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TÓPICOS E LIBRAS - AULA 5

ASPECTOS SOCIOLINGUISTICOS DA LINGUA DE SINAIS

OBJETIVOS DESSA AULA:

1. Identificar aspectos culturais relacionados ao sujeito surdo;


2. Reconhecer as diversas nuances da/na identificação cultural do sujeito surdo em sua comunidade
sinalizante e na sociedade em geral.

Ao analisarmos as características principais dos seres humanos, logo destacamos o fato de que o homem é
dotado de faculdade da linguagem. Isto o diferencie dos demais seres em função da complexidade dessa
faculdade em relação à de qualquer outro ser. Aquilo que chamamos de faculdade da linguagem diz respeito
a um sistema inato que, quando ativado, possibilidade o surgimento das diferentes línguas que conhecemos.

LÍNGUA E LINGUAGEM

Antes mesmo de falarmos pela primeira vez já possuímos, portanto, um sistema mental através do qual
estruturamos nosso pensamento, nosso conhecimento de mundo. Dessa forma, cada povo desenvolve uma
língua específica possibilitado pelas infinitas combinações permitidas pelas regras desse sistema inato. Isso
quer dizer que se uma criança nasce no Japão, a faculdade de aprender japonês é a mesma de uma criança
que nasce no Brasil. Apenas cada criança irá desenvolver a língua específica do meio em que vive.
Se buscarmos perguntar às pessoas mais próximas o que elas entendem por língua, poderemos encontrar
uma variedade de respostas que apontam para visões diferenciadas de língua. Cientificamente, também
diversas relações são estabelecidas.

LÍNGUA E SOCIEDADE

Podemos, por isso, estabelecer várias perspectivas para descrever a linguagem que privilegiam alguns de
seus aspectos, suas formas de manifestação etc. Podemos, por exemplo, pensar na língua como um meio de
comunicação, como uma estrutura, como um valor social, entre outras formas.
Nesta aula, ressaltamos os aspectos sociolinguísticos das línguas de sinais. Em outras palavras, fazemos
referência às relações entre linguagem e sociedade que podem nos ajudar a entender as línguas (de sinais)
como valores, produtos de um determinado grupo. Essas possíveis relações nos permitem levantar algumas
questões.

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Saiba mais sobre as línguas de sinais. Visite www.ethnologue.com e clique em Deaf Sign Language
(procure as línguas que são utilizadas no Brasil).
Visite o site http://www.acessobrasil.org.br/libras/ e aprofunde o seu vocabulário.

TÓPICOS EM LIBRAS - AULA 02


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ESPECIFICIDADES DA LÍNGUA DE SINAIS E OS PARÂMETROS QUE REGEM A FORMAÇÃO DE SINAIS
E O USO DA LIBRAS

OBJETIVOS DESSA AULA:

1. Reconhecer as características básicas da língua de sinais;


2. Identificar aspectos relacionados à gramática no que se refere à LIBRAS;
3. Descrever os parâmetros básicos de combinação para a língua de sinais.

O QUE VOCÊ ENTENDE POR GRAMÁTICA?

Quando relembramos nossos tempos de colégio, nos vêm à mente as aulas de língua portuguesa e as
“chatices” (pelo menos para a maioria) das regras gramaticais. Colocação pronominal, predicativo do sujeito,
oração subordinada substantiva objetiva direta etc. Isso porque entendemos (ou nos foi assim ensinado) que
a gramática reduz-se à ideia de “um livro em que se expõem as normas de uso de uma determinada língua”.

Mas não é bem assim...

Sem maiores aprofundamentos, podemos entender gramática no contexto da capacidade lingüística:


todo ser humano é dotado de capacidade linguística. Em segundo lugar, há que se pensar em
gramática como um sistema, mentalmente compartilhado entre os usuários de uma língua, cujo
funcionamento e estrutura não dependem de uma educação formal para serem aprendidos. Isto
equivale a dizer, por exemplo, que qualquer falante, mesmo alguém considerado analfabeto, possui
uma gramática (um conjunto de regras em sua mente), a qual aprendeu no convívio com a sua
comunidade lingüística.

Acompanhe a história de uma criança de 3 anos que ainda não foi alfabetizada, e só teve contato com a
língua portuguesa através da interação com os pais e com outros parentes. Ao final, iremos fazer uma
pergunta para você responder. Vamos começar?

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SIM, realmente ela usou parte do sistema lingüístico (a distinção entre gêneros masculino e feminino), que é
um recurso gramatical acionando pela capacidade lingüística. Ainda que tal palavra não exista na língua
portuguesa, o fato de ela ter assim pronunciado demonstra que ela soube distinguir masculino de feminino e
soube adaptar o recurso morfológico (a letra “o”, modelo para a formação do gênero masculino na língua
portuguesa) em sua construção.

E A LÍNGUA DE SINAIS?

A língua de sinais, a exemplo de qualquer língua oral, tem uma gramática própria, constituída por um conjunto
de regras presente na mente dos seus usuários. Poderemos ter a tendência a acreditar que a língua de sinais
seja uma espécie de “língua oral sinalizada”. Em conseqüência disso, acabaremos acreditando que o léxico
(dicionário mental), os aspectos sintáticos, semânticos, pragmáticos e quirológicos (*) da LIBRAS constituem
um emaranhado de sinais, aleatoriamente utilizados, que mais pareceriam uma língua oral mal falada.

(*) QUIROLÓGICO: Refere-se à comunicação através de sinais feitos com os dedos.

Por isso, podemos afirmar que os surdos, como qualquer ouvinte, possuem uma língua, na medida em
que, dotados desta capacidade lingüística, decodificam logicamente o mundo, organizando-o em suas
mentes, através dos recursos físicos e mentais dos quais dispõem. Assim, sua capacidade lingüística
exterioriza-se, formando uma língua específica que, ao invés de sinais orais e auditivos, usa sinais
espaciais e visuais, valendo-se do pleno funcionamento de sua visão, de suas mãos e do restante do corpo
como um todo.

BASTA APRENDER OS SINAIS QUE JÁ ESTAMOS NOS COMUNICANDO?

Na LIBRAS, os níveis de descrição da


língua são os já conhecidos sintático,
semântico, pragmático. Em função da
língua de sinais usar as mãos como
principal canal de manifestação, temos
ainda o nível quirológico que diz respeito
justamente ao aspecto manual em si.

Desfazendo mitos...

A língua de sinais não é uma língua


universal, conforme muitos pensam. Cada
país tem a sua própria língua de sinais.
Além disso, há variações regionais dentro
de cada país. Assim, podemos citar: a ASL
(American Sign Language), a LSF (língua
de sinais francesa), a Língua de Sinais
Urubu Kaapor (Maranhão, Brasil) etc.

COMEÇANDO A COMEÇAR...
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Uma boa descrição da língua de sinais não pode ser feita, naturalmente, a partir da mesma lógica utilizada
para a descrição de línguas orais. Afinal, a modalidade lingüística é totalmente diferente. No entanto,
existem parâmetros que regem o uso da língua de sinais.
Costuma-se apresentar cinco parâmetros que possibilitam entender a formação dos sinais e as bases para os
seus usos durante a produção discursiva. Vamos conhecer esses parâmetros?

Assim, percebeu-se que um sinal é produzido a partir da combinação de elementos espaciais, visuais e
motores que determinam o lugar onde as mãos devem estar na hora da produção do sinal, como as mãos
devem estar configuradas, para que direção elas devem estar apontando, se devem ou não estar se
movimentando e como deve ser feito este movimento. Além disso, é preciso considerar a posição do corpo
e a expressão facial que acompanham a produção desse sinal para que ele seja plenamente entendido em
seu contexto de produção.

COMBINAÇÕES QUE CONSTITUEM OS PARÂMETROS DA LIBRAS.

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Informação Cultural (IC): Se repararmos bem, o sinal de “Como vai você?” tem escrito ao lado:
“Saúde B-E-M”. Isso porque tal forma de construir a frase é pragmática; dizer Saúde B-E-M em Libras
equivale a perguntar Como vai você? em português.

Informação Linguística (IL): algumas palavras podem ser sinalizadas de forma diferente, dependendo de
alguns aspectos (como a pessoa que sinaliza, por exemplo). É o caso da palavra MÃE que, se sinalizada por
uma criança, terá um sinal; se sinalizada por um adulto, será outro.

TÓPICOS EM LIBRAS - AULA 03


POLÍTICAS LINGUISTICAS E EDUCACIONAIS

OBJETIVOS DESSA AULA:

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1. Reconhecer a necessidade de políticas inclusivas relacionadas à surdez;
2. Identificar aspectos relacionados ao preconceito na implementação de políticas linguísticas e educacionais;
3. Perceber como a palavra deficiente não se adequa à identidade do surdo.

Nesta aula, convidamos você a conhecer e a refletir sobre a existência e sobre a necessidade de constante
formulação e reformulação de políticas linguísticas e educacionais. Discriminar, excluir indivíduos ou grupos
em função de determinados usos da linguagem ou em nome da preservação de certas identidades: essas são
questões que vêm emergindo em polêmicas geradas na atualidade. Tais questões trazem para o centro das
discussões a vida política da linguagem e o caráter ético inerente aos estudos científicos da linguagem, suas
aplicações políticas e educacionais.

IINCLUSÃO OU PRECONCEITO?

Parece oportuno pensar em que medida políticas (educacionais, linguísticas...), no afã de defender minorias
linguísticas e preservar a língua, podem ser transformar em práticas sutis de preconceito. Afinal, políticas
linguísticas e políticas de línguas, expressas em leis, projetos de lei e outros tipos documentos oficiais,
refletem contextos sócios históricos e servem não apenas como dado, mas também como pano de fundo para
uma discussão sobre o preconceito no contexto brasileiro.

Não é raro detectar, tanto nos discursos sobre o direito à diferença quanto naqueles que procuram proteger
grupos sociais, atitudes preconceituosas e certa crença de estarem os seus propositores investidos de
autoridade suficiente para avaliar o grau e intensidade do problema do outro. Uma atitude que implicitamente
reforça aquelas ideias contra as quais o próprio grupo parece lutar.

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PERSPECTIVAS DE POLÍTICA LINGÜÍSTICA NA SOCIEDADE

Essas são questões que auxiliam a estudar políticas linguísticas sob o ponto de vista das relações entre
sujeito e sociedade na pós-modernidade. Daí, uma discussão sobre a dimensão ética das políticas. É preciso
perceber que as políticas também nomeiam e categorizam indivíduos a partir de determinado ponto de vista.

Pretende-se, na perspectiva das políticas linguísticas, uma ética que ultrapasse a ideia humanitária dos
direitos humanos e dos direitos linguísticos e que permita superar o dualismo do sujeito-ético como vítima e
sujeito ético como piedoso (cf. Chauí, 1999). Em outras palavras, a proposição de políticas linguísticas será
eticamente efetiva se acompanhada de ações propositivas em torno do sujeito e da sociedade. Se, ao
contrário, decorrer tão somente de consenso sobre a injustiça e preconceito, poderá representar apenas uma
forma de “acalmar a consciência”. Muito mais uma forma de “redimir-se de pecados”, de autopunição do que
de construir e de viver uma sociedade justa.

Em termos da atuação pedagógica, é bom pensar sobre a necessidade de se estabelecer um olhar sobre os
aprendizes que ultrapasse qualquer tipo de hierarquização. Interessa reconhecer a existência de alunos,
pesquisadores, sujeitos que não podem se eximir nem serem eximidos de suas responsabilidades, nem
privados de seus direitos. Nesse sentido, deixa-se de lado a lógica de “atendimento ao aluno” e se passa à
lógica e à dinâmica de extração e ampliação de suas potencialidades.

Nesse contexto não existiria “o surdo”, “o deficiente”. O problema está em não nos deixarmos levar uma
identificação do sujeito feita a partir de uma “deficiência”. Seria negar a surdez enquanto único fator
preponderante para identificar um sujeito. O sujeito surdo não é constituído única e exclusivamente de sua
surdez, enquanto fato físico. Há milhões de outras facetas nesse sujeito para as quais frequentemente não se
busca olhar.

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