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Gestão de Projetos
1. INTRODUÇÃO
A liderança é um conceito popular nos dias de hoje. As pessoas estão cada vez mais
interessadas em saber quem são os líderes, o que é que eles fazem, o que é necessário para uma
boa liderança e o que fazer para se tornarem bons líderes (Northouse, 2012). Na vasta literatura
existente sobre o conceito de Liderança pode encontrar-se diversas definições de vários autores.
DePree (1987) define Liderança como sendo um processo onde se estabelecem relações entre
líderes e equipas com diferentes talentos, ideias e capacidades. É também um processo de
influência social e intencional exercida por uma pessoa, grupos sobre outras pessoas, ou grupos
visando a estruturação da organização (Bush & Glover, 2003). A Liderança é importante, para
que haja um ambiente fértil para o desenvolvimento de capital intelectual (Almeida et al., 2008).
2. OBJETIVO DO TRABALHO
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A importância da Liderança na Gestão de Projetos
3. CONCEITO DE LIDERANÇA
A liderança assume um papel fundamental na vida da organização e é considerada um dos
fatores-chave para o seu sucesso (Ferreira, Neves, & Caetano, 2001). Os líderes são também
referenciados como aqueles que vão à frente, visualizando e criando uma visão de futuro, e
influenciando os outros, individual e coletivamente, a caminhar no sentido da concretização desse
futuro (Bass, 1990; Ferreira et al., 2001; Northouse, 2010).
Ao longo dos tempos surgiram várias definições de liderança e existem quase tantas
definições quantas as pessoas que tentaram definir o conceito (Bass, 1990). Na perspetiva de
Hersey & Blanchard (2007 cit in Pina e Cunha et al., 2003) liderança é definida como o processo
de influenciar as atividades dos indivíduos ou grupos na persecução de um objetivo, numa dada
situação. Para Yukl (2002) liderança é o processo através do qual se influencia outros a
compreender e a concordar sobre o que necessita ser feito e sobre como fazê-lo, e, é também um
processo de facilitação dos esforços individuais e coletivos para realizar objetivos partilhados.
Liderança e gestão são frequentemente referidos como conceitos próximos. Estes possuem
semelhanças, mas também diferenças. Ambos envolvem influência sobre pessoas. Ambos exigem
trabalhar com pessoas. Ambos estão preocupados com a realização de objetivos comuns. Os
líderes são necessários para lidar com a mudança através da fixação de uma direção, alinhando as
pessoas, motivando-as e inspirando-as.
A gestão é hoje considerada por alguns como exigindo menos habilidade que a liderança.
A realidade é que os gestores têm hoje que liderar pessoas. Assim, a liderança é necessária em
todos os níveis da organização. Kotter (2001) argumenta, que um não substitui o outro e que o
verdadeiro desafio é combinar uma liderança forte com uma gestão forte e usar cada uma de forma
equilibrada. Ele argumenta que as organizações precisam de pessoas que possam assumir ambos
os papéis, precisam de líderes-gestores (Bass, 1990; Northouse, 2010). Parece assim claro que as
organizações necessitam tanto de um bom gestor quanto de um bom líder, podendo estes assumir
papéis diferenciados em diferentes níveis hierárquicos da organização, revelando-se a distinção
entre liderança e gestão uma diferenciação fundamentalmente conceptual, uma vez que no
contexto organizacional tendem a coexistir nos papéis dos designados líderes-gestores (Pina e
Cunha et al., 2003; UhlBien, 2007; Zaleznik, 1992).
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É, cada vez mais, um termo que começa a ser familiar e a entrar no léxico comum nas
funções de determinados profissionais de uma organização. “Gestor de projetos”, ou “Project
Manager”, implica um profissional que saiba gerir e coordenar ações várias, necessidades,
aconselhar estratégias, acompanhando todo o processo de gestão que um cliente interno ou
externo necessita, desde a conceção da ideia à sua materialização e passagem a operação. Cabe a
este profissional pôr em prática iniciativas em conjunto com várias áreas da Organização,
analisando o seu desempenho e assegurando o bom funcionamento das mesmas.
A sua função engloba também responsabilidades no
acompanhamento de propostas, incluindo contratos que
satisfaçam as necessidades e objetivos de negócio.
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A liderança na gestão de projetos é, em grande parte dos casos, crucial para o êxito de uma
iniciativa numa organização. Se faltam objetivos compartilhados entre membros de um grupo,
responsável pela conquista de metas, o risco de insucesso é grande.
No cotidiano das empresas, além de pensar em recursos e aspetos técnicos, o gerente de
projetos deve refletir sobre relacionamentos. Caso contrário, uma equipa dispersa, sem empenho
e motivação, pode deixar de cumprir os propósitos do negócio.
6. TEORIAS DA LIDERANÇA
Existe um conjunto de teorias que procuram explicar a origem da liderança que podem ser
classificadas em duas grandes categorias: as teorias clássicas e as situacionais/contingenciais
(Donnelly et al., 2000). As teorias clássicas da liderança adotam uma perspetiva muito
individualista do líder, tendo como objeto as características e comportamentos dos líderes. Já as
teorias situacionais/contingenciais focam-se no papel das equipas e na natureza contextual da
liderança. Até cerca década de 40 do séc. XX, a preocupação dos investigadores era identificar
atributos pessoais e traços de personalidade dos líderes. Posteriormente, o foco passou a estar
direcionado para os comportamentos dos líderes identificando-se categorias, fatores e estilos de
liderança. A partir dos anos 60, e com a emergência de correntes contingenciais, a liderança passa
a estar associada às variáveis situacionais que influenciam a eficácia da liderança (Barracho, et
al., 2010).
Abordagens Comportamentais
A incapacidade da abordagem dos traços para explicar a liderança e o aparecimento dos líderes,
fez com que se começasse a pensar em outros caminhos alternativos. Desta forma, “o novo
caminho” encontrado foi o da enfase no comportamento dos líderes admitindo que há
comportamentos específicos que distinguem os líderes dos não líderes. A abordagem
comportamental foca-se no que o líder faz e no comportamento do líder no desempenho das suas
funções. Esta abordagem tenta explicar a liderança com base nos estilos de exercício de autoridade
(Méndez et al. 2013). Os estilos de liderança surgem porque os líderes são diferentes uns dos
outros, logo adotam diferentes estilos de orientar as suas equipas. Para além disso, os estilos de
liderança são importantes, na medida em que vêm demonstrar o impacto dos líderes no ambiente
organizacional (Chiavenato, 2000).
Segundo Teixeira (2011), podem identificar-se quatro estilos ou comportamentos de liderança:
autocrático, participativo, democrático e laissez-faire.
Á semelhança do que havia sucedido com as teorias clássicas, o surgimento das teorias
situacionais/contingenciais foi originado pela insatisfação com a solidez teórica e empírica das
teorias clássicas para a formação de líderes (Ferreira et al., 2001). As teorias
situacionais/contingenciais surgem com o propósito de estudar e compreender a eficácia da
liderança, uma vez que as abordagens dos traços e as comportamentais não conseguiram explicitar
nem por que razão os líderes adotam diferentes estilos em diferentes situações nem porque são
eficazes numas situações e noutras não (Cunha et al., 2007). As teorias situacionais/contingenciais
visam analisar o modo como os fatores situacionais influenciam a eficácia do comportamento de
um determinado líder e estilo de liderança combinando os estilos de liderança de acordo com as
situações com que os líderes se deparam (Cruz et al., 2011). Dentro das teorias
situacionais/contingenciais podemos encontrar diversos modelos e abordagens, sendo que os mais
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7. ESTILOS DE LIDERANÇA
7.1. Autocrático
O líder autoritário fixa directrizes sem a participação do grupo, determina as técnicas para
a execução das tarefas. É também ele que designa qual a tarefa de cada um dos subordinados, e
qual será o companheiro de trabalho de cada sujeito. É dominador, provocando tensão e frustração
no grupo. Têm uma postura essencialmente directiva, dando instruções concretas, sem deixar
espaço para a criatividade dos liderados. Este líder é pessoal, quer nos elogios, quer nas críticas
que faz. As consequências desta liderança estão relacionadas com uma ausência de
espontaneidade e de iniciativa por parte dos liderados, bem como pela inexistência de qualquer
amizade de grupo, visto que os objectivos são, o lucro e os resultados de produção. O trabalho só
se desenvolve na presença física do líder, visto que quando este se ausenta, o grupo produz pouco
e tende a disciplinar-se, expandindo sentimentos recalcados. Este tipo de líder provoca grande
tensão, agressividade e frustração no grupo.
Este tipo de líder observa-se sobretudo, e algumas vezes com sucesso, quando se trata de
tarefas simples, altamente repetitivas, e as relações com os subordinados se processam em
períodos curtos (por exemplo, algumas tarefas de construção civil com empregados temporários).
7.2. Participativo
O líder participativo envolve uma forte capacidade de preparar e desenvolver pessoas muito
mais pela acção conjunta do que pela utilização de processos formais já existentes. Por meio de
feedbacks constantes, tanto sobre o desempenho de seus colaboradores quanto de seus resultados
e de comunicação eficaz, o líder participativo envolve a todos em suas metas, planos de trabalho,
análise de problemas, decisões, planeamento e execução propriamente dita das tarefas, fazendo
com que cada um dê o melhor de si pelo comprometimento e não por obediência às normas,
procedimentos ou regras. O líder participativo conta com habilidade em persuadir os demais para
obter apoio nos planos propostos.
7.3. Democrático
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demarcado) da voz do líder. O grupo solicita o aconselhamento técnico do líder, sugerindo este
várias alternativas para o grupo escolher. Cada membro do grupo decide com quem trabalha e é
o próprio grupo que decide sobre a divisão de tarefas. O Líder tenta ser um membro igual aos
outros elementos de grupo.
O líder democrático, quando critica ou elogia limita-se aos factos, é objectivo. Este tipo de
liderança promove o bom relacionamento e a amizade entre o grupo, tendo como consequência
um ritmo de trabalho progressivo e seguro. O comportamento deste líder é essencialmente de
orientação e de apoio. Surgem, em resumo, grandes quantidades de relação a nível interpessoal,
bem como bons resultados ao nível de produção/resultados.
7.4. Laissez-Faire
O líder liberal, também denominado de laissez faire, não impõe regras. O líder não se impõe
ao grupo e consequentemente não é respeitado. Os liderados têm liberdade total para tomar
decisões, quase sem consultar o líder. Não há grande investimento na função no estilo liberal,
havendo participações mínimas e limitadas por parte do líder. Quem decide sobre a divisão das
tarefas e sobre quem trabalha com quem, é o próprio grupo. Os elementos do grupo tendem a
pensar que podem agir livremente, tendo também desejo de abandonar o grupo, visto que não
esperam nada daquele líder. Como não há demarcação dos níveis hierárquicos, corre-se o risco
do contágio desta atitude de abandono entre os subordinados. Este é frequentemente considerado
o pior estilo de liderança, pois reina a desorganização, a confusão, o desrespeito e a falta de uma
voz que determina funções e resolva conflitos.
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O seu sentido ético em relação ao trabalho. Uns acham que o trabalho é agradável, dá
satisfação e realização; estes trabalhadores geralmente são fáceis de liderar. Outros vêem
no trabalho uma coisa desagradável e unicamente o meio de obter dinheiro; talvez
renumeração e castigos sejam os únicos motivadores destas pessoas.
A atitude em relação à autoridade. Uns entendem que a função do gestor é dizer-lhes
o que há a fazer, não têm de os ajudar a tomar decisões. Outros querem tomar todas as
decisões e oferecem sempre resistência ao exercício da autoridade pelos superiores;
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Perante uma crise numa empresa ou numa organização, é comum que a paralisia se apodere
das pessoas, logo o líder não deve esconder-se, mas mostrar o seu valor, defender as suas ideias
e procurar soluções. Além disso, deve mostrar-se confiante, pois os trabalhadores observam os
seus líderes e tendem a comportar-se como tal, tornando-se também confiantes.
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9. CONCLUSÃO
A liderança é um conceito extraordinariamente popular nos dias de hoje. Há um interesse
progressivo em saber quem são os líderes, o que é que eles fazem, o que é necessário para uma
boa liderança e o que fazer para se tornarem bons líderes. A Liderança apresenta-se sobretudo
como um processo relacional capaz de produzir resultados organizacionalmente válidos. É um
processo de influência social e intencional exercida por uma pessoa ou grupo sobre outras pessoas
ou grupos visando a estruturação da organização.
É bom ter em mente que um profissional dotado de conhecimentos técnicos, mas sem as
restantes habilidades comportamentais e contextuais dificilmente poderá ser um gestor de
projetos, onde impere a eficiência e a eficácia. Para, efetivamente, ser um bom profissional nessa
área, devemos desenvolver constantemente essas competências, essa é, primordialmente, a
diferença entre estar e ser um líder de projetos.
10. BIBLIOGRAFIA
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