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PROCESSO DE FABRICAÇÃO

RETIFICAÇÃO

PROFESSOR: Odilon Caldeira Filho

Danielly S. Britto R.A: 202267


Edson FarinassoR.A: 202291
Ernani A. Junior R.A: 200987
Jonathan M. Camparoni R.A: 201131
Lara S. Nascimento R.A: 201180
Luiz Felipe B.Ciola R.A: 201479
Murilo G. Oliveira R.A: 201126
Rayanne C. Adi dos Santos R.A: 201197

ENG. MECATRÔNICA 8º TERMO


ARAÇATUBA – SP
2016
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RETIFICAÇÃO

ESTUDO DE CASO DA MATERIA PROCESSO DE FABRICAÇÃO


ORIENTADOR: PROFº. ODILON CALDEIRA FILHO
CENTRO UNIVERSITÁRIO SALESIANO AUXILIUM
UNISALESIANO - ARAÇATUBA

ARAÇATUBA-SP
2016
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AGRADECIMENTOS

Agradecemos a Deus por nos ter dado força, paciência e disposição para a conclusão deste
trabalho.Ao professor Odilon Caldeira Filho por nos ajudar com explicações sobre duvidas ao
conteúdo. E a loja COUTOFELX PEÇAS PARA TRATORES E IMPLEMENTOS AGRICOLAS
de Pereira Barreto SP por nos proporcionar o empréstimo de rebolos para ajudar na visualização
de ferramentas que compõe uma retificadora.
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SUMÁRIO

1–INTRODUÇÃO ...........................................................................................................7
2–OBJETIVO ..................................................................................................................8
3-RETIFICADORA 9
3.1 - Retificação 9
4 - PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS................................................................10
5–PROCESSOS .............................................................................................................12
6–TIPOS DE RETIFICADORAS................................................................................13
6.1 – Retificadora Plana Tangencial e Vertical..........................................................13
6.2 – Retificadora Cilíndrica ...................................... Error! Bookmark not defined.
6.3 - Retificadora sem Centros (Center Less) ............................................................15
7 - FLUIDOS DE CORTE ............................................................................................16
8-ITENS DE SEGURANÇA ........................................................................................19
9 - REBOLO ..................................................................................................................22
9.1-Formas de Rebolo .................................................................................................23
9.2-Escolha do Rebolo .............................................................................................. 24
9.3-Tipos de Abrasivos 25
9.4-Diamantes 26
9.5-Grãos 26
9.6-Grau de Dureza 26
9.7-Estruturas 26
9.8-Aglomerante 26
9.9-Balanceamento do Rebolo 27
9.10-Como Balancear o Rebolo 27
9.11-Retificação do Rebolo 28
10 – MERCADO............................................................................................................30
11-CONCLUSÃO ..........................................................................................................36
12-REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: .................................................................37
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LISTA DE FIGURA

FIGURA 1: RETIFICAÇÃO .............................................................................................................................. 7


FIGURA 2: APROXIMAÇÃO DO REBOLO A PEÇA........................................................................................... 10
FIGURA 3: REBOLO SOBREPASSANDO OS EXTREMOS .................................................................................. 10
FIGURA 4: ANEL GRADUADO ..................................................................................................................... 11
FIGURA 5: RETIFICADORA PLANA TANGENCIAL E VERTICAL .................................................................... 13
FIGURA 6: RETIFICADORA PLANA TANGENCIAL E VERTICAL .................................................................... 14
FIGURA 7: RETIFICADORA CILÍNDRICA ...................................................................................................... 14
FIGURA 8: RETIFICA CENTER LESS ............................................................................................................ 15
FIGURA 9: PRESSÃO X VELOCIDADE DO LUBRIFICANTE ............................................................................. 17
FIGURA 10: RETIFICA CENTER LESS .......................................................................................................... 18
FIGURA 11: OXIDAÇÃO DA PEÇA E/OU FLUIDO REFRIGERANTE .................................................................. 18
FIGURA 12: FIXAÇÃO COM TRANSPASSADORES.......................................................................................... 20
FIGURA 13: FIXAÇÃO COM SENO MAGNÉTICO ............................................................................................ 20
FIGURA 14: FIXAÇÃO COM MORÇA RETIFICADA ......................................................................................... 21
FIGURA 15: TIPOS DE CAVACOS ................................................................................................................. 22
FIGURA 16: CLASSIFICAÇÃO DO REBOLO ................................................................................................... 24
FIGURA 17: RETIFICAS PLANAS ATLASMAQ ............................................................................................... 30
FIGURA 18: RETIFICADORA FERDIMAT ...................................................................................................... 32
FIGURA 19: RETIFICADORA CENTERLESS BONELI SMART 10 ..................................................................... 34
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LISTA DE TABELAS

TABELA 1: FORMAS E APLICAÇÕES DOS REBOLOS ..................................................................................... 23


TABELA 2: ESPECIFICAÇÕES DA RETIFICADORA......................................................................................... 31
TABELA 3: ESPECIFICAÇÕES DA RETIFICADORA......................................................................................... 33
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1–INTRODUÇÃO

As operações de torno, fresa, fundição e tratamento térmico, normalmente são processos


que antecedem ao de retificação e/ou brochamento. Por questões de economia de escala e
características do processo de fabricação dos materiais metálicos, estes são produzidos em
dimensões padronizadas, não sendo adequadas ao uso para todos os fins a que se destinam.
Em função deste aspecto, tornam-se necessárias operações retificação e/ou brochamento
das matérias primas. A remoção de material pode ser efetuada, mecanicamente com retificadoras
e brochadeiras, por remoção de cavaco através de rebolos e ferramentas cortantes denominadas
brochas, estas operações conferem a correção e o acabamento das peças que passam por este
processo.

Figura 1:Retificação

Fonte:
http://www.clickdisk.com.br/uploads/fotoempresa_arquivo/32974371/clickdisk_1196020150409.jpeg
8

2–OBJETIVO

O objetivo deste trabalho é passar o conhecimento que conseguimos durante as nossas


pesquisas para apresentar os processos e o funcionamento da uma retificadora.
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3 - RETIFICADORAS

Retificadoras, ou retíficas, são máquinas-ferramenta operatrizes também derivadas dos


tornos mecânicos. São altamente especializadas na atividade de retificar, ou seja, de tornar reto
ou exato, dispor em linha reta, corrigir e polir peças e componentes cilíndricos ou planos.Os
virabrequins de motor a explosão, por exemplo, depois confeccionados, têm suas medidas de
acabamento terminadas numa retificadora. Outro exemplo seriam os corpos como barramentos e
prismas de precisão das próprias máquinas operatrizes que são acabados em suas medidas finais
por retíficas planas e cilíndricas.
Há basicamente três tipos de retificadora: a plana, a cilíndrica universal e a cilíndrica sem
centros (CenterLess). Quanto ao movimento, em geral as retificadoras podem ser manuais,
semiautomáticas e automáticas. No caso da CenterLess, ela é automática, pois se trata de uma
maquina utilizada para a produção em série.

3.1 - RETIFICAÇÃO

A retificação é um processo de usinagem por abrasão que retifica a superfície de uma peça.
Retificar significa corrigir irregularidades de superfícies de peças.

Assim, a retificação tem por objetivo:

 Reduzir rugosidades ou saliências e rebaixos de superfícies usinadas com


maquinas-ferramenta, como furadeira, torno, plaina, fresadora;
 Dar à superfície da peça a exatidão de medidas que permita obter peças
semelhantes que possam ser substituídas umas pelas outras;
 Retificar peças que tenham sido deformadas ligeiramente durante um pricesso de
tratamento térmico;
 Remover camadas finas de material endurecidas por têmpera, cementação ou
nitretação.

O processo de retificação é executado por ferramentas chamadas de esmeratrizes (rebolo),


que são pedras fabricadas com materiais abrasivos cujos formatos podem ser cilíndricos,
ovalizados, esféricos, etc. Em geral, as pedras são presas a eixos (pontas montadas) e giram em
altíssima rotação. Dessa forma, o componente a ser retificado é montado num suporte, numa
mesa coordenada ou num eixo, e recebe o atrito da esmeratriz (rebolo), que vai retirando o
material em quantidades muito pequenas, até chegar ao ponto ou dimensão determinados pelo
projeto.
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4-PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS

A superfície do bloco a ser retificada deve ficar para cima. A peça deve ser fixada na placa
magnética e aproximado o rebolo da superfície a ser usinada, movimentando o cabeçote
manualmente, mas sem entrar em contato com a peça, conforme figura 2.

Figura 2: Aproximação do rebolo a peça

Fonte:http://s3.amazonaws.com/magoo/ABAAAfg-AAK-12.jpg

A seguir, desbloquear a mesa manualmente até o rebolo sobrepassar a peça no seu


comprimento total, numa distância aproximada de 10 m de cada lado. Após isso, aperte
firmemente os limitadores e ponha o rebolo em funcionamento, mantendo-se de lado para não se
acidentar. Mostrado na figura 3.

Figura 3: Rebolo sobrepassando os extremos

Fonte:http://s3.amazonaws.com/magoo/ABAAAfg-AAK-12.jpg
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Quando o rebolo entrar em funcionamento, deve ser acionado o movimento da mesa de


modo que o rebolo entre em contato com a parte mais alta da superfície do bloco.

Posicionar anel graduado a zero como mostra na figura 4 logo abaixo. Realizar
deslocamento da mesa na posição transversal e longitudinal até que o bloco fique livre do
rebolo.Regular profundidade de corte o valor do avanço transversal da mesa por passada. Esse
valor depende da largura do rebolo.

Figura 4: Anel Graduado

Fonte:http://s3.amazonaws.com/magoo/ABAAABO-YAF-0.jpg

Quando a superfície do bloco estiver com o acabamento desejado, desligar a máquina e


retire o bloco para conferencia das medidas.
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5–PROCESSOS

Retificação é um processo de usinagem mecânica onde a remoção de cavaco do material é


estabelecida pelo contato entre a peça e uma ferramenta abrasiva (rebolo), que gira em alta
rotação, enquanto que a peça tem uma velocidade menor. A retificação confere à peça alta
precisão geométrica e dimensional.
Na maioria das vezes, este processo é empregado como operação final da fabricação de
uma peça e apesar de parecer uma operação simples, requer domínio dos parâmetros de
velocidade de corte, velocidade de avanço, boa refrigeração e controle dimensional rigoroso.
O processo de retificação é um processo onde as taxas de remoção de cavaco são muito
baixas se comparadas a outros processos, mas isso ocorre devido à qualidade das tolerâncias que
podem ser obtidas com este processo. A tolerância dimensional situa se entre IT4 e IT6 e a
rugosidade da superfície Ra pode variar de 0,02 a 1,6 µm. As tolerâncias e rugosidades obtidas
estão relacionadas diretamente com outros fatores que são fundamentais no processo, tais como a
granulometria e velocidade do rebolo, a velocidade de avanço, a profundidade de corte, o sistema
de refrigeração e os componentes mecânicos da própria máquina-ferramenta, a retificadora.
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6–TIPOS DE RETIFICADORAS

6.1 – Retificadora Plana Tangencial e Vertical

Esse tipo de máquina retifica todos os tipos de superfícies planas: paralelas,


perpendiculares ou inclinadas. Esta operação é feita com mais frequência em retificadora plana
tangencial que possibilita fino acabamento nas superfícies de peças como base, réguas, etc.

A figura (5) mostra como são estes dois tipos de retificadora.

Figura 5:Retificadora Plana Tangencial e Vertical

Fonte: http://s3.amazonaws.com/magoo/ABAAAfg-AAK-6.jpg

Na retificadora plana tangencial de eixo horizontal, utiliza-se um rebolo cilíndrico (tipo


reto plano). Na retificadora vertical, utiliza-se um rebolo tipo copo ou anel, cuja superfície de
corte tem, em sua parte plana, a forma de coroa circular. Além disso, é também utilizado um
rebolo de segmentos. Como mostra a seguir na Figura (6).
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Figura 6: Retificadora Plana Tangencial e Vertical

Fonte:http://www.ebah.com.br/content/ABAAAfg-AAK/trabalho-retifica?part=2

6.2 – Retificadoras Cilíndricas


A retificadora cilíndrica universal retifica superfícies cilíndricas, externas ou internas e, em
alguns casos, superfícies planas em eixos rebaixados que exijam faceamento.

Esta operação tem a finalidade de dar fino acabamento a superfícies cilíndricas, com
exatidão de medidas. Ilustrada na figura (7).

Figura 7: Retificadora Cilíndrica

Fonte:http://www.ebah.com.br/content/ABAAAfg-AAK/trabalho-retifica?part=2
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6.3 - Retificadora sem Centros(Center Less)

Esse tipo de retificadora é muito usado na produção em série. A peça é conduzida pelo
rebolo e pelo disco de arraste.
O disco de arraste gira devagar e serve para imprimir movimento a peça e para produzir o
avanço longitudinal. Por essa razão, o disco de arraste possui uma inclinação de 3 a 5 graus, que
é responsável pelo avanço da peça.

Figura 8: Retifica Center Less

Fonte:http://www.ebah.com.br/content/ABAAAgv2sAA/retificacao
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7 - FLUIDOS DE CORTE

No processo de retificação, o fluído de corte pode facilitar a remoção de material atuando


em dois fatores: na manutenção da afiação do rebolo através da diminuição do desgaste do topo
do grão e pela manutenção da limpeza na região de corte; na diminuição do coeficiente de atrito
entre grão e peça, diminuindo o calor gerado pelo deslizamento destes grãos na peça. Isso traz
maior facilidade de dissipação de energia, que é gerada em menor quantidade, pelo
favorecimento do corte.
A temperatura na região de contato entre a ferramenta e peça pode atingir níveis superiores
à 1000º C. Para determinadas condições de usinagem, o teor do óleo mineral no fluido de corte
reduz a força de corte no sentido tangencial, reduzindo a temperatura de corte.
Os fluídos de corte podem exercer uma ou mais funções no processo de retificação. A
primeira é refrigerar a ferramenta, a peça e o cavaco gerado. A segunda é lubrificar a região de
contato peça e a ferramenta, reduzindo o atrito, minimizando a erosão e o desgaste, aumentando
a vida útil e contribuindo para uma diminuição da geração de calor na região de corte.
A qualidade do refrigerante influirá na qualidade da peça usinada, na rugosidade, na
tolerância dimensional e no custo operacional.
Durante o processo de usinagem, aparecem fontes distintas de calor que devem ser
eliminadas. Uma das fontes a ser considerada é a região onde ocorre cisalhamento e a
deformação plástica do material pelo arranque do cavaco, o que afeta também o volume de
cavaco. A segunda afeta também a face da ferramenta rebolo, causando a quebra dos grãos
abrasivos, tornando-os, menos agressivos. A terceira fonte a ser considerada é a decorrente da
fonte de calor é a adesão do material sobre os grãos abrasivos do rebolo. Ocorrem também,
deformações de caráter dimensional e também de qualidade superficial, pelo aumento da
rugosidade e aumento das tensões, devido ao aumento da temperatura na superfície.
Durante a operação de arranque do cavaco da peça, forma-se uma região de temperatura
mais alta (hot-spot) onde a remoção de calor é dificultada pelo contato da ferramenta, formando
uma barreira anti-resfriamento. Assim, o resfriamento desta região depende da velocidade do
refrigerante e da velocidade do rebolo que arrasta o refrigerante para a região de alta
temperatura. Desta maneira, a velocidade do refrigerante é muito importante, e para que isto
ocorra, a pressão também tem que ser aumentada, o que depende também do orifício de saída do
refrigerante.
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Assim, o resfriamento desta região depende da velocidade do refrigerante e da velocidade


do rebolo que arrasta o refrigerante para a região de alta temperatura. Desta maneira, a
velocidade do refrigerante é muito importante, e para que isto ocorra, a pressão também tem que
ser aumentada, o que depende também do orifício de saída do refrigerante.
A Figura 9 mostra que, com o aumento da velocidade, a pressão do refrigerante na região
também aumenta.

Figura 9: Pressão x Velocidade do lubrificante

Fonte:http://moldesinjecaoplasticos.com.br/fluidos_de_corte.asp

A região chamada de hot spot é a região da interface peça/rebolo onde a temperatura é


mais elevada. A efetividade da refrigeração depende do refrigerante conseguir romper a barreira
de ar em volta do rebolo e chegar junto ao hot spot na área de contato.
Isso é conseguido se a velocidade do líquido refrigerante se aproximar da velocidade
superficial do rebolo fazendo com que o refrigerante penetre a barreira de ar (Figura 10).
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Figura 10: Retifica Center Less

Fonte:http://s3.amazonaws.com/magoo/ABAAAfg-AAK-40.jpg

A peça pode sofre danos térmicos que dentre eles podemos citar:

 Oxidação: Oxidação da peça e/ou do fluido refrigerante, gerando uma fina camada
na superfície retificada (figura 11).

Figura 11: Oxidação da peça e/ou fluido refrigerante

Fonte:http://s3.amazonaws.com/magoo/ABAAAfg-AAK-41.jpg

 SuperRevenimento: Ocorre quando a temperatura da peça atinge valores superiores


ao do último revenimento, durante o processo de retífica.

 Tensões Residuais: À medida que a temperatura aumenta, devido às restrições


impostas pela superfície à dilatação e contração do material durante a operação,
surgem tensões residuais de tração.

 Retêmpera: A queima devido à retêmpera ocorre quando a temperatura na


superfície que está sendo retificada supera a temperatura de autenitização do aço,
causando transformação de fases durante o resfriamento.
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8-ITENS DE SEGURANÇA

Para realizar uma boa retifica, alguns cuidados precisam ser tomados tanto para evitar
acidentes quanto influenciar na qualidade final da peça.
Preparar a maquina. Esse preparo consiste de: limpeza da máquina, balanceamento,
escolher o rebolo pela sua especificação, fixação e dressagem do rebolo, previamente
selecionado na máquina.
Durante a dressagem ou retificação do rebolo, deve-se ter o seguinte cuidado: o fluido de
corte deve cobrir sempre a área de contato do diamante com o rebolo.
Após a retificação do rebolo, é necessário limpar a superfície da placa magnética com
panos não felpudos, de modo a não deixar resíduos do pó abrasivo.
Escolha do tipo de fluido refrigerante; Forma da peça, material e sobremetal; Cuidados na
preparação e no setup são igualmente importantes e um bom planejamento das operações pode
proporcionar garantia de qualidade, menor tempo de setup e flexibilidade de produção de vários
modelos de peças.
Na hora da retifica, a maioria dos acidentes são causados pela quebra dos rebolos, este
fatos se deve a varias causas: ocorrência de trincas durante o transporte ou armazenamento dos
rebolos, montagens defeituosas, excesso de velocidade no trabalho, muita pressão em rebolo de
pouca espessura, contato muito brusco do rebolo com a peça a retificar, uso do rebolo muito
duro.
Por isso, são necessárias as seguintes medidas preventivas: antes de qualquer operação,
verificar se o rebolo está em bom estado e se ele é adequado ao serviço a ser feito, limpar bem o
rebolo e evitar choques e pressões excessivas sobre a sua superfície para ele não estourar.
Outro fato é a fixação da peça a ser retificada. Principalmente na retificadora plana há três
modos de fixar a peça, sendo eles:
Fixação com transpassadores: É utilizado normalmente em peças com formatos irregulares
para maior fixação (Figura 12).
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Figura 12: Fixação com transpassadores

Fonte:http://s3.amazonaws.com/magoo/ABAAAfg-AAK-8.jpg

Outro modo de fixar a peça à mesa da retificadora é por meio de uma mesa de seno
magnética. Em geral ela é utilizada na usinagem de superfícies inclinadas. Porem também está
sendo utilizado para fixar peças com superfícies irregulares(Figura 13).

Figura 13: Fixação com seno magnético

Fonte: http://s3.amazonaws.com/magoo/ABAAAfg-AAK-9.jpg
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É possível também fazer a fixação da peça à mesa por meio de uma morsa retificada.
Trata-se de uma forma de fixação utilizada na retificação de materiais não ferrosos (Figura 14).

Figura 14: Fixação com morça retificada

Fonte: http://s3.amazonaws.com/magoo/ABAAAfg-AAK-10.jpg
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9 - REBOLO

A ferramenta de corte utilizada na retificadora é o rebolo, cuja superfície é abrasiva, ou


seja, apresenta se constituída de grãos de oxido de alumínio ou de carboneto de silício, entre
outros.
Por isso, a usinagem com rebolo é designada como um processo de usinagem por
abrasão.
O desgaste do material a ser usinado é muito pequeno, porque o rebolo arranca
minúsculos cavacos durante a operação de corte, quando a aresta dos grãos abrasivos incide
sobre a peça.
O ângulo de ataque desses grãos é geralmente negativo, como mostra na figura 15.

Figura 15: Tipos de cavacos

Fonte:http://s3.amazonaws.com/magoo/ABAAAfg-AAK-27.jpg
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9.1-Formas de Rebolo

O rebolo apresenta cinco elementos a serem consideradosentre eles são:

 Abrasivo: Material que compõe os grãos do rebolo.


 Granulação: Tamanho dos grãos abrasivos.
 Aglomerante: Material que une os grãos abrasivos.
 Grau de dureza: Resistência do aglomerante.
 Estrutura: Porosidade do disco abrasivo.

Existem vários tipos e formas de rebolo, adequados ao trabalho de retificação que se deseja
fazer e, principalmente, a natureza do material a ser retificado. Veja na tabelaa seguir.

Tabela 1: Formas e Aplicações dos rebolos

Fonte: http://images.slideplayer.com.br/1/49300/slides/slide_20.jpg
24

9.2-Escolha do Rebolo

Os fabricantes de rebolos adotam um código internacional, constituído de letras e números


para indicar as especificações do rebolo.
Para a escolha do rebolo são levados em conta: abrasivos, grãos, dureza, estrutura, e
aglomerantes (Figura 16).

Figura 16: Classificação do Rebolo

Fonte:http://www.ebah.com.br/content/ABAAAfg-AAK/trabalho-retifica?part=3
25

9.3-Tipos de Abrasivos

Determina-se o tipo de abrasivo em função do material a ser retificado. Para a afiação de


ferramentas de corte utilizam- se os seguintes abrasivos:

 Óxido de Alumínio (Al2O3): O Al2O3é indicado para a retificação de materiais


de alta resistência á tração (aço-carbono e suas ligas, aços-rápidos, ferros fundidos
maleáveis e nodulares).

 Óxido de alumínio comum (A): De cor acinzentada, este abrasivo apresenta de


96 a 97% de Al2O3 cristalizado e a dureza de 21kN/m². A principal
característica é a sua alta tenacidade, a qual se presta nos casos de operações de
desbaste e retificações cilíndricas em materiais que tenham elevada resistência á
tração exceto em aços de elevada dureza e sensíveis ao calor.

 Óxido de Alumínio Branco (AA): É uma forma mais refinada do oxido de


alumínio comum, chegando a ter 99% de Al2O3. Distingue-se pela cor,
comumente branca, e com propriedades semelhantes ao comum. Porem, devido
a sua pureza e forma de obtenção (cristalizado), tende a ser mais quebradiço.
Possui alta dureza e baixa tenacidade e é utilizado em usinagem leve onde se
deve evitar aquecimento superficial. Como exemplo os aços – ligas em geral
podem ser citadas:

 Carboneto de Silício (Sic): O SiC é obtido indiretamente por meio da reação


química de sílica pura com carvão coque em fornos elétricos. Este tipo de
abrasivo apresenta maior dureza que os óxidos de alumínio 24 kN/m², sendo por
isso mais quebradiço. Não deve ser usado na retificação de aços.

 Carboneto de Silício Cinza (C): é indicado para a retificação de materiais de


baixa resistência á tração, porem, de elevada dureza como o ferro fundido
(tratados ou não superficialmente), materiais não ferrosos (principalmente o
metal – duro e o alumínio) e não metálicos (vidros, porcelanas e plásticos).

 Carboneto de Silício Verde (CC): É uma variedade do SiC cinza, indicado


especialmente para o trabalho de afiação em pastilhas de metal–duro. Por serem
mais quebradiços que o SiC cinza, não alteram a constituição do metal duro.
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9.4-Diamante (D)
O diamante é usado na retificadora de materiais não ferrosos (ferramentas de metal duro,
peças, cerâmicas, porcelanas, vidro e corte de pedras). Podem ser revestidos com uma
quantidade em peso de níquel ou cobre de 50% a 60%, o que limita a transmissão de calor para a
liga e melhora a adesão grão liga, além de prover proteção contra o ambiente. Em geral, o
diamante tem uma dureza de 80 kN/m².

9.5-Grãos
O rebolo vem indicado por um número que significa o tamanho do grão, classificado em
uma peneira (polegadas lineares).Quanto mais fino é o grão, maior é seu número na escala de
Granulometria.
Os grãos grandes são empregados para trabalhos de desbaste, os finos para acabamentos.
Os grãos abrasivos são classificados de acordo com seu tamanho por peneiramento
Os grãos que passam por uma peneira que tem 10 aberturas por polegada linear são
chamados grãos n. 10, e aqueles que passam por 60 aberturas por polegada linear são
denominados grãos n. 60 (e assim por diante)

9.6-Grau de dureza
A dureza de um rebolo é determinada pela quantidade e tipo de liga utilizada em sua
construção e designa a força com que a liga ancora os grãos abrasivos na massa aglomerada.

9.7-Estruturas
A estrutura ou porosidade é o espaçamento entre os grãos e a liga. A estrutura ou
porosidade deve ser escolhida de acordo com o trabalho. Sua representação é determinada por
números que, normalmente, vão de “5” a “15”. Quanto mais baixo o número mais denso ficará o
rebolo.

9.8-Aglomerante ou liga
O aglomerante do abrasivo permite que a ferramenta mantenha a sua forma e resistência,
dando-lhe condições de fazer o trabalho desejado e desprender o grão quando ele perder suas
características de corte. A proporção e qualidade da liga bem como o abrasivo determinam
dureza e grau de porosidade, exigidos pelo tipo de retificação, que pode ser:
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 Vitrificadas (V): Feitas à base de mistura de feldspato e argila, são as mais


utilizadas, pois não sofrem ataque ou reação química pela água, óleo ou ácidos.
São usadas nas máquinas retificadoras com velocidade periférica de no máximo
35 m/s.
 Resinóides (B): São feitos com base em resinas sintéticas (fenólicas) e
permitem a construção de rebolos para serviços pesados com cortes frios e em
alta velocidade, que nunca deve superar 80 m/s.
 Borracha (R): Utilizadas em aglomerante de ferramentas abrasivas para corte
de metais e em rebolos transportadores das retificadoras sem centro (centerless).
 Goma-laca (E) e Oxicloretos (O): Atualmente em desuso e só aplicada em
trabalhos que exijam cortes extremamente frios em peças desgastadas.

9.9-Balanceamento do rebolo
Depois de escolher o rebolo, é preciso balanceá-lo e dressá-lo. Assim, ele fica bem
equilibrado, evita vibrações na retificadora e permite a obtenção de superfícies de acabamento
fino.

9.10-Como balancear um rebolo


Primeiramente, verifica-se o rebolo em relação a trincas, para isso, é necessário suspender
o rebolo pelo furo e submetê-lo a pequenos e suaves golpes, dados com um macete ou cabo de
chave de fenda. Se o rebolo não estiver trincado, ele produzirá um leve som metálico, mas se
estiver trincando o som será “apagado”. Neste caso, o rebolo deve ser substituído.
Os rebolos possuem um rotulo de papel em suas laterais. Esses rótulos não devem ser
retirados, pois servem para melhorar o assentamento dos flanges, visto que no processo de
fabricação do rebolo, as superfícies ficam irregulares. No momento do aperto dos flanges, sem o
rótulo pode ocorrer má fixação ou até mesmo a quebra do rebolo.
Em seguida, o rebolo deve ser montado sobre o flange. Coloca-se o flange superior de
maneira que os dois flanges sejam unidos com parafusos de fixação.
O rebolo, assim preparado, é colocado sobre o eixo de balanceamento e o conjunto rebolo-
eixo é assentado sobre as réguas do dispositivo de balanceamento.
O dispositivo de balanceamento deve ser nivelado, para que a inclinação das réguas de
apoio não influencie no balanceamento do rebolo.
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Os flanges possuem ranhuras onde são colocados contrapesos para balancear o rebolo. É
como balancear a roda de um carro em que são colocados pequenos pesos.
Esses pequenos pesos podem ser movimentados dentro da ranhura. Se um lado do rebolo
estiver mais pesado, ele vai girar ao se colocar o rebolo com o eixo de balanceamento sobre as
réguas do dispositivo.
Movimentamos os três contrapesos a fim de equilibrá-los. Quando o peso estiver
equilibrado, o rebolo ficará parado em três posições, a 120°, uma em relação à outra. Nesse
momento, o balanceamento está concluído.

9.11-Retificação do Rebolo
Antes de iniciar uma retificação de peças é necessário retificar o rebolo para melhorar as
seguintes características: planicidade, concentricidade e superfície cortante. Esta operação de
retificação do rebolo também é chamada dressagem.
O primeiro passo é fixar bem o rebolo no eixo da retificadora da máquina. Neste momento,
deve-se observar também a folga radial, que não deve ultrapassar 0,005 mm, e a folga axial, a
qual não deve ser maior que 0,02mm. Em seguida, fixamos o diamante de retificação na mesa da
retificadora, geralmente com uma placa magnética.
Liga-se o rebolo e faz-se com que ele tangencie o diamante. Neste momento, é preciso ter
muito cuidado, pois a posição do diamante em relação ao rebolo não deve permitir que o rebolo
“puxe” o diamante para baixo de si. Caso contrário, isso pode provocar a quebra do rebolo e
trazer riscos para o operador.
A dressagemconsiste em passar o rebolo varias vezes pelo diamante, com pequenas
profundidades de corte e movimentos lentos de avanços transversais da mesa. As profundidades
são de aproximadamente de 0,02 mm para o desbaste e 0,05 mm para o acabamento.
Para evitar aquecimento excessivo das peças submetidas à operação, deve-se usar um
fluido de corte em abundancia sobre o diamante e o rebolo.
Outro fator importante a ser considerado na preparação da retificadora consiste na
determinação da velocidade de conte do rebolo e do movimento da máquina.
A velocidade de corte do rebolo é de grande importância e depende do tipo do
aglomerante. Numa velocidade muito baixa, haverá desperdício de abrasivo e pouco rendimento
de trabalho. Uma velocidade muito alta pode causar rompimento do rebolo.
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Geralmente, as máquinas têm rotações fixas que correspondem à velocidade de corte ideal.
Exemplo:

Quanto à velocidade do rebolo, também deve ser considerado o seguinte:

 Quanto mais alta a velocidade do rebolo em relação à velocidade da peça, menor


deve ser o grau de aglomerante;
 Os aglomerantes orgânicos (resinóide, borracha, goma-laca) devem ser
empregados para velocidades mais altas.

Para manter um rebolo na velocidade periférica, e se sua maquina permitir, aumente


progressivamente a rotação. Com isso você evita o desgaste excessivo do rebolo.Deve-se sempre
empregar a velocidade indicada pelo fabricante para cada tipo de rebolo.
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10 – MERCADO

Retificadora planaAtlasmaq

Figura 17: Retificas planas Atlasmaq

Fonte: http://mlb-s1-p.mlstatic.com/904101-MLB20268407982_032015-S.jpg

Preço: R$ 80.000 (aproximado).


Modelos: RPA 800 – 600 – 520.

Características:
 Painel de comando: Painel de comando completo para todas as funções da
máquina.
 Rebolo: Excelente granulação ideal para um ótimo acabamento
 Volante de ajuste fino do cabeçote vertical: Com deslocamento no anel graduado de
apenas 0,005mm garante uma excelente precisão e acabamento ao seu trabalho.
 Comando do controlador lógico programável (CLP): Proporciona alta
produtividade, com vários ajustes para o controle de ciclos de trabalho.
 Alavanca de ajuste de velocidade da mesa: Garante maior versatilidade ao eu
processo, pois oferece várias opções de velocidade para o seu trabalho.
 Volante de ajuste do movimento transversal: Facilita o ajuste manual do curso
transversal da mesa.
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 Manômetro de pressão do sistema hidráulico: Auxilia o monitoramento do sistema


hidráulico.
 Coluna: Coluna quadrada com barramento retificado e temperado.
 Painel elétrico: Equipado com componentes eletrônicos de alta qualidade que
atendem as normas de segurança.
 Motor de sistema hidráulico: Motor diferenciado atua nos dois sentidos de rotação
trazendo segurança ao operador.
 Placa magnética (opcional): Oferece melhor fixação para as peças a serem
trabalhadas garantindo maior precisão e acabamento.

Tabela 2: Especificações da Retificadora

Fonte: http://mlb-s1-p.mlstatic.com
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Retificadoras Cilíndricas Série U/UA71

Figura 18: Retificadora Ferdimat

Fonte: http://www.timemaster.com.br/Content/Vitrine/p1a8h63392er1c0i190iu7k9394.jpg

Marca:Ferdimat.
Preço:R$ 50.000,00.

Características:

Ciclo autmático de trabalho selecionável para ciclo por penetração com tempo de
faiscamento regulável ou ciclo passante com contador de passsadas em vaziom retorno do
volante a posição inicial e parada da mesa longitudinal do lado direito.

 Avanço rápido transversal com curso de 40mm.

 Avanço nas inversões da mesa regulável do lado direito, esquerdo ou ambos.

 Cabeçote porta peças com regulagem de velocidade realizada por conversor de


frequência.
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 Fuso do rebolo tipo cartucho de fácil desmontagem, dotado de rolamentos de alta


precisão com lubrificação selada por toda vida útil.

 Possibilidade de retificar internos sem desmontar o rebolo de externos.

 Proteções da máquina inteiramento metálicas.

 Sistema de lubrificação nas guias longitudinais, com lâmpada sinalizadora de falta


de lubrificação no painel de comando.

 Unidade hidráulica externa de fácil conexão.

 Volante transversal zerável.

Tabela 3: Especificações da Retificadora

Fonte: http://www.ferdimat.com.br/produto/ua71smallo300-x-750-mmsmall/24.html
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Retificadora CenterlessBoneliSmart 10

Figura 19: Retificadora CenterlessBoneliSmart 10

Fonte:http://www.boneli.com.br/images/foto_smart10.jpg

Preço: R$ 80.000 (aproximado).


Marca: Boneli.

Características:
 Atinge velocidade de corte de até 120 m/seg. e velocidade de dressagem do
rebolo de arraste de até 1000 RPM.
 Utiliza spindles com motores integrados refrigerados que eliminam a vibração e
deformações térmicas, garantindo melhoresresultados de retificação.
 Os cabeçotes e dressadores movimentam-se por servo-motores via fibra óptica,
acoplados a fusos de esferas e guias linearesde altíssima precisão.
 Para a retificação por passagem, a máquina realiza automaticamente a
dressagem do perfil hiperbólico no rebolo de arraste,sem a necessidade de o
operador inclinar o dressador ou alterar a altura do diamante do dressador de
arraste.
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 Sensores indicam na tela do CNC a exata inclinação do rebolo de arraste e os


ajustes de paralelismo da mesa porta- cabeçotede arraste.
 O comando OpenCNCtouchscreen permite criar com imensa facilidade o perfil
desejado, sem a necessidade de conhecimentode linguagem de programação.
 O Software salva os parâmetros de preparação do operador para no futuro
retificar peças similares com o mesmo padrão dequalidade.
 O Software salva os parâmetros de preparação do operador para no futuro
retificar peças similares com o mesmo padrão dequalidade.
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11-CONCLUSÃO

A retificadora, que é de suma importância nos processos de fabricação, como também uma
máquina que ocupa um lugar de extrema importância na indústria mecânica, pois sem ela, não se
pode chegar às dimensões corretas de cada peça, principalmente se a peça requer muita exatidão
em seus detalhes.
A qualidade do processo de retificação é dependente de vários fatores como, uma eficiente
refrigeração, uma correta afiação da superfície do rebolo, analisar cada tipo de material
submetido ao processo final de cada peça.
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12-REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAc3oAL/retifica;
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ret%C3%ADfica;
http://www.atlasmaq.com.br/;
http://www.ferdimat.com.br/;
http://www.boneli.com.br/;
http://www.ebah.com.br/content/ABAAAfRGIAI/retificacao-plana;
https://www.feimafe.com.br/pt-BR/Exhibitors/499931/CIMHSA-CLEVER-
TRAVIS/Products/789459/RETIFICA-CILINDRICA-UNIVERSAL-MARCA-CLEVER-
MODELO-RCU-20750;
Livro: GROOVER, Mikell P. Introdução a Processos de Fabricação, LTC, 2013.

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