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Protestante
As Raposas Globais
Os frutos dados pela Versão Autorizada da Bíblia do Rei Tiago são uma prova irrefutável de
que ela é a Palavra de Deus. Todos os países que tiveram seus dirigentes e seu povo
liderados pela Versão do Rei Tiago tornaram-se prósperos e felizes, e se transformaram nos
maiores países do mundo – como aconteceu com a Inglaterra e os Estados Unidos.
Entretanto, no momento em que esses países começaram a permitir modificações nos textos
da Bíblia do Rei Tiago, principiaram, também, a cair na apostasia generalizada e acabaram se
transformando em exemplos de decadência moral e espiritual.
Em seu livro “Final Authority” (Cap. 13), sob o título “Entram os Jesuítas”, o Dr. William P.
Grady escreve sobre como se processou a penetração jesuíta com o objetivo de destruir a fé
genuína dos países protestantes, que adotavam a Bíblia do Rei Tiago como sua regra de fé e
prática de vida. O Dr. Grady foi católico por 22 anos e converteu-se a Jesus Cristo. Hoje é um
dos eruditos da Bíblia do Rei Tiago nos Estados Unidos.
O Dr. Grady afirma que houve intensa resistência de Satanás contra a Versão Autorizada, o
qual se valeu da meretriz de Apocalipse 17, a fim de conseguir o seu intento. As raposas que
se encarregaram de destruir a vinha de Cristo foram os Jesuítas, mestres do engodo e da
corrupção. A Bíblia ia ser traduzida para o povo inglês, que teria em sua própria língua a
Palavra de Deus e por isso logo surgiram os problemas causados pelos inimigos do verdadeiro
Evangelho de Cristo. Vamos transmitir as palavras do Dr. Grady à nossa maneira, certos de
que Deus nos ajudará a interpretá-las da melhor maneira possível, para honra e glória do
Nome do Seu Filho. Fala agora, textualmente, o Dr. Grady:
A tal carta logo foi entregue ao Ministro Chefe, Robert Cecil, Primeiro Duque de Sallisbury, o
qual, por sua vez, mostrou-a ao Rei Tiago numa audiência especial à meia noite. Logo foi
iniciada uma importante investigação para verificar a veracidade da ameaça.
“Ainda bem que a História pertence ao Senhor Jesus Cristo, e por isso houve um repetido
adiamento da sessão de abertura do parlamento, o qual começou a deixar nervosos os
conspiradores, especialmente porque um bom número de vítimas inocentes seria sacrificado
nesse atentado. Após combinar com dois Jesuítas envolvidos, o Pe. Oswald Greenway
(através do confessionário) e o Pe. Henry Garnet, o Provincial dos Jesuítas ingleses, ficou
decidido um novo plano para diminuir a desnecessária carnificina. Na manhã em que se
desenrolaria a conspiração deveriam ser enviadas mensagens urgentes aos membros pró-
católicos do Parlamento, a fim de que se retirassem da rota perigosa. A nota de Monteagle era
uma das tais admoestações e fora enviada a Lord Chamberlain pelo seu parente católico,
Francis Tresham.
Escondidos sob uma pilha de ervas secas e carvão, colocados em baixo do local exato onde o
Rei Tiago se posicionaria dentro de poucas horas, estavam trinta e seis barris de pólvora, que
os perplexos membros do serviço secreto do Rei descobriram na inspeção. Uma caixa de
madeira inflamável com fósforos foi encontrada no bolso de Fawkes (4). À uma hora da manhã
Fawkes foi convocado a comparecer diante do Concelho Real do Palácio Whitehall, onde
apareceu voluntariamente, expressando como única desculpa o fato de “haver ‘falhado’ em
explodir o Rei escocês e seus seguidores escoceses, atirando-os de volta à Escócia, de onde
vieram” (5).
Três meses depois foi convocado o julgamento do padre jesuíta Henry Garnet. É importante
notar que o Pe. Garnet, como Guy Fawkes, fora criado na Igreja Anglicana. Mais uma sentença
de morte foi imposta. Notem que os tradutores da Bíblia do Rei Tiago estavam encarregados
da salvação de almas humanas, o que levou Paine a fazer o sombrio comentário:
Durante o enforcamento de Garnet, no dia 03 de maio, John Overall, Deão da Igreja de São
Paulo, tirou parte do seu precioso tempo como tradutor da Bíblia para estar presente ao
enforcamento. De maneira muito solene e cristã, ele e o Deão de Westminster tentaram fazer
com que Garnet ‘depositasse uma fé viva e verdadeira, voltando-se para Deus, fazendo uma
declaração livre e aberta ao mundo do seu pecado, para descarregar sua consciência,
demonstrando tristeza e arrependimento do seu pecado’. Contudo, Garret, firme em suas
crenças, pediu que não o perturbassem. Depois que os homens terminaram o seu doloroso
dever, enforcando e esquartejando a vítima, o Deão Overall regressou à Igreja, para continuar
sua tarefa de traduzir a Bíblia (7).
Após ter presenciado a macabra execução, Overall e sua equipe de tradutores do Velho
Testamento, em Westminster, continuaram a traduzir, entre outros, o verso do 1 Samuel 10:24:
Viva o Rei!
A aplicação para o pastor contemporâneo seguidor da Bíblia está muito clara. Qualquer pastor
que se coloca a favor da Bíblia do Rei Tiago deve encontrar também, mais cedo ou mais tarde,
trinta e seis barris de pólvora sob os seus pés. Para o ganhador de almas que deseja
testemunhar fielmente de Cristo fica a admoestação da 1 Coríntios 16:9: “Porque uma porta
grande e oportuna para o trabalho se me abriu; e há muitos adversários”.
Os homens de Deus sabem por experiência que o meio mais rápido de atrair a ira de sua
congregação é criticar a Igreja de Roma e suas bíblias falsificadas (como as versões inglesas
modernas baseadas na Vaticanus). Isto se deve sempre ao fato de que os membros
desavisados da Igreja passam a reconhecer que os seus conhecidos católicos estão perdidos,
e precisam do seu testemunho pessoal.
O antagonismo atual visto nas pessoas nascidas de novo é altamente significativo. Não existe
maior evidência para a atual apostasia da verdadeira fé cristã do que a crescente aceitação
das heresias de Roma por crentes que professam ter sido regenerados pelo sangue de Cristo.
Essa frouxidão é um típico fenômeno do século XX. O Dr. Thomas Holland, tradutor senior do
grupo Oxford, deixou escapar suas últimas palavras no leito de morte: “Eu vos comando a
amar a Deus, odiando o papado e a superstição” (8) A própria Petição Milenar exigiu a
supressão dos “usos papistas” no Livro de Oração Comum (9). Com esparsas referências a
‘Sua Santidade’, como sendo o homem do pecado, o Dr. Miles Smith não hesitou em
admoestar, no prefácio do livro, contra os perigos dos “usos papais” no mesmo. (10)
Jamais houve qualquer falta de amor aos católicos, pelos ganhadores cristãos de almas, por
lhes contarem a verdade sobre a igreja deles. Quando um padre perguntou a John Wesley
onde estava a religião dele, antes da Reforma, o fundador do Metodismo, que nada tinha de
tolo, respondeu logo: “no mesmo lugar da sua, antes que você metesse a cara na lama”.
Sem dúvida, crentes como Wesley obtiveram sua inspiração nos escritos de Lutero, o qual
parece ter atirado invectivas constantes na direção do seu “ex-patrão”, o papa. Ele, que se
dirigia a ‘Sua Santidade’ como ‘Sua Profanidade’, não deixou qualquer dúvida sobre o espírito
anti-católico do seu tempo, quando escreveu:
Muitos me acham contundente demais contra o papado. Pelo contrário, eu até lamento ser tão
macio. Gostaria de poder fulminar o papa e o papado com uma tempestade de raio...
Amaldiçoarei e censurarei esses vilões até ir para o túmulo, e jamais terei uma palavra gentil a
favor deles... Sou incapaz de fazer minhas orações sem amaldiçoar essa gente, ao mesmo
tempo. Se estou pronto a dizer ‘santificado seja o teu nome’ também devo acrescentar
‘amaldiçoado, condenado e destruído seja o nome dos papistas’. Se estou pronto a dizer
‘venha o teu reino’, também devo acrescentar: ‘amaldiçoado, condenado e destruído seja o
papado”’. De fato, sempre repito isso todos os dias verbal e mentalmente, sem interrupção. ...
Nunca trabalho melhor do que quando estou enfurecido. Quando estou com raiva, posso
escrever e orar melhor, posso pregar bem, pois assim todo o meu temperamento ferve e o
meu entendimento fica mais agudo. 11
Viram como esta clara linha divisória condena a adesão dos evangélicos e pseudo-
fundamentalistas ao Vaticano? Um pastor de alto conceito que endossou a Bíblia Viva disse o
seguinte: “Billy Graham e o papa são grandes líderes morais e sinto-me honrado em estar na
presença deles”.
E por que uma herege como a Madre Teresa de Calcutá haveria de ser tão promovida nas
livrarias cristãs como modelo de desempenho espiritual para o povo cristão jovem? Onde ficam
as convicções bíblicas de uma pessoa que recomenda uma mulher que declara:
Qual a melhor maneira de encarar Deus face a face em nossa vida, senão nos tornando um
melhor hindu, um melhor muçulmano, um católico melhor, ou um melhor, seja o que for ... O
Deus que está em sua mente é o que deve ser aceito ... (12)
Em seu livro “Global Peace and the Rise of the Antichrist”, Dave Hunt criticou a maior
autoridade na área de família cristã que publicou um artigo identificando João Paulo II como ‘o
mais eminente líder religioso que fala em nome de Cristo’. (13)
Quando Dave Hunt entrou em contato com o quartel general de James Dobson para uma
explicação, foi polidamente informado pelo departamento de relações públicas de que ‘o Dr.
Dobson é um psicólogo cristão, não um teólogo’. É bom saber que, ele é também um doleiro
convicto pró-Vaticano e um comprometido de última hora.
Essa bajulação a Roma é especialmente infeliz, quando vista à luz da volumosa evidência
documentando 15 séculos de carnificina realizada pelo Vaticano. [...]
Para descobrir quem eram esses assassinos católicos, devemos ler o “Foxe’s Book of Christian
Martyrs of the World” (Livro dos Mártires de John Foxe) :
Torquemada foi um líder inquisidor até sua morte. Durante os 18 anos em que ele dirigiu o
“Santo Ofício”, 10.220 pessoas foram queimadas vivas e 97.322 tiveram suas propriedades
confiscadas ou foram aprisionadas de maneira inacreditável. Esses dados são de Llorente,
historiador espanhol da Inquisição, o qual era bem qualificado para julgar com exatidão. (15).
Por outro lado, a mesma publicação neo-evangélica dedica uma página inteira ao Papa João
XXIII, creditando-o, entre outras coisas, com ‘profunda, senão, tradicional piedade’. (16)
Enquanto isso, o Massacre do Dia de S. Bartolomeu é relegado a meras 13 palavras, num
lugar qualquer. (17)
Com pelo menos dois historiadores alistados entre os autores contribuintes, não nos
surpreendemos que o pessoal da Eerdmans’ prefira que você leia sobre a “bondade e
testemunho” do papa João XXIII (18) a ler sobre o bárbaro massacre de mais de dez mil
cristãos bíblicos huguenotes, realizado pelos católicos romanos sequiosos de sangue inocente,
no dia 24/08/1572. (19)
De todas as vítimas papais os Anabatistas foram os que mais sofreram. No ano de 1528,
Carlos V, imperador fanaticamente católico do Sacro Império Romano (1550-1558), proclamou
um edito transformando o “re-batismo” em crime capital. A Dieta de Speyer (de 1529)
sancionou o decreto do imperador e ordenou que esses “hereges” fossem privados de qualquer
processo judicial e imediata e sumariamente liquidados como “bestas selvagens”. Um
historiador anabatista nos deixou um legado desse movimento:
Alguns eram esquartejados; outros eram queimados até as cinzas e o pó; alguns eram assados
em pilhas ou rasgados com garfões incandescentes... outros eram enforcados em árvores,
decapitados com espadas e atirados na água... Alguns eram confinados a escuras prisões até
à morte por inanição.. Alguns considerados jovens demais para a execução eram
barbaramente açoitados e em seguida atirados em calabouços... Muitos tinham seus queixos
perfurados... Os demais eram caçados de um país para o outro. Como corujas e corvos, que
não se atreviam a voar durante o dia, freqüentemente eles eram forçados a se esconder e viver
em rochas, fendas e florestas selvagens, ou em cavernas e despenhadeiros. (20)
Contudo, numa última olhada ao caráter verdadeiramente demoníaco da “santa madre igreja”,
vejamos o tratamento que ela dispensava aos seus próprios membros. No ano 897, o Papa
Formoso foi levado a julgamento pelo Papa Estêvão VI, sob acusação de ter violado certas leis
da Igreja. Como Formoso não podia falar, um diácono ficou de pé respondendo as acusações
em nome do mudo acusado. O pior é que essa não foi uma ação judicial comum. O que a
tornou especial é que o acusado fora convocado diretamente do cemitério papal. Hibbert nos
informa:
O cadáver foi vestido com as vestes papais, sentado num trono e levado a julgamento. Sendo
considerado culpado de todas as acusações que lhe eram impingidas, foi despido das vestes
papais. Os três dedos da mão direita, com os quais os papas abençoam, foram-lhe
sumariamente decepados e seus restos mortais atirados ao Rio Tibre.. (21)
Da próxima vez em que um católico iludido tentar desmentir sua herança assassina dizendo
ser ‘coisa do passado’ peça-lhe para explicar o porquê de:
2.000 crianças mortas com gás letal, no campo de concentração de Bosanska Gradiska (23)
Pai e filho crucificados juntos e em seguida queimados dentro de sua própria casa, em
Mlinister (24)
Uma mãe forçada a segurar a bacia que recebia o sangue de seus quatro filhos, quando suas
gargantas foram cortadas em Kosinj (26)
Uma mãe grávida tendo o bebê arrancado do seu útero e no lugar deste colocado um gato, no
campo de concentração de Jasenovac (27)
1.360 prisioneiros tendo suas gargantas cortadas, numa só noite, por um só guarda (Peter
Brzica), durante um sádico concurso de cortadores de gargantas, também em Jasenovac (28).
Conforme é sabido pelos que gostam de ler, o papado havia perdido quase a metade da
Europa com a chegada da Imprensa de Guttemberg. Mc Clure sintetiza o assunto da seguinte
maneira:
A impressão da Bíblia inglesa provara ser a barreira mais forte jamais edificada para conter o
avanço do papado e para danificar-lhe os recursos. Originalmente programada para atingir 5 a
6 milhões de habitantes, nos limites das Ilhas Britânicas, a publicação logo se solidificou,
firmando sua linguagem, atingindo até os antes não alcançados e continuando a avançar,
desde então, por todas as ilhas e praias de todos os mares. (36)
Tendo alcançado possessões territoriais jamais imaginadas durante tantos séculos, o Vaticano
não iria desistir de sua luta. Em destaque estava sua perene adesão aos negócios desta vida,
conforme descrito em Apocalipse 18:12-13:
No sentido de reaver a sua “praça de mercado”, Roma se muniu de uma alta elite para-militar
semelhante à unidade da Gestapo, a qual faria Himmler parecer um garoto de escola
dominical. Deslanchando o que os historiadores chamam de Contra-Reforma, a infame
Sociedade de Jesus foi fundada por Inácio de Loyola, em 1534. Mais comumente conhecida
como Ordem Jesuíta, seu juramentado objetivo tem sido reaver os “filhos” de volta a Roma,
centralizando seus ataques no Textus Receptus e resultantes traduções inglesas.
Por causa dessa ânsia, além de anos de treinamento militar Inácio insistiu num arregimentado
programa de disciplina, de auto-negação, e, acima de tudo, de cega lealdade ao papa.
Compreensivelmente esse resultado desejado seria obtido através de intensos graus de
lavagem cerebral. Boehmer escreve:
Inácio entendeu mais claramente do que qualquer outro líder de homens que a melhor maneira
de erguer um homem até um certo ideal é se tornar senhor de sua mente. ‘Imbuímos dentro
dele forças espirituais que ele terá dificuldade de eliminar mais tarde’. Forças mais duradouras
do que os melhores princípios e doutrinas, essas forças podem emergir novamente à
superfície, algumas vezes, após anos, mesmo não sendo mencionadas, tornando-se de tal
modo imperativas que a vontade fica incapaz de se opor a qualquer obstáculo e é forçada a
seguir o seu impulso irresistível. (37)
O exército que se dedicou à destruição da Bíblia do Rei Tiago jamais cochilou durante a noite.
Há quase 500 anos Loyola embarcou num programa que formaria o tipo atual de agente
secreto, muito superior a tudo que o mundo já tem visto. Huber comenta:
A obediência militar não chega aos pés da obediência jesuíta. Está é mais ampla, pois se
apossa do homem total e não se satisfaz, como a outra, com o ato exterior, mas exige o
sacrifício da vontade e que seja deixado de lado o próprio julgamento. (38)
Exigindo que todos os soldados repitam centenas de vezes que o seu general (também
chamado de Papa Negro por causa de sua batina preta) não é outro senão o próprio Cristo,
Inácio foi capaz de insistir em que os seus seguidores devem ver ‘preto como branco’, se a
Igreja assim o declarar. (39)
Se alguém disser que somente pela fé o ímpio é justificado, exatamente desse modo, e que
nada mais é exigido... que seja anátema. Se alguém diz que Jesus Cristo foi entregue por Deus
aos homens como redentor dos que nele confiam e também não como legislador dos
que obedecem... seja anátema. (40)
De acordo com Loyola o propósito de sua Ordem era ‘promover a maior glória de Deus’. Isso
poderia ser traduzido como a escravização de todo o planeta à indisputável autoridade do
pontífice romano.
Os Jesuítas iniciaram sua tentativa de conquistar o mundo, estabelecendo ‘casas’ nas nações
ainda favoráveis ao Catolicismo, como Itália, Portugal e Espanha. Tendo estabelecido sua
frente doméstica, ‘missionários’ como Francisco Xavier (1506-1552) foram despachados para o
Oriente e outras terras distantes, até então não atingidas por outra fé.
Contudo, a prioridade máxima dos Jesuítas era recapturar as nações perdidas para a Reforma
Protestante. Os métodos empregados por esta Ordem clandestina são dignos de estudo, visto
como o seu objetivo final ainda permanece em operação na América e na desprezada Versão
Autorizada. O modus operandi da Sociedade Jesuíta pode ser delineado pelos seus seis
estágios seguintes:
Eles descobriram muito cedo a vasta importância de liderar a mais alta educação como meio
de ganhar o controle das vidas dos jovens mais habilitados e mais bem situados, fabricando
servos intelectualmente treinados aos seus propósitos... A habilidade acentuada dos padres
jesuítas, seus conhecimentos insuperáveis da natureza humana, sua afabilidade nas maneiras
e sua notável adaptabilidade às idiossincrasias e circunstâncias de cada indivíduo, tornavam-
nos praticamente irresistíveis uma vez que entrassem em íntimas relações com a juventude
suscetível. (41)
O livre pensador Francis Bacon (1556-1626) ficou tão impressionado com as escolas deles
que disse: ‘Tal como são, gostaria que fôssemos nós’. (42) Tendo iludido o
estudante desavisado ao exibir uma incumbência para excelência acadêmica, os professores
jesuítas perdem pouco tempo em partir para o segundo estágio, que é a Doutrinação. Newman
declara:
Sem dúvida, é provável que mais tempo tenha sido empregado em moldar os seus caracteres
religioso e moral em completa harmonia com os ideais da Sociedade do que em assegurar a
maestria dos estudos.. Grande número dos jovens mais desejáveis que ingressaram em suas
escolas, sem intenção alguma de se tornarem membros da sociedade, foram ganhos através
do paciente esforço dos que deles ficaram encarregados. (43) (N. T. Podemos ler sobre este
assunto no capítulo 8 da “Monita” dos Jesuítas).
Esta absorção na sociedade secular tem sido facilitada pela única isenção permitida à
Ordem - o uso da vestimenta clerical. Edmond Paris comenta sobre esta espantosa ordem
secreta:
O mesmo acontece hoje. Os trinta e três mil membros oficiais da Sociedade operam no mundo
inteiro na capacidade do seu pessoal, como oficiais de um exército verdadeiramente secreto,
contendo em suas fileiras chefes de partidos políticos, oficiais de altos escalões, generais,
magistrados, físicos, professores de faculdade, etc., todos eles batalhando para realizar em
sua própria esfera – a Opus Dei – em realidade os planos do papado. (45)
A capacidade de se infiltrar com bastante sucesso tem se tornado possível através do quarto
estágio – a Sedição. Um verdadeiro jesuíta é a personificação exata da I Timóteo 4:2:
... Pela hipocrisia dos que falam mentiras e que tem cauterizada a própria consciência.
Boettner tem notificado que a palavra jesuítico entrou no dicionário como sinônimo de
dissimulado e hipócrita (46).
Através dos séculos, os Jesuítas têm tornado claro que não hesitarão diante de coisa alguma,
a fim de atingir os seus propósitos de subjugar o mundo inteiro ao Vaticano. Por causa de suas
incríveis doutrinas de restrição mental e do probabilismo (uma opinião é considerada provável
se determinada autoridade puder ser conseguida no sentido de apoiá-la), os Jesuítas podem
se tornar confiáveis, até que sejam desmascarados.
Esse engodo foi instituído muito cedo em seu treinamento, quando foram treinados no sentido
de:
... Manter suas cabeças levemente inclinadas, sem movê-las para a direita nem para e
esquerda. Não levantar a vista e quando falam com alguém não devem fixá-lo diretamente nos
olhos, de modo a que sejam vistos apenas indiretamente (47).
É na área da política mundial que os Jesuítas mais se destacam. Sua reputação em matéria de
subterfúgio, espionagem, subversão e coisas piores é bem conhecida pelos estudantes sérios
da história. Cinqüenta e uma expulsões documentadas dos Jesuítas pelos governos do mundo
dão uma boa indicação de que os ‘missionários’ jesuítas fazem mais do que simplesmente
distribuir folhetos. (48)
De fato os filhos de Loyola são tão diabólicos que têm sido expulsos até mesmo de países
fanaticamente católicos. Em 06.04.1762, a França lhes deu um ponta pé, descrevendo suas
doutrinas como: perversas; destruidoras de todos os princípios religiosos e honestos;
insultando a moral cristã; perniciosas à sociedade civil; hostis aos direitos da nação, ao poder
real e à segurança dos soberanos e à obediência dos súditos; capazes de deflagrar os maiores
distúrbios nos estados; de conceber e manter a pior espécie de corrupção nos corações
humanos. (49)
O segredo da longevidade dos Jesuítas em face a tão difundida resistência por parte dos
governos tem sido a sua obstinação de entrar novamente nos países de onde foram expulsos,
onde e quando isso for possível. Lamentando esse ressurgimento da atividade jesuíta, John
Adams escreveu a Thomas Jefferson (N.T. 2º e 3º presidentes dos Estados Unidos), em 1816:
Não me sinto feliz com o renascimento dos jesuítas. Enxames deles se apresentarão sob os
mais variados disfarces jamais usados até mesmo por um chefe dos boêmios, como
impressores, escritores, publicadores, professores escolares, etc. Se já alguma vez uma
associação de pessoas mereceu condenação eterna, neste mundo ou no outro, essa é a
Sociedade de Loyola.
De suas numerosas práticas sinistras nenhuma é tão chocante para homens e mulheres como
a sanção jesuíta oficial ao assassinato político. Algumas linhas de Suarez trarão luz sobre a
acrimônia de Adams:
É permitido a um indivíduo matar um tirano por causa do seu direito de autodefesa. Pois
embora a comunidade não o ordene deve-se entender sempre que ela deseja defender-se
individualmente em lugar de cada cidadão, e até mesmo de um estrangeiro... assim, após ter
declarado que foi destituído de seu reino, é legal tratá-lo como um tirano real e,
consequentemente, qualquer homem tem o direito de matá-lo. (51)
Deve-se lembrar que Suarez e seus companheiros jesuítas viam o papa e/ ou o seu general
como tendo o direito de declarar qualquer governante deposto do seu reino. Caso um chefe de
governo antagonizasse ‘sua santidade’, um simples estalar de dedos criaria uma literal sessão
de caça para o infeliz oficial (referido como ‘ministro de Deus’ em Romanos 13:4). Isso foi
precisamente o que precipitou o ataque jesuíta no M assacre do Dia de São Bartolomeu. O
Almirante Coligni e Henry de Navarre não apelaram ao papa, e, desse modo, simplesmente
externaram um ‘contrato’ sobre eles (agora se sabe porque a Máfia procede da Itália).
Intimamente relacionada com a Sedição vem o quinto estágio do círculo jesuíta – a Sedação.
Quando se pensa no arranjo recíproco de dois conceitos, deve-se relembrar a antiga questão
de ‘quem veio primeiro – o pinto ou o ovo? ‘
Aliviar a consciência de um membro da Igreja sediciosa é um dos meios mais vigorosos usados
pelos jesuítas, a fim de perpetuar suas próprias atividades. Esse ministério aliviador tem sido
executado através do confessionário. Este círculo vicioso é visto quando a consciência
recentemente sedada é, então, incitada a praticar mais Sedição, a qual precisa de mais
Sedação. Newman declara:
Desde o princípio eles usaram ao máximo o confessionário como meio de dominar as almas de
homens e mulheres e obter um conhecimento dos assuntos religiosos e políticos que servisse
aos objetivos da Sociedade. Os filhos e filhas dos ricos e nobres eram buscados por todos os
meios para ficar sob a sua influência, e para tanto, logo se tornaram seus confessores favoritos
na corte imperial e, em muitas cortes reais da Europa. Era o seu objetivo constante tornar o
seu sistema confessional tão atraente para os ricos e nobres, que sempre vinham procurá-lo
espontaneamente. Para esse fim o seu sistema casuísta de teologia moral foi elaborado, no
qual eles tinham meios de apaziguar as consciências de seus súditos, em todos os tipos de
mal feitos. (52) (N.T. Isso pode ser comprovado no conteúdo da Monita dos Jesuítas).
Com estes cinco passos colocados, os seguidores de Loyola já quase conseguiam ter o
caminho aberto para fazer com que qualquer nação estivesse de volta ao rebanho papal.
Restava apenas o último passo, o de “afiar as garras” através da Perseguição.
Enquanto as facções protestantes ficavam enroscadas em disputas doutrinárias cada vez mais
extensas, as ágeis tropas de Loyola empregavam o seu plano sêxtuplo com o maior sucesso,
num país após o outro.
Em 1550 o jesuíta Lejay recebeu permissão do rei Ferdinando da Áustria para estabelecer um
colégio jesuíta em Viena. Dentro de um ano, quinze agentes jesuítas já estavam perambulando
pelos arredores do país. Dois anos mais tarde, Inácio instalou um colégio especial em Roma
com o fim específico de treinar ‘missionários’ para a Alemanha. Em 1556, as universidades de
Ingolstadt e Colônia eram dirigidas por professores jesuítas. (54)
Também, em 1556, o rei da Boêmia cometeu o erro de abrir-lhes a porta e as escolas jesuítas
logo foram fundadas em Praga, Tyrnau, Olmutz e Brünn. O trabalho jesuíta em Munique teve
tanto sucesso que a cidade era chamada a ‘Roma Alemã’. (55)
Com dúzias de outros países invadidos (a Áustria, em 1550; a Suécia em 1568: a Polônia em
1569; a Bélgica em 1592, etc.) os números começaram a contar sua própria história. Em 1626
havia um total de quinze mil Jesuítas, 476 colégios e 36 seminários. Em 1750, os números
haviam pulado para 22.000 membros, 669 colégios e 176 seminários, além de centenas de
escolas menores. (56)
Para dar uma excelente ilustração da obra destruidora forjada por onde quer que passe um
Jesuíta, consideremos o caso do Massacre do Dia de São Bartolomeu, já mencionado. Em
1551, a rainha mãe, Catarina de Médici, permitiu que a Ordem estabelecesse uma ‘casa’ na
esquina da rua Auvergne, conhecida como Billon. Logo a seguir, o Colégio de Clermont foi
estabelecido em Paris.
No dia 24/08/1572, vários milhares de huguenotes (cristãos franceses) chegaram a Paris para
assistir o casamento do protestante Henry de Navarre (mais tarde o rei Henrique IV) com
Margarete de Valois. Mais de dez mil desses súditos leais de Henry foram sobseqüentemente
eliminados através de uma caçada noturna ordenada pelo católico Carlos IX, rei da França.
Manschreck cita a Relação do Massacre por Dethou, conforme o relato de uma testemunha
ocular:
Por instigação de Catarina quatro moedas diferentes foram cunhadas para comemorar o
escabroso extermínio, a primeira delas com a efígie do Papa Gregório XIII. Dois anos depois, o
lunático filho de Catarina faleceu, com apenas 24 anos, grunhindo em seu leito de morte: “Que
banho de sangue, que assassinos! Que maligno conselho eu segui!, meu Deus, perdoa-me...
estou perdido.” (58)
No dia 11/10/1531, um exército católico de oito mil soldados esmagou a força menor de
Zwinglio (1484-1531), que contava apenas 1.500, na Batalha de Capela. O corpo do
reformador assassinado foi esquartejado e queimado numa pira de excrementos. (59)
Com a morte de Lutero, em 1546, seus descendentes espirituais foram confrontados com um
catolicismo redivivo, na Guerra Schmalkaldeana de 1547. Após sofrer uma derrota inicial, as
forças protestantes se recuperaram com Maurice da Saxônia, cujo resultado foi o Tratado de
Passau (1552), o qual assegurou temporariamente as liberdades luteranas. (60).
Em 1567, o notório Duque de Alva chegou à Holanda para suprimir a ‘heresia’, a serviço de
Filipe II da Espanha. O banho de sangue dessa campanha foi tão rompante que uma casa
cheia de cristãos holandeses em Roterdã foi poupada, quando um dos seus próprios
habitantes criou um estratagema, assassinando um cabrito e salpicando de sangue a parte
inferior das portas fechadas da rua.
A casa de Habsburgo em seu ramo austríaco, no final do século XVI, havia caído fortemente
sob a influência dos Jesuítas. Como arquiduque da Stiria (a partir de 1596), Ferdinando, que
como imperador iria desempenhar um papel tão importante na Guerra dos Trinta Anos,
executou sem remorsos a política jesuíta, na qual fora educado desde a infância, proibindo a
adoração protestante, banindo o clero protestante e colocando diante dos leigos protestantes a
alternativa de conversão ou exílio. (62)
Através desses anos de intolerância a consciência de Ferdinando foi salva pelo seu confessor
jesuíta Viller (63).
Embora a histórica paz da Westfália, concluída em 1648, tenha sido essencialmente uma
vitória do protestantismo, as perdas gerais relacionadas a esta guerra foram incalculáveis.
Newman assim resume o holocausto induzido pelos jesuítas:
A extensão da destruição de vidas através da Guerra dos Trinta Anos não pode ser avaliada.
Se levarmos em conta as multidões que pereceram de inanição e abandono, as centenas de
milhares de mulheres e crianças que foram assassinadas nos saques e destruição de
pequenas e grandes cidades, a temível perda de vidas envolvidas nesse acontecimento, no
campo – seguindo-se as mortes causadas pela guerra – estas somariam muitos milhões. Na
Boêmia, no início da guerra, havia uma população de dois milhões de habitantes, dos quais
80% eram protestantes. No final da guerra, havia 800 mil católicos e nenhum só protestante.
Tomando a Alemanha e a Áustria juntas podemos afirmar seguramente que a população do
país foi reduzida à metade, senão a dois terços. E as mortes foram em muitos casos o
resultado de incontáveis sofrimentos, tão horríveis quanto se possam imaginar. Mesmo que as
cidades não tivessem sido completamente destruídas, elas se tornaram apenas sombras do
que haviam sido. Seus edifícios foram delapidados e um grande número deles ficou
desocupado. Negócios de todos os tipos foram totalmente destruídos. A agricultura também
sofreu muito. Os víveres quase desapareceram, os implementos agrícolas tornaram-se
escassos e rudes. A desolação estava em toda a parte. (64)
Fizemos o nosso primeiro e avançado estudo... para instigar na mente dos católicos... o zelo e
justa indignação contra os hereges. Isso fizemos colocando diante dos olhos dos estudantes a
excelente majestade da liturgia da Igreja Católica no lugar em que vivemos. Ao mesmo tempo
mostramos o deprimente contraste que reina no lar. A desolação chocante de todas as coisas
sagradas que lá existem... nossos amigos e patrícios, todos os nossos amados e incontáveis
almas além desses, perecendo no cisma e na impiedade. Cada prisão e cárcere
completamente lotado, não de ladrões vilões, mas de sacerdotes e servos de Cristo, ora com
nossos pais e patrícios. Nada há, então, que não devamos sofrer, a não ser olhar para os
males que afetam a nossa nação. (65)
A captura de Douai pelas tropas calvinistas, em 1578, mandou o colégio jesuíta para o exílio
em Reims, até 1593. Em 1585, um total de 268 graduados havia se infiltrado secretamente na
Inglaterra (66). As personalidades de liderança nesse tempo eram os agentes Robert Parsons
e Edmond Campion, que entraram no país em 1580, disfarçados como oficiais ingleses. O
único evangelho que eles pregavam era a deposição de Elizabeth. Boehmer declara:
Então, sob diversos disfarces, eles se espalharam de condado em condado, das casa de
campo até o castelo. À noite ouviam as confissões, de manhã pregavam e davam a comunhão
e em seguida desapareciam, misteriosamente, do modo como haviam chegado (67).
Green acrescenta que entre os seus muitos disfarces eles usavam as ‘togas dos pastores do
clero inglês.’ (68)
Calcula-se que eles tenham ganho vinte mil convertidos (69), um ano após terem chegado à
Inglaterra. Contudo, sua literatura circulante, encorajando o assassinato de Elizabeth, levou
sua missão na Inglaterra a um fim abrupto. Embora Passon tenha fugido para o continente o
‘padre Campion’ foi capturado e confinado à Torre de Londres, onde foi severamente ‘torturado’
para que falasse os nomes dos seus companheiros conspiradores. No dia seguinte, quando o
carcereiro lhe indagou como se sentia, o exausto jesuíta respondeu ‘nada mal, pois nem tanto’.
(70) No dia 01/12/1581, ele e outros catorze traidores foram enforcados publicamente.
Em 1583, o Papa Gregório XIII formulou um plano para invadir a Inglaterra imediatamente, com
três exércitos – da Irlanda, França e Espanha. Providencialmente, os agentes da rainha haviam
descoberto o complô e medidas preventivas foram tomadas no sentido de adiar o ataque. (71)
( N.T. Isso mostra que Jesus Cristo é o Senhor da História.)
Três anos mais tarde, outro Jesuíta, Jonh Ballard, foi preso por conspirar no sentido de levar
Mary Stuart ao trono, através de um levante geral de católicos na Inglaterra. Ele e treze outros
foram desmembrados e partidos ao meio (rasgados no tronco). (72) Sessenta e um padres e
quarenta e nove leigos seriam enforcados por conspiração na Inglaterra, nos próximos quinze
anos.
Com amigos desse tipo, Mary Stuart não precisava de inimigos. A intensa atividade dos
Jesuítas eventualmente iria custar à futura rainha a sua cabeça, em 1587. Algumas semanas
depois, antes da portentosa execução, o papa Sisto V havia destinado 600.000 coroas de ouro
aos cofres militares do rei Philipe, no sentido de financiar uma invasão imediata à Inglaterra.
Nas palavras do Cardeal Allen, “a rainha usurpadora, herege e prostituta da Grã Bretanha”
deveria certamente ser deposta. (73)
A destruição da religião protestante era considerada como uma missão espiritual intensiva. O
slogan oficial da campanha era: “Exurge, domine, et vindica causam tuam” (Levanta, Senhor, e
vindica a tua causa). (74) De fato, um “reavivamento” havia explodido durante os estágios finais
da partida. Prostitutas foram expulsas, os jogos foram proibidos e a profanidade reduzida ao
mínimo. Uma missa especial foi celebrada e por todos os homens a Eucaristia foi
reverentemente recebida. Várias centenas de monges estavam entre os passageiros. (75)
No ano anterior, Drake havia comandado um ataque de surpresa aos navios espanhóis no
porto de Cadiz e descobrira, em primeira mão, o projeto de construção da armada. Tendo sido
criado no lar de um ministro puritano o destemido “P. K.”, assegurou à sua rainha: Deus
aumente as forças mais excelentes de Vossa Majestade, tanto no mar como na terra,
diariamente... pois, eu penso com certeza, jamais houve uma força tão poderosa como a que
está pronta ou se prepara contra Vossa Majestade e a verdadeira religião; mas... “o Senhor
Todo Poderoso é mais forte e defenderá a verdade de sua Palavra.” (76)
O inimigo me persegue; ele me atira fogo da manhã até à noite, porém não nos derrotará...
Não há remédio, eles são rápidos e nós somos vagarosos. (77)
Somente 51 navios, levando dez mil sobreviventes, conseguiram regressar à Espanha. Will
Durant, educado pelos jesuítas, só pôde dizer que ‘os ventos favoreceram Elizabeth’ (78).
Contudo, uma contagem total das perdas inglesas chegou a 60 homens e nenhum navio,
chamando a atenção dos homens sábios para Aquele que ‘criou os ventos’ (Amós 4:13). Nem
um simples buraco foi causado na armada inglesa.
Com a esmagadora derrota da armada, levando Philipe à desolação (a ajuda de 60.000 coroas
papais não haviam podido ajudá-lo), um projeto mais importante dos Jesuítas iria emergir
como último recurso e arma secreta do Vaticano.
A partir de então o sucesso do protestantismo inglês seria atribuído ao fato dele possuir a
Palavra de Deus na língua pátria. Por isso, em 1582, Roma deu um tácito endosso ao adágio:
‘se não puder vencê-los, junte-se a eles’, ao preparar a sua própria versão inglesa do Novo
Testamento, conforme entregue pelos eruditos jesuítas em Reims (O Velho Testamento foi
completado em Douai e publicado em 1610).
Essa tendência ao pragmatismo momentâneo tem sido uma das feições mais marcantes da
Ordem Jesuíta. Norman declara:
Como meio de ganhar de volta as comunidades protestantes para a fé católica eles deram a
máxima atenção ao cultivo dos dons de pregar entre os membros e usaram cada esquema
seguido pela adoração protestante, ou, de outro modo, a fim de popularizar os cultos das suas
igrejas. (79)
Neste ponto, é importante verificar que a nova Bíblia do papa não foi editada para ajudar os
católicos, mas para destruir os cristãos. Todas os bons papistas ainda eram obrigados a aderir
religiosamente à Profissão Tridentina de Fé (1564), a qual diz em parte:
Reconheço a Sagrada Escritura, conforme o sentido como a Santa Madre Igreja tem
sustentado e sustenta, e a quem pertence decidir sobre o verdadeiro sentido da interpretação
das Sagradas Escrituras, nem jamais receberei nem interpretarei a Escritura, exceto quando
esteja de acordo com o consenso unânime dos padres.. (80)
Conforme declarado anteriormente, foi experiência deste autor passar 22 anos na Igreja
Católica (incluindo 12 anos de escola paroquial), sem jamais ter lido um só verso da Bíblia
oficial da Igreja.
A “Bíblia” Douais-Reims foi uma tradução da Vulgata Latina e, portanto, contém as inúmeras
perversões da edição Vaticanus e Sinaíticos. Sendo a educação o seu forte, os Jesuítas
procurariam, minar, daí para a frente, a Versão Autorizada com um apelo aos manuscritos
superiores – superior significando a idade. O Doutor Samuel Gipp escreve :
A tarefa dos jesuítas foi atrair a erudição protestante de volta a Roma. Eles sabiam que não
podiam ganhar os líderes do protestantismo de volta a Roma, enquanto os teimosos ‘hereges’
se limitassem ao puro texto dos reformadores. Essa Bíblia precisava ser substituída por outra
que contivesse as leituras pró-católicas romanas da Vulgata de Jerônimo e a tradução jesuíta
de 1582. Seria necessário ‘educar’ os eruditos protestantes no sentido de crer que o texto da
Reforma não era confiável e que a Versão Autorizada não era erudita. Uma vez que isto foi
programado, os eruditos egoístas passaram a atacar, espontaneamente, a sua própria Bíblia,
acreditando estar colaborando com Deus. (81)
Esse processo de escrutinar e preservar a Palavra de Deus ficou conhecido como ‘ciência da
crítica textual’. Ao contrário da crença comum, a alta crítica não começou com os racionalistas
alemães, mas com os padres jesuítas.
O primeiro erudito a empregar métodos científicos aos assim chamados problemas textuais e
literais da Bíblia foi o padre católico chamado Richard Simon (1638-1712). O Dicionário Oxford
declara que ele foi:
Erudito Bíblico. De 1662 a 1678, ele foi membro do Oratório Francês. Sua ‘História Crítica do
Velho Testamento’ (1678), argumentando a partir da existência de registros duplos do mesmo
incidente e variações de estilo, nega que Moisés tenha sido o autor do Pentateuco. Ele é
geralmente considerado o fundador da “Crítica do Velho Testamento”.
Outro beneditino, o Pe. Bernard Montfaucon (1655-1741) fez uma aplicação negativa das leis
de Mabillon ao Textus Receptus, intitulada Paleographic Gracea, e publicou-a em Paris, em
1708. O médico e teólogo católico, Jean Astruc, (1684-1766), foi o próximo crítico a entrar em
cena e decidiu que dois homens diferentes haviam escrito o Pentateuco.
Em sua obra, Conjectures sur les Memoires Originaux (Conjecturas sobre as Memórias
Originais), não parece ter sido Moisés o único compositor do Livro de Gênesis. Em 1753,
Astruc mencionou que Gênesis fora composto com fragmentos de outros documentos. (84)
Através desses anos turbulentos os Jesuítas fizeram novas incursões dentro dos mais altos
escalões do governo. Em 1642, o pró-Vaticano, Charles I (1600-1649) mergulhou a nação
numa guerra civil. Ele foi preso, julgado por traição e em 30/01/1649 foi decapitado pelo seu
crime. Charles II, fanaticamente católico, mandou desenterrar o corpo de Oliver Cromwell e
decapitá-lo, em 1660. Tendo estabelecido solidamente a ciência da crítica textual, Roma
passou o bastão aos velhos eruditos ortodoxos alemães do Século XVIII, já falecidos. O
Dicionário Oxford diz a respeito de Johann Solomo Semler (1725-1791) o seguinte:
... Ele foi um dos primeiros teólogos alemães a aplicar o método histórico- crítico para estudar a
Bíblia., tendo chegado a algumas conclusões novas e não ortodoxas. (85)
Com Martinho Lutero se debatendo no túmulo, chegara o tempo do assalto final dos Jesuítas
contra a Versão Autorizada. Como preparação para o Comitê de Revisão, de 1871 a 1881,
Satanás orquestrou o ataque, a partir de três ângulos, contra o povo inglês, o qual afetaria
eventualmente todo o globo terrestre, no futuro.
Na ausência de um Ser Supremo, o único que pode exigir um código de absolutos morais, o
homem pode entronizar a sua própria inteligência como autoridade final. A filosofia
destrutiva das situações éticas seria a conseqüência natural dessa tolice.
Depois de eliminar a origem divina do homem, o próximo passo, logicamente, seria eliminar o
seu meio de subsistência. Aí entra Karl Marx (1813-1883) e Friedrich Engels (1820-1895).
Tendo em vista que Marx jamais trabalhou em sua vida, pelo menos um dia, suas arrogantes
declarações de “Trabalhadores e Camponeses em União Mundial” soa muito falsa. Em
verdade, como um estudante profissional e quase jornalista, Marx incorporava os dois grandes
ramos do Comunismo, o qual viria propagar a subliteratura – Mídia e Universidade.
Baseando o seu Manifesto Comunista nos escritos de Darwin, Marx acreditava na abolição da
propriedade privada (Platão), na abolição do casamento e da família (Platão) e na abolição do
Estado de governo (Platão). A assim chamada igualdade na distribuição das riquezas
advogada em “O Capital”, poderia ser reduzida à máxima de fundo de quintal – roube o que
desejar (A República, de Platão). Alguns dos positivos resultados de sua economia
revolucionária foram:
O controle de armas
Educação compulsória
Mas também devemos mencionar a Rebelião de Taipé (1850), a Guerra da Criméia (1853), a
Guerra Civil Americana (1861-1865), a Guerra Franco-Prussiana (1870) e duas dúzias de
outros conflitos que antecederiam a II Guerra Mundial.
Alguém já disse que não se pode separar a origem animal da conduta animal e que a conduta
animal deve ser controlada por um zoológico. Então fica sem resposta a pergunta: E quem vai
dirigir o zoológico? Parafraseando uma das sentenças finais da “A Revolução dos Bichos”, de
George Orwell: “alguns animais são mais idênticos do que outros”.
A terceira linha de ataque foi centralizada nas assim chamadas universidades ‘cristãs’ da
Inglaterra. Os culpados principais nesse empenho foram Edward Bouverie Pusey (1800-1882)
e Frederick Denison Maurice (1805-1872). Pusey é culpado (junto com John Keble) de fechar
os olhos ao Movimento Pró-Católico em Oxford (também conhecido como Tractarianismo),
dentro da Igreja Anglicana. A partir de sua posição de Régio Professor de Hebraico em Oxford
e de Cânon da Igreja de Cristo, Pusey procurou restaurar na alta constituição da Igreja
doutrinas tais como a da confissão auricular e a transubstanciação. (86)
Frederick Maurice foi professor de teologia no King’s College, até ser demitido pela negação do
inferno em seu “Ensinos Teológicos” (1853). Mais tarde ele foi “pescado” pela Universidade de
Cambridge e aí foi instalado como Professor-Assistente de Teologia Moral. Você ficou
surpreso por ter uma universidade com a reputação de Cambridge se interessado por um
apóstata juramentado como o Dr. Maurice? Pois não deveria. Décadas de infiltração jesuíta
haviam tornado isso possível.
Uma das mais conhecidas crias dos Jesuítas nesse período foi o Cardeal John Henry Newman
(1801-1890). Seus seguidores, como Frederick William Faber (1814-1863), haviam rotulado as
pregações de companheiros ingleses, como Booth, Whitefield e Wesley, como ‘heresia
detestável e diabólica’. Sem dúvida, sua influência também se espalhou na política inglesa. O
Ato de Emancipação de 1829 havia tornado legal a eleição de católicos romanos ao
Parlamento Inglês. Após anos de difusão da propaganda pró-Vaticano dentro da Igreja
Anglicana, esse professor de Oxford, finalmente, ‘mudou de barco’ e foi-se para Roma, onde
lhe foi concedido o chapéu cardinalício, em 1879. A parte triste dessa história é que, depois de
um ano da sua saída, mais de 150 clérigos e leigos também foram se juntar a ele.
Nesse tempo, a crítica textual destrutiva já estava em toda parte, permeando a Inglaterra inteira
com a pergunta; Será que Deus disse?
Samuel Rolles Driver (1846-1914) foi Professor Regente de Hebraico em Oxford. Suas
credenciais intelectuais levaram muitos a questionar que Moisés fosse o autor
de Deuteronômio. (89)
Benjamin Jowett (1817-1893) era professor no Balliol College, também em Oxford. Seu ensaio
“A Interpretação da Escritura” em “Ensaios e Revistas” desencadeou uma tempestade de
controvérsias no meio dos ortodoxos de Oxford. Dizem que o seu legado mais importante foi a
tradução de Platão, em 1871. (90)
Rowland Williams (1817-1870) foi um notório Anglicano Divino, perseguido por sua heterodoxia
em seus artigos sobre a crítica da Bíblia, em Ensaios e Revistas. Sentenciado pela Corte de
Arches a um ano de suspensão, a sentença foi mais tarde anulada pelo Comité Pró-Jesuíta do
Concelho Privado, em 1864. (91)
Henry Perry Liddon (1829-1890) era Cânon na Catedral de São Paulo, Deão na Irlanda e
professor de Exegese em Oxford. Como ostensivo aprovador do Tractarianismo, ele passou
1/4 de século promovendo os dogmas católicos dentro da Igreja Anglicana. Sua intensa
admiração por Pusey levou-o a escrever a biografia deste. (92)
O católico mais responsável pela agressão protestante à Versão Autorizada foi o Cardeal
Nicholas Patrick Stephen Wiseman (1802-1865), profeta da Biblioteca do Vaticano e célebre
autor do Codex Vaticanus. Ele próprio foi descrito como ‘um crítico textual de vanguarda’ . (93)
Entre as muitas centenas de protestantes ingleses que se voltaram para Roma, através de
Wiseman, as três ‘conversões’ mais injuriosas foram as do Primeiro Ministro, William Galdstone
(1809-1898), do Arcebispo Richard Chenevix Trentch (1807-1886) e do já mencionado, Cardeal
Newman.
Poderíamos, sem dúvida, acrescentar muitos outros a essa lista, mas basta dizer que a
Sociedade de Jesus estava viva e forte dentro do que havia sido o mais forte bastião da
ortodoxia inglesa. Em vez de buscar a direção do Espírito Santo, esses traidores de Cristo
foram buscar os seguimentos do Vaticano.
Para ficarmos mais familiarizados com a apostasia dentro da Igreja Anglicana, precisamos
entender o que se passava nas mentes das forças que exigiram e participaram do Comitê de
Revisão, de 1871 a 1881. Homens como o Arcebispo de Trentch e outros simpatizantes de
Wiseman, laboraram durante uma década para substituir a leitura da Bíblia do Rei Tiago pela
leitura da versão Douai-Reims dos Jesuítas.
De fato, a Universidade de Cambridge havia ido tão longe no tempo do Comitê de Revisão,
que seguiu a liderança de Karl Marx, o qual havia dedicado seu ‘O Capital’ a Charles Darwin,
quando conferiu ao naturalista não salvo o grau de Doutor Honoris Causa.. (94)
Até aqui tivemos as palavras do Dr. William P. Grady. Acreditamos serem elas de absoluta
necessidade para esclarecer quem realmente tem sido responsável pelo descrédito que se
abateu sobre a santa, inerrante e eterna Palavra de Deus, a Bíblia. Infelizmente, aqui no Brasil
muitos pastores, e até mesmo professores de seminários evangélicos, têm aconselhado
versões bíblicas como a NIV (em português, NVI, e a Bíblia na Linguagem de Hoje), com
versões deturpadas, as quais até omitem versículos que comprovam a divindade de Cristo,
colocando-se, desse modo, a serviço da Nova Era. No Livro de Atos, cap. 8, o verso 37
sumiu... Vocês sabem por que? Simplesmente porque ele diz: “Respondeu Filipe: É lícito, se
crês de todo o coração, E, respondendo ele, disse: Creio que Jesus Cristo é o Filho de Deus”.
(ARA, Sociedade Bíblica do Brasil, 1969, e ARC, Editora Vida, 1981)). Como este, outros
versos chaves para a compreensão de que Jesus é realmente o Filho de Deus e o Salvador do
mundo têm sido deturpados, quando não suprimidos. Os inimigos da Bíblia afirmam que versos
como estes são suprimidos por não serem “Escritura confiável”. É o caso de indagar: Por que
não confiável? Será que Deus iria negar que Jesus Cristo é o Seu Filho? Será que Ele falhou
em conservar pura a sua Palavra?
Enquanto certos pastores ‘evangélicos’ ficam inventando modismos, a fim de atrair membros
para as suas igrejas, com o objetivo de receber o máximo possível em dízimos e ofertas, os
inimigos da Bíblia ficam engendrando falsificações, a fim de desacreditar a divindade do
Senhor Jesus Cristo. Para muitos pastores o Senhor Jesus já não é Aquele em quem todos os
tesouros da sabedoria e do conhecimento estão ocultos (Colossenses 2:3), mas apenas um
mágico, em cuja cartola estão escondidos todos os bens materiais para serem distribuídos a
quem mais “contribuir” para a cartola do pastor da igreja. Sem um sólido embasamento na sã
doutrina bíblica os crentes são deixados à mercê dos comerciantes da fé, e assim o campo fica
livre para que os inimigos de Cristo entrem de sola e, como lobos vorazes, dominem e devorem
o rebanho do Bom Pastor.