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Rio de Janeiro
2018
PAULO EDUARDO OLIVEIRA MOREIRA
Rio de Janeiro
2018
Dimensionamento de pavimento flexível com revestimento asfáltico, utilizando
o método do Departamento Nacional de Estradas de Rodagem.
Examinador
Agradeço principalmente aos meus pais (Carlos e Cláudia) e minha família que me
apoiaram desde a decisão da escolha do curso até ao aporte emocional e financeiro
para conclusão desse ciclo, foram meus pilares para continuar principalmente em
períodos difíceis. Aos meus professores e orientador que ao longo do curso buscaram
sempre fazer o melhor para passar o conhecimento adquirido, formando profissionais
de qualidade para representar e melhorar nosso país, aos meus amigos de faculdade
que enfrentaram essa batalha junto comigo, sendo nos estudos, trabalhos ou
conversas de final de semana, amigos de profissão que me passaram conhecimento
prático e vivência, ajudando no amadurecimento profissional e amigos que a vida me
deu, em especial Marcelle Pina pessoa fundamental nessa jornada, sempre me
auxiliando emocionalmente e me iluminando, pessoas essas que ajudaram a formar
o cidadão e profissional que sou hoje, sem vocês a caminhada seria mais longa quiçá
impossível. A todos vocês, muito obrigado!
RESUMO
This word had the objective of realizing the dimensioning of flexible pavement with
asphalt coating using the proven semi-empirical method of the Departamento Nacional
de Infraestrutura de Rodagens (DNER), a variant of the CBR criterion simulating the
load repetition effects of a standard axle of 8,164 kg, and was designed by Professor
Murilo Lopes de Souza, a professor at the Instituto Militar de Engenharia (IME) in Rio
de Janeiro in the middle of 1960 and last edited in 1981.
Figura 2: Rua de Pompeia, antiga cidade romana destruída pelo Vesúvio, após ser
recuperada nas escavações. ...................................................................................................... 4
Figura 7: Aparelho de Casagrande (NBR 7180, ASTM D4318 e DNER 122) .......................... 22
Figura 8: Determinação do limite de liquidez para solo argiloso poroso de Ibiúna (SP) ........ 22
Figura 14: Princípio de solução das espessuras das camadas com base no valor de CBR. 33
Figura 15: Coeficientes de equivalência estrutural dos materiais. (Souza, 1981). .................. 34
Tabela 1: Materiais mais comuns no pavimento, adaptado Baldo, José Tadeu (2007) ......... 13
e Índice de vazios
n Porosidade
RL Ruptura Lenta
RM Ruptura Média
RR Ruptura Rápida
S Grau de saturação
V Volume Total
Var Volume do ar
Vs Volume do sólido
Vv Volume de vazios
LL Limite de Liquidez
LP Limite de Plasticidade
IP Índice de Plasticidade
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1. INTRODUÇÃO
2. OBJETIVOS
Figura 2: Rua de Pompeia, antiga cidade romana destruída pelo Vesúvio, após ser
recuperada nas escavações.
Execução de camada superior ao lastro – Nessa etapa era realizada uma camada
denominada Indus, constituída por diversos materiais, dependendo da localidade da
construção da via, podendo variar de pedras, pedaços de tijolos, ferro, ladrilhos,
entulho da construção civil, aglomerados por uma pasta com base de cal, argila, areia,
e material pozolânico, criando uma espécie de concreto.
Excetuando pequenas estradas de carroça que ligavam vilas desde o século XVI, a
história da pavimentação no Brasil, começou de fato com a criação da estrada União
Indústria, a primeira estrada de rodagem do Brasil, ligando as cidades de Petrópolis
(RJ) à Juiz de Fora (MG), inaugurada em 23 de junho de 1861 por Dom Pedro II. Foi
pavimentada utilizando o método macadame, com pedras importadas de Portugal
para o calçamento e com 144 quilômetros de extensão, sendo 96 km no estado do
Rio de Janeiro e 48 quilômetros em Minas Gerais.
Posteriormente, em 1905 foi criada a primeira lei que concedia auxilio federal a
construção de estradas, porém tal ato não teve eficácia na ampliação do pavimento
rodoviário. Somente em 1937, foi criado o DNER (Departamento Nacional de Estradas
e Rodagens), sem possuir recursos próprios, baixa visibilidade e não associado aos
sistemas rodoviários estaduais e municipais, apesar dos esforços não houve uma
grande eficácia para o setor, resultando em uma malha de 423,00 quilômetros na
década de 40, um sistema rodoviário modesto, mesmo para a época.
5. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Essa camada recebe diretamente as cargas, sendo superficial, mantem contato direto
com os eixos rolantes, no geral pneus e também contato as ações ambientais, deve
atuar de forma a não sofrer grandes deformações elásticas ou plásticas, sem
desagregar seus componentes ou perder compactação durante seu período previsto
de utilização, seus componentes devem estar bem aglutinados com ligantes de forma
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Após o termino da vida útil do revestimento, o mesmo deve ser recapeado e aplicado
a camada de reforço, podendo ser executado diretamente no pavimento recapeado
ou após a camada de nivelamento.
Quando a base é muito exigida, de forma a ter uma espessura muito robusta,
procurasse por motivos econômicos ou construtivos utilizar uma outra camada,
denominada sub-base, usualmente com material de menor custo.
Tabela 1: Materiais mais comuns no pavimento, adaptado Baldo, José Tadeu (2007)
Concreto betuminoso
CBUQ
usinado a quente
Concreto asfáltico
CAMB
modificado com borracha
Concreto compactado
CCR
com rolo
Concreto de cimento
CCP
Portland
Concreto de alto
CAD
desempenho
Concretos
Concreto de elevada
CER
resistência
Solo-Cimento SC
Solo-Cal SCA
15
Bica Corrida BC
Escória ESC
Solo-brita SB
Agregado reciclado de
RCD
entulho da construção civil
No inicio da pavimentação, materiais diversos, como rocha, areia, argila, cal foram
utilizados, posteriormente, a combinação desses de formas distintas, mostraram
resultados satisfatório a época, com o avanço do meio de transporte e maior exigência
aos pavimentos, o betume foi amplamente usado, e atualmente podemos dividir os
pavimentos em tipos, porém dentro dessa divisão ainda podemos classificar quando
o material de sua composição ou o comportamento mecânico a esforços, abaixo
apresentasse tabela com as classificações dos pavimentos:
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Composto por
revestimento em concreto Classificação de acordo
Concreto de cimento Portland, com o tipo do
incluindo pré-moldado, revestimento.
blocos ou placas
Classificacao de acordo
Composto por material
Asfáltico com o tipo de
betuminoso.
revestimento.
De acordo ao tipo de
revestimento. Seu
Revestimento em blocos comportamento será
Blocos de concreto intertravados ou rígido ou flexível em
articulados de concreto. função da presença de
camada tratada com
cimento ou não.
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Modelo convencional:
base, e eventualmente
sub-base tratada com
Composto por
ligante hidráulico.
revestimento asfáltico
com base ou sub-base em Modelo misto: base em
material tratado com mistura betuminosa e sub-
Semi-Rígido
cimento de elevada base em material tratado
rigidez, excluídos com cimento.
quaisquer tipos de
Estrutura invertida: base
concreto.
granular não tratada e
sub-base tratada com
cimento.
É o pavimento no qual
Se um revestimento
uma camada absorvendo
asfáltico for muito espesso
grande parcela de
ou vier a apreentar módulo
esforços horizontais
de resiliência muito acima
Rígido solicitantes, acaba por
dos padrões normais,
gerar pressões verticais
poderá conceder
bastante aliviadas e bem
comportamento rígido ao
distribuídas sobre as
pavimento.
camadas inferiores.
A absorção de esforços
dá-se de forma dividida Revestimento asfáltico
entre várias camadas, que absorve
encontrando-se as proporcionalmente pouco
Flexível tensões verticais em dos esforços, tendo
camadas inferiores, finalidade maior para
concentradas em região proteção das bases
próxima da área de inferiores.
aplicação da carga.
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É determinado também alguns limites, como Limite de Liquidez (LL), que é identificado
como a umidade na qual o solo passa do estado líquido para o estado plástico. Sua
determinação é realizada definindo-se a umidade na qual, empregando-se o aparelho
de Casagrande, o solo ranhurado com um cinzel apropriado causando uma abertura
de 12,5 mm em uma concha metálica tel tal ranhura fechada, quando após 25 golpes
desta concha, choca-se com uma superfície, caindo de uma altura de 10 mm. Prepara-
se o solo com algumas umidades e anota-se o número de golpes que leva ao
fechamento da ranhura. Traça-se, em escala logarítmica para o número de golpes, o
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Figura 10: Aparelho de Casagrande (NBR 7180, ASTM D4318 e DNER 122)
Figura 11: Determinação do limite de liquidez para solo argiloso poroso de Ibiúna (SP)
Baseia-se tal classificação na granulometria do solo, em seus índices físicos (LL e LP)
e no índice de grupo (IG), um parâmetro estimativo da capacidade de suporte do
material, que correlaciona-se, com o valor do CBR do solo, por meio da expressão:
sendo,
LL = Limite de liquidez
LP = Limite de plasticidade
IP = LL – LP
5.5.1 BETUMES
O Asfalto ou CAP (Cimento asfáltico de petróleo) podem ser classificados por suas
diversas propriedades, no entanto, aquelas tradicionalmente adotadas para fins
classificatórios em engenharia civil são sua consistência e sua viscosidade. A
classificação por viscosidade se baseia no valor da viscosidade em Poise a 60C. Ex.:
CAP-7 (viscosidade mínima de 700 poise).
O SMA apresenta uma macrotextura tal na superfície de modo a conformar uma rede
de canais que permitam o escoamento das águas sem sobreposição dos agregados
e usualmente sua aplicação tem sido destinada a melhora da resistência ao
cisalhamento de misturas asfálticas para revestimento, para usos como corredores
expressos e rodovias que exigem altos esforços do pavimento.
6. ESTUDO DE CASO
Figura 20: Princípio de solução das espessuras das camadas com base no valor de
CBR.
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Como no ábaco da figura 19, apresenta limite máximo de ISC 20%, para ISC superior,
adotaremos 20%, logo temos:
R x Kr + B x Kb + h20 x Ks Hn
h20 25 cm
Reforço de sub-leito deve ser realizado quando o ISC encontrado, for menor que 2%,
devendo ser realizado a substituição de 1,0 m por material com ISC superior a 2% ou
melhoria no material utilizando aditivos, na sondagem realizada constatou que o
material do sub-leito tem ISC 6%, logo não há necessidade no reforço ou troca do
material.
Dimensionamento:
R 12,5 cm
B 15,0 cm
H20 25 cm
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7. CONCLUSÃO
Desde a data de sua modulação, novos materiais como misturas de concreto asfáltico
modificados com polímeros, borrachas, ligantes e aditivos foram criados, porém o
método DNER prevê apenas o uso do CBUQ “puro”, sem adições, além disso, como
constatado na apresentação e desenvolvimento do método, condições climáticas
também não são observadas para o dimensionamento, fatores como diferença
térmica, coeficientes de saturação do revestimento e drenagem refletem diretamente
na durabilidade do pavimento, sem considerar tais informações o pavimento pode ser
super ou sub dimensionado. Um local que recebe chuva durante todo o ano deve ter
uma diferenciação em um local onde quase não há chuvas, do mesmo modo não se
deve dimensionar o pavimento com a mesma metodologia em um local onde existe
uma pequena variação térmica entre as horas dos dias ou estações do ano, com um
local onde haja abrupta diferenciação entre verão e inverno, ou entre o dia e a noite.
Estudando melhor esses fatores, que atuam diretamente na durabilidade do
pavimento, podemos ter um melhor custo benefício, dimensionar de forma mais
precisa um pavimento, para que o mesmo seja durável, seguro e econômico.
8. BIBLIOGRAFIA
SOUZA, Murilo Lopes de. Pavimentação rodoviária 2 ed. Rio de Janeiro: Livros
Técnicos e Científicos, 1980.