Sei sulla pagina 1di 7

Espaço Aberto

A Matriz de Referência do ENEM 2009 e o Desafio de


Recriar o Currículo de Química na Educação Básica

Nicole Glock Maceno, Jaqueline Ritter-Pereira, Otavio Aloisio Maldaner e Orliney Maciel Guimarães

A proposição de matrizes vem sendo recorrentes no Brasil a partir da Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional (Brasil, 1996) a fim de induzir a reorganização curricular na educação básica, preconizando os princípios
de interdisciplinaridade e de contextualização para o desenvolvimento cognitivo dos alunos. Nesse contexto,
o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) emerge como possibilidade de contemplar tais princípios e vem
ganhando legitimidade no contexto escolar e na formação de professores. No presente texto, analisou-se o que
é preconizado para o ensino na Matriz de Referência do ENEM 2009 (Brasil, 2009a), especificamente na área
de Ciências da Natureza e suas Tecnologias e nos objetos de conhecimento, no qual foram identificadas con-
tradições entre o que defende tal Matriz em relação ao seu anexo, podendo induzir às interpretações equivocadas,
resgatar um tipo de ensino já em fase de superação e inviabilizar a inovação educacional na educação básica.

ENEM, Currículo, Matriz de Referência


153

Recebido em 01/11/2010, aceito em 16/08/2011

As matrizes curriculares e o ensino de sociais, visando formar um cidadão superiores (Vigotski, 2001); valori-
ciências em questão pensante, crítico e, sobretudo, capaz zação dos conhecimentos prévios e
de intervir na realidade e de ser um processos pedagógicos interativos;
A adoção de matrizes para a agente de transformação de seu meio. diálogo permanente entre professo-
orientação de avaliações públicas Nesse contexto de novas exigên- res e estudantes; trabalho coletivo; a
nos diferentes níveis da educação cias educativas, torna-se necessária crítica; e o questionamento, a fim de
básica brasileira tem sido recorrente uma mudança de posicionamento do que haja o exercício crítico da cidada-
principalmente a partir da aprovação professor da educação básica diante nia. Desse modo, a formação básica
da Lei n. 9394/96 (Brasil, 1996). São do conhecimento, de modo que tenha deve integrar as disciplinas, propiciar
exemplos disso as matrizes do Siste- autonomia e capacidade de elaborar a autonomia intelectual, a capacidade
ma Nacional de Avaliação da Educa- e propor programas de ensino alter- de tomada de decisão, a interven-
ção Básica (SAEB) criada em 1997; a nativos, porém sem deixar de atender ção no meio social, as vivências, os
do Exame Nacional do Ensino Médio ao que propõem os órgãos adminis- contextos e as relações implícitas
(ENEM) proposta em 1998; e a do trativos. Da mesma forma, espera- no processo educativo (Rosa, 2004;
Exame Nacional para Certificação de se por uma readaptação curricular Machado e Mortimer, 2007).
Competências de Jovens e Adultos em todos os níveis de ensino e que Há ainda exigências para que haja
(ENCCEJA), criado em 2002. as avaliações nacionais brasileiras articulação entre o conhecimento
Em tais matrizes, a organização também estejam de acordo com tais científico e a tecnologia a fim de
do conteúdo curricular científico pressupostos, objetivando a forma- propor soluções para necessidades
centraliza-se no desenvolvimento de ção básica em que o conhecimento particulares, produtividade e, ao mes-
competências e habilidades para a tenha significado para o sujeito e para mo tempo, formação de verdadeiros
integração de áreas do conhecimento, a sociedade. pensadores, capazes de perceber o
na inserção social, no prosseguimento No caso do ensino de Ciências e, mundo de forma global, conforme
dos estudos, no ingresso no mundo especialmente, para o de Química, afirma Kuwabara (2000), e de en-
do trabalho e no conhecimento com almeja-se que haja contextualiza- frentar os problemas de vida. Para
relevância social. Além disso, há a ção; interdisciplinaridade; constante tal, o ambiente escolar passa a ser
valorização da articulação entre a desenvolvimento cognitivo que po- concebido como local privilegiado de
ciência, a tecnologia e as questões tencializa as capacidades mentais produção de conhecimento, sendo a

QUÍMICA NOVA NA ESCOLA A Matriz de Referência do ENEM 2009 Vol. 33, N° 3, AGOSTO 2011
linguagem central para a construção indução das mudanças curriculares A contraposição entre a matriz do
do saber e não somente para a trans- e pedagógicas que valorizam tais ENEM 2009 e seu anexo
missão, conforme sustenta Machado princípios.
e Mortimer (2007). O ENEM teve reestruturações me- Na Matriz de Referência 2009
Por tudo isso, o ensino de Ciên- todológicas e teóricas em 2009 com (Brasil, 2009a), foram mantidos os
cias requer a abordagem de múltiplas o objetivo de aproximar a sua matriz cinco eixos cognitivos que apresen-
perspectivas e não somente o escopo das proposições das Diretrizes Cur- tavam até então, antes nomeados de
na racionalidade técnica como costu- riculares do Ensino Médio; viabilizar competências, mas com um diferen-
ma ser, mas na significação do que se o uso dos resultados nos proces- cial: a proposição de quatro áreas do
aprende. Tem-se ainda que: sos de seleção nas universidades; conhecimento – dentre elas, Ciências
chamar a responsabilidade delas da Natureza e Suas Tecnologias –, no
Neste novo encaminhamento, tanto para a formação básica como qual foram indicadas competências
o aprender ocorre no proces- para a docente, além de induzir as por área e trinta habilidades, confor-
so de busca de respostas, mudanças curriculares no ensino me destacado na Tabela 1.
de encaminhamentos para médio; a substituição do ENCCEJA; Pela Tabela 1, verifica-se que a
problemas contemporâneos, e para a discriminação dos alunos referida matriz preconiza o ensino que
na procura de respostas para de altíssima proficiência daqueles integre as disciplinas, no qual haja a
situações existenciais, na rein- de alta proficiência. Além disso, articulação do conhecimento cientí-
terpretação e ressignificação houve a participação da comunidade fico com a tecnologia e outras pers-
da experiência vivida. Assim, acadêmica para compor os anexos pectivas, a mobilização dos saberes
defendem-se currículos mais da referida matriz, denominados diante de situações que se apresen-
abertos diante de problemas, de objetos de conhecimento, que tam no cotidiano e vida e propõe a
de temáticas contemporâneas representaria o cur- Ciência como uma
fortemente marcadas pela di- rículo praticado no construção humana,
mensão científico-tecnológica. Brasil (Brasil, 2009a; [...] o aprendizado deve opondo-se à neutrali-
154 [...] No campo da educação 2009b). possibilitar a intervenção dade, mas sim incen-
científica, defende-se a supe- Pela análise da social e a compreensão das tivando a flexilibilida-
ração da concepção linear, a Matriz de Referência implicações da atividade de e postura aberta.
qual postula que primeiro o do ENEM 2009 e de humana no ambiente e na Também considera
aluno precisa adquirir uma cul- seu anexo além da sociedade. que o aprendizado
tura científica (estar alfabetizado Proposta à Associa- deve possibilitar a
científicotecnologicamente), ção Nacional dos Dirigentes das intervenção social e a compreensão
para depois participar da demo- Instituições Federais de Ensino Su- das implicações da atividade humana
cratização de processos deci- perior encaminhada pelo Ministério no ambiente e na sociedade. Traz,
sórios. (Auler, 2007, p. 184-185) da Educação (MEC) (Brasil, 2009b), portanto, essa necessidade de uma
há aspectos que podem inviabilizar compreensão global num mundo de
Diante do exposto, devemos o desenvolvimento de eixos cogni- incertezas e de mudanças, com os
privilegiar para o ensino de Ciências tivos, habilidades e competências. contextos mais distintos possíveis e
as dimensões integradoras que Referimo-nos particularmente ao em concordância com Rosa (2004),
permitam o diálogo entre as áreas anexo da referida Matriz para a área Machado e Mortimer (2007) e Malda-
do conhecimento e uma postura de Ciências da Natureza e suas Tec- ner et al. (2007).
aberta frente aos saberes. O ensino nologias, que apresenta uma listagem A Matriz de Referência do ENEM
propedêutico, apesar de manter-se do conteúdo curricular científico. 2009 (Brasil, 2009a), da forma como
recorrente no Brasil, mostra-se insu- No caso de Química, por exem- está mencionada em sua introdução,
ficiente por ter a centralidade apenas plo, tal listagem apresenta-se numa busca induzir a transformação do
na técnica, na dicotomia entre a forma tradicional tal como é critica- processo de ensino e aprendizagem
teoria e a prática e a memorização do pela comunidade de educadores para a participação, o maior compro-
superficial de conteúdos, sem que químicos. Diante de tal lista, nossa metimento social e a integração entre
haja a consideração dos contextos hipótese é de que os professores re- disciplinas, o que é positivo, uma vez
escolares em questão. Faz-se ne- forcem seus programas de ensino, que se opõe ao ensino propedêutico,
cessário que tanto o currículo como mantendo as práticas pedagógicas focado somente nos conteúdos e
a avaliação estejam afinados com os condicionadas a dar conta de uma na memorização conforme sustenta
princípios da interdisciplinaridade e a lista de conteúdos, o que pode Auler (2007). Com relação à preocu-
contextualização, considerados fun- anular os avanços conseguidos no pação em apresentar a Ciência como
damentais ao desenvolvimento inte- que se refere à superação do ensi- construto humano, com implicações
lectual dos estudantes na educação no propedêutico e ser contrário ao culturais, sociais, tecnológicas e tam-
básica e, nesse contexto, o ENEM que a própria proposta do ENEM bém ambientais, conforme destacado
emerge como uma possibilidade de defende. na área três da Tabela 1, verificamos

QUÍMICA NOVA NA ESCOLA A Matriz de Referência do ENEM 2009 Vol. 33, N° 3, AGOSTO 2011
Tabela 1. Competências por área e habilidades para a área de Ciências da Natureza e suas Tecnologias da Matriz de Referência do
ENEM 2009.

Competências por área Habilidades Frequência


Área 1 – Compreender as Ciências naturais e as Tecnologias a elas associadas como con- H1, H2, H3, H4 4
struções humanas, percebendo seus papéis nos processos de produção e no desenvolvimento
econômico e social da humanidade.
Área 2 – Identificar a presença e aplicar as tecnologias associadas às ciências naturais em H5, H6, H7 3
diferentes contextos.
Área 3 – Associar intervenções que resultam em degradação ou conservação ambiental a H8, H9, H10, H11, H12 5
processos produtivos e sociais e a instrumentos ou ações científico-tecnológicas.
Área 4 – Compreender interações entre organismos e ambiente, em particular aquelas H13, H14, H15, H16 4
relacionadas à saúde humana, relacionando conhecimentos científicos, aspectos culturais e
características individuais.
Área 5 – Entender métodos e procedimentos próprios das ciências naturais e aplicá-los em H17, H18, H19 3
diferentes contextos.
Área 6 – Apropriar-se de conhecimentos da Física para, em situações-problema, interpretar, H20, H21, H22, H23 4
avaliar ou planejar intervenções científico-tecnológicas.
Área 7 – Apropriar-se de conhecimentos da Química para, em situações-problema, interpretar, H24, H25, H26, H27 4
avaliar ou planejar intervenções científico-tecnológicas.
Área 8 – Apropriar-se de conhecimentos da Biologia para, em situações-problema, interpretar, H28, H29, H30 3
avaliar ou planejar intervenções científico-tecnológicas.
Fonte: Brasil, 2009a.

que foi proposto um número maior (Brasil, 2009a) priorizam, sobretudo, a abordagem temática como a con- 155
de habilidades para serem desen- a compreensão de fenômenos e ceitual e não uma em detrimento da
volvidas em relação a essa questão. a construção de argumentações outra, o que consideramos positivo.
Dessa forma, a análise das com- consistentes, ou seja, centra-se na No entanto, há divergência entre
petências por área e das habilidades valorização da linguagem como meio o que defende a área de Ciências
presentes na área de Ciências da Na- de construção do conhecimento e da Natureza e suas Tecnologias em
tureza e suas Tecnologias valorizam a aprendizagem para que o aluno relação ao anexo da Matriz, chamado
a articulação entre conhecimentos seja capaz de justificar, argumentar, de objetos de conhecimento, que é
científicos e do contexto de vida, a comunicar e de defender seu ponto apontado na Proposta à Associação
abordagem temática integrada à de vista, em concordância com as Nacional dos Dirigentes das Institui-
conceitual, os princípios de interdis- proposições de Machado e Morti- ções Federais de Ensino Superior
ciplinaridade e contextualização, a mer (2007), e da compreensão de (Brasil, 2009b, p. 4) como fruto de
proposição de situações de ensino fenômenos, atendendo o que se uma produção dessas instituições
para o processo de aprendizagem, ou espera em função da própria área. federais com o MEC e que correspon-
seja, em concordância com o que se Observa-se ainda nessa proposta o deriam a um conjunto de conteúdos e
espera presentemente para o ensino ensino preconizado na capacidade currículos praticados nas escolas. Na
de Química. Nesse sentido, o ENEM do sujeito em resolver os problemas, citação a seguir, destacamos um re-
emerge com potencial para induzir sejam eles de vida e sociais, de modo corte de tais objetos de conhecimento
mudanças pedagógicas e curricula- que para além da leitura, da inter- de Química da referida Matriz, que é,
res, defendendo que as dimensões pretação e da análise, o estudante na verdade, uma lista de conteúdos
amplas devem ser contempladas nos participe e intervenha na sociedade, apresentados de forma linear e frag-
espaços escolares, tendo em vista o que exige a mobilização de saberes mentada e que é considerado, por
uma aprendizagem para além da e a formação permanente. Auler (2007), Maldaner et al. (2007) e
memorização de conteúdos. Desse modo, as propostas que outros autores, como algo totalmente
Já na Tabela 2, foi realizada a constam na introdução da Matriz do oposto ao que se discute e se espera
categorização das 30 habilidades ENEM 2009 (Brasil, 2009a) parecem para a educação em Química.
da área de Ciências da Natureza e afinadas com o que se espera para o
suas Tecnologias a partir dos próprios ensino de Ciências, especialmente o 3.2. Química. Transforma-
eixos cognitivos. de Química: defendem os princípios ções Químicas - Evidências
A Tabela 2 revela que as compe- de interdisciplinaridade, contextuali- de transformações químicas.
tências por área e as habilidades da zação, articulação entre o saber cien- Interpretando transformações
área de Ciências da Natureza e suas tífico e múltiplas dimensões e, numa químicas. Sistemas Gasosos:
Tecnologias da Matriz do ENEM 2009 ação de reciprocidade, que haja tanto Lei dos gases. Equação geral

QUÍMICA NOVA NA ESCOLA A Matriz de Referência do ENEM 2009 Vol. 33, N° 3, AGOSTO 2011
Tabela 2. Categorias de análise* das habilidades da área de Ciências da Natureza e suas Tecnologias da Matriz de Referência do
ENEM 2009.

Categorias de análise Habilidades Frequência


Domínio de linguagens (símbolos, textos discursivos, gráficos, tabelas, relações matemáti- H17, H24 2
cas, códigos, nomenclatura).
Compreensão de fenômenos (processos, transformações, obtenção, causa e efeito, H1, H5, H6, H8, H9, H14, 12
produção, relação). H16, H18, H20, H22, H25, H28
Enfrentamento de situações – problema (uso de informações para tomada de decisão, H2, H7, H10, H21, H29 5
compreensão ou aplicação).
Construção de argumentação (uso de informações para construção de argumentos). H3, H11, H12, H13, H15, H19, 9
H23, H26, H30
Elaboração ou avaliação de propostas de intervenções sociais. H4, H27 2
Fonte: Brasil, 2009a.
*Categorias criadas a partir dos Eixos Cognitivos da Matriz do ENEM 2009.

dos gases ideais, Princípio de tíveis. Impactos ambientais de médio tem se caracterizado por
Avogadro, conceito de molécu- combustíveis fósseis. Energia uma ênfase na estrita divisão
la; massa molar, volume molar nuclear. Lixo atômico. Vanta- disciplinar do aprendizado.
dos gases. Teoria cinética dos gens e desvantagens do uso Seus objetivos educacionais
gases. Misturas gasosas. Mo- de energia nuclear. (Brasil, se expressavam e, usualmente,
delo corpuscular da matéria. 2009a, p. 20-21) ainda se expressam em termos
Modelo atômico de Dalton. de listas de tópicos que a esco-
Natureza elétrica da matéria: Tal listagem de conteúdos presen- la média deveria tratar, a partir
156 Modelo Atômico de Thomson, tes no anexo da Matriz de Referência da premissa de que o domínio
Rutherford, Rutherford-Bohr. do ENEM de 2009, da qual o trecho de cada disciplina era requisito
Átomos e sua estrutura. Núme- citado faz parte, contradiz o que pro- necessário e suficiente para o
ro atômico, número de mas- põe os Parâmetros Curriculares Na- prosseguimento dos estudos.
sa, isótopos, massa atômica. cionais do Ensino Médio para a área Dessa forma, parecia aceitável
Elementos químicos e Tabela de Ciências da Natureza, Matemática que só em etapa superior tais
Periódica. Reações químicas. e suas Tecnologias (PCNEM) (Brasil, conhecimentos disciplinares
Representação das transfor- 2000), conforme enfatizado em: adquirissem, de fato, amplitude
mações químicas - Fórmulas cultural ou sentido prático. Por
químicas. Balanceamento de Vale insistir que a atualização isso, essa natureza estrita-
equações químicas. Aspectos curricular não deve significar mente propedêutica não era
quantitativos das transforma- complementação de ementas, contestada ou questionada,
ções químicas. Leis ponderais ao se acrescentarem tópicos a mas hoje é inaceitável. (Brasil,
das reações químicas. Deter- uma lista de assuntos. Ao con- 2002, p. 5)
minação de fórmulas químicas. trário, é preciso superar a visão
Grandezas Químicas: massa, enciclopédica do currículo, que Dessa forma, podemos depre-
volume, mol, massa molar, é um obstáculo à verdadeira ender que há a divergência entre o
constante de Avogadro. Cálcu- atualização do ensino, porque que defende a Matriz de Referência
los estequiométricos [...]. Rela- estabelece uma ordem tão do ENEM 2009 (Brasil, 2009a), na
ções da Química com as Tec- artificial quanto arbitrária [...]. área de Ciências da Natureza e Suas
nologias, a Sociedade e o Meio Tal visão dificulta tanto a organi- Tecnologias, as demais orientações
Ambiente - Química no cotidia- zação dos conteúdos escolares curriculares nacionais e essa lista de
no. Química na agricultura e na quanto a formação dos profes- conteúdos apresentada nos objetos
saúde. Química nos alimentos. sores. (Brasil, 2000, p. 49) de conhecimento.
Química e ambiente. Aspectos Na introdução da referida Matriz,
científico-tecnológicos, so- Também contradiz as Orientações encontram-se os eixos cognitivos e
cioeconômicos e ambientais Educacionais Complementares aos as habilidades por área de conhe-
associados à obtenção ou Parâmetros Curriculares Nacionais cimento na defesa de um ensino
produção de substâncias quí- (PCN+) (Brasil, 2002) para a mesma contextualizado, integrado, que
micas [...]. Energias Químicas área: possibilite a autonomia intelectual e
no Cotidiano - Petróleo, gás a leitura compreensiva. Entretanto,
natural e carvão. Madeira e Especialmente em sua ver- no anexo da Matriz, foram listados
hulha. Biomassa. Biocombus- são pré-universitária, o ensino conteúdos tradicionais de forma so-

QUÍMICA NOVA NA ESCOLA A Matriz de Referência do ENEM 2009 Vol. 33, N° 3, AGOSTO 2011
brecarregada, fragmentada e linear. cação do cotidiano ao propor como temas geradores de ensino, ou seja,
Se tais anexos correspondem aos tópico “Energias químicas no cotidia- não haveria reciprocidade na relação
“currículos praticados nas escolas” no” (Brasil, 2009a, p. 21) conforme abordagem temático-conceitual.
(Brasil, 2009b, p. 4), primeiramente consta no trecho dos anexos da Além disso, os próprios anexos
identificamos que o ensino seria: Matriz do ENEM de 2009 que apre- resgatam conteúdos já obsoletos ou
fragmentado, descontextualizado, sentamos anteriormente. Outro tópico reforçam a perspectiva monodiscipli-
desarticulado da realidade social, nos referidos anexos que pode levar a nar na medida em que fixa conteúdos
linear e propedêutico. Além disso, compreensões equivocadas é “Rela- específicos para Química, Física e
perpassa a ideia de que as institui- ções entre a química, as tecnologias, Biologia. Um exemplo de tal situação
ções federais que propuseram tal a sociedade e o meio ambiente” é de que o trecho que destacamos
anexo veem o ensino praticado no (Brasil, 2009a, p. 21), sugerindo que anteriormente dos anexos da Matriz
Brasil dessa forma. tal inter-relação resume-se a uma lista do ENEM de 2009, que além de apre-
Desse modo, se o objetivo das re- determinada previamente e de forma sentar uma listagem de conteúdos
estruturações do ENEM é o de induzir fechada em contradição ao que pro- por disciplina, indica “mol” como
mudanças curriculares e pedagógi- põe os PCNEM (Brasil, 2000): sendo uma grandeza, associando-o
cas, chamando à responsabilidade à massa molar, entretanto:
não só as escolas da educação bá- Nessa área, que mais tra-
sica, mas também as universidades dicionalmente seria a das Ci- A definição atual para mol é
quanto à formação básica e docente, ências e da Matemática, é tão muito diferente dessa, e deixa
esse anexo pode inviabilizar tal função, difícil promover uma nova pos- claro que o mol não se refere à
primeiro porque pode resgatar um tipo tura didática quanto introduzir grandeza massa, mas é a uni-
de ensino já em fase de superação, novos e mais significativos dade de medida da grandeza
também porque é contraditório à conteúdos. A simples menção quantidade de matéria [...], não
própria proposta do exame tanto em de “tecnologia” ao lado da se deve mais usar, de modo al-
relação ao desenvolvimento de eixos “ciência” não promove a nova gum, a expressão ‘mol’ no seu
cognitivos, competências e habilida- postura e os novos conteúdos. sentido obsoleto, referindo-se 157
des bem como dos princípios da inter- (Brasil, 2000, p. 50) à grandeza massa molar. (Silva
disciplinaridade e de contextualização. e Rocha-Filho, 1995, p. 12-13)
Além disso, tal anexo pode gerar Logicamente, como afirma Lopes
outros possíveis problemas: a dificul- (1999, p. 63), a cultura é determinante Também há nos referidos anexos
dade de compreensão dos professo- do conhecimento escolar porque a imposição de determinados conteú-
res e de interpretações equivocadas se manifesta diretamente ligada dos em detrimento de outros, perpas-
da proposta, uma vez que a Matriz é à constituição do currículo esco- sando a concepção de que o ensino
divulgada sem os esclarecimentos lar e “em dado contexto histórico deve centrar-se na transmissão de
da Proposta à As- são selecionados os conteúdos fechados e desarticulados
sociação Nacional conteúdos da cultu- de questões sociais, políticas, éticas
dos Dirigentes das Os [...] anexos da Matriz ra, necessários às ou outros.
Instituições Federais do ENEM de 2009 também gerações mais no- Ainda pode-se suplementar, em
de Ensino Superior podem contribuir para vas, constituintes do relação à proposta da Matriz de
(Brasil, 2009b, p. 4), a concepção de que conhecimento esco- Referência do ENEM 2009, que há di-
podendo resultar em a contextualização é lar”. Sendo assim, a vergências entre os que propuseram
mais dúvidas do que mera exemplificação do escola de educação a introdução e os anexos, ou seja,
certezas ou contri- cotidiano [...]. básica deve recriar existe uma incoerência interna nas
buindo para a bana- a cultura construída orientações curriculares provenientes
lização da proposta do exame e não socialmente e relevante, mas para das políticas públicas de avaliação.
induzir às transformações curriculares isso, é preciso conhecer, tomar pos- Com isso, pergunta-se: como tal po-
nem pedagógicas. Desse modo, a se, colocar em perspectiva própria, e lítica pode ser consolidada se pode
mudança preterida pelo ENEM não isso se faz por meio dos conteúdos ser fonte de dúvidas, divergências e
alcançaria seu objetivo e contribuiria de ensino. Nessa perspectiva, a contradições ao que propõe? Por que
para que pouco fosse alterado nas forma como esses conteúdos são a prescrição de conteúdos nesses
práticas pedagógicas, uma vez que apresentados no anexo da Matriz, anexos? Pode-se cogitar uma hipó-
os professores diante de tal lista po- primeiramente induz a pensar numa tese: a partir do momento em que o
dem manter o ensino monodisciplinar falta de autonomia para o professor ENEM vincula-se como um processo
e propedêutico. criar seu programa de ensino; em de seleção ao ensino superior unifica-
Os referidos anexos da Matriz segundo, inviabiliza a própria abor- do e nacional, sentiu-se a necessida-
do ENEM de 2009 também podem dagem temática, indicando uma de de trazer esses anexos tais como
contribuir para a concepção de que relação unilateral entre a abordagem os vestibulares tradicionais propõem.
a contextualização é mera exemplifi- conceitual para então determinar os Dessa forma, afirma-se que nos

QUÍMICA NOVA NA ESCOLA A Matriz de Referência do ENEM 2009 Vol. 33, N° 3, AGOSTO 2011
anexos da Matriz pode ser resgatado de tornar claro quais são as propos- que tais orientações devem ter uma
o ensino guiado por listas fechadas, tas e qual o significado de propor um unidade comum e clareza no que se
o que já estava em processo de anexo de caráter prescritivo e linear. sugere, pois podem tolher qualquer
superação nos livros didáticos e nos Caso contrário, o exame perde seu possibilidade de perspectivas melho-
Programas de Concurso (Maldaner, significado como possibilidade de res para a educação básica.
2006) ou na seleção dos vestibulares avaliação, e os professores, diante Destarte, considera-se que é ne-
tradicionais. Com isso, a forma de do anexo, podem prosseguir com cessário repensar e ter essa Matriz
apresentação dessa lista de con- suas práticas arraigadas. Um exemplo escrita de melhor forma, com con-
teúdos se mostra contraditória aos disso são as listas dos índices de livros sistência e fidedignidade do início
princípios de interdisciplinaridade e didáticos e dos programas de seleção, ao fim. O que se propõe é um anexo
contextualização e também em rela- sobrecarregadas de conteúdos que descritivo das exigências coerentes
ção ao objetivo da proposta do ENEM. não se justificam para uma boa edu- com as habilidades e competências
Além da forma linear e fragmen- cação básica. Suplementa-se ainda que são apresentadas na mesma
tada dos conteúdos apresentados, o que a Matriz do ENEM não pode ser Matriz. Justifica-se a reconstrução ou
que pode obstaculizar a abordagem uma fonte de dúvidas, uma vez que a (re)elaboração do anexo a fim de que
de temáticas que os documentos deve orientar mais de seis milhões de o professor tenha autonomia para a
oficiais recomendam é o fato de estudantes brasileiros todo ano. escolha das propostas de programas
não ter sido contemplada a história Cabe salientar que o ENEM está e formas de ensino, que fica quase
da Química e suas implicações na efetivamente em processo de cons- inviabilizada quando o docente se de-
sociedade tecnológica atual, ou seja, trução e evolução. Espera-se por para com a lista de conteúdos anexa à
não se contempla o contexto no qual aprimoramentos já no ano de 2011, Matriz, fazendo com que a sua prática
os conhecimentos foram construídos, inclusive no anexo, e defende-se pedagógica pouco se altere.
tampouco relaciona os conceitos que sejam revistos os conteúdos e a Frente a essa lista, é possível
entre as áreas e na profundidade forma de apresentação destes, con- inferir que o professor pode ser
necessária para o desenvolvimento forme entende a área de Ensino de induzido a retomar o ensino prope-
158 dos Eixos Cognitivos. Química. Outro aspecto a considerar dêutico, focado na transmissão e
A justificativa do MEC para propor é que a lógica propedêutica existe e na racionalidade técnica. Como o
a Matriz do ENEM é que, para se via- persiste da mesma forma que os pro- professor se constitui pela história do
bilizar o uso desse exame em proces- gramas de ensino dos professores, currículo e das práticas curriculares
sos seletivos, não haveria o abando- que historicamente se orientam pelos que incorporou ao longo de sua for-
no do modelo de avaliação centrado programas de concurso, conforme mação (Maldaner, 2006), os anexos
nas competências e habilidades, mas indica Maldaner (2006). O diferencial da Matriz do ENEM 2009 devem ser
que seriam construídos em parceria positivo da Matriz são os princípios mais bem discutidos para se ter maior
com a comunidade acadêmica. Sen- da interdisciplinaridade e contextu- unidade de orientação, além de maior
do assim, o anexo proposto estaria de alização que perseguem o desen- aproximação entre os reformadores
acordo com o ensino que é praticado volvimento das faculdades mentais e docentes a fim de esclarecimentos
no Brasil (Brasil, 2009b), mas que superiores em concordância com as sobre tais propostas.
deveria ser aprimorado nas edições proposições de Vigotski (2001).
seguintes. No entanto, pode ser que Agradecimentos
muitos desconheçam a proposta refe- Considerações finais Os autores agradecem a Capes
rida e os esclarecimentos sobre esse A partir da análise da Matriz do pelas bolsas concedidas às alunas
anexo, podendo manter a tradição de ENEM 2009, é possível concluir de mestrado e pelo financiamento
“transmitir” os conteúdos que supos- que seus anexos contradizem os para realização da pesquisa por meio
tamente “caem” no exame. propósitos da nova proposta desse do Edital Observatório da Educação
Tendo em vista a perspectiva exame. Pode-se inferir que, a partir do 001/2008 da CAPES/INEP/SECAD,
de que o ENEM torna-se cada vez momento em que autores diferentes Projeto em Rede 3284 – Inovações
mais articulador da educação básica escreveram esse documento oficial, Educacionais e Políticas Públicas de
com o ensino superior, afirmando-se houve desacerto ao listar os conteú- Avaliação e a Melhoria da Educação
como política de educação e abran- dos, exatamente como os vestibula- do Brasil.
gendo todos os níveis, conforme res tradicionalmente sempre propu-
Nicole Glock Maceno (nifiss@yahoo.com.br) é
afirma Locco (2005), é de se esperar seram, reintroduzindo, inclusive, con- mestranda em Educação em Ciências e Matemática
que suas orientações sejam claras. teúdos que os programas destes já da UFPR. Jaqueline Ritter-Pereira (jaquerp2@
Dessa forma, é fundamental maior não exigiam mais. Logo, o ENEM tem gmail.com) é mestranda do Programa de Pós-
aproximação e integração entre os o potencial de induzir o rompimento Graduação em Educação nas Ciências da UNIJUÍ.
Otavio Aloisio Maldaner (maldaner@unijui.edu.
educadores que elaboraram a Matriz, com os exames de seleção focados br) é doutor em Educação pela Universidade Es-
os professores da educação básica na memorização ou nos conteúdos tadual de Campinas (UNICAMP). Orliney Maciel
e os membros da comunidade de desarticulados dos contextos e pro- Guimarães (orliney@ufpr.br) é doutora em Ciências
pesquisadores educacionais, a fim blemas reais. Entretanto, defende-se pela Universidade de São Paulo (USP).

QUÍMICA NOVA NA ESCOLA A Matriz de Referência do ENEM 2009 Vol. 33, N° 3, AGOSTO 2011
REFERÊNCIAS tituto Nacional de Estudos e Pesquisas Fundamentos e propostas de ensino de
Educacionais Anísio Teixeira. Matriz de química para a educação básica no Brasil.
AULER, D. Articulação entre pressu-
Referência para o ENEM 2009. Brasília, Ijuí, Ed. Unijuí, 2007. (Coleção Educação
postos do educador Paulo Freire e do
Distrito Federal, 2009a. 26p. em Química). p. 21-41.
movimento CTS: novos caminhos para a
______. Ministério da Educação, As- MALDANER, O.A. A formação continua-
educação em ciências. Contexto e Educa- sessoria de Comunicação Social (ACS). da de professores de Química. 3. ed. Ijuí:
ção, 77, p. 167-188, 2007. Proposta à Associação Nacional dos Diri- Ed. Unijuí, 2006.
BRASIL. Ministério da Educação. Lei n. gentes das Instituições Federais de Ensino MALDANER, O.A. et al. Currículo
��������������
con-
9394, de 20 de dezembro de 1996 – Esta- Superior. Brasília, Distrito Federal, 2009b. textualizado na área de Ciências da Na-
belece as diretrizes e bases da educação KUWABARA, I.H. Química. In: KUEN- tureza e suas Tecnologias - a situação de
nacional. Brasília, Distrito Federal, 1996. ZER, A. (Org.). Ensino médio: construindo estudo. In: MALDANER, O.A. e ZANON,
______. Ministério da Educação e dos uma proposta para os que vivem do traba- L.B. (Orgs.). Fundamentos e propostas de
Desportos. Parâmetros curriculares nacio- lho. São Paulo: Cortez, 2000. p. 152-161. ensino de química para a educação básica
nais: ensino médio. Parte III - Ciências da LOCCO, L.A. Políticas públicas de no Brasil. Ijuí, Ed. Unijuí, 2007. (Coleção
Natureza, Matemática e suas Tecnologias. avaliação: o ENEM e a escola de ensino Educação em Química). p. 109-138.
Brasília, Distrito Federal, 2000. 58p. público. 2005. 141p. Tese (Doutorado ROSA, M.I.P. Investigação e ensino – ar-
______. Ministério da Educação e dos em Educação) – Pontifícia Universidade ticulações e possibilidades na formação
Desportos. Secretaria de Educação Média Católica de São Paulo, São Paulo, 2005. de professores de Ciências. Ijuí: Ed. Unijuí,
e Tecnológica. Orientações Educacionais LOPES, A.R.C. Conhecimento escolar: 2004. (Coleção Educação em Química).
Complementares aos Parâmetros Curri- ciência e cotidiano. Rio de Janeiro: UERJ SILVA, R.R. e ROCHA-FILHO, R.C. Mol:
culares Nacionais (PCN+): Ciências da Editora, 1999. uma nova terminologia. Química Nova na
Natureza, Matemática e suas Tecnologias, MACHADO, A. e MORTIMER, E.F. Quí- Escola, v. 1, n. 1, p. 12-14, 1995.
Ensino Médio. Brasília, Distrito Federal, mica para o ensino médio – fundamentos, VIGOTSKI, L.S. A construção do pen-
2002. 141p. pressupostos e o fazer cotidiano. In: samento e da linguagem. Trad. Paulo
______. Ministério da Educação e Ins- MALDANER, O.A. e ZANON, L.B. (Orgs.). Bezerra. São Paulo: Martins Fontes, 2001.

Abstract: Enem 2009 matrix reference and the challenge to recreate the chemistry curriculum in basic education. The proposition matrices has been recurrent in Brazil from the Law of Directives and
Bases of Education (Brazil, 1996) in order to induce the reorganization of curriculum in basic education, advocating the principles of interdisciplinarity and context for the cognitive development of
students . In this context, the National Examination of Secondary Education emerges as a possibility to consider these principles and has gained legitimacy in the school context and teacher training.
In this paper, we analyzed what is recommended for teaching in the Matrix Reference ENEM 2009 (Brazil, 2009a), specifically in the area of ​natural sciences and their technologies and knowledge 159
objects, which were identified contradictions between the advocating such a matrix in relation to its attachment, and could lead to misinterpretations, to rescue a type of education already in overshoot
and cripple the educational innovation in basic education.
Keywords: ENEM, Curriculum, Reference Matrix

Resenha

Dicionário de Biografias Cientí- O caráter multidisciplinar, o alto nível dos textos e a


ficas. Dictionary of Scientific Bi- combinação de informações factuais básicas e discussão
ography – American Council of ampla sobre a contribuição de cada biografado fizeram
Learned Societies. Charles
�������������
Coul- deste dicionário um empreendimento único, logo transfor-
son Gillispie (Org.). Trad. Carlos mado em referência nos meios acadêmicos mais exigen-
Almeida Pereira et al. 3 v. Rio tes. Tornou-se também fonte permanente de consulta para
de Janeiro: Contraponto, 2007. professores, estudantes, jornalistas e outros profissionais,
2697 p. além de amantes da cultura.
“O American Council of Lear- Todos os ensaios basearam-se em fontes primárias.
ned Societies, que congrega 45 Em diversos casos, eles são o primeiro ou o mais impor-
associações culturais e científicas tante estudo já realizado sobre a obra de alguém, pois o
dos Estados Unidos, concebeu e editou uma publicação objetivo do American Council não era apenas difundir o
enciclopédica, contendo ensaios sobre vida e obra de conhecimento existente, mas estabelecer conhecimento
pensadores e cientistas que influenciaram decisivamente novo e explorar áreas em que nada existia” (apresentação
a história da ciência em todas as épocas. É o Dictionary da edição brasileira, p. 31).
of Scientific Biography (DSB), que contou com o apoio Os três volumes da edição brasileira contêm ensaios
da National Science Foundation e teve o aval da History sobre a vida e a obra de 329 cientistas e pensadores nas
of Science Society. A elaboração do dicionário mobilizou mais diversas áreas do conhecimento. Cabe destacar a
historiadores e cientistas de muitos países. A obra vem inclusão de dois cientistas brasileiros. Apesar de ter sido
sendo atualizada desde o lançamento em 1970. A edição publicada em 2007 no Brasil, ela ainda é pouco divulgada
brasileira usou como base a décima edição norte-ameri- entre professores e alunos de cursos de licenciatura. Trata-
cana, a mais recente. se de uma leitura altamente recomendável.

Roberto Ribeiro da Silva, UnB.

QUÍMICA NOVA NA ESCOLA A Matriz de Referência do ENEM 2009 Vol. 33, N° 3, AGOSTO 2011

Potrebbero piacerti anche