finos, sua parede possui uma camada de células. As
arteríolas se desembocam nos vasos capilares. Há redes capilares em todos os órgãos. É
nos vasos capilares que o sangue arterial se transforma em sangue venoso. O sangue
fornece nutrientes e oxigênio às células recebendo delas resíduos e gás carbônico.
Constitui as últimas ramificações das arteríolas e vênulas. Fazem a comunicação do
sistema arterial e venoso.

Feixe vásculo - nervoso: quando artéria, veia(s) e nervo(s) formam um conjunto.

As artérias caracterizam-se pela sua pulsação. Quando cortadas, sangram em


esguicho.
As veias são mais numerosas do que as artérias, não pulsam e portanto a
hemorragia não ocorre em esguicho. O sangue move nas veias das partes distais para o
coração e não em sentido oposto.
Válvulas são para impedir o refluxo, encontradas nas veias, mais numerosas nos
membros; ausentes na maioria das veias do tronco ( sistema porta e vertebral).
Os músculos das panturrilhas e das coxas atuam como bombas, impulsionando o
sangue desde os pés, em sentido ascendente, até o coração.
A pressão sanguínea, significa, a pressão que o sangue exerce junto a parede
interna das artérias. A pressão sistólica ou máxima é quando o coração bombeia sangue
com pressão para dentro das artérias e estas se distendem; é a das artérias no fim da
contração (sístole) do V.E.(120 mmHg). A pressão diastólica ou mínima é a que se
verifica no final da diástole, quando as paredes das artérias voltam à posição inicial; é a
das artérias no fim da fase de repouso (diástole) do V.E. (80 mmHg).
As pressões arteriais normais são mantidas: pela ação de bomba premente do
V.E.; pela resistência periférica; pela quantidade de sangue nas artérias; pela viscosidade
do sangue e elasticidade das paredes das artérias.
Pulsação é a onda de expansão e contração de uma artéria e é uma reflexão da
pressão criada pela ejeção de sangue do coração.
O aumento da pressão endoventricular, (contração ventricular), determina o
fechamento das valvas atrioventriculares e a vibração que resulta deste fechamento é a
“1º bulha cardíaca”. O fechamento das valvas aórtica e pulmonar é a “2º bulha cardíaca”.

- Sopro cardíaco: ruído anormal, válvulas não fecham direito, permite o retorno do
sangue.
- Auscultação: sons cardíacos são ouvidos com o uso do estetoscópio.
- Trombose: é a coagulação do sangue no interior do vaso; pode ser por depósito de
lipídios, diminui o calibre do vaso, o sangue coagula dentro deste vaso, pode ser como
resultado de lesões do endotélio dos vasos, diminuição da velocidade do fluxo sanguíneo
por excessiva imobilidade no leito, infecções intensas. Pode ocorrer com artéria ou veia.

- Aneurisma: dilatação da artéria pode romper ocasionando derrame, e quando ocorre


dentro do crânio, aumenta a pressão intracraniana, comprime o cérebro. No aneurisma,
pode ocorrer trombose.

Estrutura dos Vasos:

- Túnica externa: é composta basicamente por tecido conjuntivo. Nesta túnica


encontramos pequenos filetes nervosos e vasculares que são destinados à inervação e a
irrigação das artérias. Encontrada nas grandes artérias somente.
- Túnica média: é a camada intermediária composta por fibras musculares lisas e
pequena quantidade de tecido conjuntivo elástico. Encontrada na maioria das artérias do
organismo.
- Túnica íntima: forra internamente e sem interrupções as artérias, inclusive capilares. São
constituídas por células endoteliais.
Diapedese

Passagem dos leucócitos do sangue para os demais tecidos. Faz-se atravessando


os vasos capilares. Este processo ocorre geralmente quando uma parte do organismo fica
lesionada, onde o processo de inflamação é necessário. Resumidamente, a diapedese é
a saída dos glóbulos brancos dos vasos sanguíneos.

 Coração

O coração é um órgão musculoso do tamanho aproximado de um punho fechado


e com peso em média de 400 g, tem cerca de 12 cm de comprimento por 8 a 9 cm de
largura.
O coração quase sempre continua a crescer em massa e tamanho até um período
avançado da vida; este aumento pode ser patológico. O coração é uma “bomba” muscular
oca, responsável pela circulação do sangue pelo corpo. Para tanto, apresenta
movimentos de contração (sístole) e relaxamento (diástole), por meio dos quais o sangue
penetra no seu interior e é impulsionado para os vasos sanguíneos.
Localiza-se na porção central da cavidade torácica conhecida como mediastino -
mais precisamente o mediastino médio e é envolvido por um saco fibrosseroso de
paredes duplas, chamado pericárdio, que tem em seu interior pequena quantidade de
líquido aquoso – o que permite seu melhor deslizamento quando dos movimentos de
sístole e diástole.
A estrutura cardíaca é formada por três camadas musculares:
 epicárdio (camada externa);
 miocárdio (camada média e a mais espessa);
 endocárdio (camada interna).
É composto por quatro câmaras, denominadas átrios (superiores) e ventrículos
(inferiores). Os átrios recebem o sangue que vem das veias, motivo pelo qual suas
paredes são delgadas.
Os ventrículos que, por injetarem sangue nas artérias e necessitarem de maior
força para vencer a resistência vascular, têm paredes musculares espessas.

Os movimentos cardíacos são rítmicos, numa média de 80 batimentos por minuto,


no adulto – como na criança o espaço a ser percorrido é menor, seus batimentos são
mais acelerados.
Ao pousar a mão ou o diafragma do estetoscópio sobre o terço inferior do osso
esterno, você poderá sentir ou ouvir o pulso referente ao ápice do coração, chamado
pulso apical.
E em cada movimento de sístole você perceberá que uma grande quantidade de
sangue é impulsionada para fora do coração, com a importante missão de manter a vida.
Para evitar que o sangue, impulsionado dos ventrículos durante a sístole, reflua
durante a diástole, há válvulas localizadas junto aos orifícios de abertura da artéria aorta e
da artéria pulmonar, chamadas válvulas semilunares.
Outras válvulas que impedem o refluxo do sangue são a válvula tricúspide, situada
entre a aurícula e o ventrículo direito, e a válvula bicúspide ou mitral, entre a aurícula e o
ventrículo esquerdo.
A sístole ventricular segue-se imediatamente a sístole auricular. A contração
ventricular é mais lenta e mais energética.
As cavidades ventriculares se esvaziam quase que por completo com cada sístole,
depois, o coração fica em um completo repouso durante um breve espaço de tempo.
O coração é inervado pelos nervos simpático e parassimpático, que afetam a
função cardíaca alterando sua frequência ou força de contração do miocárdio. O
simpático acelera os batimentos cardíacos e aumenta a força de contração do miocárdio;
consequentemente, mais sangue é expulso do coração. O parassimpático age
inversamente ao simpático.
O coração trabalha automaticamente por ação do sistema nervoso e o impulso
para exercer sua atividade cardíaca origina-se nele próprio – processo conhecido como
sistema de condução do coração, responsável pelas contrações espontâneas.
É composto pelo nó sinusal (ou sinoatrial), situado no átrio direito próximo à
desembocadura da veia cava superior - ponto de origem de todos os estímulos, sendo por
isso denominado marca-passo cardíaco.
Os estímulos por ele produzidos são transmitidos por fibras musculares ao nó
atrioventricular, localizado próximo ao septo atrial. Pela musculatura ventricular, esses
estímulos atingem o feixe de His e prosseguem pelas fibras de Purkinge, direita e
esquerda.

O controle automático do coração sofre influências externas como temperatura (a


febre aumenta a frequência cardíaca), alterações na concentração sérica de cálcio e
potássio - que podem provocar diminuição de sua freqüência cardíaca e força de
contração -, parada cardíaca e contração espástica.

 Mecanismos do sistema circulatório

1. Pequena circulação (Pulmonar)

Na pequena circulação, o sangue venoso que se encontra no ventrículo direito vai


para as artérias pulmonares dirigindo-se para os pulmões percorrendo os capilares
pulmonares, onde se realiza a hematose, ou seja, as trocas gasosas.
O sangue arterial volta ao coração através das veias pulmonares, entrando no
átrio esquerdo.
Ventrículo direito → Pulmões → Átrio esquerdo (Coração → pulmão → Coração)

2. Grande circulação (sistêmica)

A grande circulação, ou circuito sistêmico, é a designação dada à parte da


circulação sanguínea que se inicia no ventrículo esquerdo. Dali, o sangue (sangue
arterial) é bombeado pela contração do ventrículo esquerdo para a artéria aorta. Esta
divide-se para os órgãos principais do nosso corpo (com exceção dos pulmões), onde se
utiliza o oxigênio.
O sangue venoso ou seja, o que é pobre em oxigênio, (nesta etapa da circulação,
já que o mesmo não acontece na pequena circulação) volta ao coração pelas veias cavas,
introduzindo-se assim na aurícula direita.
Da aurícula o sangue passa para o ventrículo direito através do orifício
atrioventricular, onde existe a válvula tricúspide. Assim, a grande circulação começa no
ventrículo esquerdo e termina no átrio direito.

Ventrículo esquerdo → Tecidos → Átrio direito (Coração → corpo → coração)


Simplificando: Enquanto o ventrículo direito impulsiona o sangue para os pulmões
(através da pequena circulação), o ventrículo esquerdo o impulsiona para os tecidos do
corpo (através da grande circulação), sob pressão bem maior.

 Vasos linfáticos

Além do sistema cardiovascular (circulatório) para a circulação do sangue, o corpo


humano possui outro sistema de fluxo de líquido: o sistema linfático. O sistema linfático
compreende o conjunto formado pela linfa, pelos vasos linfáticos e órgãos como
os linfonodos, o baço, o timo e as tonsilas palatinas.
A linfa é um líquido claro, ligeiramente amarelado, que flui lentamente em nosso
corpo através dos vasos linfáticos. Parte do plasma sanguíneo extravasa continuamente
dos vasos capilares, formando um material líquido entre as células dos diversos tecidos
do organismo – o líquido intercelular ou intersticial.
Uma parte desse líquido intercelular retorna aos capilares sanguíneos, carregando
gás carbônico e resíduos diversos. Outra parte – a linfa – é recolhida pelos capilares
linfáticos. Os capilares linfáticos transportam a linfa até vasos de maior calibre,
chamados vasos linfáticos. Esses vasos semelhantes às veias, por sua vez, desembocam
em grandes veias, onde a linfa é liberada, misturando-se com o sangue.
Ao longo do seu trajeto, os vasos linfáticos passam pelo interior de pequenos
órgãos globulares, chamados linfonodos. Os vasos linfáticos passam ainda por certos
órgãos, como as tonsilas palatinas (amídalas) e o baço.
Os linfonodos são responsáveis pela filtragem da linfa, dela retiram as partículas
estranhas e, concomitantemente, destroem as bactérias. Portanto, exercem importante
papel, retendo microrganismos ou células mortas, impedindo, assim, que um processo
infeccioso no organismo se dissemine ou provoque perturbações em outros pontos.
Entretanto, por vezes, o processo infeccioso é tão intenso que provoca acentuada
proliferação das células dos linfonodos.
O sistema linfático não possui um órgão equivalente ao coração. A linfa, portanto,
não é bombeada como no caso do sangue. Mesmo assim se desloca, pois as contrações
musculares comprimem os vasos linfáticos, provocando o fluxo da linfa.
Os vasos linfáticos possuem válvulas que impedem o refluxo (retorno) da linfa em
seu interior: assim, ela circula pelo vaso linfático num único sentido. O sistema linfático
auxilia o sistema cardiovascular na remoção de resíduos, na coleta e na distribuição de
ácidos graxos e gliceróis absorvidos no intestino delgado e contribui para a defesa do
organismo, produzindo certos leucócitos, como os linfócitos.
As circulações linfáticas e sanguíneas estão intimamente relacionadas. A macro e
a microcirculação de retorno dos órgãos e/ou regiões é feita pelos sistemas venoso
e linfático.
As moléculas pequenas vão, em sua maioria, diretamente para o sangue, sendo
conduzidas pelos capilares sanguíneos, e as grandes partículas alcançam a circulação
através do sistema linfático.
Entretanto, mesmo macromoléculas passam para o sangue via capilares venosos,
sendo que o maior volume do fluxo venoso faz com que, no total, o sistema venoso capte
muito mais proteínas que o sistema linfático.
Contudo, a pequena drenagem linfática é vital para o organismo ao baixar a
concentração proteica média dos tecidos e propiciar a pressão tecidual negativa
fisiológica que previne a formação do edema e recupera a proteína extravasada.
8 SISTEMA RESPIRATÓRIO

É um conjunto de órgãos que fornece oxigênio e remove gás carbônico do


organismo, auxiliando as células no metabolismo, atuando em conjunto com
o sistema circulatório. O sistema respiratório também esta envolvido com a vocalização.
O sistema respiratório humano é constituído por um par de pulmões e por vários
órgãos que conduzem o ar para dentro e para fora das cavidades pulmonares.
As duas funções do Sistema Respiratório são:
 Trocas Gasosas: absorção de gás oxigênio pelas células e a eliminação de gás
carbônico para o ambiente.
 Produção de energia: o gás oxigênio se combina à glicose proveniente dos alimentos
nas mitocôndrias e libera gás carbônico, água e a energia necessária à manutenção
do organismo.

O Sistema Respiratório é formado pelas fossas nasais, faringe, laringe, traquéia,


brônquios, bronquíolos, alvéolos pulmonares e pulmões.

Divisão funcional

- Porção condutora: cavidade nasal, boca, nasofaringe, faringe, laringe, traquéia,


brônquios (primário, secundário, terciário), bronquíolos e bronquíolos terminais.

- Porção respiratória: bronquíolos respiratórios, ductos alveolares, sacos alveolares e


alvéolos.

Zona de Condução
1. Faringe
2. Epiglote
3. Laringe
4. Esôfago

Porção de condução e respiração

1. Traqueia
2. brônquio primário
3. brônquio secundário
4. brônquio terciário
5. bronquíolo terminal
6. bronquíolo respiratório
7. alvéolos

Boca

A boca só participa do sistema devido à necessidade de liberar o ar interno


durante a fala.

Fossas Nasais

São duas cavidades paralelas que começam nas narinas e terminam na faringe.
Elas são separadas uma da outra por uma parede cartilaginosa denominada septo nasal.
Em seu interior há dobras chamada cornetos nasais, que forçam o ar a turbilhonar. Têm
as funções de filtrar, umedecer e aquecer o ar.
Possuem um revestimento dotado de células produtoras de muco e células
ciliadas, também presentes nas porções inferiores das vias aéreas, como traquéia,
brônquios e porção inicial dos bronquíolos.
No teto das fossas nasais existem células sensoriais, responsáveis pelo sentido do
olfato.
A cavidade nasal contém várias aberturas de drenagem, pelas quais o muco dos
seios paranasais é drenado.
Os seios paranasais compreendem os seios maxilares, frontal, etmoidal e o
esfenoidal.

Faringe

É um canal comum aos sistemas digestório e respiratório e comunica-se com a


boca e com as fossas nasais. O ar inspirado pelas narinas ou pela boca passa
necessariamente pela faringe, antes de atingir a laringe.
Integra tanto o sistema respiratório (pois conduz o ar para a laringe) como o
digestório (pois repassa os alimentos para o esôfago).
Entre a faringe e a laringe existe uma abertura chamada glote que é fechada por
uma válvula chamada epiglote.
Quando nós engolimos, para que o alimento não passe para a laringe, a epiglote
se fecha, então, o alimento vai para o esôfago.
Caso isso não ocorra, o alimento vai para a laringe e o indivíduo engasga,
provocando tosse e a eliminação do alimento das vias respiratórias.
Laringe

É um tubo sustentado por peças de cartilagem articuladas, situado na parte


superior do pescoço, em continuação à faringe.
O pomo-de-adão, saliência que aparece no pescoço, faz parte de uma das peças
cartilaginosas da laringe.
O epitélio que reveste a laringe apresenta pregas, as cordas vocais, capazes de
produzir sons durante a passagem de ar.

Traquéia

É um tubo de aproximadamente 1,5 cm de diâmetro por 10-12 centímetros de


comprimento, cujas paredes são reforçadas por anéis cartilaginosos.
Bifurca-se na sua região inferior, originando os brônquios, que penetram nos
pulmões. Deles partem algumas ramificações conhecidas como bronquíolos, que
desembocam nos alvéolos pulmonares.
Seu epitélio de revestimento muco-ciliar adere partículas de poeira e bactérias
presentes em suspensão no ar inalado, que são posteriormente varridas para fora (graças
ao movimento dos cílios) e engolidas ou expelidas.
Pulmão

É um órgão duplo, elástico devido a sua função, localizado no interior da caixa


torácica. O direito é composto por três partes, denominadas lobo superior, lobo médio e
lobo inferior. Já o esquerdo possui apenas dois lobos: o superior e o inferior.
Os pulmões humanos são órgãos esponjosos, com aproximadamente 25 cm de
comprimento, sendo envolvidos por uma membrana serosa denominada pleura.
Nos pulmões os brônquios ramificam-se profusamente, dando origem a tubos cada
vez mais finos, os bronquíolos.
O conjunto altamente ramificado de bronquíolos é a árvore brônquica ou árvore
respiratória.
Os pulmões são dois órgãos de estrutura esponjosa e têm forma de pirâmide com
a base descansando sobre o diafragma.
O direito é maior que o esquerdo, pois consta de três partes ou lóbulos, enquanto
que o outro só tem dois.
Cada pulmão se compõe de numerosos lóbulos, os quais por sua vez, contém os
alvéolos, que são dilatações terminais dos brônquios; as pleuras são membranas que
recobrem os pulmões e os fixam na cavidade torácica.
Os brônquios são ramificações da porção final da traquéia que penetram nos
pulmões e possuem bolsas de ar ricamente vascularizadas.
A hematose é a troca de gases onde há transformação de sangue venoso em
sangue arterial.
A função principal do pulmão é a hematose, na qual tanto o oxigênio como o
dióxido de carbono atravessa a barreira sangue-ar, em forma passiva, por diferenças de
concentração (difusão) entre as duas fases.
Também participa na regulação da temperatura corporal. A camada que recobre o
pulmão é denominada de pleura.
Brônquios

Cada brônquio principal estende-se da bifurcação da traqueia, ao hilo do pulmão


correspondente.
O brônquio principal direito tem 3 cm de comprimento, é mais curto e mais
calibroso que o esquerdo que possui 5 cm de comprimento e é menos calibroso.
Os brônquios penetram no pulmão através do hilo do pulmão. Esses brônquios
ramificam-se várias vezes, originando os bronquíolos, que terminam nos alvéolos
pulmonares onde ocorre a troca gasosa.
Os brônquios têm estruturas semelhantes a da traqueia. Quando penetram nos
pulmões, junto a eles entram as artérias, vasos linfáticos e nervos.

Brônquio Principal Direito: Brônquio lobar superior D


Brônquio lobar médio D
Brônquio lobar inferior D

Brônquio Principal Esquerdo: Brônquio lobar superior E


Brônquio lobar inferior E
Pulmão Direito Pulmão Esquerdo
3 lobos: superior, médio e inferior 2 lobos: superior e inferior
2 fissuras: oblíqua e horizontal 1 fissura: oblíqua

Na face medial, cada um dos pulmões apresenta uma fenda, o hilo pulmonar, pelo
qual entram ou saem brônquios, vasos e nervos pulmonares constituindo a raiz do
pulmão.

Diafragma

A base de cada pulmão apoia-se no diafragma, um fino músculo que separa o


tórax do abdômen (presente apenas em mamíferos) promovendo, juntamente com os
músculos intercostais, os movimentos respiratórios. Localizado logo acima do estômago,
o nervo frênico controla os movimentos do diafragma
Músculos da respiração

Os músculos que fazem aumentar ou diminuir de volume o tórax, são chamados


músculos respiratórios e são:

- Diafragma: separa o tórax do abdome e é o mais importante da respiração


(inspiração e expiração).
- Intercostais externos: forçam o esterno para frente, alargando o diâmetro do tórax
(inspiração).
- Intercostais internos: forçam o esterno para trás, diminuindo o diâmetro do tórax
(expiração).
- Grande e pequeno peitoral: numa respiração forçada.

Divisão das Vias Aéreas

As vias aéreas têm como função principal conduzir o ar entre o meio ambiente e
os pulmões (alvéolos pulmonares), proporcionando a entrada de ar filtrado, aquecido e
rico em oxigênio, assim como a saída de ar rico em dióxido de carbono do aparelho
respiratório, participando assim do processo da respiração. Dividem-se em vias aéreas
superiores e vias aéreas inferiores.

Vias Aéreas Superiores:

 Cavidade nasal (nariz);


 Cavidade oral (boca);
 Faringe (Nasofaringe, orofaringe e laringofaringe ou hipofaringe).

Destas três, a nasofaringe é exclusivamente via aérea, a laringofaringe é


exclusivamente via digestiva e a orofaringe é um caminho comum ao ar e aos alimentos.
Vias Aéreas Inferiores:

 Laringe.
 Traquéia;
 Brônquios/bronquíolos;
 Pulmões/alvéolos pulmonares.

O acesso às vias aéreas superiores é direto e sua visualização é quase completa,


exceto pela nasofaringe (região posterior à cavidade nasal e póstero-superior à úvula -
"campainha”.

Fisiologia da Respiração

A respiração pode ser interpretada como: processo de trocas gasosas entre o


organismo e o meio, conjunto de reações químicas do metabolismo energético
(respiração celular).
A entrada e saída de ar nos pulmões depende da diferença entre a pressão
atmosférica e a pressão intrapulmonar (ação dos músculos respiratórios - músculos
intercostais e diafragma);
O ar se movimenta do local de maior pressão para o local de menor pressão.
O Processo Respiratório está dividido em:

- Inspiração: Processo pelo qual o ar atmosférico penetra pelo nariz e chega até os
pulmões.

 Contração dos músculos intercostais e diafragma;


 Aumento do volume da caixa torácica;
 Diminuição da pressão intrapulmonar;
 Entrada de ar.

- Expiração: Processo pelo qual o ar atmosférico presente nos pulmões é liberado para o
ambiente.

 Relaxamento dos músculos intercostais e diafragma;


 Diminuição do volume da caixa torácica;
 Aumento da pressão intrapulmonar;
 Saída de ar.

Ar inspirado Ar expirado
Oxigênio (O2 ) 20 % Oxigênio 16 %
Nitrogênio 79 % Nitrogênio 79 %
Gás carbônico 0,03 % Gás carbônico 4 %
Outros gases 0,07 % Outros gases 1 %

Ventilação pulmonar

A inspiração promove a entrada de ar nos pulmões pela contração da musculatura


do diafragma e dos músculos intercostais.
O diafragma abaixa e as costelas elevam-se, promovendo o aumento da caixa
torácica, com consequente redução da pressão interna (em relação à externa), forçando o
ar a entrar nos pulmões.
A expiração promove a saída de ar dos pulmões pelo relaxamento da musculatura
do diafragma e dos músculos intercostais.
O diafragma eleva-se e as costelas abaixam, o que diminui o volume da caixa
torácica, com consequente aumento da pressão interna, forçando o ar a sair dos pulmões.

Transporte de gases respiratórios

O transporte de gás oxigênio está a cargo da hemoglobina, proteína presente nas


hemácias. Cada molécula de hemoglobina combina-se com 4 moléculas de gás oxigênio,
formando a oxi-hemoglobina.
Nos alvéolos pulmonares o gás oxigênio do ar difunde-se para os capilares
sanguíneos e penetra nas hemácias, onde se combina com a hemoglobina, enquanto o
gás carbônico (CO2) é liberado para o ar (processo chamado hematose).

Nos tecidos ocorre um processo inverso: o gás oxigênio dissocia-se da


hemoglobina e difunde-se pelo líquido tissular, atingindo as células.
A maior parte do gás carbônico (cerca de 70%) liberado pelas células no líquido
tissular penetra nas hemácias e reage com a água, formando o ácido carbônico, que logo
se dissocia e dá origem a íons H+ e bicarbonato (HCO3-), difundindo-se para o plasma
sanguíneo, onde ajudam a manter o grau de acidez do sangue. Cerca de 23% do gás
carbônico liberado pelos tecidos associam-se à própria hemoglobina, formando
a carboemoglobina. O restante dissolve-se no plasma.

Hematose

Transformação ocorrida no sangue, antes rico em gás carbônico e depois rico em


oxigênio, nos pulmões. Nos glóbulos vermelhos encontra-se um pigmento que dá cor ao
sangue, denominado hemoglobina.
Nos pulmões a hemoglobina combina com o oxigênio formando oxiemoglobina.
Esta ligação é instável, quando o sangue atinge os tecidos, desfaz a ligação e o oxigênio
é cedido para as células. A nível celular, ocorre a respiração ou combustão dos alimentos
energéticos com o consumo de oxigênio e produção de gás carbônico e água.
A energia liberada no processo da respiração mantém a temperatura do organismo
e permite a realização das atividades vitais. A água é desprendida na forma de vapor e
parte do gás carbônico se liga a hemoglobina para formar carboemoglobina. Ao chegar
aos pulmões, o CO2 é desprendido para o ar atmosférico.

Tipos de respiração

- Eupneia: respiração normal.


- Apneia: parada dos movimentos respiratórios.
- Taquipneia: aumento da frequência respiratória.
- Bradipneia: diminuição da frequência respiratória.
- Anóxia: falta ou deficiência de oxigênio nos tecidos.
- Cianose: designação dada a cor azulada da pele e mucosas causadas por baixas
concentrações de oxiemoglobina. A cor azul é mais pronunciada nos lábios, orelhas e
pontas dos dedos. É sinal visível de anóxia.

Controle da respiração

Em relativo repouso, a frequência respiratória é da ordem de 12 a 20 movimentos


por minuto. A respiração é controlada automaticamente por um centro nervoso localizado
no bulbo.
Desse centro partem os nervos responsáveis pela contração dos músculos
respiratórios (diafragma e músculos intercostais).
Os sinais nervosos são transmitidos desse centro através da coluna espinhal para
os músculos da respiração.
O mais importante músculo da respiração, o diafragma, recebe os sinais
respiratórios através de um nervo especial, o nervo frênico, que deixa a medula espinhal
na metade superior do pescoço e dirige-se para baixo, através do tórax até o diafragma.
Os sinais para os músculos expiratórios, especialmente os músculos abdominais,
são transmitidos para a porção baixa da medula espinhal, para os nervos espinhais que
inervam os músculos.
Impulsos iniciados pela estimulação psíquica ou sensorial do córtex cerebral
podem afetar a respiração.
Em condições normais, o centro respiratório (CR) produz, a cada 5 segundos, um
impulso nervoso que estimula a contração da musculatura torácica e do diafragma,
fazendo-nos inspirar.
O CR é capaz de aumentar e de diminuir tanto a frequência como a amplitude dos
movimentos respiratórios, pois possui quimiorreceptores que são bastante sensíveis ao
pH do plasma.
Essa capacidade permite que os tecidos recebam a quantidade de oxigênio que
necessitam, além de remover adequadamente o gás carbônico.
Quando o sangue torna-se mais ácido devido ao aumento do gás carbônico, o
centro respiratório induz a aceleração dos movimentos respiratórios.
Dessa forma, tanto a frequência quanto a amplitude da respiração tornam-se
aumentadas devido à excitação do CR.
Em situação contrária, com a depressão do CR, ocorre diminuição da frequência e
amplitude respiratórias. A respiração é ainda o principal mecanismo de controle do pH do
sangue.
Mecanismos de defesa do sistema respiratório

Contra microorganismos do meio externo e sangue:

 Retenção nas fossas nasais (partículas > 10 µm)


 Retenção no muco do epitélio (2 a 10 µm)
 Reflexo de tosse
 Macrófagos
 BALT (linfócitos T)
9 SISTEMA DIGESTIVO

Os alimentos só podem ser absorvidos pelo organismo após sofrerem


modificações químicas que possibilitem sua absorção pela corrente circulatória. Os
nutrientes não absorvidos são eliminados sob a forma de fezes.
Depois de comermos, vários processos transformam aquilo que ingerimos em um
composto digerido, formado por partes diminutas que poderão passar pelas paredes dos
nossos órgãos. Chamamos esses processos de sistema digestivo, ou sistema digestório.
A digestão é o processo pelo qual grandes moléculas orgânicas presentes nos
alimentos - como proteínas, carboidratos, lipídeos, etc. - são quebradas em moléculas
menores pela ação de enzimas digestivas - processo chamado de catabolismo.
Substâncias químicas que realizam a digestão são conhecidas como enzimas e
elas precisam entrar em contato com os grupamentos atômicos que formam os alimentos
para poder desmontá-los. Assim, quanto menor for o pedaço de comida, maior será o
contato da enzima com ele.
Estas enzimas diferem entre si pela substância que irão digerir (substrato), locais
de atuação ao longo do tubo digestivo e condições de acidez (pH) ideais para seu
funcionamento.
- Digestão: processo em que as grandes moléculas que constituem o alimento são
transformados em pequenas moléculas solúveis em água, através de um mecanismo
químico conhecido por hidrólise.
Trajeto: boca --- faringe --- esôfago --- estômago --- intestino delgado --- intestino grosso --
- ânus.

Estruturas:

O tubo digestivo é constituído pela boca, faringe, esôfago, estômago, intestino


delgado, intestino grosso, ampola retal ou reto e ânus, e por órgãos auxiliares da digestão
denominados órgãos anexos: o pâncreas, a vesícula biliar e o fígado.
Os órgãos digestivos são revestidos por células epiteliais cuja função é fabricar o
muco que permite o deslizamento do bolo alimentar e secretar as enzimas que irão
quebrar as grandes moléculas.
 Boca

É o primeiro órgão do aparelho digestivo. Possui duas estruturas importantes para


a digestão: a língua e os dentes.
O palato é o teto da cavidade bucal, que se divide em palato duro (anterior e
ósseo) e o palato mole (posterior e muscular). Separa a cavidade nasal da cavidade
bucal. No palato mole medialmente encontra-se a úvula e lateralmente entre os arcos
palatoglosso e o arco palatofaríngico a tonsila palatina (amígdala).
A Língua é um órgão musculoso, dotado de muita mobilidade para poder misturar
os alimentos com saliva e permitir a mastigação. Serve para engolir os alimentos, ou seja,
para a deglutição.

Os dentes são estruturas calcárias que cortam e trituram os alimentos, facilitando


o processo digestivo.
Os dentes reduzem os alimentos em pequenos pedaços, misturando-os a saliva, o
que ira facilitar a futura ação das enzimas.
Características dos dentes: são estruturas duras, calcificadas, presas ao maxilar
superior e mandíbula, cuja atividade principal e a mastigação.

Em sua primeira dentição, o ser humano tem 20 peças que recebem o nome de
dentes de leite. A medida que os maxilares crescem, estes dentes são substituídos por
outros 32 do tipo permanente.
Os dentes são formados pela coroa (sua parte visível); uma ou mais raízes
(inseridas no alvéolo do osso) e colo (localizado entre a coroa e a raiz).
Estruturalmente, são constituídos por uma porção não calcificada, a polpa, e duas
porções calcificadas, o esmalte e a dentina.
A língua movimenta o alimento empurrando-o em direção a garganta, para que
seja engolido. Na superfície da língua existem dezenas de papilas gustativas, cujas
células sensoriais percebem os quatro sabores primários: amargo, azedo ou acido,
salgado e doce. De sua combinação resultam centenas de sabores distintos. A
distribuição dos quatro tipos de receptores gustativos, na superfície da língua, não é
homogênea.

 Glândulas Salivares

Há três pares de glândulas salivares que lançam sua secreção na cavidade bucal:
parótida, submandibular e sublingual. Os sais da saliva neutralizam substancias acidas e
mantém, na boca, um pH neutro (7,0) a levemente acido (6,7), ideal para a ação da
ptialina.
Ela apresenta-se no estado líquido aquoso, incolor, insípido. E suas principais
funções são:
 Digestiva: possui enzima ptialina (amilase salivar) que vai agir sobre o amido. pH 7.
 Umedece a mucosa da boca, língua e faringe facilitando a mastigação, fonação e
deglutição.
 Protege a cavidade bucal diluindo substâncias irritantes e ajustando temperaturas
altas ou baixas dos alimentos.
 Remove os resíduos de alimentos ( limpeza dos dentes).
 Lubrifica o bolo alimentar e inicia a digestão.
 É o solvente universal dos alimentos.

Glândulas salivares: responsáveis pela produção e secreção salivar.

 Glândula parótida: situada lateralmente na face e anterior ao pavilhão auditivo; maior;


o processo infeccioso a parotidite é conhecido como caxumba.
 Glândula submandibular: abaixo da mandíbula.
Glândula sublingual: é a menor; lateralmente e inferiormente à língua.

 Faringe

A faringe é um órgão tubular que com prolongação para baixo no pescoço com a
forma de um funil, seu tamanho varia de 12 à 15 cm de comprimento e de cerca de 35
mm em seu início e cerca de 15 mm no seu término. Possui comunicação com o esôfago,
fossas nasais e os ouvidos.
A faringe situa-se atrás das fossas nasais e a frente às vértebras cervicais, se
mantém ligada a laringe e o esôfago.

A laringofaringe ou faringe inferior, é denominada a continuação da orofaringe ou


faringe média, pela frente possui ligação com a laringe o por baixo com o esôfago.
A orofaringe ou faringe média está ligada pela parte anterior com a cavidade bucal e
comunica-se com a faringe superior.
A nasofaringe, rinofaringe ou faringe superior, é ligada pelas cavidades nasais,
fazendo uma ligação com a orofaringe, é a parte mais espessa da faringe, compreende-se
da base do crânio até o palato mole (céu da boca).
A função da faringe é a circulação de alimentos e ar. Ao respirarmos o ar entra
nas fossas nasais ou pelo orifício da boca passando pela faringe, encaminhando-se para
traqueia e pelos brônquios até chegar aos pulmões.
No caso dos alimentos, eles sempre entram pelo orifício da boca, seguindo até a
faringe média, indo ao esôfago e seguem para o estômago. É graças à presença
da epiglote que ocorre essa dupla função na faringe.
Ela situa-se na parte superior da laringe e serve para controlar a entrada de ar
para a laringe e os alimentos para o esôfago, pois, durante a deglutição ela fecha-se, não
permitindo a entrada do alimento na laringe.

 Esôfago

O esôfago, canal que liga a faringe ao estômago, localiza-se entre os pulmões,


atrás do coração, e atravessa o músculo diafragma, que separa o tórax do abdômen. O
bolo alimentar leva de 5 a 10 segundos para percorrê-lo.
O Esôfago continua o trabalho da Faringe, transportando os alimentos até o
estômago, devido aos seus movimentos peristálticos (contrações involuntárias).
 Estômago

O estômago é um órgão do tubo digestivo, caracterizando-se por ser um segmento


dilatado, situado na cavidade abdominal, abaixo do diafragma, vindo logo após o esôfago
e anteriormente ao duodeno. Este órgão exerce funções endócrinas e exócrinas,
digerindo os alimentos e secretando hormônios.
Suas principais funções são continuar a digestão de carboidratos que foi iniciada
na boca através da adição de um fluído ácido ao alimento ingerido, transforma este bolo
alimentar no denominado quimo (massa viscosa) através da atividade muscular e, através
da enzima pepsina, iniciar a digestão das proteínas.
Produz também uma lípase gástrica, que com o auxílio da lípase lingual, digere os
triglicerídeos. O estômago dos seres humanos possui um volume de, aproximadamente
50 mL quando está vazio, podendo expandir para 4L de capacidade. Quando está vazio,
tem a forma de uma letra "J" maiúscula, cujas duas partes se unem por ângulos agudos,
para estudos anatômicos o estômago é divido em partes, como visualizado na figura
abaixo:
 Suco Gástrico

Líquido claro, transparente, altamente ácido, que contem acido clorídrico, muco,
enzimas e sais. O acido clorídrico mantem o pH do interior do estomago entre 0,9 e 2,0.
Também dissolve o cimento intercelular dos tecidos dos alimentos, auxiliando a
fragmentação mecânica iniciada pela mastigação.
O bolo alimentar pode permanecer no estomago por ate quatro horas ou mais e,
ao se misturar ao suco gástrico, auxiliado pelas contrações da musculatura estomacal,
transforma-se em uma massa cremosa acidificada e semilíquida, o quimo.

 Intestino Delgado

O intestino delgado é um tubo com pouco mais de 6 m de comprimento por 4cm


de diâmetro e pode ser dividido em três regiões: duodeno (cerca de 25 cm), jejuno (cerca
de 5 m) e íleo (cerca de 1,5 cm).
A porção superior ou duodeno tem a forma de ferradura e compreende o piloro,
esfíncter muscular da parte inferior do estomago pela qual este esvazia seu conteúdo no
intestino.
O intestino delgado está localizado entre o estômago e o intestino grosso. É
revestido por uma mucosa enrugada, apresentando inúmeras projeções. Segrega várias
enzimas digestivas, dando origem à moléculas pequenas e solúveis (glicose,
aminoácidos, glicerol etc.
O duodeno é a primeira porção do intestino delgado, a receber o quimo (massa
branca e espumosa), que vem do estômago. Quando o quimo chega ao duodeno, ainda
está muito ácido e irrita a mucosa duodenal.
O quimo, logo em seguida, é banhado pela bile, secretada pelo fígado e
armazenada na vesícula biliar, contendo bicarbonato de sódio e sais biliares, que
emulsificam a gordura, fragmentando suas gotas em milhares de microgotículas.
O quimo recebe também o suco pancreático, produzido no pâncreas, contendo
enzimas, água e grande quantidade de bicarbonato de sódio, que permite a neutralização
do quimo.
Em pouco tempo, a “papa” alimentar do duodeno, vai-se tornando alcalina e
gerando condições necessárias para ocorrer a digestão intra-intestinal.
O jejuno e o íleo é a parte do intestino delgado onde o trânsito do bolo alimentar é
rápido, ficando a maior parte do tempo vazio, durante o processo digestivo.
Ao longo do intestino delgado, depois que todos os nutrientes foram absorvidos,
sobra uma pasta grossa, com detritos não assimilados e com bactérias, já fermentado,
que segue para o intestino grosso.

 Intestino Grosso

O intestino grosso é o local de absorção de água, tanto a ingerida quanto a das


secreções digestivas. Está dividido em seis porções: ceco, cólon ascendente, transverso,
descendente, curva sigmóide e reto.
No ceco, a primeira porção do intestino grosso, os resíduos alimentares, já
constituindo o bolo fecal, passam ao cólon ascendente, depois ao transverso, em seguida
ao descendente. Nesta porção, o bolo fecal permanece estagnado por muitas horas,
preenchendo as porções da curva sigmoide e do reto.
As fibras vegetais que não são digeridas nem absorvidas pelo sistema digestivo,
passam por todo tubo digestivo e formam uma porcentagem significativa da massa fecal.
Glândulas da mucosa do intestino grosso, secretam muco, que lubrifica o bolo fecal,
facilitando seu trânsito e sua eliminação.
Órgãos Anexos

 Pâncreas

O pâncreas é uma glândula mista, de mais ou menos 15 cm de comprimento e de


formato triangular, localizada transversalmente sobre a parede posterior do abdome, na
alça formada pelo duodeno, sob o estômago.
O pâncreas é formado por uma cabeça que se encaixa no quadro duodenal, de um
corpo e de uma cauda afilada.
A secreção externa dele é dirigida para o duodeno pelos canais de Wirsung e de
Santorini. O canal de Wirsung desemboca ao lado do canal colédoco na ampola de
Vater.
O pâncreas comporta dois órgãos estreitamente imbricados: pâncreas exócrino e o
endócrino. O pâncreas exócrino produz enzimas digestivas, em estruturas reunidas
denominadas ácinos. Os ácinos pancreáticos estão ligados através de finos condutos, por
onde sua secreção é levada até um condutor maior, que desemboca no duodeno, durante
a digestão.
O pâncreas endócrino secreta os hormônios insulina e glucagon, já trabalhados no
sistema endócrino.
 Fígado

É o maior órgão interno, e é ainda um dos mais importantes. É a mais volumosa


de todas as vísceras, pesa cerca de 1,5 kg no homem adulto, e na mulher adulta entre 1,2
e 1,4 kg.
Tem cor arroxeada, superfície lisa e recoberta por uma cápsula própria. Está
situado no quadrante superior direito da cavidade abdominal.
O tecido hepático é constituído por formações diminutas que recebem o nome de
lobos, compostos por colunas de células hepáticas ou hepatócitos, rodeadas por canais
diminutos (canalículos), pelos quais passa a bile, secretada pelos hepatócitos.
Estes canais se unem para formar o ducto hepático que, junto com o ducto
procedente da vesícula biliar, forma o ducto comum da bile, que descarrega seu conteúdo
no duodeno.
As células hepáticas ajudam o sangue a assimilar as substâncias nutritivas e a
excretar os materiais residuais e as toxinas, bem como esteróides, estrógenos e outros
hormônios.
O fígado é um órgão muito versátil. Armazena glicogênio, ferro, cobre e vitaminas.
Produz carboidratos a partir de lipídios ou de proteínas, e lipídios a partir de carboidratos
ou de proteínas.
Sintetiza também o colesterol e purifica muitos fármacos e muitas outras
substâncias. O termo hepatite é usado para definir qualquer inflamação no fígado, como a
cirrose.

Funções:

 Secretar a bile, líquido que atua no emulsionamento das gorduras ingeridas,


facilitando, assim, a ação da lipase;
 Remover moléculas de glicose no sangue, reunindo-as quimicamente para formar
glicogênio, que é armazenado; nos momentos de necessidade, o glicogênio é
reconvertido em moléculas de glicose, que são relançadas na circulação;
 Armazenar ferro e certas vitaminas em suas células;
 Metabolizar lipídeos;
 Sintetizar diversas proteínas presentes no sangue, de fatores imunológicos e de
coagulação e de substâncias transportadoras de oxigênio e gorduras;
 Degradar álcool e outras substâncias tóxicas, auxiliando na desintoxicação do
organismo;
 Destruir hemácias (glóbulos vermelhos) velhas ou anormais, transformando sua
hemoglobina em bilirrubina, o pigmento castanho-esverdeado presente na bile.
 Vesícula Biliar e Vias Biliares

A vesícula biliar é uma pequena bolsa muscular de armazenamento que contém


bile, uma secreção digestiva viscosa verde-amarelada produzida pelo fígado. A bile sai
do fígado através dos ductos hepáticos direito e esquerdo, os quais se unem para formar
o ducto hepático comum.
Em seguida, esse ducto une-se a um outro proveniente da vesícula biliar,
denominado ducto cístico, formando o ducto biliar comum. O ducto biliar comum
desemboca no intestino delgado (na sua parte superior), ao nível do esfíncter de Oddi,
alguns centímetros abaixo do estômago.
Aproximadamente 50% da bile secretada entre as refeições é desviada através do
ducto cístico para a vesícula biliar. O restante da bile flui diretamente através do ducto
biliar comum para o interior do intestino delgado.
Quando uma pessoa alimenta- se, a vesícula biliar contrai, drenando a sua bile
para o interior do intestino para ajudar na digestão de gorduras e de determinadas
vitaminas.
A bile é constituída por sais biliares, eletrólitos, pigmentos biliares (p.ex.,
bilirrubina), colesterol e outras gorduras (lipídeos). Ela é responsável pela eliminação de
certos produtos metabólicos do organismo, sobretudo os pigmentos provenientes da
destruição de eritrócitos e o colesterol em excesso, e auxilia na digestão e na absorção de
gorduras.
Os sais biliares aumentam a solubilidade do colesterol, das gorduras e das
vitaminas lipossolúveis (solúveis em gordura) para ajudar na sua absorção do intestino.
A hemoglobina originária dos eritrócitos é transformada em bilirrubina (o principal
pigmento na bile) e excretada na bile como produto metabólico. Além disso, várias
proteínas que possuem papéis importantes na função biliar são secretadas na bile.
Os cálculos biliares podem obstruir o fluxo da bile da vesícula biliar, causando dor
(cólica biliar) ou inflamação da vesícula biliar (colecistite). Os cálculos também podem
migrar da vesícula biliar para o ducto biliar, onde eles podem causar icterícia ao
bloquearem o fluxo normal da bile até o intestino. O fluxo também pode ser bloqueado por
tumores e por outras causas menos comuns.

Processo Digestório

A digestão inicia-se na boca, constituída pelos dentes, língua, palato duro (céu da
boca), palato mole (região onde situa-se a úvula ou “campainha” da garganta) e três pares
de glândulas: as parótidas, as submandibulares e as sublinguais, responsáveis pela
liberação da saliva, denominadas glândulas salivares maiores porque além delas existem
pequenas glândulas salivares esparsas.
Estas glândulas secretam cerca de um litro a um litro e meio de saliva diariamente
– a qual é basicamente composta por água, o que auxilia a diluir o bolo alimentar, e
enzimas.
Triturado pelos dentes, o alimento, com o auxílio da língua, é posteriormente
empurrado em direção à faringe num processo denominado deglutição. Na boca, além da
trituração, o alimento começa a sofrer a atuação de uma enzima liberada pelas glândulas
salivares, denominada amilase salivar ou ptialina, cuja função é começar a digerir o amido
e carboidratos do bolo alimentar.
As glândulas salivares são controladas pelo sistema nervoso autônomo, porém
fatores químico- físico e psíquicos podem interferir em sua secreção.
Para evitar que restos de alimentos fiquem retidos entre os dentes e venham a
apodrecer, causando cáries, o que dificulta a mastigação e conseqüentemente a digestão,
todas as pessoas devem, após as refeições ou consumo de doces em horários
intermediários, realizar uma higiene bucal correta, mediante uma boa escovação.
Durante a deglutição o alimento passa por uma válvula denominada epiglote –
responsável, através de mecanismos reflexos, pelo fechamento da laringe, impedindo
desse modo que o bolo alimentar penetre nas vias aéreas – e posteriormente pela faringe,
estrutura que também pertence ao sistema respiratório, pois se comunica com a boca,
cavidade nasal, esôfago e laringe.
Da faringe, o alimento é encaminhado para o esôfago, que o transporta
rapidamente até o estômago devido aos movimentos peristálticos existentes (inclusão e
reorganização de conteúdo).
Ao se dirigir ao estômago o alimento ainda passa por outra válvula denominada
cárdia, cuja função é impedir o refluxo do bolo alimentar para o esôfago. Em crianças
recém-nascidas, cuja cárdia ainda não está bem formada, o refluxo é freqüente.
No estômago continua a digestão dos hidratos de carbono, iniciada na boca, e
transformar os alimentos ingeridos, mediante contração muscular, em uma massa
semilíquida e altamente ácida de nome quimo. No estômago, o bolo alimentar sofre a
ação de uma secreção estomacal denominada suco gástrico, rica em ácido clorídrico e
em duas enzimas, a pepsina e a renina, secretadas pela mucosa estomacal.
Após chegar ao duodeno, o quimo é neutralizado pelo bicarbonato de cálcio
liberado pela mucosa intestinal, induzido por um hormônio denominado secretina. Nesse
momento, já neutralizada sua acidez, o bolo alimentar recebe o nome de quilo.
Posteriormente, o quilo sofrerá a ação do suco entérico, liberado por milhares de
glândulas existentes na mucosa intestinal - que contém as enzimas enteroquinase, cuja
função é ativar a tripsina (uma enzima pancreática), e peptidases, que atuam na digestão
dos peptídeos.
Produzido no pâncreas, o suco pancreático é levado até o duodeno pelo canal
colédoco. Nele, encontramos as enzimas tripsina e quimiotripsina, que irão digerir as
proteínas, a lipase pancreática, que digere lipídios, e a amilase pancreática, que
continuará a digerir o amido não digerido na boca pela ptialina.
É também no duodeno que o bolo alimentar receberá a ação da bile. Produzida no
fígado e armazenada na vesícula biliar, a bile não é uma enzima, mas sais que irão
emulsificar, ou seja, quebrar, moléculas grandes de gordura em moléculas menores,
possibilitando, assim, a ação da lipase.

Absorção dos Nutrientes

Os nutrientes resultantes do quilo são absorvidos por células da mucosa intestinal


(intestino delgado) em estruturas denominadas microvilosidades, posteriormente
transferidas para a corrente sangüínea, que se encarregará de levá-los para todo o corpo.
Por intermédio de um esfíncter denominado ileo-cecal, os resíduos não absorvidos
pelo intestino delgado irão para o intestino grosso.
Neste, perderão água e endurecerão, formando o bolo fecal – o qual passará para
a ampola retal por meio de movimentos peristálticos, sendo eliminado pelo ânus pelo
processo de defecação.
10 SISTEMA URINÁRIO

O sistema urinário é constituído pelos órgãos uropoéticos, isto é, incumbidos de


elaborar a urina e armazená-la temporariamente até a oportunidade de ser eliminada para
o exterior. Na urina encontramos ácido úrico, ureia, sódio, potássio, bicarbonato.
Este aparelho pode ser dividido em órgãos secretores que produzem a urina e
órgãos excretores que são encarregados de processar a drenagem da urina para fora do
corpo.
Contribui para a manutenção da homeostase, produzindo a urina que elimina
resíduos do metabolismo, água, eletrólitos (soluto que em solução aquosa é capaz de
conduzir corrente elétrica; exemplo, sais) e não-eletrólitos em excesso no organismo,
como glicose,uréia e outros.
Os órgãos do sistema urinário compreendem:

 2 rins
 2 ureteres
 1 bexiga
 1 uretra

Além dos rins, as estruturas restantes do sistema urinário funcionam como um


encanamento constituindo as vias do trato urinário. Essas estruturas ureteres, bexiga e
uretra não modificam a urina ao longo do caminho. Ao contrário, elas armazenam e
conduzem a urina do rim para o meio externo.

Rins
São órgãos pares em forma de grão de feijão; Localizados logo acima da cintura
pélvica, entre o peritônio e a parede posterior do abdome; Possui coloração vermelho
parda.
Os rins são recobertos pelo peritônio e circundados por uma massa de gordura e
de tecido areolar frouxo. Cada rim tem: Cerca de 11,25cm de comprimento; 5 a 7,5cm de
largura; Cerca de 2,5cm de espessura; O esquerdo é um pouco mais comprido e mais
estreito do que o direito.
São órgãos glandulares que poupam ou excretam a água e sais nas quantidades
adequadas para preservar a normalidade e o meio ambiente em que as células vivem.
São responsáveis pela eliminação dos detritos que as células liberam e depositam
no organismo, recolhidas pelo sangue (uréia, creatinina, ácido úrico).
O acúmulo dessas substâncias pode ser letal, pois rapidamente prejudica as
funções de diversos órgãos e sistemas importantes (coração, sistema nervoso, pulmão).
O peso do rim do homem adulto varia entre 125 a 170g; Na mulher adulta, entre 115 a
155g.
O rim direito normalmente situa-se ligeiramente abaixo do rim esquerdo devido ao
grande tamanho do lobo direito do fígado.
Possuem formato de grão de feijão, com uma borda convexa e outra côncava, na
qual se encontra o hilo (bacinete), de onde sai e entram o ureter, os nervos e vasos
sanguíneos.
O hilo possui também dois ou três cálices, que se reúnem para originar a pélvis
renal, parte superior dilatada do ureter.
Os rins são formados por uma capsula de tecido conjuntivo denso, a zona cortical
(camada mais externa e pálida) e a zona medular (camada mais interna e escura).
A zona medular é composta por 10 a 18 pirâmides medulares ou de Malpighi,
cujos vértices apresentam saliências nos cálices renais, denominadas papilas, que
desembocam nos ductos coletores, pelos quais a urina passa alcançando a pelve renal e
o ureter.
Cada rim é constituído por 1 a 4 milhões de néfrons; São as unidades funcionais
dos rins, pois são capazes de realizar todas a funções renais.
Cada rim apresenta:

 duas faces: anterior e posterior.


 duas bordas: medial e lateral. Na medial possui o hilo renal, por onde passa a artéria
renal, veia renal e ureter.
 duas extremidades (pólos): superior (possui a glândula supra-renal) e inferior.

Os rins estão envolvidos por uma cápsula fibrosa. Internamente são formados por
duas camadas:

 Camada cortical, córtex renal (Cápsulas de Bowman e os glomérulos renais).


 Camada medular, medula renal (pirâmides de Malpighi – é o conjunto das alças de
Henle e túbulos coletores).

A projeção do córtex tem a forma de colunas, colunas renais e separam porções


cônicas da medula denominadas pirâmides renais. A pelve renal (bacinete): cálices renais
maiores e cálices renais menores.

Néfrons

O néfron é a unidade morfofuncional ou a unidade produtora de urina do rim.


Cada rim contém cerca de 1 milhão de néfrons. A forma do néfron é peculiar,
inconfundível, e admiravelmente adequada para sua função de produzir urina. O néfron é
formado:
 Corpúsculo Renal: Cápsula Glomerular (de Bowman);
 Glomérulo: Rede de capilares sanguíneos enovelados dentro da cápsula glomerular.
 Túbulo Renal: Túbulo contorcido proximal;
 Alça do Néfron (de Henle);
 Túbulo contorcido distal;
 Túbulo coletor.
Funções dos Rins

Os rins realizam o trabalho principal do sistema urinário, com as outras partes do


sistema atuando principalmente na:

 Filtração do sangue ;
 Formação da urina;
 Homeostasia (auto regulação) dos líquidos do corpo de várias maneiras.
 Regulação da composição iônica do sangue;
 Manutenção da osmolaridade do sangue;
 Regulação do volume sanguíneo;
 Regulação da pressão arterial;
 Regulação do pH do sangue;
 Liberação de hormônios;
 Regulação do nível de glicose no sangue;
 Excreção de resíduos e substâncias estranhas
.
Glândulas Supra-renais

As glândulas supra-renais (adrenais) estão localizadas entre as faces supero-


mediais dos rins e o diafragma. Cada glândula supra-renal, envolvida por uma cápsula
fibrosa e um coxim de gordura, possui duas partes: O córtex e a medula supra-renal,
ambas produzindo diferentes hormônios.
O córtex secreta hormônios essenciais à vida; Enquanto que os hormônios
medulares não são essenciais para a vida.
A medula da supra-renal pode ser removida, sem causar efeitos que
comprometem a vida. A medula supra-renal secreta dois hormônios: epinefrina
(adrenalina) e norepinefrina. Já o córtex supra-renal secreta os esteróides.
Ureteres

São dois tubos que transportam a urina dos rins para a bexiga. vÓrgãos pouco
calibrosos, os ureteres têm menos de 6mm de diâmetro e 25 a 30cm de
comprimento. Pelve renal é a extremidade superior do ureter, localizada no interior do
rim.
Descendo obliquamente para baixo e medialmente, o ureter percorre por diante da
parede posterior do abdome, penetrando em seguida na cavidade pélvica, abrindo-se no
óstio do ureter situado no assoalho da bexiga urinária.
Em virtude desse seu trajeto, distinguem-se duas partes do ureter: abdominal e
pélvica. Os ureteres são capazes de realizar contrações rítmicas denominadas
peristaltismo. A urina se move ao longo dos ureteres em resposta à gravidade e ao
peristaltismo.

Bexiga

A bexiga urinária funciona como um reservatório temporário para o


armazenamento da urina. vQuando vazia, a bexiga está localizada inferiormente ao
peritônio e posteriormente à sínfise púbica: quando cheia, ela se eleva para a cavidade
abdominal.
É um órgão muscular oco, elástico que, nos homens situa-se diretamente anterior
ao reto e, nas mulheres está à frente da vagina e abaixo do útero. Quando a bexiga está
cheia, sua superfície interna fica lisa.
Uma área triangular na superfície posterior da bexiga não exibe rugas. Esta área é
chamada trígono da bexiga e é sempre lisa. Este trígono é limitado por três vértices: os
pontos de entrada dos dois ureteres e o ponto de saída da uretra. O trígono é importante
clinicamente, pois as infecções tendem a persistir nessa área.
A saída da bexiga urinária contém o músculo esfíncter chamada esfíncter interno,
que se contrai involuntariamente, prevenindo o esvaziamento.
Inferiormente ao músculo esfíncter, envolvendo a parte superior da uretra, está o
esfíncter externo, que controlado voluntariamente, permitindo a resistência à necessidade
de urinar. A capacidade média da bexiga urinária é de 700 – 800ml; é menor nas
mulheres porque o útero ocupa o espaço imediatamente acima da bexiga.

Uretra

A uretra é um tubo que conduz a urina da bexiga para o meio externo, sendo
revestida por mucosa que contém grande quantidade de glândulas secretoras de muco.
A uretra se abre para o exterior através do óstio externo da uretra. A uretra é diferente
entre os dois sexos.

1. Uretra Masculina
A uretra masculina estende-se do orifício uretral interno na bexiga urinária até o
orifício uretral externa na extremidade do pênis. Apresenta dupla curvatura no estado
comum de relaxamento do pênis. É dividida em três porções: Prostática; Membranácea
(membranosa); Esponjosa (cavernosa). Na uretra masculina existe uma abertura diminuta
em forma de fenda, um ducto ejaculatório.

2. Uretra Feminina
É um canal membranoso estreito estendendo-se da bexiga ao orifício externa no
vestíbulo. Está colocada dorsalmente à sínfise púbica, incluída na parede anterior da
vagina, e de direção oblíqua para baixo e para frente; é levemente curva, com a
concavidade dirigida para frente
Seu diâmetro, quando não dilatada, é de cerca de 6mm. Seu orifício externo fica
imediatamente na frente da abertura vaginal e cerca de 2,5cm dorsalmente à glande do
clitóris. Muitas e pequenas glândulas uretrais abrem-se na uretra. vAs maiores destas são
as glândulas parauretrais, cujos ductos desembocam exatamente dentro do óstio uretral.

Diferenças das uretras masculina e feminina


As uretras masculinas e a femininas se diferem em seu trajeto. Na mulher, a uretra
é curta (3,8cm) e faz parte exclusivamente do sistema urinário. Seu óstio externo
localiza-se anteriormente à vagina e entre os lábios menores.
Já no homem, a uretra faz parte dos sistemas urinário e reprodutor Medindo cerca
de 20cm, é muito mais longa que a uretra feminina. Quando a uretra masculina deixa a
bexiga, ela passa através da próstata e se estende ao longo do comprimento do pênis.
Assim, a uretra masculina atua com duas finalidades: conduz a urina e o esperma.

Processo de Filtração

Impulsionado para a artéria aorta, o sangue segue sob pressão pelas artérias
seguintes. Penetra nos rins pela artéria renal, que por sua vez gradativamente se
subdivide até transformar-se em inúmeras arteríolas (arteríolas aferentes) que penetram
em pequenos grãozinhos existentes nos rins: as cápsulas de Bowman.
No interior destas, as arteríolas assumem o calibre de capilares e enrolam-se
sobre si mesmas, como microscópicos novelos de lã - chamados de glomérulos, onde o
sangue é filtrado.
No trajeto seqüencial, os capilares enovelados novamente assumem o calibre de
arteríolas e saem das cápsulas sob a denominação de arteríolas eferentes. Uma vez
dentro dos glomérulos, o sangue deixa passar água e sais pelas paredes permeáveis dos
capilares.
Os materiais filtrados são também absorvidos pelas permeáveis paredes das
cápsulas de Bowman, que os deixam passar para a espécie de funil em que estão
inseridas.
Assim, os filtrados penetram em tubos sinuosos - túbulos contorcidos proximais -
onde ocorre a absorção de água e íons importantes para o funcionamento do organismo,
como sódio, cloro, glicose, cálcio, fosfato e magnésio.
Após efetuarem muitas voltas, para permitir maior absorção, os túbulos formam
grandes alças chamadas alças de Henle, onde o excesso de água e parte do sódio são
absorvidos passando, então, a novamente formar tubos contorcidos (túbulo contorcido
distal) - os quais completam a absorção das alças que os antecedem e desembocam em
túbulos coletores.
Por sua vez, os túbulos coletores desembocam em vias de calibre maior (ductos
capilares), que se dispõem lado a lado, arrumados como pirâmides, com os vértices
voltados para o interior do rim.
Esses vértices inserem-se em estruturas semelhantes ao nome que possuem:
cálice renal - para onde flui o filtrado, quase que totalmente modificado para urina. Cada
grupo de três ou quatro cálices se une num cálice maior, que se comunica com a maior
das câmaras de saída: a pelve renal.
Essas câmaras (uma para cada rim) recebem a urina e afunilam-se formando os
ureteres, pelos quais ela é depositada numa bolsa muscular, a bexiga, capaz de
armazenar mais de um litro de líquido
A ineficiência renal, por qualquer fator traumático ou por doenças, pode levar à
perda desnecessária de água e de substâncias importantes para o organismo, bem como
à eliminação excessiva de água e de elementos indispensáveis ao nosso corpo, como as
proteínas, por exemplo.

Excreção: eliminação de resíduos celulares.

Existem outros resíduos formados por substâncias não utilizadas pelas células ou
prejudiciais ao organismo. Além dos rins, as vias respiratórias (CO2) e a pele (suor)
funcionam como órgãos excretores.
- Gás carbônico: retirado das células pelo sangue e transportado aos pulmões, é
eliminado pelo sistema respiratório (vapor de água, álcool, éter, etc., quando essas
substâncias são introduzidas no organismo).
- Suor: fabricado pelas glândulas sudoríparas que estão na pele (axilas). Suor ( água,
uréia, ácido úrico, cloreto de sódio). O suor sai pelos poros na superfície do corpo e
participa da regulação térmica, temperatura do corpo.

Obs.: As fezes são resíduos alimentares não digeridos e não absorvidos, não se refere a
excreção.

Regulação da Função Renal

A regulação da função renal relaciona-se basicamente com a regulação da


quantidade de líquidos do corpo.
Havendo necessidade de reter água no interior do corpo, a urina fica mais
concentrada, em função da maior reabsorção de água; havendo excesso de agua no
corpo, a urina fica menos concentrada, em função da menor reabsorção de água.

Cálculo Renal

São formações sólidas de sais minerais e/ou uma série de outras substâncias,
como oxalato de cálcio e ácido úrico que se cristalizam.
Essas cristalizações podem migrar pelas viaa urinárias causando muita dor e
complicações. Os cálculos podem atingir variados tamanhos, que vão de grãos com
alguns milímetros, até o tamanho do próprio rim. Eles se formam tanto nos rins quanto
na bexiga.
11 SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO

O sistema reprodutor humano, também chamado de sistema genital, é formado


por órgãos que constituem o aparelho genital masculino. O sistema reprodutor masculino
é formado por:

 Pênis e bolsa escrotal (órgãos externos);


 Testículos (gônadas) ;
 Túbulos seminíferos, epidídimo, canal deferente e uretra (vias espermáticas);
 Próstata, vesículas seminais e glândulas bulbouretrais ( glândulas anexas)

Testículos

São as gônadas masculinas. Cada testículo é composto por um emaranhado de


tubos, os ductos seminíferos. Esses ductos são formados pelas células de Sértoli (ou de
sustento) e pelo epitélio germinativo, onde ocorrerá a formação dos espermatozoides.
Glândulas mistas: Espermatozoide = Exócrina / Testosterona = Endócrina
Homens que apresentam os testículos embutidos na cavidade abdominal,
anomalia denominada criptorquidia, não formam espermatozóides, sofrendo esterilidade
temporária.

Espermatozóide: é formado de três partes: cabeça, colo e cauda ou flagelo. Os


espermatozóides movimentam-se num líquido chamado esperma, para se movimentarem,
vibram a cauda com rapidez.
Testosterona

Em meio aos ductos seminíferos, as células intersticiais produzem os hormônios


sexuais masculinos, sobretudo a testosterona, responsáveis pelo desenvolvimento dos
órgãos genitais masculinos e dos caracteres sexuais secundários.
Funções:

 Estimular os folículos pilosos para que façam crescer a barba masculina e o pelo
pubiano.
 Estimular o crescimento das glândulas sebáceas e a elaboração do sebo.
 Produzir o aumento de massa muscular nas crianças durante a puberdade, pelo
aumento do tamanho das fibras musculares.
 Ampliar a laringe e tornam mais grave a voz.
 Faz com que o desenvolvimento da massa óssea seja maior, protegendo contra a
osteoporose.

Hormônios Masculinos

HIPOTÁLAMO
Fatores liberadores de gonadotrofinas

PUBERDADE

ADENOHIPÓFISE
Liberação de gonadotrofinas

FSH LH

Estimula a Estimula a produção


espermatogênese de testosterona

Epidídimos
São dois tubos enovelados que partem dos testículos, onde os espermatozoides
são armazenados. No epidídimo os espermatozoides são armazenados e passam pela
fase de diferenciação (criação de flagelo). Encontramos também células de Sertoli, com
função de nutrição dos espermatozoides

Canais deferentes
Cada ducto deferente é uma continuação do epidídimo. O ducto parte do
epidídimo entra na cavidade abdominal através do canal inguinal, contorna a bexiga e se
liga ao ducto da vesícula seminal, formando o canal ejaculador, este por sua vez se liga a
uretra.

Ducto Ejaculador
Fusão dos canais deferentes sob a bexiga: forma o duto ejaculador que
desemboca na uretra.

Uretra
A uretra é comumente um canal destinado para a urina, mas os músculos na
entrada da bexiga se contraem durante a ereção para que nenhuma urina entre no sêmen
e nenhum sêmen entre na bexiga. Duto comum aos sistemas reprodutor e urinário do
homem. Todos os espermatozóides não ejaculados são reabsorvidos pelo corpo dentro
de algum tempo.

Próstata
Glândula localizada abaixo da bexiga urinária. Secreta substâncias alcalinas que
neutralizam a acidez das secreções vaginais e dão motilidade aos espermatozoides;
Produz secreção prostática que é nutritiva para os espermatozoides Esta substância
compõe o sêmen.

Exame de toque: Devido ao elevado número de câncer de próstata, faz necessário o


exame após os 40 anos de idade (exame de toque).

Glândulas Bulbo Uretrais

Sua secreção transparente é lançada dentro da uretra para limpá-la e preparar a


passagem dos espermatozoides. Também tem função na lubrificação do pênis durante o
ato sexual.

Vesículas seminais

São responsáveis pela produção de um líquido, que será liberado no ducto


ejaculatório que, juntamente com o líquido prostático e espermatozoides, entrarão na
composição do sêmen.
O líquido das vesículas seminais age como fonte de energia para os
espermatozoides e é constituído principalmente por frutose, apesar de conter fosfatos,
nitrogênio não proteico e prostaglandinas que são hormônios produzidos em numerosos
tecidos do corpo.

Pênis
Órgão masculino da cópula, é uma estrutura flácida, quando não estimulada. É
ligado às paredes anterior e lateral do arco pubiano.
É composto de três colunas longitudinais - duas de corpos cavernosos e um
esponjoso - de tecido erétil (capaz de aumentar de tamanho quando repleto de sangue).
A estimulação sexual é parassimpática dilata as artérias que suprem o pênis e
uma grande quantidade de sangue sob pressão entra nos espaços cavernosos do tecido
erétil. Na extremidade do pênis encontra-se a glande - cabeça do pênis, onde podemos
visualizar a abertura da uretra.
Com a manipulação da pele que a envolve – o prepúcio - acompanhado de
estímulo erótico, ocorre a inundação dos corpos cavernosos e esponjoso, com sangue,
tornando-se rígido, com considerável aumento do tamanho (ereção).
O prepúcio deve ser puxado e higienizado a fim de se retirar dele o esmegma
(uma secreção sebácea espessa e esbranquiçada, com forte odor, que consiste
principalmente em células epiteliais descamadas que se acumulam debaixo do prepúcio).
Quando a glande não consegue ser exposta devido ao estreitamento do prepúcio, diz-se
que a pessoa tem fimose.
Circuncisão: procedimento cirúrgico para a correção da fimose.
Bolsa Escrotal

Um espermatozoide leva cerca de 70 dias para ser produzido. Eles não podem se
desenvolver adequadamente na temperatura normal do corpo (36,5°C). Assim, os
testículos se localizam na parte externa do corpo, dentro da bolsa escrotal, que tem a
função de termorregulação (aproximam ou afastam os testículos do corpo), mantendo-os
a uma temperatura geralmente em torno de 1 a 3 °C abaixo da corporal.
12 SISTEMA REPRODUTOR FEMININO

Ele está localizado no interior da cavidade pélvica. A pelve constitui um marco


ósseo forte que realiza uma função protetora. É dividido em órgãos internos (ovários,
tubas uterinas, útero e vagina) e externos (orifício externo da vagina, lábios e clítoris).
É constituído por: dois ovários; duas tubas uterinas (trompas de Falópio); um
útero; uma vagina; uma vulva.

Órgãos Internos

Útero
Órgão oco situado na cavidade pélvica anteriormente a bexiga e posteriormente ao
reto, de parede muscular espessa (miométrio) e com formato de pera invertida. É
revestido internamente por um tecido vascularizado rico em glândulas - o endométrio.
É possível distinguir duas partes:a superior ou corpo, mais volumosa onde
desembocam as trompas de Falópio; a inferior, mais estreita, chamada colo ou cérvix
que comunica com a vagina.
Função: recebe embriões que se implantam no endométrio, e desenvolve vasos
sanguíneos exclusivamente para esta função.
Camadas: endométrio, miométrio e perimétrio.
• Perimétrio: peritônio envolve o útero.
• Miométrio: fibras musculares lisa, maior parte do útero.
• Endométrio: reveste a cavidade uterina, é a que sofre modificações com a fase
do ciclo menstrual e na gravidez.
Meios de fixação do útero: ligamento largo do útero e ligamento redondo do útero.
O endométrio prepara para receber o óvulo, há aumento de volume, formação de
redes de capilares. Não ocorrendo fecundação, essa camada do endométrio sofre
descamação. O sangue e os restos da mucosa são eliminados através da vagina. Este
fenômeno é a menstruação. Primeira: menarca, 11 a 13 anos e a última: menopausa, 45 a
52 anos.

CORPO

CÉRVIX
Ovários

Órgãos em forma de amêndoa, localizados na cavidade abdominal, onde são


formados os gâmetas (óvulos). São as gônadas femininas, produzem estrógeno e
progesterona, hormônios sexuais femininos.
Funções: 1 – produção de estrógeno e progesterona, que controlam o desenvolvimento e
funcionamento dos demais órgãos genitais e também o desenvolvimento dos caracteres
sexuais secundários. 2 – produção de óvulos.

Tubas Uterinas

Canais com 12 a 14 cm de comprimento, que se estendem desde cada um dos


ovários até à parte superior do útero. Iniciam-se por uma porção em forma de funil -
pavilhão - que envolve parcialmente o ovário.
O seu epitélio de revestimento é formado por células ciliadas e os batimentos dos
cílios microscópicos e os movimentos peristálticos impelem o gâmeta feminino até o
útero. Local onde ocorre a fecundação do óvulo (ampola da tuba).

Ampola
Laqueadura

Vagina
A vagina é um canal de 8 a 10 cm de comprimento, de paredes elásticas, que liga
o colo do útero aos genitais externos. Contém de cada lado de sua abertura,
internamente, duas glândulas denominadas glândulas de Bartholin, que secretam um
muco lubrificante.
A entrada da vagina é protegida por uma membrana circular - o hímen – que fecha
parcialmente o orifício vulvo-vaginal e é quase sempre perfurado no centro, podendo ter
formas diversas. Geralmente, essa membrana se rompe nas primeiras relações sexuais.
Canal do órgão sexual feminino dos mamíferos, que se estende do colo do útero à
vulva. A função da vagina é receber o pênis no coito e dar saída ao feto no momento do
parto, assim como expulsar o conteúdo menstrual.

Órgãos Externos

Vulva

Estruturas de proteção, sensibilidade e prazer.


Lábios

Pregas cutâneo-mucosas intensamente irrigadas - os grandes lábios. Pregas


cutâneo-mucosas que envolvem a entrada da vagina - os pequenos lábios. Função:
proteção

Clítoris

Pequeno órgão de grande sensibilidade, localizado sobre uma depressão na qual


se abrem o orifício urinário e genital. É formado essencialmente por tecido esponjoso.
Orifício que corresponde à abertura da vagina. Permite a saída do sangue
menstrual, a entrada do pênis quando da relação sexual e a expulsão da criança, no
nascimento.

Hormônios
Na mulher, desde o nascimento, o ovário traz cerca de 400.000 folículos, dos
quais mais ou menos 300 irão amadurecer desde a menarca (primeira menstruação, que
ocorre em torno de 11 a 13 anos) à menopausa (última menstruação).
A partir da menarca, a cada 28 dias, geralmente, um folículo (óvulo imaturo) migra
para a superfície do ovário.Os ovários (glândulas anexas, laterais ao útero), responsáveis
pela fabricação dos óvulos, liberam, alternadamente, os folículos, produzindo estrogênio e
progesterona.
Estes hormônios, por sua vez, aceleram a maturação final do folículo, levando-o a
romper-se e, assim, liberar o óvulo - processo chamado de ovulação e que dura
aproximadamente 14 dias.
Não sendo fecundado, o óvulo é reabsorvido pelo organismo e os ovários cessam
sua produção até que um novo folículo seja liberado.
Nesta circunstância, o endométrio, camada superficial extremamente
vascularizada, descama e expele determinada quantidade de sangue pela vagina – a
chamada menstruação.
Ao ocorrer a fecundação - encontro do óvulo com o espermatozóide - o óvulo
migra para o útero, onde escava a estrutura interna que o recobre (endométrio) e nela se
fixa, fenômeno denominado nidação.

Estrógeno
O estrógeno induz as células de muitos locais do organismo, a proliferar, isto é, a
aumentar em número. Por exemplo, a musculatura lisa do útero, aumenta tanto que o
órgão, após a puberdade, chega a duplicar ou, mesmo, a triplicar de tamanho.
O estrogênio também provoca o aumento da vagina e o desenvolvimento dos
lábios que a circundam, faz o púbis se cobrir de pêlos, os quadris se alargarem e o
estreito pélvico assumir a forma ovóide, em vez de afunilada como no homem.
Provoca o desenvolvimento das mamas e a proliferação dos seus elementos
glandulares, e, finalmente, leva o tecido adiposo a concentrar-se, na mulher, em áreas
como os quadris e coxas, dando-lhes o arredondamento típico do sexo.

Progesterona

A progesterona age em todo o corpo físico da mulher preparando-a para a


gravidez. Sua maior conseqüência é a amenorréia, ou falta de menstruação. É um
hormônio essencial na manutenção da gravidez, pois evita a descamação do endométrio,
que ocasionaria um aborto.
13 SISTEMA NERVOSO

O sistema nervoso, juntamente com o sistema endócrino, capacitam o organismo


a perceber as variações do meio (interno e externo), a difundir as modificações que essas
variações produzem e a executar as respostas adequadas para que seja mantido o
equilíbrio interno do corpo (homeostase).
São os sistemas envolvidos na coordenação e regulação das funções corporais.
Em geral, o sistema nervoso controla a maioria das funções do corpo, mediante o
controle das contrações dos músculos esqueléticos, músculos lisos dos órgãos internos e
velocidade de secreção de glândulas exócrinas (secreção externa, como o suor) e
endócrinas (glândulas que secretam substâncias para dentro do organismo).

Célula Nervosa

O tecido nervoso é constituído por células nucleadas especiais, denominadas


neurônios, com longos prolongamentos capazes de captar estímulos exteriores como
calor, frio, dor. Possuem morfologia complexa, mas quase todos apresentam três
componentes.

Os dendritos são prolongamentos numerosos, cuja função é receber os estímulos


do meio ambiente, de células epiteliais sensoriais ou de outros neurônios.
O corpo celular ou pericário é o centro do tráfico dos impulsos nervosos da célula.
O axônio é um prolongamento único, especializado na condução de impulsos que
transmitem informações do neurônio para outras células nervosas, musculares e
glandulares.
Os axônios estão envoltos em uma camada gelatinosa que funciona como isolante
e denomina-se bainha de mielina.
Células da Neuróglia ou Glia: são as células do tecido nervoso que não conduzem
impulsos nervosos, no entanto, desempenham funções importantes. Podem ser:

 Astrócitos: relacionadas com a nutrição e sustentação dos neurônios.


 Oligodendrócitos: também participam da nutrição e sustentação dos neurônios.
 Microgliócitos ou Micróglia: associam-se com o mecanismo de defesa por
fagocitose no S.N.C..
 Células Empendimárias: revestem as cavidades naturais do S.N.C. e em alguns
pontos especializam-se para secreção do líquor.

Transmissão Nervosa

A transmissão do impulso nervoso de um neurônio a outro depende de estruturas


altamente especializadas: as sinapses.
Sinapses

Quando o potencial de ação chega ao fim do axônio, encontra fendas, as


sinapses, separando um neurônio do outro ou do efetor. O neurônio que transmite o
impulso é chamado de neurônio pré-sináptico, enquanto o que recebe, de neurônio pós-
sináptico.
Há 2 tipos de sinapses: elétrica e química.

1 - Sinapse elétrica: o potencial de ação pode ser transmitido diretamente para outra
célula, por meio de conexões célula-célula, as "gap junctions".
A transmissão do impulso nestas sinapses é muito rápida.

2 - Sinapse química: a fenda entre as duas células é de mais de 20nm e o impulso


nervoso não consegue "saltar" a fenda para chegar na outra célula. Assim, é necessário
que compostos químicos, os neurotransmissores, conduzam a mensagem neural através
das sinapses. Após atravessar a fenda sináptica, os neurotransmissores ligam-se à
receptores específicos na membrana plasmática do neurônio pós-sináptico.
O conjunto de axônios corresponde às fibras nervosas, cuja união forma os feixes
ou tractos do sistema nervoso central e os nervos do sistema nervoso periférico. A junção
dos corpos neuronais constitui uma substância cinzenta denominada córtex.

Funcionamento do sistema nervoso

Depende do chamado arco reflexo constituído pela: ação das vias aferentes,
centrípetas ou sensitivas, responsáveis pela condução dos impulsos originados nos
receptores externos (provenientes do sistema sensorial) ou internos existentes em
diversos órgãos e sensíveis às modificações químicas, à pressão ou tensão; pelos
centros nervosos que formam a resposta aos estímulos enviados pelas vias sensitivas;
pela via eferente, motora ou centrífuga que conduz a resposta voluntária ou involuntária
dos centros nervosos para os tecidos muscular e glandular.

 Neurônios Eferentes – Transportam impulsos do SNC para os órgão efertores;


 Neurônios Aferentes – Regulação reflexa e ajustes;
 Neurônios Simpáticos- Se divide em neurônios pré ganglionares curtos e pós
ganglionares longos;
 Neurônios Parassimpáticos - Se divide em neurônios pré ganglionares longos e pós
ganglionares curtos;
 Neurônios entéricos – Coleção de fibras nervosas que inervam o TGI, pâncreas e
vesícula biliar,independe do SNC e controla a motilidade, secreções exócrinas e
endócrinas e a microcirculação do TGI.

Divisão do Sistema Nervoso

Anatomicamente, o sistema nervoso divide-se em sistema nervoso central


(SNC) e sistema nervoso periférico (SNP).
Sistema Nervoso Central

O SNC é representado pelo encéfalo e medula espinhal, respectivamente


localizados no interior da caixa craniana e coluna vertebral.

O encéfalo é constituído pelo cérebro, diencéfalo, cerebelo e tronco encefálico


(mesencéfalo, ponte e medula oblonga) e sua parte central é constituída por uma
substância branca; a externa, por uma substância cinzenta.
O cérebro divide-se em duas partes simétricas (hemisférios direito e esquerdo)
cuja troca de impulsos é feita pelo corpo caloso. Sua superfície evidencia pregas (giros) e
reentrâncias (sulcos e fissuras) do córtex cerebral.
Os sulcos e fissuras dividem os hemisférios em lobos responsáveis por funções
específicas - como sensitivas, auditivas, visuais, movimentação voluntária, memória,
concentração, raciocínio, linguagem, comportamento, entre outras.
O diencéfalo circunda o terceiro ventrículo, forma a parte central mais importante
do encéfalo e contém o tálamo e hipotálamo.
Pelo tálamo passam todas as vias sensitivas que informam as percepções da
sensibilidade dos órgãos dos sentidos, exceto o olfato – também percebe sensações
como calor extremo, pressão e dor intensa.
O hipotálamo, situado abaixo do tálamo, aloja a hipófise e controla as principais
funções vegetativas e endócrinas do corpo.
É uma das principais vias de saída de controle do sistema límbico (circuito
neuronal que controla o comportamento emocional e os impulsos motivacionais).
O cerebelo controla os movimentos, a tonicidade muscular e participa da
manutenção do equilíbrio do corpo. O tronco cerebral une todas as partes do encéfalo à
medula espinhal, vulgarmente chamada “espinha”.
Cerebelo: coordenação motora.
 Hemisférios cerebelares (2);
 Folhas cerebelares (substância cinzenta-corpos de neurônios);
 Substância branca
CEREBELO

O tronco cerebral desempenha funções especiais de controle, dentre outras, da


respiração, do sistema cardiovascular, da função gastrintestinal, de alguns movimentos
estereotipados do corpo, do equilíbrio, dos movimentos dos olhos.
Serve como estação de retransmissão de “sinais de comando” provenientes de
centros neurais ainda mais superiores que comandam o tronco cerebral para que este
inicie ou modifique funções de controle específico por todo o corpo.
A medula espinhal encontra-se no interior do canal formado pelas vértebras da
coluna vertebral. Dela irradiam-se 33 pares de nervos espinhais, à direita e à esquerda,
que inervam o pescoço, tronco e membros, ligando o encéfalo ao resto do corpo e vice-
versa.

Sistema Nervoso Periférico


Consiste nos nervos cranianos e espinhais. Emergindo do tronco cerebral, há 12
pares de nervos cranianos que exercem funções específicas e nem sempre estão sob
controle voluntário.
Os nervos que possuem fibras de controle involuntário são chamados de
sensitivos; e os de controle voluntário, motores.
A partir dos órgãos dos sentidos e dos receptores (terminações nervosas
sensitivas), presentes em várias partes do corpo, o SNP conduz impulsos nervosos para o
SNC, e deste para os músculos e glândulas.
Os nervos espinhais são divididos e denominados de acordo com sua localização
na coluna vertebral: 8 cervicais, 12 torácicos, 5 lombares, 5 sacrais e um coccígeo.
Fisiologicamente, o sistema nervoso pode ser dividido em sistema nervoso
voluntário, que comanda a musculatura estriada esquelética, e sistema nervoso autônomo
(SNA) ou involuntário, responsável pelo controle da musculatura lisa, do músculo
cardíaco, da secreção de todas as glândulas digestivas e sudoríparas e de alguns órgãos
endócrinos.

Nervos cranianos:

I - Nervo Olfatório X - Nervo Vago


II - Nervo Óptico XI - Nervo Acessório
III - Nervo Oculomotor XII - Nervo Hipoglosso
IV - Nervo Troclear
V – Trigêmeo
VI - Nervo Abducente
VII - Nervo Facial
VIII - Nervo Vestibulococlear
IX - Nervo Glossofaríngeo
Os motores (puros) são os que movimentam o olho, a língua e acessoriamente
os músculos látero-posteriores do pescoço. São eles:

III - Nervo Oculomotor


IV - Nervo Troclear
VI - Nervo Abducente
XI - Nervo Acessório
XII - Nervo Hipoglosso

Os sensitivos (puros) destinam-se aos órgãos dos sentidos e por isso são
chamados sensoriais e não apenas sensitivos, que não se referem à sensibilidade
geral (dor, temperatura e tato). Os sensoriais são:

I - Nervo Olfatório
II - Nervo Óptico
VIII - Nervo Vestibulococlear

Os mistos (motores e sensitivos) são em número de quatro:

V - Trigêmeo
VII - Nervo Facial
IX - Nervo Glossofaríngeo
X - Nervo Vago

Funções:

1º - Olfativo ou olfatório: (sensitivo) conduz ao cérebro os impulsos que nos fazem


perceber o olfato;
2º - Óptico: (sensitivo) leva ao cérebro os estímulos que geram as sensações visuais
3º - Motor ocular comum ou oculomotor: responsável pelo movimento dos olhos e
constrição (motor) pupilar.
4º - Troclear: (motor) participa dos movimentos dos olhos
5º Trigêmeo: (misto) atua sobre o músculo temporal e masseter, percebendo as
sensações da face e atuando nas expressões
6º - Abducente: (motor) responsável pelo desvio lateral dos olhos
7º - Facial: (misto) um de seus ramos atua nos músculos mímicos da face; o outro,
inerva as glândulas salivares e lacrimais e conduz a sensação de paladar captada na
língua
8º - Acústico: (sensitivo) possui ramos que permitem a audição e outros, o equilíbrio
9º - Glossofaríngeo: (misto) sua porção motora leva estímulos da faringe e a sensitiva
permite que se perceba o paladar
10º - Vago: (misto) abdominais; responsável pela inervação de órgãos toráxicos e
controla as batidas do coração
11º - Espinhal ou acessório: (motor) inerva os músculos do pescoço e do tronco
12º - Hipoglosso: (motor) ajuda nos movimentos da língua
Em sua maioria, as funções do SNA são articuladas em coordenação com o
SNC, em especial o hipotálamo.
Do ponto de vista anatômico e funcional, o SNA divide-se em sistema simpático
e parassimpático, que trabalham de modo antagônico, porém em equilíbrio.
O sistema simpático estimula atividades realizadas durante situações de
emergência e estresse, nas quais os batimentos cardíacos se aceleram e a pressão
arterial se eleva.
O sistema parassimpático estimula as atividades que conservam e restauram
os recursos corpóreos (por exemplo, diminuição dos batimentos cardíacos).

Cada parte do SNA possui duas cadeias de neurônios. O corpo celular do


primeiro neurônio situa-se na coluna referente visceral do encéfalo e da medula
espinhal; o do segundo neurônio, num gânglio autônomo, externamente ao SNC.
O axônio do primeiro neurônio é chamado fibra pré-sináptica ou pré-ganglionar;
o do segundo, fibra pós-sináptica ou pós-ganglionar. Os gânglios localizam-se ao
longo da coluna vertebral, na cavidade abdominal, nas proximidades ou interior dos
órgãos por eles inervados.
Para chegarem à musculatura, as fibras pós-ganglionares utilizam uma artéria,
um nervo independente ou ligado aos nervos espinhais.
No sistema simpático, os corpos celulares dos neurônios préganglionares
localizam-se na substância cinzenta (corno lateral) da medula espinhal, começando no
primeiro segmento torácico e terminando no segundo ou terceiro segmento lombar.
Os corpos celulares dos neurônios pós-ganglionares situam-se nos gânglios
para-vertebrais e prévertebrais. Por liberarem adrenalina ou noradrenalina, as
terminações pós-ganglionares simpáticas são conhecidas como adrenérgicas.
No sistema parassimpático, os corpos celulares dos neurônios pré-
ganglionares situam-se nos núcleos dos pares III, VII, IX e X de nervos cranianos no
tronco encefálico e no segundo, terceiro e quarto segmentos sacrais da medula
espinhal.
As fibras pré-ganglionares fazem sinapse com o corpo celular de um neurônio
pós-ganglionar parassimpático, próximo ou na parede do órgão-alvo. Por liberarem
acetilcolina, a maioria das terminações pós-ganglionares parassimpáticas são
denominadas colinérgicas.

Proteção do SNC

O SNC é completamente envolvido por um sistema especial de formação


protetora, representado por três membranas denominadas meninges, que impedem o
seu atrito com a caixa óssea.
A função das meninges vai além de uma proteção mecânica, pois é através de
sua camada mais interna, a pia-máter, que passam os vasos sangüíneos que fazem a
irrigação cerebral.
A camada seguinte, denominada aracnóide, é presa à meninge mais externa,
fibrosa e resistente: a dura-máter.
Mas entre a pia-máter e a aracnóide existe um espaço denominado espaço
subaracnóideo, por onde circula o líquido cefalorraquidiano ou líquor.
Semelhantemente ao coração, o encéfalo também possui quatro cavidades, os
ventrículos, que se comunicam como os cômodos de uma casa.
Produzido pelo plexo coróide e pelo epitélio dos ventrículos e espaço
subaracnóide, o líquido flui dos ventrícuos através dos forames laterais e medial,
preenchendo as superfícies cerebrais e espinhais dentro deste espaço. Sua
reabsorção se dá nos vilos aracnóides, predominantemente ao longo do seio sagital
superior.
O líquor é um líquido transparente - semelhante à água cristalina - que circula
pelos ventrículos e por todo o SNC, protegendo-o de impactos (funcionando como
amortecedor) e agentes invasores.
Exerce ainda a função de manter a estabilidade da pressão cerebral, sendo
continuamente fabricado nos ventrículos laterais do SNC (III e IV), drenado e
reabsorvido.
Como vimos, o sistema nervoso é o centro de comando do organismo, capaz
de influenciar os atos voluntários, involuntários e reflexos.
Por isso, exige do profissional de saúde - durante procedimentos como a
localização adequada para a administração de medicamentos intramusculares, por
exemplo - cuidados especiais no sentido de sua preservação.
14 SISTEMA SENSORIAL

Diariamente, o ambiente que nos circunda repassa uma diversidade de


estímulos que são captados pelo organismo – o chamado sentido ou sensação. Os
ruídos, a claridade, o clima, o cheiro e o sabor dos alimentos, por exemplo, são fatores
sempre presentes.
Alguns órgãos, constituídos por células sensíveis, através de receptores
sensoriais são especializados em perceber determinados estímulos externos,
repassando a informação à respectiva área cerebral. Seu conjunto recebe a
denominação de órgãos dos sentidos.
São constituídos pelos olhos, que permitem a visão; língua, que sente o
paladar; nariz, que possibilita o olfato; orelha, que conduz a audição e pele, que
percebe o estímulo pelo tato – os quais serão a seguir apresentados com a respectiva
correlação de sentido.

Olhos – Visão

Os olhos são acondicionados dentro de duas cavidades ósseas da face: as


órbitas oculares.
Possuem dois globos oculares que, por sua vez, são constituídos por três
distintas membranas denominadas esclerótica, coróidee retina.Na parte anterior do
globo ocular, a membrana esclerótica, que o reveste externamente, forma uma
camada transparente chamada córnea.
Na coróide, localizam-se os vasos sangüíneos. A retina, sua membrana mais
interna e sensível, é formada por um prolongamento do nervo óptico.
No interior do globo ocular existe uma substância que ocupa sua maior parte,
chamada humor vítreo, de consistência gelatinosa e transparente, situada atrás do
cristalino – o qual atua como uma lente, regulando a imagem com nitidez.
O cristalino modifica-se pela ação dos músculos ciliares, comandados pelo
sistema nervoso autônomo.
Entre o cristalino e a córnea há uma substância líquida e transparente
denominada humor aquoso. Na parte anterior do olho, a coróide forma um disco cuja
cor é variável para cada pessoa, denominada íris.
Em seu centro existe um orifício cujo tamanho altera-se de acordo com a
quantidade de luz que sobre ele incide, a pupila, também conhecida como “menina
dos olhos”.
A ideia da criação da máquina fotográfica originou-se a partir da observação do
funcionamento do olho humano. Para sua utilização, faz-se necessário filme, luz e
lentes.
Numa correlação com nossa matéria, o filme corresponderia à retina - onde são
fixadas as imagens; a lente, ao cristalino - que, para melhorar a nitidez da imagem, se
altera de acordo com o foco desejado. Por sua vez, a luz é fator indispensável à visão,
sem ela nada se enxerga, nem nenhuma fotografia é revelada.
Existem seis músculos que controlam o movimento do globo ocular. Caso
apresentem alguma disfunção, ocorre o estrabismo - desvio do olhar em sentido
oposto ao do olho normal, circunstância em que, na maioria dos casos, é indicado o
uso de óculos ou até mesmo cirurgia para a correção do problema.
O astigmatismo, a hipermetropia e a miopia são as alterações da visão mais
freqüentemente encontradas. O astigmatismo é uma deformação da córnea que
ocasiona um desvio da imagem, fazendo-se necessário o uso de lentes cilíndricas
para sua correção.
Na hipermetropia, a imagem se forma atrás da retina, necessitando a utilização
de lentes convergentes para que volte a localizar- se sobre a retina.
A miopia é a formação da imagem à frente da retina, para cuja correção
necessita-se o uso de lentes divergentes, que favorecerão o afastamento da imagem
para que esta coincida sobre a própria retina.
Na parte anterior dos olhos encontram-se as pálpebras superiores, as inferiores
e os cílios, que também atuam como protetores da visão, impedindo a entrada de
corpos estranhos.
No canto interno da pálpebra são encontrados dois pequenos orifícios
denominados ponto lacrimal superior e inferior. É por eles que escoam as lágrimas,
seja por reação física ou emocional.
A sobrancelha também é considerada fator de proteção, por dificultar a
passagem do suor da testa para os olhos.

Língua – Paladar

A alimentação é um ato de prazer e necessidade, desde que feita com


moderação traz inúmeros benefícios para o organismo,.Algumas pessoas são atraídas
pelo sabor doce; outras, pelo salgado, mas independente de sua preferência é na
língua que ocorre a distinção desses sabores, além do azedo e do amargo.
A língua, que também participa na emissão do som, é formada por uma massa
de tecido muscular estriado, recoberta por uma mucosa. Possui forma achatada e
ligeiramente cônica. É composta por duas partes:

1. A superior ou dorsal, onde localizam-se as papilas linguais ou gustativas, cujas


terminações nervosas transmitem a sensação do gosto – processo em que a saliva
representa importante função, haja vista que sua viscosidade favorece a captação dos
estímulos;

2. A inferior ou ventral, que pode ser vista quando se eleva a ponta da língua em
direção ao palato (céu da boca);

Nariz – Olfato

O nariz, órgão do olfato, é formado por duas cavidades, as fossas nasais,


medialmente separadas pelo septo. As fossas nasais possuem orifícios anteriores, que
fazem contato com o meio externo, denominados narinas, e orifícios posteriores que,
por sua vez, fazem contato com a faringe, chamadoscoanas.
Na parte superior das fossas nasais há um revestimento mucoso formado por
células olfativas localizadas nas terminações do nervo olfativo (nervo sensitivo), o que
nos faz perceber o olfato.O sentido do olfato é estimulado através de substâncias
químicas espalhadas no ar, motivo pelo qual é considerado um sentido “químico”.
No interior das fossas nasais encontram-se os pêlos, cuja função é “filtrar” o ar
respirado - estes pêlos, juntamente com o muco (secreção da mucosa nasal), retêm
na parede interna do nariz os poluentes, além de diversos microrganismos trazidos
pelo ar.
Orelha – Audição

A orelha, composta por três seguimentos - a orelha externa, a média e a


interna - é o órgão responsável pela audição.

O pavilhão auditivo possui uma saliência com o formato oval, flexível devido ao
tecido cartilaginoso que a constitui.
Seu canal auditivo externo encaminha o som para seu interior, agindo como um
receptor sonoro.
Neste canal são encontrados pelos e glândulas (que produzem uma espécie de
cera), cuja função é proteger a parte interna contra a poeira, microrganismos e outros
corpos provenientes do meio externo.
O tímpano, localizado ao final do canal auditivo externo e no início do pavilhão
auditivo médio, é uma fina membrana que vibra de acordo com as ondas sonoras.
Além dele, o pavilhão auditivo médio é composta por três ossículos
respectivamente denominados, pela ordem de localização, martelo, bigorna e estribo –
os quais articulam-se recebendo a vibração da membrana timpânica.
É no pavilhão auditivo médio que se inicia um canal flexível que se estende até
a faringe, denominado trompa de Eustáquio, cuja função é manter o equilíbrio da
pressão atmosférica dentro da orelha média - também conhecida como caixa do
tímpano.

No pavilhão auditvo interno ou labirinto encontra-se o vestíbulo, uma


escavação no osso temporal cuja cavidade superior comunica-se com os canais
semicirculares e recebe a denominação de utrículo.
A cavidade inferior é chamada de sáculo, que se estende até a cóclea ou
caracol - nomes que facilmente nos levam a imaginar sua forma: um longo tubo
enrolado. Este tubo contém em sua parte interna o órgão de Corti, composto por
células auditivas com ramificações do nervo auditivo, sendo o principal responsável
pela captação de estímulos sonoros.
Quando há qualquer tipo de som, suas ondas penetram através do pavilhão
auditivo externo e ao chegarem na membrana timpânica a fazem vibrar. Os ossículos
martelo, bigorna e estribo recebem esta vibração e a encaminham ao pavilhão auditivo
interno.
Desta forma, as vibrações chegam à cóclea ou caracol, onde os estímulos
sonoros são captados e identificados devido a presença de terminações do nervo
auditivo.

No pavilhão auditivo interno, os canais semicirculares são responsáveis pelo


equilíbrio de nosso corpo.
A ocorrência de determinada inflamação ou problemas circulatórios pode gerar
uma disfunção no labirinto, o que acarreta a perda do equilíbrio – mais frequentemente
encontrada em pacientes com problemas hormonais, hipertensos, estressados e
diabéticos.

Pele – Tato

O sentido do tato é transmitido pela pele, que reveste todo o corpo e possui em
sua camada mais profunda as terminações nervosas – responsáveis por levar a
mensagem da sensação ao cérebro. Com um toque de mão podemos perceber
diferenças como liso e áspero, pequeno e grande, fino e grosso, mole e duro - além de
conseguirmos identificar objetos sem a necessária utilização da visão.
A pele apresenta vários tipos de receptores sensoriais, formados por fibras
nervosas - cujo agrupamento compõe os corpúsculos sensoriais, especializados em
captar determinados tipos de sensação – por exemplo, pressão, temperatura, dor.
Na extensão da pele percebemos sensações como frio, calor, dor, coceira,
pressão, ardência, etc. A pele é o maior órgão do corpo humano.
A pele é o órgão que envolve o corpo determinando seu limite com o meio
externo. Corresponde a 16% do peso corporal.
Exerce diversas funções, como: regulação térmica, defesa orgânica, proteção
contra diversos agentes do meio ambiente e funções sensoriais (calor, frio, pressão,
dor e tato). A pele é um órgão vital e, sem ela, a sobrevivência seria impossível.
É formada por três camadas:

 Epiderme
 Derme
 Hipoderme

Epiderme

É a camada mais externa, mais superficial da pele, é constituída por células


epiteliais que sofrem processo de queratinização ou corneificação, que dá origem à
camada córnea, composta basicamente de queratina, uma proteína responsável pela
impermeabilização da pele.
A renovação celular constante da epiderme faz com que as células da camada
córnea sejam gradativamente eliminadas e substituídas por outras.
Além dos queratinócitos encontram-se também na epiderme: os melanócitos,
que produzem o pigmento que dá cor à pele (melanina), varia com a raça. Sarda e
pinta são acúmulos circunscritos de melanina.
Derme

Camada localizada entre a epiderme e a hipoderme. É responsável pela


resistência e elasticidade da pele.
É constituída por tecido conjuntivo (fibras colágenas e elásticas envoltas por
substância fundamental), vasos sanguíneos e linfáticos, nervos e terminações
nervosas. Os folículos pilossebáceos e glândulas sudoríparas, originadas na
epiderme, também localizam-se na derme.
A faixa na qual a epiderme e a derme se unem é chamada de junção dermo-
epidérmica. A epiderme se projeta em forma de dedos na direção da derme, formando
as cristas epidérmicas. Estas aumentam a superfície de contato entre as 2 camadas,
facilitando a nutrição das células epidérmicas pelos vasos sanguíneos da derme.

Hipoderme

Também chamada de tecido celular subcutâneo, é a porção mais profunda da


pele. Rica em tecido adiposo (gordura, adipócitos) e varia de acordo com a região.
Sua estrutura fornece proteção contra traumas físicos (mecânicos), perda de calor e
depósito de calorias.

Anexos da pele

São eles: Unhas, pelos, glândulas sudoríparas e glândulas sebáceas.

As unhas são formadas por células corneificadas (queratina) que formam


lâminas de consistência endurecida. Esta consistência dura confere proteção as
falanges distais dos dedos das mãos e dos pés.
Os pelos são uma característica fundamental dos mamíferos. Existem por
quase toda a superfície cutânea, exceto nas palmas das mãos e plantas dos pés.
Coloração do pelo depende da quantidade de pigmento.
Apresenta duas partes:
- Haste: acima da pele.
- Raiz: está na derme ou hipoderme num tubo epidérmico denominado folículo piloso.
Bulbo piloso é a parte dilatada do folículo piloso.
- Músculo eretor do pelo: feixe de fibras musculares lisas. Função: provoca a ereção
do pelo.
As Glândulas Sudoríparas produzem o suor e têm grande importância na
regulação da temperatura corporal. Possuem um longo e tortuoso ducto excretor que
abre na superfície da pele por meio de um poro.
São de dois tipos: as écrinas, que são mais numerosas, existindo por todo o
corpo e produzem o suor eliminando-o diretamente na pele e as apócrinas, existentes
principalmente nas axilas, regiões genitais e ao redor dos mamilos. São as
responsáveis pelo odor característico do suor, quando a sua secreção sofre
decomposição por bactérias.
As Glândulas Sebáceas produzem a oleosidade ou o sebo da pele e servem
para lubrificar a pele e os pelos. Mais numerosas e maiores na face, couro cabeludo e
porção superior do tronco, não existem nas palmas das mãos e plantas dos pés. Estas
glândulas eliminam sua secreção no folículo piloso.
As Glândulas Mamárias são formadas de glândulas cutâneas modificadas que
se especializam na produção de leite após a gestação. Situam-se ventralmente aos
músculos da região peitoral, entre as camadas superficial e profunda da tela
subcutânea.
A pele ainda apresenta terminações nervosas, que são divididas em dois tipos:

1. Livres: dor

2. Em corpúsculos:

 Receptores de Krause: Frio


 Receptores de Ruffini: Calor
 Discos de Merkel: Tato e pressão
 Receptores de Vater-Pacini: Pressão
 Receptores de Meissner: Tato
15 SISTEMA ENDÓCRINO

Sistema que possui estruturas especializadas para a liberação, na corrente


sangüínea, de determinadas substâncias que irão controlar o funcionamento de várias
células e alguns órgãos importantíssimos para nossa sobrevivência.
As estruturas que o compõem são chamadas de glândulas endócrinas, que,
por sua vez, liberam substâncias denominadas hormônios.
As glândulas endócrinas, localizadas em várias partes do corpo, são a hipófise
ou pituitária, a pineal, a tireóide, as paratireóides, as supra–renais, o pâncreas, os
ovários e os testículos.
Em nosso organismo não existem apenas glândulas com função endócrina.
Possuímos órgãos que desempenham a mesma função e não produzem hormônios,
mas secretam substâncias que serão lançadas na corrente sangüínea, como, por
exemplo, o rim - que produz a renina que irá atuar no controle da pressão arterial.

Hipófise ou pituitária

É uma glândula do tamanho de um grão de ervilha, localizada no encéfalo,


presa numa região chamada hipotálamo. Essa glândula é a mais importante do
corpo, pois comanda o funcionamento de outras glândulas, como tireóide, supra-
renais e sexuais. Produz grande número de hormônios, como:

 hormônio somatotrófico: responsáveis pelo crescimento, metabolismo de


proteínas,
 hormônio ocitocina: contração do útero,
 hormônio antidiurético – ADH: controle da quantidade de água no
organismo,
 hormônio tireotrófico – TSH: estímulo das glândulas tireóide;
 hormônio adrenocorticotrófico ou corticotrofina – ACTH: estímulo das
glândulas supra-adrenais.

Os três tipos de hormônios gonadotróficos atuam no desenvolvimento de


glândulas e órgãos sexuais, interferindo nos processos de menstruação, ovulação,
gravidez e lactação. São eles:

 hormônio folículo estimulante (FSH): age sobre a maturação dos


espermatozóides e folículos ovarianos;
 Hipófise ou pituitária
 hormônio luteinizante (LH): estimula os testículos e ovários e provoca a
ovulação e formação do corpo amarelo;
 Prolactina: que mantém o corpo amarelo e sua produção de hormônios,
atuando no desenvolvimento das mamas e interferindo na produção de
leite.

Pineal

A pineal ou epífise localiza-se no diencéfalo, presa por uma haste à parte


posterior do teto do terceiro ventrículo. Contém serotonina, precursora da melatonina.
É um transdutor neuroendócrino que converte impulsos nervosos em
descargas hormonais e participa do ritmo circadiano de 24 horas e de outros ritmos
biológicos, como os relacionados às estações do ano.
A pineal normal responde à luminosidade, sendo mais ativa à noite, quando a
produção de serotonina é maior que durante o dia.

Tireóide

Esta glândula - sob controle do hormônio hipofisário TSH (hormônio tireotrófico)


- localiza-se no pescoço (abaixo da laringe e na frente da traquéia) e libera os
hormônios tiroxina e calcitocina, que intensificam a atividade de todas as células do
organismo. A tiroxina atua no metabolismo (todas as reações que ocorrem no interior
do corpo); A calcitocina atua na regulação de cálcio no sangue.
Se a glândula produzir excesso de hormônio (hipertiroidismo) o paciente vai
apresentar palpitações, suor intenso, agitação, ansiedade, nervosismo, tremores de
extremidades, insônia, aumento do números de evacuações, febre (temperatura
corporal elevada), intolerância ao calor, perda de peso, pressão arterial alta, fraqueza
e cansaço excessivo. Há casos graves em que a pessoa que tem hipertireoidismo
apresenta aumento da tireoide (bócio endêmico) e a pessoa pode apresentar
exoftalmia (olhos para fora).

Se a glândula apresentar redução na produção hormonal (hipotiroidismo) o


paciente vai apresentar cansaço, desânimo, sonolência excessiva, constipação
intestinal, intolerância ao frio, memória ruim, lentidão nos movimentos, pressão arterial
baixa, retenção de líquido (edema), ganho de peso, pele ressecada.
Os dois distúrbios podem causa problemas sexuais de perda de libido e
impotência. Os exames da tireóide consistem basicamente em dosar no sangue os
hormônios além de realizar ultrassom da região cervical (pescoço).
A falta de tiroxina causa uma doença que chamamos de cretinismo. Isso ocorre
em razão da falta de iodo na alimentação da mãe, principalmente durante os primeiros
três meses de gestação. O cretinismo causa atraso no crescimento dos ossos e
retardo mental. Esse problema pode ser detectado através do teste do pezinho, que
verificará se a tireoide está produzindo pouco ou nenhum hormônio.

Paratireóide

Estas quatro glândulas localizam-se, duas a duas, ao lado das tireóides.


Secretam um hormônio denominado paratormônio, que também regula a quantidade
de cálcio e fosfato no sangue.
Supra-renais

Estas duas glândulas localizam-se sobre cada rim e possuem duas partes: a
externa, chamada de córtex e a interna, de medula.O córtex da supra-renal produz e
libera vários hormônios, dentre eles a aldosterona, que ajuda a manter constante a
quantidade de sódio e potássio no organismo.
Outro hormônio é o cistrol, cortisona ou hidrocortisona, que estimula a
utilização de gorduras e proteínas como fonte energética, aumenta a taxa de glicose
na corrente sangüínea e também atua no processo de inflamações, sendo largamente
utilizada como medicação.
Também produz o andrógeno, o hormônio responsável pelo desenvolvimento
dos caracteres sexuais secundários masculinos.
A medula da supra-renal produz e libera a adrenalina e noradrenalina, que é
lançada na corrente sangüínea em situações de fortes reações emocionais como
medo, ansiedade, sustos, perigos iminentes, etc.
A adrenalina estimula a ação cardíaca, aumenta o seu batimento e dilata os
brônquios; noradrenalina aumenta a pressão arterial e diminui o calibre dos vasos.
A adrenalina também produz taquicardia (aumento do ritmo cardíaco), aumento
da pressão arterial e maior excitabilidade do sistema nervoso. Essas alterações
metabólicas permitem que o organismo de uma resposta rápida à situação de
emergência.
A noradrenalina é liberada em doses mais ou menos constantes pela medula
adrenal, independentemente da liberação de adrenalina. Sua principal função é manter
a pressão sanguínea em níveis normais.
Os hormônios produzidos pelo córtex adrenal são esteróides, isto é, derivados
do colesterol e conhecidos genericamente como corticosteróides. Os principais são os
glicocorticóides e os mineralocorticóides.
Os glicocorticóides atuam na produção de glicose a partir de proteínas e
gorduras. Esse processo aumenta a quantidade de glicose disponível para ser usada
como combustível em casos de resposta a uma situação estressante.
O principal glicocorticóide é o cortisol, também conhecido como hidrocortisona.
Além de seus efeitos no metabolismo da glicose, a hidrocortisona diminui a
permeabilidade dos capilares sanguíneos. Por causa dessas propriedades, a
hidrocortisona é usada clinicamente para reduzir inflamações provocadas por
processos alérgicos, entre outras coisas.
Deve-se evitar o uso prolongado de hidrocortisona, pois essa substância tem a
propriedade de deprimir o sistema de defesa corporal, tornando o organismo mais
suscetível a infecções.
Os mineralocorticóides regulam o balanço de água e de sais no organismo. A
aldosterona é um hormônio que estimula a reabsorção de sais pelos rins (sódio e
potássio). Isso causa retenção de água, com consequente aumento da pressão
sanguínea.

Pâncreas

Esta glândula localiza-se na cavidade abdominal e possui duas funções: uma


exócrina e outra endócrina.
Na exócrina, produz o suco pancreático que será liberado fora da corrente
sangüínea, mais precisamente no duodeno, auxiliando o processo digestivo. Na
função endócrina, produz dois hormônios: a insulina, que transporta a glicose através
da membrana celular, diminuindo-a da corrente sangüínea, e o glucagon, que
contribui, estimulando o fígado, para o aumento da glicose no sangue.
A insulina e o glucagon influenciam a quantidade de açúcar (glicose) na
corrente sangüínea. A disfunção do pâncreas causa o Diabetes mellitus.
A insulina facilita a entrada da glicose nas células (onde ela será utilizada para
a produção de energia) e o armazenamento no fígado, na forma de glicogênio. Ela
retira o excesso de glicose do sangue, mandando-o para dentro das células ou do
fígado. Isso ocorre, logo após as refeições, quando a taxa de açúcar sobe no sangue.
A falta ou a baixa produção de insulina provoca o diabetes, doença
caracterizada pelo excesso de glicose no sangue (hiperglicemia).
Já o glucagon funciona de maneira oposta à insulina. Quando o organismo fica
muitas horas sem se alimentar, a taxa de açúcar no sangue cai muito e a pessoa pode
ter hipoglicemia, que dá a sensação de fraqueza, tontura, podendo até desmaiar.
Quando ocorre a hipoglicemia o pâncreas produz o glucagon, que age no
fígado, estimulando-o a “quebrar” o glicogênio em moléculas de glicose. A glicose é,
então enviada para o sangue, normalizando a taxa de açúcar.

Ovários

Os ovários são duas glândulas, uma de cada lado do corpo, que integram o
aparelho reprodutor feminino e localizam-se abaixo da cavidade abdominal, em uma
região denominada pelvis ou cavidade pélvica. Ligam-se ao útero através de dois
ligamentos denominados ligamentos do ovário.
Os ovários são responsáveis pela produção e liberação de dois hormônios, o
estrogênio ou hormônio folicular e a progesterona.
O estrogênio controla o desenvolvimento das características sexuais femininas,
como aumento dos seios, depósito de gordura nas coxas e nádegas, aparecimento de
pêlos pubianos e estímulo ao impulso sexual.
A progesterona, responsável pela implantação do óvulo fecundado na parede
uterina e pelo desenvolvimento inicial do embrião, estimula o desenvolvimento das
glândulas mamárias e da placenta e inibe a secreção de um dos hormônios
gonadotróficos.
Além de produzir hormônios, os ovários são também responsáveis pela
produção das células sexuais femininas, os ovócitos.
Testículos

Em número de dois, localizam-se na pelvis e fazem parte do aparelho


reprodutor masculino. Protegidos por uma bolsa denominada bolsa escrotal ou
escroto, produzem o hormônio denominado testosterona, que controla as
características sexuais masculinas como aparecimento de barba, pêlos no tórax,
desenvolvimento da musculatura e impulso sexual.
Além da produção de hormônio, os são também responsáveis pela produção
das células sexuais masculinas, os espermatozóides.
EXERCÍCIOS

Capítulo 1: Introdução à Anatomia

1. Conceituar:
a- Anatomia
b- Normal em anatomia
c- Variação anatômica
d- Anomalia
e- Monstruosidade

2. Citar os fatores gerais de variação anatômica.


3. Definir longilíneo, brevilíneo, mediolíneo e citar suas características morfológicas.
4. Citar as partes constituintes do corpo humano.
5. Descrever Posição Anatômica.
6. Citar os planos de delimitação, secção e eixos do corpo humano.
7. Quais os decúbitos existem? Explique cada um deles.
8. Por que estes conceitos são importantes na prática de saúde?

Capítulo 2: Anatomia Topográfica

1. Qual a finalidade do estudo da anatomia topográfica?


2. Quais são as regiões chamadas topográficas do corpo humano?
3. Quais são as linhas convencionais (imaginárias) usadas na anatomia topográfica?
4. Cite as divisões de cada região:

a) Pescoço
b) Tórax
c) Abdome
d) Membros superiores
e) Membros inferiores

5. Desenhe na figura abaixo as linhas convencionais e dê o nome de cada região. Em


seguida cite a localização dos órgãos indicados:
a) Bexiga
b) Tireóde
c) Pulmão direito
d) Aorta abdominal
e) Tuba uterina esquerda
f) Estômago
g) Baço
h) Vesícula biliar
i) Ovário direito
j) Rim direito
k) Cólon ascendente
l) Duodeno
m) Intestino delgado (jejuno e íleo)
n) Coração
o) Fígado
p) Próstata
q) Útero
r) Pulmão esquerdo
s) Pâncreas (corpo e cauda)

Capítulo 3: Citologia

1) Definir célula:
2) Qual é a classificação da célula?
3) Qual é a estrutura básica de uma célula eucariota e procariota?
4) Definir organelas citoplasmáticas.
5) Cite as funções das organelas citoplasmáticas.
6) Qual é a função do núcleo celular?
7) Como é dividido o núcleo?
8) Defina nucléolo.
9) Citar as funções dos cromossomos e sua localização.
10) Citar as partes fundamentais da célula.
11) Citar a função da membrana plasmática.
12) Defina o que é cariolinfa.
13) Citar a função da carioteca.
14) Caracterize os diferentes processos de trocas entre o interior e o exterior da célula.
15) Diferencie fagocitose de pinocitose.
16) Desenhe uma célula eucariota animal e identifique as estruturas celulares.
17) Desenhe uma célula procariota e identifique as estruturas celulares.
18) Definir osmose e permeabilidade celular.

Capítulo 4: Histologia

1) Cite as características e funções do tecido epitelial.


2) Como se divide o tecido epitelial?
3) O que são mucosas e serosas? Dê exemplos.
4) Como é feita a classificação do tecido epitelial de revestimento de acordo com as
camadas das células?
5) Como é feita a classificação do tecido epitelial de acordo com a forma das células?
6) Que estruturas podem ocorrer na superfície livre das células epiteliais?
7) O que são glândulas?
8) Como se classificam as glândulas quanto ao destino da secreção?
9) Como se classificam as glândulas quanto ao tipo.

TECIDO CONJUNTIVO

1) Cite as características e funções do tecido conjuntivo.


2) Como se divide o tecido conjuntivo?
3) O que é tecido conjuntivo propriamente dito (T.C.P.D.)?
4) Cite os tipos de tecido conjuntivo quanto a quantidade de fibras e suas
características.
5) Cite e explique as principais células do T.C.P.D..
6) Quais são as principais funções do T.C.P.D.?
7) Quais são as fibras do tecido conjuntivo típico?
8) Defina S.F.A..
9) O que é tecido adiposo? O que são adipócitos?
10) Quais são as funções do tecido adiposo?
11) O que é tecido cartilaginoso?
12) Definir condroblasto e condrócito.
13) Qual é a classificação das cartilagens? Dê exemplos.
14) O que é tecido ósseo?
15) Quais as principais células do tecido ósseo?
16) Quais são as funções do tecido ósseo?
17) De que é constituído o tecido sanguíneo?
18) Quais são os elementos figurados do nosso sangue e suas respectivas funções?
19) Cite as funções do sangue.
20) Definir: leucocitose; leucopenia; leucemia e anemia.
21) Qual a função da hemoglobina em uma hemácia?
22) Por que a permanência prolongada em elevadas altitudes resultam em maior
produção de hemácias?

TECIDO MUSCULAR

1) O que é tecido muscular?


2) Quais são os tipos de tecido muscular?
3) Complete o quadro abaixo:

Características Tec. Musc. Estriado Tec. Musc. Estriado Tec. Muscular liso
esquelético cardíaco
Formas
Estrias transversais
Núcleos
Discos intercalares
Contração
Local onde é
encontrado

4) O que são actina e miosina?

TECIDO NERVOSO

1) O que é tecido nervoso?


2) Qual a função do tecido nervoso?
3) Defina:
a) Corpo celular:
b) Axônio:
c) Dendritos:
d) Células da neuróglia:
e) Sinapse:
4) O que são nervos?
5) Dê a classificação dos nervos quanto a posição.
6) Dê a classificação dos nervos quanto a condução de impulsos.
7) Cite as células da Glia.
8) O que são fibras aferentes e eferentes?

Capítulo 5: Sistema Ósseo

1) Qual a função do esqueleto.


2) Defina ossos longos, curtos, alongados, laminares, irregulares, pneumático e
sesamóide.
3) Defina substância óssea, compacta e periósteo.
4) O esqueleto pode se dividir em: axial e apendicular. Qual a composição dessa
divisão.
5) Qual a função da coluna vertebral.
6) Quantas vértebras possui coluna vertebral? Fale sobre sua divisão.
7) Defina atlas e áxis.
8) Para que serve o canal vertebral?
9) Qual a função dos discos intervertebrais?
10) O ser humano possui 12 costelas, quantas são verdadeiras, falsas e flutuantes.
11) Qual a diferença do esqueleto do homem para a mulher.
12) Descreva a constituição do sistema esquelético.
13) O que é um osso? Quais tecidos o constitue? Como se faz a nutrição?
14) O que é matriz óssea?
15) O que há no interior dos ossos?
16) Descreva as funções do esqueleto.
17) Quais são os tipos de esqueleto?
18) Como o esqueleto se divide?
19) Como é a feita a união entre o esqueleto axial e apendicular?
20) Quantos ossos existem no indíviduo adulto?
21) O que ossos longos? O que há de importante neles? Cite exemplos.
22) O que são ossos curtos? Cite exemplos.
23) O que são ossos laminares? Cite exemplos.
24) O que são ossos irregulares? Cite exemplos.
25) O que são ossos pneumáticos? Cite exemplos.
26) O que são ossos sesamóides? Cite exemplos.
27) Quais as diferenças entre o esqueleto masculino e feminino?
28) Desenhe o esqueleto humano.

Capítulo 6: Sistema Muscular

1) Qual a unidade funcional do sistema muscular ?


2) Para que a célula muscular possa apresentar respostas aos estímulo externos é
necessário que seja ativado um outro sistema do nosso corpo qual seria ele?
3) Descreva quais são os elementos que constituem o músculo e cite qual a função
que cada um deles desempenha. Ilustre-os.
4) Quais são os tipos de músculo existentes? Cite as diferenças entre eles e onde
são encontrados.
5) Faça uma ilustração dos músculos da face.
6) Quais são os músculos envolvidos no processo de mastigação? Cite a função de
cada.
7) Quais músculos estão presentes na região do pescoço e qual a função que eles
desempenham ?
8) Quais são os músculos presentes nos membros superiores? Cite a função de
cada.
9) Cite quais são os músculos do tronco e qual a função que eles desempenham?
10) Quais músculos estão presentes nos membros inferiores? Cite a função de cada.

Capítulo 7: Sistema Circulatório

1) Quais as estruturas formam o sistema circulatório?


2) Quais as funções do sistema circulatório?
3) O que é o sangue?
4) Quais as funções do sangue?
5) Qual a composição do sangue?
6) O que é pressão osmótica?
7) Quais são as proteínas do plasma? Qual a função de cada?
8) Quais são os glóbulos vermelhos do sangue?
9) Quais são os tipos sanguíneos existem?
10) Quais são os glóbulos brancos? Qual a função deles?
11) Como os glóbulos brancos são dividos?
12) Qual a função das plaquetas?
13) Explique a sequência de acontecimentos da cascata de coagulação.
14) Quais são as vias de circulação sanguíneas? Aponte as principais diferenças de
cada.
15) Explique como se dá a estrutura dos vasos sanguíneos?
16) O que é diapedese?
17) Quais as funções do coração?
18) Quais as estruturas formam o coração?
19) O que é sístole? E diástole?
20) Como é a estrutura cardíaca?
21) Como funciona a inervação do coração?
22) Explique o mecanismo da pequena e grande circulação.
23) Quais os componentes do sistema linfático? Qual a função desse sistema?
24) O que é linfa?
25) O que são linfonodos e quais as suas funções?
26) Desenhe o coração e suas as partes internas e externas descrevendo o nome das
estruturas.

Capítulo 8: Sistema Respiratório

1) Definir:
a) Inspiração:
b) Expiração:
c) Respiração:
2) Cite e defina os órgãos respiratórios.
3) Cite a importância das conchas nasais.
4) Cite as partes da faringe.
5) Cite as cartilagens da laringe.
6) Definir pleura.
7) Cite as diferenças do pulmão D e E.
8) Cite os músculos que participam da respiração.
9) Explique:
a) Ar circulante
b) Ar residual
c) Capacidade respiratória total
10) Explique os fenômenos mecânicos e químicos da respiração.
11) Explique o que é hematose e onde ocorre.
12) Definir:
a) Hemoglobina
b) Oxiemoglobina
c) Carboemoglobina
d) Eupneia
e) Apneia
f) Taquipneia
g) Bradipneia
h) Anóxia
i) Cianose
13) Definir frequência respiratória.

Capítulo 9: Sistema Digestivo

1) O que é digestão?
2) Quais as substâncias químicas que realizam a digestão das substâncias presentes
nos alimentos?
3) Quais as estruturas compõem o sistema digestivo?
4) Como é o tecido que reveste os órgãos do sistema digestivo? Descreva suas
características.
5) Quais as estruturas da boca são importantes no processo de digestão? Descreva
as características de cada.
6) Quais as papilas gustativas existem na língua? Descreva os gostos do paladar que
cada uma proporciona.
7) Descreva os tipos de dentes que existem e a função de cada uma. Quais as partes
de um dente?
8) Quais as funções das glândulas salivares? Quais glândulas existem?
9) Diferencie as três partes da faringe, dando as características de cada.
10) Como o esôfago participa no processo digestório?
11) Quais as funções do estômago? Faça um desenho esquemático diferenciando as
partes do estômago e os esfíncteres nele presentes.
12) O que é suco gástrico? Para que ele serve?
13) Descrevas as características de cada parte do intestino delgado, descrevendo a
função de cada.
14) Quais as porções do intestino grosso? Dê a função desse órgão.
15) Quais são os órgãos anexos do sistema digestivo. Dê a função de cada.
16) Quais as três partes formam o pâncreas? Qual substância esse órgão produz e
para que ela serve?
17) Descreva os caminhos (ductos) por onde passam o sulco pancreático até
chegarem no duodeno.
18) Como o pâncreas é dividido? Explique as substâncias produzidas por cada parte.
19) Quais as funções do fígado?
20) Quais as partes constituem o fígado? Quais vasos sanguíneos estão presentes em
sua estrutura?
21) Explique o caminho percorrido pela bile no fígado dando os nomes dos ductos.
22) O que é vesícula biliar? O que é bile qual a sua função?
23) O que é colecistite? Dê suas características.
24) Explique o funcionamento e a seqüência de como ocorre o processo digestório.
25) Explique como ocorre a absorção dos nutrientes no trato digestivo.
26) Descreva o que é digerido nas seguintes enzimas: amilase salivar, ptialina,
pepsina, lípase, renina, secretina, enteroquinase, tripsina, peptidase,
quimiotripsina.
27) Desenhe os órgãos do sistema digestivo e descreva as partes principais de cada.
28) Desenhe os órgãos anexos ao sistema digestivo e descreva as partes de cada.
29) Desenhe os ductos responsáveis pelo transporte da bile e suco pancreático.

Capítulo 10: Sistema Urinário

1) Qual a função do sistema urinário?


2) Quais são os componentes da urina?
3) Como o sistema urinário é dividido? Descreva quais as estruturas de cada.
4) Como o sistema urinário contribui para a homeostase?
5) Quais órgãos compõem o sistema urinário?
6) Onde os rins se localizam? Quais as suas características?
7) Quais as funções dos rins?
8) Qual a diferença entre o rim direito e o esquerdo?
9) O que compõe o hilo renal?
10) Descreva as características do córtex e da medula renal.
11) O que são néfrons?
12) Como o néfron é formado?
13) Onde se localizam as glândulas suprarrenais? Quais as suas características e
funções?
14) O que é produzido no córtex das glândulas adrenais? E na medula?
15) O que são ureteres? Para que eles servem?
16) Quais as duas porções do ureter? Com quais estruturas eles fazem comunicação?
17) Descreva as características da bexiga. Onde ela se localiza?
18) O que é trígono da bexiga? Quais orifícios se encontram nessa parte?
19) Como se dá a saída de urina da bexiga? Explique seu funcionamento.
20) O que é uretra? Qual a sua função?
21) Descreva as características da uretra feminina. E a masculina?
22) Como a uretra masculina é dividida?
23) Quais as principais diferenças da uretra feminina e masculina?
24) Explique o processo de filtração glomerular.
25) Como se dá a regulação da função renal?
26) O que é o cálculo renal? Quais as suas consequências?
27) Desenhe as estruturas que se pede, dando nome as principais estruturas:
a) Nefron;
b) Rim
c) Bexiga
d) Ureteres
e) Uretra feminina
f) Uretra masculina

Capítulo 11: Sistema Reprodutor Masculino

1) Quais os órgãos reprodutores masculinos externos? Dê as características e as


funções de cada.
2) Quais são os órgãos reprodutores masculinos internos? Dê as características e as
funções de cada.
3) O que é criptorquidia?
4) Qual o hormônio sexual masculino? Onde ele é produzido? Quais as suas
funções?
5) O que é vasectomia? Como ela é realizada?
6) Qual a função da próstata no sistema reprodutor masculino?
7) O que é o exame de toque masculino? Porque ele é indicado? Em que idade é
indicado?
8) Como ocorre a estimulação sexual do pênis. Explique a fisiologia.
9) Descreva as partes e divisões do pênis.
10) O que é circuncisão? Pra que ela serve?
11) O que é fimose?
12) Como a bolsa escrotal realiza o controle da temperatura?
13) Faça um desenho esquemático que demostre:
a) Órgãos reprodutores internos masculinos;
b) Órgãos reprodutores externos masculinos;
c) Partes e camadas do pênis interna e externa;
d) Partes e camadas dos testículos;
e) Espermatozoide e suas partes;
f) Partes da uretra;

Capítulo 12: Sistema Reprodutor Feminino

1) Quais os tipos de cromossomos existem no nosso organismo?


2) Diferencie a carga genética sexual do homem e da mulher.
3) Como o sistema reprodutor feminino é dividido? Quais órgãos compõem cada um.
4) Descreva as funções e as características de cada órgão do sistema reprodutor
feminino.
5) O que é laqueadura? Como é realizada?
6) Quais as partes do útero? E suas camadas?
7) O que é o Fundo do Saco de Douglas?
8) O que é o colo do útero?
9) Explique o processo de maturação do óvulo e a ovulação.
10) O que é síndrome do ovário policístico?
11) Onde ocorre a fecundação?
12) O que é hímen?
13) Quais os hormônios sexuais femininos? Onde eles são produzidos? Quais as suas
funções?
14) Faça um desenho esquemático que demostre:

a) Órgãos reprodutores internos femininos;


b) Órgãos reprodutores externos femininos;
c) Camadas e partes do útero;
d) Partes da tuba uterina;

Capítulo 13: Sistema Nervoso

1) Quais as funções do sistema nervoso?


2) Descreva as características da célula nervosa.
3) Quais os tipos de neurônios existem?
4) Faça um desenho esquemático mostrando a estrutura do neurônio.
5) Qual o sentido do fluxo da transmissão nervosa?
6) O que é sinapse? Quais as estruturas participam desse processo?
7) Quais os tipos de sinapses? Explique as diferenças entre elas.
8) Quais os principais neurotransmissores existem? Descreva as funções de cada.
9) Defina fibra, feixe e gânglio nervoso.
10) Diferencie substância cinzenta e branca.
11) Qual a constituição do arco reflexo? Caracterize cada.
12) Diferencie os tipos de neurônios presentes no arco reflexo.
13) Como o sistema nervoso é dividido?
14) Faça um esquema demostrando a divisão do sistema nervoso central.
15) Qual a constituição do sistema nervoso central.
16) Qual a constituição do encéfalo? Dê as suas características.
17) Como ocorre a divisão dos hemisférios cerebrais?
18) O que são sulcos cerebrais? E giros? Quais as suas funções?
19) O que são lobos cerebrais? Faça um desenho esquemático demonstrando a
localização de cada e a função de cada área.
20) Quais as estruturas compõem o diencéfalo? Quais as suas características e
funções?
21) O que é corpo caloso?
22) O que é o sistema límbico?
23) Quais as funções do cerebelo?
24) Quais as funções do tronco encefálico? Quais as estruturas o compõem?
Descreva as características de cada.
25) Descrevas as características e as funções da medula espinhal e faça um desenho
esquemático evidenciando as estruturas da mesma.
26) Quais as funções do sistema nervoso periférico? Como ele é dividido?
27) Como são divididos os nervos espinhais?
28) Qual a função do sistema nervoso autônomo e do somático?
29) Descreva o nome e as funções dos nervos cranianos.
30) Quais são os nervos cranianos sensitivos? E os motores? E os cranianos?
31) Como o sistema nervoso autônomo é dividido? Dê as funções de cada parte.
32) Diferencie a atuação do sistema nervoso simpático e parassimpático nas
diferentes estruturas do organismo humano.
33) Onde os gânglios nervosos do sistema nervoso periférico se situam? Quais as
suas funções e características?
34) Quais estruturas liberam adrenalina? E a acetilcolina?
35) Como se dá o controle da postura e do movimento corporal pelo sistema nervoso?
Explique.
36) Quais as funções dos impulsos nervosos emitidos pelo sistema nervoso no
controle do movimento e postura corporal?
37) O que é sistema piramidal? E extrapiramidal? Dê as características de cada.
38) Como é feita a proteção do SNC?
39) O que é meninge? Quais as camadas existem? Dê as características de cada.
40) O que é líquor? Qual a sua função? Explique como acontece a produção e a
circulação do líquor no sistema nervoso evidenciando as estruturas importantes
para esse mecanismo.

Capítulo 14: Sistema Sensorial

1) Defina sistema sensorial e descreva suas funções.


2) Quais são os sentidos do corpo humano?
3) Descreva quais órgãos exercem a função de cada sentido
4) Faça um desenho esquemático evidenciando as estruturas internas e externas
que compõem o olho humano.
5) Descreva as características de cada estrutura presente no olho humano.
6) Descreva as seguintes patologias relacionadas a visão: estrabismo,
hipermetropia, miopia e astigmatismo.
7) Quais são as alterações da pupila?
8) Como funciona o mecanismo da visão e formação da imagem?
9) Quais as estruturas que realizam a proteção dos olhos?
10) Descreva as funções e as características da língua.
11) Quais as partes da língua? Caracterize-as.
12) Descreva as estruturas que compõem o órgão responsável pelo olfato?
13) Como o ouvido é dividido? Quais as estruturas que compõem cada parte. Faça
um desenho esquemático mostrando as mesmas.
14) Descreva as características de cada estrutura do ouvido.
15) O que é labirinto? Qual a sua função?
16) Explique o processo da recepção do estímulo da audição.
17) Quais as características do tato humano?
18) Desenhe as camadas da pele.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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