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JOÃO PESSOA
2016
JULIANA RODRIGUES DE MIRANDA
JOÃO PESSOA
2016
SUMÁRIO
1 APRESENTAÇÃO..................................................................................................04
2 PROBLEMATIZAÇÃO............................................................................................04
3 JUSTIFICATIVA......................................................................................................06
4 OBJETIVOS............................................................................................................07
4.1 OBJETIVO GERAL...............................................................................................07
4.2 OBJETIVOS ESPECIFICOS................................................................................07
5 OBJETO DE ESTUDO............................................................................................08
5.1 A TRAJETÓRIA DO HOMOSSEXUAL NO CINEMA BRASILEIRO.....................08
5.2 A TEORIA QUEER E O BINARISMO DE GÊNERO NA MÍDIA
CINEMATOGRÁFICA.................................................................................................10
5.3 ESTEREÓTIPOS E A MANUTENÇÃO DO CONSERVADORISMO BRASILEIRO
....................................................................................................................................12
6 PROCEDIMENTO METODOLÓGICO....................................................................14
7 CRONOGRAMA......................................................................................................13
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................................................15
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1 APRESENTAÇÃO
2 PROBLEMATIZAÇÃO
3 JUSTIFICATIVA
O fato é que existe uma necessidade urgente de lidar de uma maneira menos
comercial e mais realista e honesta com a homossexualidade na ficção, tal qual é
possível ver em filmes como Madame Satã (2001) de Karim Aïnouz, Hoje Eu Quero
Voltar Sozinho (2014) de Daniel Ribeiro de modo a utilizar tais mecanismos para
extinguir preconceitos institucionalizados e reconhecer a igualdade sexual e de
gênero, tanto no âmbito pessoal, quanto no social.
4 OBJETIVOS
5 OBJETO DE ESTUDO
O segundo período, iniciado nos anos 60 foi marcado por uma maior leva de
filmes que abordaram o assunto, mas mesmo assim sem centraliza-lo. Temos como
exemplo um dos primeiros filmes brasileiros que sugere a existência de um
personagem homossexual assumido dado como evidência o seu contexto, O
Menino e o Vento (1966) de Carlos Hugo Christensen que conta a história de um
homem (Ênio Gonçalves) acusado de ter assassinado um adolescente (Luis
Fernando Ianelli) com quem mantinha uma misteriosa amizade íntima que era má
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vista pela população da cidade. O terceiro período, iniciado nos anos 70 é onde
ocorre o boom ao redor da temática, porém, é nesse mesmo período que surge o
modelo do “homossexual padrão” retradado como a “bicha louca”.
No terceiro período, entre 1970 e 1979 foram lançados aproximadamente
sessenta filmes, e já nos anos 80, foram em torno de quarenta e quatro, segundo o
levantamento feito por Moreno. Temos vários títulos que, hoje em dia, são
considerados filmes cults pelos fãs de cinema, como por exemplo, Rainha Diaba
(1974) de Antônio Carlos da Fontoura; O Casamento (1975) de Arnaldo Jabor; Nos
Embalos de Ipanema (1978) de Antônio Calmon; Giselle (1980) de Victor di Mello;
Pixote (1980) de Hector Babenco; O Beijo no Asfalto (1980) de Bruno Barreto; O
Beijo da Mulher-Aranha (1985) de Hector Babenco e inúmeros outros.
Todos esses títulos e produções araram terreno para a enorme quantidade de
filmes sobre esse tema que são produzidos nos dias de hoje. Fora das grandes
produções existe a vertente dos filmes independentes. Tais filmes abordam o tema
de uma maneira mais séria, explorando a psique da personagem e tratando a
realidade crua tal como é. No início do século XX começaram a criar espaço e
ganhar público e notoriedade; temos como exemplo, Madame Satã (2002) e Praia
do Futuro (2014) ambos de Karim Aïnouz; Do Começo ao Fim (2009) de Aluísio
Abranches; Elvis e Madona (2010) de Marcelo Laffite; Flores Raras (2013) de
Bruo Barreto; Hoje Eu Quero Voltar Sozinho (2014) de Daniel Ribeiro; e o
premiado Tatuagem (2013) de Hilton Lacerda, que foi eleito o melhor filme pelo
Festival de Cinema de Gramado em 2013.3
Até meados dos anos 90 o termo “queer” era na melhor das hipóteses usado
como uma gíria pela comunidade LGBT, e na pior delas, um termo pejorativo
utilizado para atacar os homossexuais pelas vertentes mais conservadoras da
sociedade americana. Esse termo, que “pode ser traduzido por estranho, talvez
ridículo, excêntrico, raro, extraordinário” (LOURO, 2004, p. 38), foi incorporado e
apropriado de uma forma positiva pelo meio acadêmico norte-americano que passou
Com isso dito, temos o binarismo de gênero que é o que atualmente impera
na mídia brasileira. A representação do homem exclusivamente homem e da mulher
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Termo utilizado para se a concordância entre a identidade de gênero e o sexo biológico de um
indivíduo e o seu comportamento ou papel considerado socialmente aceito para esse sexo.
6
Todos os atributos que não se categorizam dentro do binário de gênero, ou seja, tudo que não é
exclusivamente e totalmente relacionado à mulheridade ou exclusivamente e totalmente relacionado
à hombridade.
7
Termo criado por Judith Butler que apresenta o gênero como uma realização performativa
compelida pela sanção social.
8
Contrário de cisgênero é um termo que afirma que a expressão de gênero e/ou identidade de
gênero de uma pessoa é diferente daquelas atribuídas ao gênero designado no nascimento.
9
É aquele que não se enquadra na sociedade, que vive à margem das convenções sociais e
determina seu próprio estilo de vida, através de suas crenças e valores.
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6 PROCEDIMENTO METODOLÓGICO
7 CRONOGRAMA
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BUCCI, Eugênio. Um humor casseta, sem dúvida. TV Folha, São Paulo, set. 2002.
Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/fsp/tvfolha/tv2909200202.htm>.
Acesso em: 21 fev. 2015.
BAGGIO, Adriana Tulio. O espetáculo semiótico da publicidade que não diz seu
nome: aspectos da temática homossexual na publicidade brasileira. João Pessoa,
2003.
SHOHAT, Ella; STAM, Robert. Crítica da imagem eurocêntrica. São Paulo: Csac
Naify, 2006.