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Karl Marx encara a relação entre o trabalhador e seu produto final como princípio
da alienação, uma vez que “o trabalhador relaciona-se com o produto do seu
trabalho como algo alheio a ele”. Dessa forma, Marx aborda 3 fatos da alienação
na sociedade capitalista:
1) o trabalhador é alienado em relação às coisas;
2) o trabalhador é alienado em relação a si mesmo;
3) o trabalho deixa de ser livre e passa a ser unicamente meio para que o
trabalhador sobreviva.
Segundo o autor, o que o trabalhador produz para si mesmo é o salário, sendo
este necessário para manter o operário quanto às suas necessidades de
sobrevivência, pois “o homem, enquanto homem (...) necessita mais do dinheiro
para apoderar-se do ser inimigo”. Em contrapartida, os grupos dominantes
dependem da força de trabalho dos produtores para movimentar seu capital e
ampliar suas riquezas. Assim, a multiplicação das tarefas – resultado da união
do trabalho de distintos empregados - se torna mais necessária na sociedade
capitalista, gerando a divisão de trabalho.
Outro aspecto relevante na visão de Marx sobre a alienação na sociedade
capitalista diz respeito ao valor dado ao produto desprezando seu processo
produtivo, atribuindo a ele um custo descabido e lhe imputando uma
característica personificada, o chamado caráter fetichista de mercadoria que, por
definição do autor, consiste “no fato de que a mercadoria reflete aos homens as
características sociais do seu próprio trabalho como características objetivas dos
próprios produtos de trabalho, como propriedades naturais dessas coisas e, por
isso, também reflete a relação social dos produtores com o trabalho total como
uma relação social existente fora deles” (MARX; 1988, p. 71).
Por fim, a sociedade ideal que extingue a alienação do trabalhador é, para Marx,
uma que apresente uma relação afável entre o homem e natureza de modo que
o empregado realize suas funções de acordo com suas vontades, sem sofrer
pressão de grupos dominantes e assumindo o destino da produção.
REVOLUÇÃO