Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
Resumo
Abstract
The article presents a literature search through the history of women through insertion in the
labor market, specifically in Brazil. It presents the main struggles unleashed by women in
quest for equal rights and freedom of choice. It is understood
that the social role assigned to woman deserves a critical reflection
assume that this should be given the power of choice as well as is apportioned to the male
gender. The power is here refers to be emotionally independent and decide how she wants
to live.
1
Primeiras Palavras
2
de desvantagem, principalmente no que se refere à desigualdade salarial e ao
preconceito por ser considerado sexo frágil.
A partir dessa idéia introdutória, o presente artigo tem como objetivo fazer uma
retrospectiva histórica da mulher no mercado de trabalho: as dificuldades
enfrentadas, preconceitos e, ao mesmo tempo, promover a conscientização sobre as
evoluções já conquistadas pela mulher no mercado de trabalho.
3
masculino, com salários menores. A remuneração do trabalho exercido pelas
mulheres era muito inferior ao dos homens o que fez com que surgissem no século
XIX lutas femininas por melhores condições de trabalho, alguns movimentos
reivindicando direitos trabalhistas, igualdade de jornadas de trabalho e direito ao
voto.
No século XX, as mulheres começaram a entrar nas profissões que exigem
formação intelectualizada. Elas, porém, ainda estão em desvantagem em diversos
aspectos e não são representadas na proporção adequada de chefia e, embora seja
crescente, ainda não é maioria em cargos políticos e militares. Segundo Bruschini
(1998), as ocupações menos valorizadas e tradicionalmente femininas no mercado
de trabalho continuam se reproduzindo, implicando a persistência de núcleos
ocupacionais, como por exemplo, o emprego doméstico.
Deve-se salientar que o aumento de ocupações precárias tem ajudado
também a absorver uma grande parcela de homens, acarretando uma redução da
segmentação por gêneros. Assim, as diferenças entre trabalho masculino e
feminino vão diminuindo, não só pela capacidade das mulheres de entrarem no
mercado antes exclusivo para os homens, mas pela redução deste último e pela
participação conjunta de ambos os sexos no mercado de trabalho. A inserção
feminina no mercado de trabalho provocou alterações significativas e esse processo
social adquiriu uma dimensão estrutural no mundo contemporâneo. (LEONE, 2003).
4
Na indústria, a participação das mulheres também era significativa, sobretudo
nas regiões que sofriam maior influência do processo de modernização − como São
Paulo, em 1920, onde elas representavam 29% do total de trabalhadores da
indústria e, especificamente, no ramo têxtil, sua atuação era superior à masculina,
perfazendo 58%. No Rio de Janeiro, a força de trabalho feminina representava 27%
dos trabalhadores de todos os ramos industriais, 39% no ramo têxtil (BATALHA,
2000).
Segundo Pochmann (2002), a partir da revolução de 1930, a Era dos direitos
trabalhistas começaria através do Presidente e ditador Getúlio Vargas. Este trouxe
iniciativas determinantes para reestruturação do mercado de trabalho no Brasil, bem
como, contribuições para ampliação de postos de trabalho formais e a redução do
desemprego e da informalidade. Através de um estudo do trabalho feminino feito
pelo ministro Lindolfo Collor, foi expedito o decreto nº 24.417- A de maio de 1930, a
primeira lei que versava sobre a situação da mulher no trabalho.
Após a década de 1940 que trouxe consigo o inicio do processo de
industrialização e expansão das indústrias siderúrgicas, petrolíferas, química,
farmacêutica e automobilística; houve um crescimento da incorporação da força de
trabalho feminino no mercado de trabalho, havendo uma diversificação do tipo de
ocupações assumidas pelas mulheres.
Segundo Bessa (1996) foi na década de 1970 que a mulher passou a
ingressar de forma mais acentuada no mercado de trabalho. A mulher ainda
ocupava as atividades relacionadas aos serviços de cuidar (nos hospitais a maioria
das mulheres são enfermeiras e atendentes, são professoras e educadoras em
creches), serviços domésticos (ser doméstica), comerciárias e uma pequena
parcela na indústria e na agricultura.
No final dos anos 1970 surgem movimentos sindicais e movimentos
feministas no Brasil que trouxeram mudanças de valores culturais e sócias em
relação à mulher e suas ocupações (BRUSCHINI, 1996). A desigualdade de classes
uniu os dois sexos na luta por melhores condições de vida e o movimento sindical
começou a assumir a luta pelos direitos da mulher.
A partir de 1980, nasce a CUT (Central Única dos Trabalhadores) e a
bandeira das mulheres ganhou mais força e visibilidade dentro dos movimentos
5
sindicais. Com isso ainda na mesma data, nasce a Comissão Nacional da Mulher
Trabalhadora, que luta pela democratização das relações de gêneros e igualdade
jurídica. O mercado de trabalho brasileiro passa a apresentar características
distintas do padrão até então estabelecido após a década de 1930. Com as
mudanças ocorridas no mundo do trabalho e na economia mundial e brasileira, a
partir desse período, a dinâmica de crescimento do emprego formal é interrompida
e o mercado de trabalho no Brasil passa a apresentar novas características. O
homem deixou de ser o chefe da família e a mulher passou a ser considerada um
ser tão capaz quanto o homem (BESSA, 1996).
Para as mulheres, a década de 90 foi marcada pelo fortalecimento de sua
participação no mercado de trabalho e o aumento da responsabilidade no comando
das famílias. A mulher, que representa a maior parcela da população, viu aumentar
seu poder aquisitivo, o nível de escolaridade e conseguiu reduzir a defasagem
salarial que ainda existe em relação aos homens (BESSA, 1996).
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2011) divulgou dois
estudos com o balanço dos ganhos e as dificuldades enfrentadas pelas brasileiras
ao longo dos anos 90 no mercado de trabalho. A renda média das trabalhadoras
passou de R$ 281,00 para R$ 410,00. As famílias comandadas por mulheres
passaram de 18% do total para 25%. A média de escolaridade dessas “chefes de
família” aumentou em um ano de 4,4 para 5,6 anos de estudos. A média salarial
passou de R$ 365 para R$ 591 em 2000.
Atualmente, o perfil das mulheres é diferente do apresentado no começo do
século, pois, além de trabalhar e ocupar cargos de responsabilidade assim como os
homens, ela ainda realiza outros papéis tradicionais, como a de ser mãe, esposa e
dona de casa. De acordo com Luca (2001), A mulher está cada vez mais assumindo
cargos estratégicos nas organizações, além de atuar como administradora do lar e
educadora dos seus filhos. É constante o crescimento da participação da mulher em
altos cargos nas empresas, na política e outras ocupações consideradas
“masculinas”, embora ainda existam barreiras resultantes do preconceito.
Um olhar atento sobre o comportamento da força de trabalho feminina no
Brasil aponta para uma história de lutas e conquistas que ainda está em processo,
são ganhos e perdas que se misturam a papéis tradicionais e modelos requisitados
6
pelo mercado de trabalho que, muitas vezes, na prática,se mostram contraditórios e
quase impossíveis de serem exercidos concomitantemente de forma saudável.
7
desta forma assegurar reformas trabalhistas e para que estruturas de gênero
possam ser mais equilibradas.
É importante nos tornarmos conscientes da proporção dessa evolução. Isso
porque a falta de consciência sobre o que representam os avanços sociais e
jurídicos em relação à mulher desvaloriza estas conquistas (FREITAS, 2008). A
Presidenta eleita Dilma Rousseff, primeira mulher a governar nosso país é mais um
exemplo de evolução e poder feminino. Esta enfrentará um desafio importante e traz
uma nova mensagem de superação: a da desigualdade de gênero: “Hoje, cada pai e
cada mãe pode olhar nos olhos de sua filha e dizer: sim, você pode!” (DISCURSO,
2011).
Considerações finais
8
Apesar dos problemas enfrentados, é fato que a sociedade evoluiu e a
posição de submissão da mulher está ficando para trás. Saímos de uma extrema
valorização da figura masculina na vida de uma mulher, dando lugar a uma nova
forma de ser e viver. Hoje, a mulher tem esse poder de escolha, sem deixar de ter a
consciência de seus direitos e deveres como cidadã.
Acredito que o triunfo em relação à mulher e seu poder (este que vai além da
hierarquia), se refere ao “poder” de ser independente social e emocionalmente, de
ter a liberdade de escolher como quer viver, trabalhar, estar e ser. Saindo das
provações machistas e tendo a simples liberdade de ser quem é: ser mulher.
Referências
9
PRIORE, Del Mary. Histórias das mulheres no Brasil. Contexto. São Paulo, 2000
10