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A revolução brasileira de 2018:

A influência potencial da Operação Lava Jato na eleição presidencial de 2018

Nathan Hogan
PORT 323R
Liége Pradera
15 de março de 2017
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Introdução

No dia 31 de agosto de 2016, o Senado Federal do Brasil votou para afastar a presidente

Dilma Rousseff da presidência, por crimes de responsabilidade em conexão ao escândalo de

Petrobras. A corrupção que foi descoberta pelas investigações da Operação Lava Jato tem

abalado o sistema político do Brasil. Muitos outros políticos atuais estão sendo investigados, e o

futuro político do Brasil está incerto. O governo do ex-vice-presidente Michel Temer, que se

tornou presidente depois do afastamento, é extremamente impopular. Uma porcentagem de 44,1

da população brasileira tem uma percepção negativa do governo Temer (Confederação Nacional

Do Transporte 10). Muitos acham que ele também estava envolvido na corrupção. Temer já disse

que não vai se candidatar à presidência em 2018, então o Brasil vai ter a oportunidade de eleger

um novo líder. A desilusão provocada pelas investigações da Operação Lava Jato vai

comprometer os políticos e partidos tradicionais, e motivar o eleitorado brasileiro a eleger um

candidato não tradicional, que está contra o governo atual, como Marina Silva ou Jair Bolsonaro.

O efeito da Operação Lava Jato nos partidos e candidatos tradicionais

Lula Inácio Lula da Silva e o PT

Primeiro, a Operação Lava Jato destruiu a credibilidade dos partidos tradicionais.

O Partido dos Trabalhadores (PT), é o partido tradicional de esquerda, e era um dos maiores e

mais importantes movimentos socialistas da América Latina. O PT consolidou seu poder com a

eleição de Luiz Inácio Lula da Silva à presidência em 2003. Lula presidiu durante uma época

bem sucedida, quando a economia brasileira cresceu, e o país industrializou-se. De acordo com o

Banco Mundial, 26 milhões de brasileiros saíram da pobreza durante sua presidência. (Banco

Mundial 1). O PT controlou o poder executivo brasileiro até 2016. Portanto, com o

descobrimento da corrupção do governo PT durante as investigações da Operação Lava Jato, a


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Dilma e o PT foram afastados do governo. Apesar disso, o PT e Lula ainda têm o apoio de uma

grande parte da população brasileira, então tem uma chance de ganhar a eleição presidencial de

2018. O ex-presidente Lula indicou que se for necessário, ele se candidataria à presidência em

2018 (Sarmento 1). Também, Lula ganhou 30,5 por cento do voto numa pesquisa preliminar

relacionada à eleição (Confederação Nacional Do Transporte 10). Mesmo que seja muito

popular, há evidência que Lula estava envolvido no escândalo de Petrobras. Ele está sendo

investigado pela justiça no Tribunal Regional Federal da 4ª Região. Em dezembro de 2016, Lula

foi denunciado pela quarta vez à justiça. De acordo com as investigações da Operação Lava Jato,

a construtora Odebrecht gastou R$ 12 milhões para construir o Instituto Lula, uma organização

sem fins lucros, que Lula fundou para desenvolver relações entre o Brasil e outras nações. Muito

desse dinheiro foi usado como propina, e uma segunda empresa foi usada para ocultar a presença

da propina. A investigação ainda mostrou que o dinheiro também foi usado para comprar um

apartamento em São Bernardo, e a ex-primeira-dama Marisa Letícia assinou o contrato de

aluguel (Boghossian e Coutinho 2). De acordo com essa evidência, é muito provável que Lula

tenha participado na corrupção. Uma pesquisa recente mostrou que a metade dos brasileiros

responderam que nunca votariam em Lula, se ele candidatar-se em 2018 (Sarmento 1). Por causa

de seu provável envolvimento na corrupção, seria muito difícil para Lula e o PT ganharem a

eleição de 2018.

Aécio Neves e o PSDB

O Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), é o partido tradicional da direita.

Mesmo que o PSDB não fez parte do governo de Dilma, seus líderes também foram prejudicados

pela Operação Lava Jato. Aécio Neves é o ex-governador de Minas Gerais, e o presidente atual

do PSDB. Ele foi o candidato do PSDB na a eleição geral de 2014, mas perdeu para Dilma na
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eleição mais disputada da história do Brasil. Ele é o candidato mais forte e popular do PSDB

para a eleição de 2018. Portanto, há evidencia que ele também é corrupto. De acordo com as

delações do ex-presidente da Odebrecht, Aécio cobrou uma propina de 3 por cento das obras no

processo da construção da Cidade Administrativa do governo Mineiro, quando ele era

governador do estado. Inaugurado em 2010, a Cidade Administrativa custou um total de R$ 1,3

bilhão, um número superfaturado. O ex-presidente da Odebrecht disse que Aécio estava

envolvido no processo de decidir quais empresas participaram no processo de licitação para a

construção (Dias 1). Além de ser citado nas delações da Operação Lava Jato, a popularidade de

Aécio está enfraquecendo. Uma pesquisa em relação a eleição de 2018, feito em fevereiro de

2017, achou que só 10,1 por cento das pessoas votariam no Aécio. Esse número é menor que

uma outra pesquisa, feita em outubro de 2016, que previu que Aécio ganharia 15,7 por cento do

voto (Confederação Nacional Do Transporte 10).

A ascensão dos candidatos novos

Marina Silva

As acusações contra os partidos tradicionais estão causando os brasileiros a perder a

confiança nos políticos atuais. Nas eleições municiais de 2016, o PT perdeu controle do governo

da cidade São Paulo, e só ganhou o voto em um capital dos 26. O PSDB só ganhou em sete

capitais (Rede Brasil Nacional 1). Essa desconfiança que os brasileiros têm nos partidos

tradicionais, é evidencia que vão votar em um candidato que não é um político tradicional, que

vai prometer a mudar a situação atual. Uma desses candidatos é Marina Silva. Ela é ex-senadora

do estado de Acre. Ela cresceu numa família pobre de borracheiros, e só aprendeu a ler com 16

anos de idade. Começou a sua carreira política participando nas demonstrações contra a

deflorestação da Floresta Amazônica com Chico Mendes, e se tornou uma figura central do
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movimento ambientalista no Brasil. Ela se filiou com o PT, e foi eleita ao seu primeiro cargo

público em 1988, como vereadora do Rio Branco. Ela foi eleita deputada estadual na eleição de

1990, e foi eleita senadora em 1994. Em 2003, ela foi nomeada como Ministra do Meio

Ambiente no governo de Presidente Lula, e ficou nessa posição até 2008. Depois de sair desse

cargo, ela saiu do PT, e se candidatou nas eleições de 2010 e 2014 contra Dilma. Marina ganhou

21,32 por cento do voto na eleição presidencial de 2014 (Phillips 1). Em 2015, ela fundou um

novo partido, se chama Rede Sustentabilidade (REDE). De acordo com seu manifesto, o

propósito do partido é “superar o monopólio partidário da representação política institucional,

intensificar e melhorar a qualidade da democracia no Brasil e atuar politicamente para prover

todos os meios necessários à efetiva participação dos brasileiros e brasileiras nos processos

decisórios da nação” (Somos a REDE 1). Por causa de sua origem humilde, Marina atrai o apoio

da classe baixa. Sua propósito de mudar a situação política atual do Brasil também atrai os que

são desiludidos com os problemas do PT e o PSDB, e a corrupção dos políticos tradicionais

desmascarada pela Operação Lava Jato. Na pesquisa das opiniões sobre a eleição de 2018, feita

em fevereiro de 2017, Marina ficou em segundo lugar, depois de Lula. Ela ganhou 11,8 por cento

do voto (Confederação Nacional Do Transporte 10). Por causa de sua posição como política não

tradicional, e sua promessa de mudar o sistema político brasileiro, Marina Silva tem um

potencial grande de ter sucesso na eleição presidencial de 2018.

Jair Bolsonaro

Um outro político não tradicional, que tem a potencial de ganhar a eleição de 2018, é Jair

Bolsonaro. Ele é deputado federal do estado do Rio de Janeiro. Ele é um militar da reserva, e é

conhecido por suas posições nacionalistas e conservadoras. Por exemple, ele faz comentários

contra os direitos LGBT, os direitos femininos, e as leis que favorecem imigrantes e minorias.
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Um de seus comentários mais famosos foi quando ele disse que não estupraria Maria do Rosário,

uma outra deputada federal, que estava discursando na Câmara contra os crimes cometidos

durante a ditadura militar, porque “ela não merecia” (Terra 1). Apesar desses comentários,

Bolsonaro está ganhando apoio dos brasileiros mais socialmente conservadores. Também,

Bolsonaro apela para aqueles que são desiludidos com a situação atual do governo. Bolsonaro

conduziu várias demonstrações contra o governo em 2016, e sua popularidade está crescendo.

Em outubro de 2016, a pesquisa em relação da eleição de 2018, mostrou que Bolsonaro receberia

6,5 por cento do voto. Em fevereiro de 2017, a mesma pesquisa mostrou que Bolsonaro receberia

11,3 por cento dos votos, saindo em terceiro lugar, depois de Lula e Marina. Seu apoio quase

dobrou nos quatro meses entre as duas pesquisas (Confederação Nacional Do Transporte 10). Por

causa de sua posição conservadora e oposição ao governo atual, a popularidade de Jair Bolsonaro

está crescendo, e ele tem a potencial de ter sucesso na eleição de 2018.

Conclusão

Em conclusão, a desilusão provocada pelas investigações da Operação Lava Jato

comprometeu os políticos atuais e seus partidos tradicionais. Essa desilusão está gerando um

novo movimento no Brasil, que favorece os candidatos não tradicionais. Um candidato como

Marina Silva ou Jair Bolsonaro está posicionado para receber muitos votos, e até ganhar a

eleição de 2018. O Brasil está passando por um época tumultuosa, e a eleição presidencial de

2018 vai determinar o futuro do pais, que precisa de um bom líder. Tomara que o eleitorado

brasileiro faça uma boa escolha.


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