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A partir da EC 45 essas discussões nem são da justiça estadual, mas agora tudo
está na justiça do trabalho.
O Art. 81, CDC, estabelece que as expressões são como sinônimas. O nosso
legislador fez uma opção de entrar na briga se trata de interesses ou direitos
difusos ou coletivos.
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- Direitos dos consorciados. Súm 643 STF (ilegalidade de
reajuste de mensalidades escolares) – não há relação
jurídica entre si, mas todos têm com o réu uma relação
jurídica contratual.
Depois cada vítima tem que se habilitar – é o momento que ocorre a divisão.
Porque alguns têm esse direito e outros não – esse é o momento da divisibilidade
do objeto.
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Se o direito for naturalmente coletivo – ou todo mundo ganha, ou todo mundo
perde (não dá para picotar entre os titulares, uns ganhando outros perdendo), já
nos acidentalmente coletivos – dá para uma parcela dos titulares ganharem e dos
pretensos titulares perderem.
Observações Finais
- Há uma zona cinzenta entre os coletivos e os individuais homogêneos. A ponto
de alguns autores negarem a existência dos coletivos.
Ex. Súm. 643 (ação para discutir mensalidade). O pai de uma criança pode entrar
com uma ação, se ganhar a ação vale para ele. O direito é coletivo, mas o efeitos
será só para ele. Se fosse coletivo, se ele ganhasse individual – todos os outros
teriam que abaixar.
- Um mesmo fato pode dar origem aos 3 direitos (difusos, coletivos e individuais
homogêneos). Quem diz isso é o Nelson Nery Júnior (MP/SP tem veneração por
Nelson Nery e Mazzilli).
Ex. Acidente Bateau Mouche:
- Famílias precisam ser indenizadas – individual
homogêneo
- Associação de turismo de Angra – ação para obrigar
todos os barcos terem o n° mínimo de botes salva-
vidas, para voltarem a usar aqueles barcos – direito
coletivo (preocupados com o turismo)
- Obrigar todas as embarcações da bacia de Angra ter o
n° de botes suficientes (preocupados com a vida).
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2) CATEGORIAS E LEGISLAÇÃO RESPECTIVA
Indica as leis que cuidam do processo coletivos. É preciso ler essas lei. Para
entendê-las é preciso antes saber que o nosso sistema de processo coletivo é um
sistema integrativo, isso quer dizer que tem um núcleo central composto pela
LACP (art. 21) e pelo CDC (art. 90). Isso é um núcleo porque esses dois artigos
são normas de reenvio, porque um manda para o outro.
A partir disso, do núcleo central, o sistema abre as portas para mais um monte
de lei. Nosso sistema será repleto de outras leis que se comunicam com o núcleo
central. Significa que uma lei fala como a LACP e com o CDC, mas também pode
falar com outra lei. Ex. ECA não tem IC, pode aplicar para o ECA também? Sim,
porque tem no núcleo. Mas e uma regra de legitimidade prevista na lei de
deficientes físicos? Pode usar, porque se vai no núcleo e não tem, vai na lei que
tem.
A improbidade administrativa é uma ação civil, mas com graves sanções. A ACP
não tem aplicação de sanções.
Legitimidade Ativa
Prova de que a ação de improbidade é uma coisa e ACP é outra.
Art. 17, caput:
MP
Pessoa jurídicas de direito
Legitimidade Passiva
Art. 2o e 3o da Lei 8429/92
O STF tem entendido que a ação de improbidade não se aplica aos agentes
políticos (aqueles que exercem parcela de poder do Estado e cujos deveres e
forma desinvestidura têm previsão constitucional)
Os agentes políticos quando praticam ato de improbidade, estão sujeitos a crime
de responsabilidade (cuja pena é a perda do cargo e a inexigibilidade) – esses
crimes estão previsto no Decr. Lei 201/67 e a 1079/50 (prefeitos e
impeachment)
Ou seja, é para todos, menos para os agentes políticos – que não estariam
sujeitos à improbidade administrativa: Agentes políticos:
- e cujos deveres e forma de
Rec. 2138/STF
O regime político tem previsão expressa – logo, lei especial não aplica a geral. E
as sanções são as mesmas.
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Posição da Pessoa Jurídica de Direito Público
Art. 17, § 3o - LIA
Na legitimidade ativa a PJ de Direito público pode ser autora. (Prof. nunca julgou
uma ação assim). Essa PJ não é autora da ação, mas se o MP ganhar o dinheiro
irá para seus cofres, assim, é nitidamente interessada.
Pessoa juridica de direito público não é autora – mas foi citada para o processo,
tem 3 opções:
a) Pode incampar a ação, quer dizer que pode virar autora junto com o MP –
integrar o pólo ativo (porque o dinheiro vai para o cofre dela se o MP
ganhar)
b) Pode virar réu – pode defender o ato praticado, dizendo que não houve
improbidade.
c) Pode não fazer nada.
Competência da Improbidade
A ação de improbidade administrativa SEMPRE será em 1a instância. Não existe
improbidade administrativa originária.
HNM – dizia que se for aplicável a improbidade aos agentes políticos a perda do
cargo não pode ser decretada pelo juiz de 1 a instância se a autoridade tiver forma
de desinvestidura prevista na CF. A CF previu a forma de entrar e a forma de
sair, a norma infraconstitucional pode até dizer que perda do cargo é
conseqüência, é para os outros. Senão criariam uma nova forma de
desinvestidura não prevista na CF.
Art. 20 – só se efetiva com o trânsito em julgado. Ele fará de tudo para não
transitar em julgado.
Na hora que acaba o efeito suspensivo do recurso deveria perder o cargo, mas
não é assim que a lei entende.
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Exceção
PU – prevê que o juiz poderá tirar o governante do cargo, o impacto político é
muito grande, por isso que o juiz deve ter muita coragem. Ex. Pitta foi afastado
por 48 horas, e o Régis Fernandes que foi prefeito nesses dois dias.
Prescrição
Previsão no artigo 23
Esse artigo disciplina a prescrição da improbidade. Isso significa que o agente
não pode mais sofrer as sanções do art. 12. Passou esse prazo, não mais pode
haver perda de direitos políticos etc. Mas a reparação do dano é imprescritível. O
que prescreve é a via da improbidade. Art. 37, § 5o – coloca a salvo da prescrição
a reparação do patrimônio público – será sempre imprescritível (isso caiu na
última prova do MP).
Procedimento da Improbidade
Tem previsão no art. 17, § 6o até o 11. Foi inserido pela Med. Provisória 2245 –
efeitos delas é igual da lei, os efeitos foram perenizados.
No processo civil não há uma fase chamada recebimento da ação. No crime o juiz
faz um juízo de aptidão da ação penal. Inclusive pode até julgar improcedente
liminarmente. No cível não existia isso. E a improbidade criou uma coisa nova.
1) Petição Inicial
2) Réu é notificado (não é citado) para apresentar defesa preliminar (fala
que é resposta escrita) – Em 15 DIAS.
3) Processo vai para o juiz – opções:
i. Indeferir a inicial (extinguindo o processo sem mérito)
ii. Decretar a improcedência da improbidade (decisão com
mérito) – julga improcedente sem citar o réu.
iii. Cite-se
Nas duas primeiras o autor que não vai gostar, logo, faz uma apelação. No
caso da citação, não cabe recurso, é despacho (decisão interlocutória
simples) no processo civil normal, não é recorrido, porque se defende na
contestação. Mas na ação de improbidade é recorrível por agravo de
instrumentos o réu
Conceito
A origem do nome ação civil pública é a ação penal pública. É a forma do MP agir
no cível. Entende-se, majoritariamente, que ação civil pública é qualquer ação
não penal ajuizada pelo MP ou equiparado, com fundamento na lei 7347/85, ou
no CDC. Ficam de fora: as ações penais, improbidade administrativa, ação
rescisória, ação de nulidade de casamento (ação que o MP ajuíza como curador,
custus legis).
Objeto
Art. 1o, 3o e 11 da LACP.
Nas provas anteriores do MP sempre que se referiu a ACP, o examinador dizia a
ação civil pública e/ou coletiva – para mostrar que o tratamento é um só das
mesmas.
- Tutela preventiva ou ressarcitória dos seguintes bens ou direitos:
o MA
o Consumidor
o Bens de valor histórico e etc.
o Outros direitos difusos, coletivos ou individuais
o Ordem econômica
o Ordem urbanística
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- Tutela ressarcitória (reparatória) – recomposição do
dano. Ex. plantar árvore no local que foi desmatado.
Meio Ambiente
Pode se dividir em 3:
- Artificial
É o espaço urbano. ACP para proteger a poluição visual, sonora.
Nem precisaria então dizer que há a proteção da ordem urbanística
- Cultural
É o patrimônio histórico cultural. Áreas que integram a cultura brasileira não
poderiam ser alteradas, porque fazem parte do MA cultural. O inciso III também
não precisaria existir, porque já estaria inserido no MA cultura.
Tombamento
É um atestado administrativo de que determinado bem tem valor histórico e
cultural. É uma restrição ao livre exercício do direito de propriedade, e advém da
polícia administrativa – poder de polícia do Estado.
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Com esse atestado há uma presunção absoluta (não há prova em contrário) de
valor histórico.
Posso proteger via ACP bem não tombado – sob o fundamento de que ele tem
valor histórico?
Sim, a diferença é a necessidade da prova do valor histórico. No bem tombado
não há a necessidade em razão do atestado.
Provar o valor histórico é difícil, tem que levantar elementos históricos e culturais
etc.
Súm 329, STJ – diz que o MP tem legitimidade para proteger o patrimônio pública
– havia gente que discordava. O fundamento era que havia uma PJ de direito
público que era violada, e assim o MP estaria advogando para ela. Mas a súmula
diz que é patrimônio público, bem de todos.
Isso ocorreu porque o Estado é o réu. O processo não pode funcionar quando o
Estado é réu. Seria um prejuízo para o patrimônio público, assim não aplica a
molecularização.
É pacificamente declarada constitucional pelo STJ e pelo STF – de modo que não
adianta chover no molhado.
Mas embora, seja pacífico na jurisprudência, na súm 44 CSMP diz que MP pode
atuar para a coletividade em matéria tributária.
LEGITIMIDADE ATIVA
Art. 5o LACP e 82 do CDC
Nosso sistema foi inspirado no dos EUA, tentou copiar o processo coletivo deles.
Mas lá, qualquer cidadão pode propor a ação coletiva. Mas se o juiz irá ou não
aceitar já é outra história.
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Porque nos EUA, se estabelece o controle judicial da adequada representação.
Ele controla se o cidadão representa adequadamente os interesses daquela
coletividade. Irá ver se a pessoa tem histórico na proteção coletiva, se tem
dinheiro (lá não tem processo grátis), se tem confiança da coletividade, se é um
bom escritório. Porque o juiz só pode autorizar alguém que será um bom
representante para coletividade.
Ex. Filme da Erin Brocovic – ela que ia propor a ação.
No Brasil é diferente, o cidadão não pode propor a ACP, só a ação popular.
Ministério Público
As principais ACPs ajuizadas no país são propostas pelo MP.
MPU e MPEs – o próprio artigo 5o, § 5o da LACP prevê a possibilidade de
litisconsórcio de MPs de todos, e também dos demais legitimados no § 2o .
Pode haver litisconsórcio entre todos os legitimados coletivos, sem nenhuma
exceção.
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O MP pode ajuizar a ação na esfera do outro. Ex. MP/SP propor ação em Minas,
MPF propor ação na Justiça Federal. DÚVIDA CONSULTAR ISSO
Defensoria Pública
Entrou em 2007, o que despertou a ira do Conamp (órgão central do MP) – ADI
3943, ainda não foi julgada (Rel. Min. Carmén Lúcia), sustentando que essa lei
viola o art. 129 da CF, porque este artigo prevê que é atribuição do MP defender
direitos difusos e coletivos. Não poderia aumentar o espectro de abrangência das
finalidades da defensoria por uma lei infraconstitucional. E para a defensoria
atuar, tem que ser necessitado, e só pode ser analisado sob o ponto de vista
individual, analisando sua situação concreta. A conseqüência prática é que não
poderia ter ação coletiva pela defensora.
Prof. acha que talvez caia essa discussão na 2 a fase – discutir legitimidade na
dissertação. Não pode dizer que é uma posição institucional contra a defensoria,
porque o MPF não aceitou essa ADIN, e no MPE houve uma comoção maior.
Entrar no site do STF pega essa ADIN e faz um download da petição inicial – e
analisa todos os argumentos.
Partindo-se do princípio que ela pode, a segunda questão é se pode haver grupo
de beneficiados não necessitados?
Ex. entraram uma ação do plano Bresser e Verão, ela irá atingir também quem
não era necessitado, porque não pode picar os efeitos da ação.
Associações
Essa expressão trata dos sindicatos (associação com registro do estatuto no min.
do trabalho), partidos políticos (associação com registro do Estatuto no Tribunal
eleitoral), entidades de classe.
OAB – não importa se entra na autarquia ou na associação (controle da
pertinência temática), importa que pode propor a ACP.
O § 4o do art. 5o – o juiz pode dispensar esse prazo de 1 ano, toda vez que tiver
um interesse social grande, ou o bem jurídico protegido é muito importante, o
objeto da ação ser relevante.
Não é assim um requisito absoluto.
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Pertinência temática
- Lei 9494/97
Art. 2o-A, PU – essa lei acabou com as associações para tutelar direitos
individuais homogêneos contra o poder público.
A petição inicial deverá obrigatoriamente estar com a ata da assembléia que
autorizou a ação, e a relação nominal dos associados com seu endereço.- Isso
porque a ação só valerá para esses associados.
*Importante Súm 629 – STF não é para ACP, mas para MS coletivo. Ou seja,
não aplica para ACP.
Observações finais
- Essa legitimidade do art. 5o tem incidido que é uma legitimidade concorrente
(vários legitimados) e disjuntiva (sem depender do outro).
- 1a posição:
o Legitimidade Extraordinária (HNM – maioria) –
art. 6o do CPC. Ocorre quando uma pessoa age
em nome próprio na defesa de um direito alheio
(NPDA) – Substituição processual.
LEGITIMIDADE PASSIVA
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Quem será réu é o causador do dano e todo aquele que direta ou indiretamente
contribuir ou se beneficiar diretamente dele.
Não há beneficiário indireto, só contribuição.
Não há disposição legal na LACP sobre legitimado passivo. Se não tem na ACP irá
no CDC. Lá também não tem. Terá somente no art. 6o da Lei de Ação Popular
(microssistema, todos ligados, pode pegar dispositivo de outro quando não tem
no seu).
Professor entende que o HNM está certo, porque a ACP veio da APP, não existe o
princípio da indisponibilidade, não pode escolher contra quem entrará, até na
queixa é assim. Logo, aqui tem que propor a ação contra todos que se
beneficiaram.
Perguntas
Lei de improbidade
Argumentos para aplicar a lei de improbidade para os agentes políticos:
1) Ordem legal - a lei de improbidade administrativa diz mandato, eleição,
cargo político, é interpretação literal.
2) Ordem sistemática – crime de responsabilidade é direito penal.
Improbidade administrativa é processo civil. Não tem bis in idem. Não é
preso e indeniza família quando há homicídio.
3) Ordem de tipologia – nem todas as condutas prescritas nas leis de crime
de responsabilidade, tem análoga na lei de improbidade. Prevê várias
condutas que não são crimes, assim, ao menos teria que se pereguntar
( min. Joaquim Barbosa), esse fato é crime? Mas se o fato não for crime,
aplica a improbidade, porque não haveria bis in idem (grande crítica que
fizeram)
Decreto 201 – crime para prefeitos somente. No Decreto lei 201 não tem sanção
para o vereador, assim, pode aplicar a lei de improbidade.
Os artigos de tipo não são cumulativos – não pode enquadrar em dois tipos.
Começa no 9, deopis no 10 e depois no 11.
Professor disse que queria revogar o art. 20, mas todos concordam que é
constitucional.
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Interrupção da prescrição – regra geral do CPC. Antigamente era a citação, agora
não é mais (art. 219), com o CC será o despacho positivo do juiz (art. 202 do
CC) , o cite-se- art. 219, § 1o – retroage à data da propositura. O que interrompe
é o cite-se, mas retroage.
INTERESSE DE AGIR
Adequação
uso da via adequada.
Ex.: ação exoneratória de alimentos – súmula do STJ 358. O pai tem que pagar
alimentos para o filho até completar a maioridade, quando ele completa os 18
anos, a própria lei estabelece que o pai não tem que pagar mais alimentos para o
filho. Até 18 anos paga com base do poder familiar, e depois disso se há
necessidade ainda, ele que tem que entrar com a ação. Não precisa o judiciário
declarar que não precisa pagar.
No processo coletivo
Eles precisam do provimento, senão não teriam entrado com a ação. Mas muitos
autores fazem uma relação entre interesse de agir e pertinência temática. Ope
judicis – juiz analisa se o MP está dentro das funções institucionais etc.
LITISCONSÓRCIO E ASSISTÊNCIA
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Na questão do art. 5º e seu §s tem-se dito que se a parte entra no início do
processo (no ajuizamento do processo), ex. associação e MP, poder público e
associação, o caso é de litisconsórcio, igual está na lei. Agora, se a intervenção
foi após o ajuizamento da ação o caso é de assistência litisconsorcial (tem os
mesmos poderes do litisconsorte, só não entrou no momento correto).
Não consideram listiconsórcio ulterior, em que precisa de expressa determinação
legal. Pois, o sistema não deixa claro que é ulterior. Assim tem prevalecido que
se a parte entrar após o ajuizamento da ação, não será ulterior, mas de
assistência litisconsorcial.
Na prática o raciocínio é o mesmo.
Litisconsórcio do art. 5º é ativo, inicial (se passar vira assistente, não será
ulterior), facultativo (é opção, pode entrar junto ou não) e unitário (decisão será
idêntica, se um ganha o outro também, se fosse simples a decisão poderia ser
diferente).
Nos individuais homogêneos quando condena – condena todo mundo, há a
divisão do objeto, decide quem ganha ou perde só na hora da execução,
liquidação, e não na fase de conhecimento que ocorre a divisão.
ATUAÇÃO DO MP
Art. 5º, § 1º
Se o MP não for o autor, necessariamente atuará como fiscal da lei.
COMPETÊNCIA
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Analisar a competência com base em 4 critérios, e nessa ordem:
2) Critério Material
Alguns dizem impropriamente que é o critério do assunto. Momento em que
se define a competência da justiça conforme a sua vocação:
- Justiça Eleitoral – o que define em regra a competência
é a causa de pedir (fundamentos de fato e de direito)
- Justiça do Trabalho / Mesma coisa do Eleitoral
- Justiça Federal – O que define é a parte
- Justiça Estadual – O que define é a parte
3) Critério Valorativo
O que define é o valor da causa
4) Critério Territorial
É onde ajuizará a ação. O que vale é o critério do local.
Competência na ACP
1) Critério Funcional
Não existe ação coletiva em outro grau que não seja o 1o – todas as coletivas são
em 1a instância.
Mazzilli até diz que se for para perder o cargo a autoridade do 1o não poderá
decretar.
2) Critério Material
Ao definir qual justiça, já define qual é o MP com atribuição, que é vinculada à
justiça que ele atua.
Justiça Eleitoral
No cível a Justiça Eleitoral julga:
Se a causa de pedir for uma dessas duas, ACP na justiça eleitoral e o juiz del lá
que irar julgar. Ex. MP eleitorall – ACP para anular eeli
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Justiça do Trabalho (art. 114, CF)
Súm 736, STF
MA do trabalho antes da EC45 era da J. Estadual.
Justiça Federal
O que define sua competência é a parte, para lembrar o art. 109, I, CF. Define a
competência da justiça federal.
Se define que é parte a União, autarquia fundações etc.
O qe define a competência da Federa não é qual bem foi violado. Mas quem é o
titular de tal idireito .
Justiça Estadual
A competência é residual.
4) Critério valorativo
Hoje nacionalmente o jvalor da causa so
Não há ACP no âmbito dos juizados. Art. 3o, I da L. 10259/2001. Mas para o
foro regional em SP pode até (até 500 ).
Critério Territorial
Critério do local
Posições:
a) tanto para difusos, coletivos e individuais homogêneos – regra do art 93
do CDC. ´regra central de competência.
(ignorar o ressalvada)
Dano local – local do dano
Dano regional – capital do Estado ou Brasília (DF) – até 4 comarcas ,
qulaquer delas, definido por prevenção. (entendimento doutrinário)
Dano regional – mais de 4 comarcas – não será qualquer delas, mas a capital
do Estado. (entendimento doutrniário)
- Dano Interestadual – até 4 Estados – qualquer capital do Estaado
Não pode ter sempre 3 associações com a mesma ação, 3 MPs, defensoria de um
Estado e de outro. Logo, dá para ter identidade total – prevalece na doutrina e na
jurisprudência a idéia de que a identidade total, de duas coletivas, não leva à
extinção das ações, mas à reunião para julgamento conjunto. Apesar da
identidade, é uma situação em que elas poderiam ser julgadas conjuntamente.
Mas pode haver a identidade parcial, seja pela conexão ou pela continência.
Neste caso, o efeito será o mesmo – reunião para julgamento conjunto (não
muda nada entre processo coletivo e individual)
PREVENÇÃO
Critério de prevenção do CPC – 106 (juiz de mesma competência territorial – o
cite-se) e 219 (competências territoriais diferentes).
TRANSAÇÃO
O promotor não pode abrir mão de ajuizar a ação, depois que ajuíza, pode haver
a transação, porque possui o controle do judiciário. Se for realizado um mau
acordo, é culpa do judiciário.
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Mas se for feito judicialmente, não precisa da aprovação do CSMP (Súm. 25,
CSMP/SP).
SENTENÇA
A sentença no processo coletivo não tem previsão legal específica. Mas a
sentença da ACP pode ter todas as naturezas, depende do que foi pedido. Pode
ter todas as suas naturezas, sem exceção.
O comum atualmente é o MP ajuizar uma ACP para anular acordo malfeito, e
improbidade administrativa contra quem fez o acordo.
Sucumbência
Na ACP as regras sobre sucumbência estão previstas nos artigos 17 e 18 da
LACP. Há previsão idêntica no art. 87 do CDC.
MP + Associações
- Procedente
o MP sem sucumbência, porque promotor não
pode receber honorários.
o Associação com sucumbência, porque teve
que contratar um advogado.
- Improcedente
o MP e Associação sem sucumbência, salvo
má-fé. Art. 17 e 18 diz que serão condenados,
estes dispositivo é constitucional. Já ocorreu a
aplicação disso para o MP. Quem paga os
honorários é o Estado, porque o MP não tem
responsabilidade direta.
Outros legitimados
- Procedente Com sucumbência, ou seja, eles irão
receber dinheiro de quem perdeu. A defensoria entra
aqui também, porque o dinheiro arrecada de honorários
vai para um fundo.
MULTA e LIMINAR
Multa
Cominatória – Astreintes.
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Destinatário da Multa
O destinatário da multa é o credor, e no caso do processo coletivo, o credor e´a
coletividade. O dinheiro será revertido para o fundo de reparação de lesados –
art. 13, LACP.
Exigibilidade
Art. 12, § 2o – super criticada pela doutrina, apesar de ser aplicada.
A multa é perfeitamente cabível contra o poder público. A multa será paga via
precatório.
Liminar
Art. 12, caput.
Liminar antes, de início, ocorre antes da sentença.
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Cabe. Mas, apesar disso, existem duas leis que limitam profundamente o
cabimento da liminar contra poder público.
Já a liminar inaldita altera pars não poderá ocorrer contra o poder público. Para
liminar – representante judicial (procuradorias) serão ouvidas anteriormente.
RECURSOS
Cuidado com prazo do ECA – apesar de constar 10 dias –para todo os recursos,
aplica para a ACP 15 dias, de acordo com o REsp n° 610. 438 item 3
COISA JULGADA
**Se tem coisa julgada, não pode ter outra ação coletiva. Se não tem coisa
julgada, pode ter outra coletiva.
O nosso sistema considerou que a falta de provas é impróprio para fazer coisa
julgada para a coletividade. Para o autor não combinar com o réu de mover uma
ação sem provas, e então ela fazer coisa julgada, e não incomodarem mais o réu.
Observações
A coisa julgada em todos os interesses transindividuais – nunca prejudica as
pretensões individuais.
Esse quadro é só coletivo.
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Mesmo nas individuais homogêneas – prejudica só o autor coletivo, não pode
mover mais uma ação coletiva, e pode propor individual. A coletiva nunca pega a
individual, não há litispendência ou coisa julgada entre individual e coletiva.
Exceção – art. 94, CDC – para aquele que quis ser assistentes litisconsorcial nos
individuais homogêneos e nos coletivos se perder o processo, fez parte do
processo, a coisa julgada tem efeito em relação a ele, não podendo propor ação
individual.
Mas para usar a coisa julgada coletiva, a parte deve observar o art. 104, CDC – a
ação coletiva não induz litispendência para as individuais, mas os efeitos das
coisas julgadas erga omnes ou ultra partes não beneficiarão os autores das
individuais se não requererem a suspensão no prazo de 30 dias, contados da
hora que o réu ou o juiz avisarem da existência da coletiva com objeto
semelhante. Se não avisarem, não precisa suspender.
A suspensão da individual será por prazo indeterminado – dura até o julgamento
da coletiva.
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Em matéria de dano ambiental tem responsabilidade penal da pessoa jurídica. Às
vezes no crime foi condenada a pessoa jurídica – teve conduta, nexo e resultado.
A sentença poderá ser executada no cível.
Essa sentença só poderá ser executada contra o condenado, se foi a pessoa
jurídica, só ela pode ser executada. Não poderá executar o sócio – o título não
ultrapassa a pessoa jurídica.
Existe um fundo por Estado para cada bem lesado. E também um fundo federal –
fundo MPF.
Esse fundo, é disciplinado em duas leis:
- L. 9008/95
- L. 8242/91
Questões
Transação Judicial
O juiz irá fazer o controle – se o MP transaciona em prejuízo da coletividade ele
não homologa por dispor de direitos que não lhe pertencem.
Reexame necessário
Se há regra específica de reexame necessário não aplica o 475 do CPC – se aplica
em favor do deficiente etc.
Art. 100, CF – só a transitada em julgado pode ser inscrita nos precatórios, não
pode executar em primeiro grau.
INQUÉRITO CIVIL
1) PARTE GERAL
Art. 8, § 1O e art. 9o da LACP.
- IC (stricto sensu) – invetigações mais compexas,
perícias, depoimentos etc.
- Peças de Informação – menos complexas, ex.
requisição de documentos.
Tem como finalidade colher elementos para a propositura da ACP.
Características do IC
- Procedimento meramente informativo
- Procedimetno Administrativo
- Facultativo (idem ao IP)
- Regra geral, o IC é procedimento público
- *Privativo do MP*
2) INSTAURAÇÃO DO IC
Mediante portaria
Precisa ter:
- Número
- objeto da investigação
- principais ocorrências que fizeram o promotor resolver
investigar.
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E não afasta a necessidade de controle do arquivamento pelo órgão superior (sai
quase na mesma do que instaurar o IC).
Esse Mandado de Segurança será julgado pelo TJ (art. 74, II, CE/SP) é uma
das poucas ações cíveis que tem foro por prerrogativa de função (em nenhuma
ação coletiva tem foro por prerrogativa, somente o MS).
Efeito da Instauração do IC
Art. 26, § 2o, III - CDC – suspensão do prazo decadencial (volta a correr com o
restante)
Obsta a decadência na a instauração de IC até o seu encerramento, e depois
volta a correr o prazo, e assim pode instaurar a ação. Aplica-se só para a
relação de consumo (porque está na parte de direito individual).
3) INSTRUÇÃO DO IC
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Poderes Instrutórios do MP no IC
- Vistorias e Inspeções
- Intimação (notificação) para depoimento – Sob
pena de condução coercitiva e desobediência. Tem
prevalecido o entendimento de que nos termos do art.
300 e 42 do CP poderá responder por falso testemunho
também.
- Requisição de documentos – de qualquer entidade,
pública ou privada de pessoa física ou jurídica, de quem
quer que seja. Todavia, o único documento que o
promotor não pode requisitar no IC são aqueles que
têm sigilo constitucional, porque a CF estabelece alguns
sigilos, são situações em que não é possível a obtenção
da informação, salvo prévia ordem judicial. Será:
• Sigilo Telefônico
• Sigilo de Correspondência
Documentos fiscais e bancários (LC 105/2001)
assim o sigilo não está expresso na CF, mas em
lei infraconstitucional. Poderá requisitar sem
ordem judicial? Duas posições:
o Sim (Nelson Nery e Hugo Mazzili) A LONMP é
lei especial, e a LC 105 é lei geral, e a lei
especial prevalece sobre a geral, não sendo
protegido pelo MP o sigilo fiscal, por terem
autorização na LONMP para quebrar sigilo fiscal
e bancário.
o Não Esses documentos também têm
proteção constitucional, não de forma explícita,
mas no direito à vida privada, à intimidade.
Apesar de preferir a primeira corrente, os
promotores não arriscam, e sempre solicitam a
autorização judicial.
Aqui é requisição (determinação), não é ordem, assim, o
descumprimento não gera crime de desobediência (prevê superioridade
hierarquica), mas o crime do art. 10 da LACP.
Não há contraditório no IC
Prevalece o entendimento de que não há contraditório no IC é procedimento
inquisitivo.
Mas o investigado pode juntar provas, etc. Mas não irá somente ter que se
manifestar sobre a juntada de qualquer prova pelo MP.
Segredo de Justiça no IC
Usará por analogia o art. 20 do CPP quando for fundamental para:
- elucidação do fato
- exigido pelo interesse da sociedade.
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Mas os promotores geralmente não fazem isso, mas guardar as provas boas
somente par ao momento que entrará com a ação. Porque podem querer alegar
que violou a publicidade do IC.
4) CONCLUSÃO DO IC
O promotor poderá:
Propor a ACP
Se convenceu da existência de elementos para propor a ACP.
Arquivamento fundamentado
Art. 9o, LACP não se convenceu da existência de elementos suficientes para a
propositura da ação. Esse arquivamento deve ser submetido à apreciação do
Conselho Superior do MP (CSMP).
A promoção de arquivamento é feita no prazo de 3 dias, e será distribuída a um
procurador de justiça do CSMP, que designará uma sessão de julgamento. Até a
data da sessão, qualquer interessado pode juntar documentos.
Nessa sessão o CSMP poderá:
- Homologar o arquivamento – concorda com o promotor,
por não haver indícios e provas. Mas essa homologação
não impede outra ACP, assim, qualquer outro
legitimado pode propor a ACP, até o mesmo promotor.
Porque podem surgir novos elementos, que permitem o
ajuizamento da ação. Essa homologação só serve para
o MP, que só no caso de novas provas para propor a
ACP, os outros legitimados não.
A decadência estava obstada pela instauração do IC, e
aqui volta a correr o prazo.
Natureza Jurídica
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Tem prevalecido na doutrina e jurisprudência de que a natureza é de transação
(concessões mútuas e recíprocas). Professor discorda, porque ninguém pode
transacionar com o interesse público, abrir mão daquilo que não é seu. A
natureza jurídica tem que ser de reconhecimento jurídico do pedido.
Legitimidade
Instaurar o IC – só o MP.
Mas para propor TAC MP e órgãos públicos legitimados. Fica de fora somente a
associação, sociedade de economia mista, empresa pública, ou seja, aqueles que
têm personalidade jurídica de direito privado.
Fiscalização
Súm 11 e 30, CSMP quem fiscaliza o cumprimento do TAC é quem celebra. Um
legitimado não precisa de concordância do outro para celebrar o TAC, mas
precisa ter a responsabilidade de fazer um TAC bem feito, bem como fiscalizar o
seu cumprimento.
Se fizer um TAC mal feito ou não observar o cumprimento do que foi prometido,
responderá por improbidade administrativa. E qualquer outro legitimado poderá
propor a ACP em cima desse TAC.
Eficácia
Título Executivo extrajudicial – porque o acordo não é celebrado perante o órgão
judiciário. Ou o MP ou as pessoas jurídicas legitimadas.
Requisito Essencial
Todo TAC por força normativa tem que ter a cominação de uma multa, a qual
deve ser cominatória (Súm. 23 do CSMP). O que interessa é o cumprimento da
obrigação, não o pagamento da indenização.
E de natureza cominatória (astreinte) – paga a multa (castigo), sem prejuízo de
ser obrigado a fazer por outras vias. E não de natureza compensatória, em que é
paga no lugar para compensar.
Compromisso Celebrado no IC
Na maioria das vezes o TAC é celebrado dentro do IC. Neste caso, por resolver o
problema, o promotor propõe o arquivamento fundamentado do TAC, devendo,
assim, haver aprovação do CSMP.
Súm. 25 do CSMP Porque na ACP foi feito o acordo, por ser ação, quem
extinguirá o processo será o juiz, e não o CSMP. Os promotores quando querem
atenuar os rigores da lei, não faz o acordo no IC, ele entra com a ACP e pede
para o juiz marcar uma audiência de conciliação, e o juiz homologa, sem passar
pelo CSMP.
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