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POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

CQPS EVPMERJ

CAS

CURSO DE APERFEIÇOAMENTO
DE SARGENTO - EAD 2015

POLÍCIA JUDICIÁRIA

ESCOLA VIRTUAL DA POLÍCIA MILITAR


DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
NESTA DISCIPLINA, VOCÊ IRÁ APRENDER:

1- Conceito - Polícia Judiciária Militar


2- Competência
3- Exercício da Polícia Militar
4- Auto de Prisão em flagrante
5- Procedimentos Apuratórios
5.1 – Averiguação
6- Conselhos Disciplinar
7 - Comissões De Revisão Disciplinar
8- Inquéritos Policial Militar

INTRODUÇÃO

Considerando que teoricamente, ocorrido o delito, deveria cessar a ação policial,


pois a repressão compete à Justiça. Contudo, a organização judiciária não dispõe de
instrumentos para desenvolver uma ação repressiva rápida. O interesse social impõe,
pois, que, a partir da eclosão do delito, a polícia assuma uma postura de auxiliar da
Justiça: - rastreando e descobrindo os crimes que não puderam ser evitados, colhendo
e transmitindo indícios e provas e identificando autores e cúmplices. Temos então a
chamada POLÍCIA JUDICIÁRIA que, no dizer de Amintas Vidal Gomes, “destina-se a
investigar crimes que não puderam ser prevenidos, descobri-lhes os autores e reunir
provas ou indícios contra estes, no sentido de levá-los a juízo e, consequentemente, a
julgamento; a prender em flagrante os infratores da lei penal; a executar os mandados
de prisão expedidos por autoridades judiciárias e a atender às requisições destas”.

1 - CONCEITO - POLÍCIA JUDICIÁRIA MILITAR


A organização militar, embora seja um segmento da sociedade, vive, face às
peculiaridades próprias da função “militar” e às características da estrutura onde se
configuram fortes matizes da hierarquia e disciplina, sob a égide de regras e normas
particulares.
Assim é que no âmbito estadual temos uma legislação penal militar que define os
crimes de competência da Justiça Militar, cujo funcionamento se regula pela
Organização Judiaria do Estado.
Ao lado do Código Penal Militar, dispomos da Lei Penal Adjetiva Código Penal
Militar que disciplina e regula o desenvolvimento da ação penal militar. E é no âmago
desse diploma legal que vamos encontrar a definição e competência da “Polícia
Judiciária Militar”.
Em essência, o conceito de Polícia Judiciária, comum, se aplica à Polícia Judiciária
Militar, só que, no caso desta última, a adjetivação "Militar" define precisamente o seu
campo de função: é uma atividade de polícia repressiva, auxiliar da justiça castrense,
que se desenvolve na jurisdição militar, buscando, principalmente, apurar as infrações
penais militares.

2- COMPETÊNCIA DA POLÍCIA JUDICIARIA MILITAR

O Art 8º do Código de Processo Penal Militar define a competência da Polícia


Judiciária Militar:

a) apurar crimes militares, bem como os que, por lei especial, estão sujeitos à
jurisdição militar e sua autoria.
b) prestar aos órgãos e juízes da Justiça Militar e aos membros do Magistério Público
as informações necessárias à instrução e julgamento dos processos, bem como realizar
as diligências que por eles lhe forem requisitadas;
c) cumprir os mandados de prisão expedidos pela Justiça Militar;
d) representar as autoridades judiciárias militares acerca da prisão preventiva e da
insanidade mental do indiciado;
e) cumprir as determinações da Justiça Militar relativa aos presos sob sua guarda e
responsabilidade, bem como as demais prescrições deste Código, nesse sentido;
f) Solicitar das autoridades civis as informações e medidas que julgar úteis à elucidação
das infrações penais que estejam a seu cargo;
g) requisitar polícia civil e das repartições técnicas civis a pesquisas e exames
necessários ao complemento e subsídio de inquérito policial militar; e,
h) atender, com observância dos regulamentos militares, a pedido de apresentação de
militar ou funcionário de repartição militar à autoridade civil competente, desde que
legal e fundamentado o pedido.

3 - EXERCÍCIO DA POLÍCIA JUDICIARIA MILITAR

A competência definida pelo Art. 8º do CPPM é exercida pelas autoridades das


Forças Armadas, conforme as suas respectivas jurisdições, pelo que se depreende das
alíneas "a" e "h" do Art. 7º do mencionado diploma legal.
Não se fala em autoridades das Polícias Militares
Ocorre, entanto, que essas Corporações, instituições para a manutenção da
ordem pública, possuem estrutura militar e dispõe também de Justiça Militar prevista
na própria Constituição federal. Outrossim, os Art. 19 e 20 do Dec. lei nº 667 são
bastante explícitos a respeito.
Dentro desse aspecto e considerando a conjunção do dispositivo constitucional
(Art. 144, § 1º, alínea "d" da Constituição federal, com os Ar.t 2º e 6º do CCPM,
subentende-se, face à alínea "h" do Art. 7º do mesmo diploma, como força, a
Organização Policial Militar estadual).
Assim, em vista do que preceitua o referido Art. 7º do CCPM, conclui-se que a
Polícia Judiciária Militar, no âmbito do Estado do Rio de Janeiro, é exercida:

a) pelo Secretário de Estado da Polícia Militar - em todo o território do Estado;


b) pelo chefe do Estado-Maior - nas mesmas condições do Comandante-Geral,
secundando-o;
c) pelos Comandantes de CPA, Diretores e Ajudante-Gerais, na esfera de suas
atribuições, nos crimes militares cometidos por policiais militares diretamente
subordinados a essas autoridades;
d) pelo Diretor-Geral de Pessoal - em todo território estadual - nos casos de
envolvimento de policiais militares de OPM distintas e/ou inativos;
e) pelos Comandantes de OPM, nos limites de suas atribuições, nos crimes militares
cometidos por policiais militares subordinados.

As autoridades acima nomeadas são as detentoras do "Poder de Polícia Judiciária


Militar", nas suas respectivas áreas de jurisdição.
Todavia, o exercício desse poder poderá ser delegado, de acordo com o previsto
no Art 7º do CCPM. Exemplo: O Cmt de OPM, ao expedir portaria determinando
instauração de IPM, delega as atribuições que lhe competem a um determinado oficial,
que, por força de tal delegação, investe-se, no caso específico, do poder de "Polícia
Judiciária Militar". Do mesmo modo, o Oficial de Dia está investido desse poder no
caso de lavratura de "Auto de Prisão em Flagrante", bem como os Oficiais em serviço,
coordenadores de Policiamento e comandantes de Cias e Pelotões destacados.
Investido da autoridade decorrente da competência que lhe foi delegada, o
Oficial Encarregado de IPM estará apto a executar todos os atos inerentes ao exercício
da Polícia Judiciária Militar.

4 - DEFINIÇÃO DO CRIME MILITAR

Atualmente, em face das leis militares em vigor, não há mais razão para que haja
divergências na conceituação de delitos militares. Pelo Art 9º do Decreto-Lei nº 1.001,
de 21 de outubro de 1969, são considerados crimes militares, em primeiro lugar,
aqueles de que trata o Código Penal Militar, quando definidos de modo diverso na lei
penal comum ou nela previstos, qualquer que seja o agente, salvo disposição especial;
dentre os primeiros, podem ser citados os crimes contra a incolumidade pública e
certos crimes contra a administração militar, como os de peculato e de falsidade; e,
dentre os segundos, os de motim e revolta, insubordinação, violência contra superior
ou inferior, deserção, e abandono de posto (critério ratione material). Em segundo
lugar, cogitam-se os crimes previstos naquele Código, embora também o sejam, igual
definição na lei penal comum (por exemplo: o homicídio, as lesões corporais, a calúnia,
a difamação, a injúria, constrangimento ilegal), quando praticados:

1) por militar, em situação de atividade ou assemelhado, contra militar ou


assemelhado, na mesma situação (critério ratione personal); ou, em lugar sujeito à
administração militar, contra militar da reserva ou reformado, assemelhado ou civil
(critério ratione loci), ou em serviço, comissão de natureza militar ou em formatura
(critério ratione numeris), ainda que fora de lugar sujeito à administração militar,
contra qualquer das pessoas referidas, ou em período de manobras ou exercícios,
contra qualquer destas pessoas; contra o patrimônio sob administração militar ou
contra a ordem da administração militar; ou que, embora não estando de serviço, use
armamento de propriedade militar ou qualquer material bélico (sob guarda,
fiscalização ou administração militar) para prática de ato ilegal (este último item é
inovação do atual Código):

2) por militar de reserva ou reformado, ou por civil, contra as instituições militares,


considerando-se como tais:

a) contra o patrimônio sob administração militar ou contra a ordem administrativa


militar;
b) em lugar sujeito à administração militar, contra militar em serviço ou assemelhado
contra funcionários de ministério militar ou da Justiça Militar, no exercício de função
inerente ao cargo;
c) contra militar em formatura ou durante o período de prontidão, vigilância,
observação, exploração, exercício, agrupamento, acantonamento ou manobra;
d) ainda que fora de lugar sujeito à administração militar, contra militar em função de
natureza ou no desempenho de serviço de vigilância, garantia ou preservação da
ordem pública administrativa ou judiciária, quando legalmente requisitado para aquele
fim ou em obediência à determinação legal superior.
Não obstante haver o artigo 9º do Código Penal Militar vigente acompanhado o
critério que inspirou o Art. 6º do Decreto-Lei nº 6.227, de 24 de outubro de 1944, é
aquele mais minucioso que este, assim na redação como nas hipóteses previstas,
todas, porém, adstritas ao mandamento constitucional que estatui a competência do
foro militar; para nele serem processados, sob determinadas condições, militares e
civis, torna-se necessário ter em vista que é restrita a interpretação daquele artigo do
Código em vigor, quer pelos seus próprios termos, quer pela preceituação
constitucional de que deveria?
Referindo-se a "militar" em situação de atividade, na reserva ou reformado, o
legislador considera, como tal, o pertencente às Forças Armadas, Istoé, à Marinha, ao
Exército e à Aeronáutica, ou quem a qualquer dessas Forças for incorporado, por
convocação ou mobilização. Pela mesma ordem de ideias, o foro especial, extensivo
aos civis, de que trata o §1º do Art. 129 da Constituição (Emenda nº 01), são tão
somente, o que resulta da jurisdição dos órgãos da Justiça constituídos por juízes
militares daquela Corte e magistrados a ela vinculados por lei. Não há outro "foro
especial" para julgamento de civis, em face da Constituição, nem tampouco a lei
ordinária pode criá-lo.
Assemelhado, conforme o Art. 21 do Código, é o servidor, efetivo ou não, dos
Ministérios da Marinha, do Exército ou da Aeronáutica submetido a preceito de
disciplina militar, em virtude de lei ou regulamento, no que não se enquadra o
funcionário civil que presta serviço a PMERJ.
A distribuição da matéria na parte especial do Código Penal Militar é diferente da
adotada no Código Penal Comum. No militar, compreende 8 títulos divididos e
capítulos, e estes, algumas vezes, em seções na seguinte sequência:

- dos Crimes contra a Segurança Externa do País;


- dos Crimes contra a Autoridade ou Disciplina Militar;
- dos Crimes contra o Serviço Militar e o Dever Militar;
- dos Crimes contra a Pessoa;
- dos Crimes contra o Patrimônio;
- dos Crimes a Incolumidade Pública;
- dos Crimes contra a Administração Militar; e,
- dos Crimes contra a Administração da Justiça Militar.
Dentre esses, há os que são propriamente militares, pela natureza, e os que são
considerados militares, pela sua inclusão no Código Penal Militar. Todos, porém,
atendem aos pressupostos conceitos do Art 9º do Decreto nº 1.001, de 21 Out. 69.

5 - AUTO DE PRISÃO EM FLAGRANTE

5.1-GENERALIDADES:

- Amparo legal: artigos 243 a 253 do CPPM;


- Art 224: define quais são as situações em que ocorre o flagrante de delito;

5.2- PROVIDÊNCIAS PRELIMINARES

- Local da autuação: via de regra, no quartel do indiciado;


- Presidente do flagrante: Oficial PM (obrigatório). Geralmente é o Oficial de Dia
quem preside o flagrante, mas se o mesmo não for oficial, o supervisor ou o oficial de
permanência é quem o presidirá;
- Escrivão: é obrigatório. Se o indiciado for oficial, será escrivão um CAP, 1º ou 2º
TEN PM; nos demais casos, poderão ser SUBTEN ou SGT PM (art. 245 do CPPM);
- A falta de testemunhas que presenciaram o fato delituoso não impede que o
flagrante seja lavrado. Neste caso, duas testemunhas que assistiram a apresentação do
preso assinam o auto de prisão em flagrante;
- Nota de culpa: é o documento que será entregue ao preso dentro de 24 horas,
impreterivelmente, sob pena de relaxamento da prisão, devendo constar o motivo da
prisão, os nomes dos condutores e das testemunhas.

5.3- PROVIDÊNCIAS COMPLEMENTARES:

- O prazo para a confecção do APFD será de 5 dias (art 251), a contar do


momento da prisão;
- Após esse prazo; a prisão será relaxada imediatamente;
- Terminada a confecção do APFD, os autos serão em caminhados a APJM, para
que esta encaminhe à Autoridade Judiciária competente.

5.4- OBSERVAÇÕES:

- Indiciado: a quem foi dada a voz de prisão por cometimento de fato delituoso
que caracterize indícios de crime militar;
- Presidente do Flagrante: Oficial responsável pela confecção do APFD;
- A presença do advogado do preso na autuação é facultativa, não importando
em nulidade se o mesmo não estiver presente no momento da autuação;
- Se os autos do APFD estiverem devidamente instruídos, não há a necessidade
da instauração de IPM.

6- PROCEDIMENTOS APURATÓRIOS

Inquérito Policial Militar (IPM), Sindicância (Sind), Averiguação (Ave), Sindicância


Sumária (Sind Sum), Averiguação Sumária (Ave Sum).

6.1 - AVERIGUAÇÃO

6.1.1 -Conceito
É aplicada nos casos de transgressão da disciplina ou infração Penal Comum
menos grave ou infração Penal Militar. Em virtude do que for apurado, poderá servir
de oferecimento de denúncia por parte do Ministério Público, conforme Art. 23 do
CPPM, bem como se destina também a apuração de constatação de tempo a ser
averbada (INSS e outros), habilitação à percepção ao salário família, a autenticidades
de certificados ou diplomas de Ensino Fundamental (1º grau), Ensino Médio (2º grau) e
Ensino Superior (3º grau), acidente em ato de serviço e outros procedimentos
apuratórios.

2.1.2- DA COMPETÊNCIA
Competem os Comandantes, Chefes e Diretores (Autoridade de Polícia Judiciária
Militar) para a sua instauração;

2.1.3-DO RESPONSÁVEL
Averiguador: Oficial PM, Subtenente PM ou Sargento PM;

2.1.4- DO PRAZO
Prazo é o menor possível e invariável. 02 (dois) dias, 08 (oito) dias, 15 (quinze)
dias, 20 (vinte) dias, na prática o seu prazo máximo será de 30 (trinta) dias, a contar da
data da Portaria;

2.1.5 -DA PRORROGAÇÃO DE PRAZO


Prorrogação de prazo: até 20 (vinte) dias, solicitá-lo com no mínimo até 03 (três)
dias úteis de antecedência, fundamentando o motivo, conforme o que preceitua o Art.
53, § 1º, da Portaria/PMERJ nº 0214, de 04 Abr 2002.

2.1.6- ORIENTAÇÕES PARA A CONFECÇÃO DE AVERIGUAÇÃO:

1- Capa (Fl 01), tem que constar o (a) :

- Nome da Unidade Apuradora;


- Nome do Averiguador;
- Nome do Averiguado;
- Número da Portaria; e o
- Assunto.

2.Portaria da Autoridade de Polícia Judiciária Militar (Comandantes, Chefes e


Diretores) (Fl 02), tem que constar o (a):

- Data de início (data da Portaria) e data da devolução;


- Nome do Averiguador: (Oficial, Subtenente ou Sargento);
- Assunto ou fato a ser apurado; e a publicação do Boletim Interno que o
nomeou.
3-. Documentos anexos a Portaria (Participação, cópia do Livro de Parte Diária, e
outros documentos a ser apurado);

4- Procurar utilizar a mesma máquina de escrever ou digitação, durante a feitura do


procedimento apuratório;

5-.Oficiar solicitando a apresentação de militares (OFÍCIO INTERNO) e militares do


Corpo de Bombeiros e Forças Armadas e órgãos públicos (OFÍCIO EXTERNO) e expedir
CONVITE, quando um dos envolvidos for civil.

2.2- DA QUALIFICAÇÃO DE INQUIRIÇÃO:

A) Militares nome, Posto ou Graduação, função, RG e a OPM em que serve; e

B) Civis nome, cargo ou função que ocupa, documento de identidade,


nacionalidade, estado civil, filiação, data de nascimento, naturalidade e residência.

6. Ao verificar se o depoente (civil ou militar) deixou de comparecer para prestar


depoimento, lavra-se o TERMO de não comparecimento, colocando data e hora;

7. Documentos (incluir aos Autos a cópia recibada do documento);

8. Verificar se os termos de depoimentos foram registrados de forma regulamentar,


observando o espaço 2 (dois) nos depoimentos, bem como 5 cm (cinco centímetros)
na margem esquerda e 2 cm (dois centímetros) na margem direita;

9. Verificar se todos os envolvidos foram ouvidos, devendo se empenhar na elucidação


do fato. O Averiguador deve ter sempre perguntas prontas a fazer (o que, quem,
onde, quando, como, de que forma, por que?);

10. Verificar se solicitou Laudo Pericial, Laudo de Exame Cadavérico, Laudo de Exame
de Corpo de Delito, Ficha de Antecedentes Criminais, Escala de Serviço, QTS, RO, TRO,
BRAT, CRLV, Papeleta Médica ou Boletim de Atendimento Médico, Nada Consta do
DETRAN (envolvendo motocicleta ou carro do averiguado) desde que haja necessidade
( ex : acidente de trânsito, morte e agressão, etc.);

11. Solicitar ficha disciplinar dos envolvidos que figurarem como Averiguados direto
(suspeitos) se vislumbrar crime ou transgressão da disciplina;

12. Verificar se existe contradição, existindo a divergência nas declarações dos


envolvidos, lavrar o TERMO DE ACAREAÇÃO entre os depoentes;

13. Verificar para não ultrapassar o prazo de encerramento do procedimento


apuratório sem que para tal, tenha solicitado com antecedência, prorrogação do
prazo, fundamentando o pedido;

14. Verificar se os espaços em branco e o verso das folhas foram inutilizados com 02
(duas) linhas sinuosas;

15. Observar que os pedaços de papéis pequenos devem ser presos por cola, em folha
de papel em branco que será anexada, e devidamente numerada, aos Autos;

16. Lavra-se o TERMO DE DILIGÊNCIA Todas as vezes que o Averiguador sair da sua
Unidade, para apurar algum fato ou mesmo tomar qualquer providência alusiva à
Averiguação;

17. Verificar o Averiguador se as folhas dos Autos do Procedimento Apuratório


(Averiguação) foram devidamente enumeradas, rubricadas e carimbadas, sendo a
capa a folha de número 01 (um) e a Portaria que nomeou, a folha de número 02 (dois);

18. Verificar o Averiguador se datou o Parecer e ordenou de forma cronológica os


documentos que foram juntados aos Autos, devendo constar no Parecer: o objetivo da
apuração, o fato apurado (desenvolvimento do que aconteceu), providências tomadas
e a conclusão; e em seu Parecer fazer constar o enquadramento do faltoso com base
no RDPMERJ, sempre que concluir da existência de transgressão da disciplina militar; e
ou se concluiu pela existência ou inexistência de crime de competência da justiça
comum (infração penal comum) ou justiça militar (infração penal militar);

19. Verificar se o ACIDENTE EM ATO DE SERVIÇO, ou não, se foi feito o enquadramento


conforme o Decreto nº 544, de 07 Jan 76, alterado pelo Decreto nº 7.644, de 15 Out
84, solicitando sempre o Boletim de Atendimento Médico (BAM).

Obs. A não observância da presente Orientação para a Confecção de Averiguação,


revelará a ausência de zelo do Averiguador.

2.3 -DO RETORNO DOS AUTOS DA AVERIGUAÇÃO AO AVERIGUADOR

-Baixa de Autos é o retorno dos Autos ao Averiguador, para o cumprimento de


exigência expedida pela APJM, logo após o cumprimento, emitir Parecer-Aditamento;

-Promotoria da AJMERJ para cumprimento de exigência, é o retorno dos Autos da


Averiguação via CIntPM ao Averiguador, logo após o cumprimento, emitir Parecer-
Aditamento; e

-Das Promotorias de Investigações Penais da 1ª Central de Inquérito para


cumprimento de exigência, é o retorno dos Autos da Averiguação via CIntPM ao
Averiguador, logo após o cumprimento, emitir Parecer-Aditamento.

3 - CONSELHO DE DISCIPLINA

3.1- A INSTAURAÇÃO DO CONSELHO


A instauração do Conselho de Disciplina será da competência do
Comandante da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro e do Corpo de Bombeiros
do Estado do Rio de Janeiro, no âmbito de sua Corporação, devendo constar do Ato de
convocação o grau hierárquico e o nome do acusado, bem como dos motivos
determinantes do processo.

3.2 -MOVIMENTAÇÃO PARTICIPANTES DO CONSELHO DE

Os membros do Conselho, o acusador, o acusado e seu defensor, bem como as


testemunhas, quando Policiais Militares em serviço ativo, não deverão ser desligados
de suas OPM antes do encerramento do prazo de 30 (trinta) dias de sua prorrogação.

3.3- SIMPLIFICAÇÃO DO PROCESSO

Deverão ser juntados aos autos apenas os documentos necessários à


apreciação dos fatos em julgamento.

3.4- NUMERAÇÃO DO PROCESSO

O Escrivão numerará e rubricará todas as folhas do processo no canto


superior direito.

3.5- JUNTADA DE DOCUMENTOS

Os documentos que o Presidente mandar juntar aos autos serão


procedidos por um termo de juntada.

3.6- USO DE CARIMBOS

Para simplificação do processo, as conclusões, recebimentos,


certidões, juntadas e outros procedimentos da mesma natureza poderão ser lançados
nos autos sob forma de carimbos.

3.7- DECISÃO DO CONSELHO SOBRE IMPEDIMENTO OU SUBSTITUIÇÃO


Caberá ao Conselho decidir sobre o impedimento ou suspeição que
for arguido ou declarado, em relação aos seus membros, por maioria, devendo constar
da ata da sessão em que for levantada a questão. Se procedente, o Presidente
solicitará à autoridade nomeante a designação de um Oficial PM substituto,
suspendendo-se os trabalhos do Conselho até sua apresentação. Se rejeitado, o
Conselho prosseguirá normalmente em seus trabalhos.

3.8 - QUORUM E LOCAL PARA FUNCIONAMENTO DO CONSELHO

O Conselho funciona sempre com a totalidade de seus membros, em


local que a autoridade nomeante julgue melhor indicado para apuração do fato.

3.9 - REUNIÃO INICIAL DO CONSELHO

A reunião inicial do Conselho, convocado previamente por seu


Presidente, será realizada em local, dia e hora designados com antecedência após o
recebimento do ato de nomeação. Reunido o Conselho, presente o Acusado,
ressalvado o caso de revelia, o seu Defensor, se houver, o Presidente, após o
compromisso prestado pelos membros, mandará o Escrivão proceder à leitura e à
autuação dos documentos que constituíram o ato de nomeação do Conselho.

3.10 - COMPROMISSO DO CONSELHO

Ao iniciar-se a primeira reunião do Conselho, em todos os seus


membros de pé, o Presidente lerá em voz alta o seguinte compromisso. “Prometo
examinar cuidadosamente os fatos que forem submetidos e opinar com imparcialidade
e justiça”. Terminada a leitura, os demais membros do Conselho dirão, em voz alta : “
Assim prometo”. Isto feito, o Escrivão lavrará o Termo de Compromisso do Conselho
que depois de assinado pelos membros do Conselho, será juntado aos autos.

3.11- FUNCIONAMENTO DO CONSELHO SEM PREJUÍZO DO SERVIÇO


As atividades do Conselho terão prioridade sobre os trabalhos
correntes da organização de Polícia Militar.

3.12- ATA DAS SESSÕES

De cada sessão do Conselho o Escrivão lavrará uma Ata, que escreverá


e subscreverá.

3.13- DOCUMENTOS QUE DEVERÃO CONSTAR DOS AUTOS

Dos Autos do Conselho, deverão constar:

a – A Autuação, com ato de nomeação do Conselho, acompanhado dos documentos


alusivos à acusação;

b - O compromisso dos membros do Conselho;

c - Cópia ou xerocópia autenticada das relações de alterações ou Certidão de


Assentamentos do acusado e da ata de Inspeção de Saúde, quando se tratar de policial
militar em serviço ativo;

d – O Auto de Qualificação e Interrogatório do acusado, salvo o caso de revelia;

e – O Termo de Inquirição das testemunhas de acusação e de defesa, se houver;

f – O Libelo Acusatório, com a ciência pessoal do acusado ou, em caso de revelia, de


seu defensor, para oferecer a defesa, por escrito, no prazo de 05 (cinco) dias;

g – A Defesa do acusado;

h – As diligências efetuadas pelo Conselho ex offício, para esclarecimentos dos fatos,


ou requeridas pela defesa, se deferidas;

i) O Relatório final do Conselho em sessão secreta e assinado por todos os seus


membros em que conste uma parte expositiva e outra conclusiva;

j – A Certidão de que o Acusado e seu defensor, este se houver, tiverem ciência da


decisão do Conselho; e 1 – O Termo de Encerramento.
3.14- COMPARECIMENTO DE ACUSADO EM SITUAÇÃO DE ATIVIDADE

O comparecimento inicial do acusado, sujeito a Conselho em situação


de atividade, será solicitado por ofício à autoridade a que estiver subordinado a qual
lhe dará ciência imediata do teor do documento.

3.15- INTIMAÇÃO DE ACUSADO DA RESERVA OU REFORMADO

A intimação de acusado da reserva remunerada ou reformado, para


seu comparecimento ao Conselho, será feito diretamente por escrito, pelo Escrivão do
Conselho.

3.16 - COMPARECIMENTO DE ACUSADO PRESO

O comparecimento ao Conselho de acusado preso será solicitado, por


ofício, á autoridade responsável pela sua guarda, a qual lhe dará ciência imediata do
teor do documento.

3.17 - APRESENTAÇÃO DE ACUSADO PRESO

O acusado preso deverá ser apresentado ao presidente ao presidente


do Conselho, sob a guarda de um Oficial PM quando se tratar de Aspirante-a-Oficial
PM, ou sob escolta no caso de outras praças PM.

3.18- PERGUNTAS E DILIGÊNCIAS

Aos membros do Conselho é lícito perguntar e reperguntar ao


Acusador, ao Acusado e às testemunhas sobre o objeto da acusação e propor
diligências para o esclarecimento dos fatos.

3.19- TESTEMUNHA MILITAR OU FUNCIONÁRIO PÚBLICO

O comparecimento de policiais militares da ativa, ou servidores públicos em


atividade será solicitado ao respectivo chefe pelo Presidente do Conselho.
3.20- TESTEMUNHA MILITAR DE PATENTE SUPERIOR

Se a testemunha for policial militar ou militar de patente superior à do


presidente do Conselho, será por este solicitado a autoridade competente que
determine o comparecimento à reunião do conselho ou que esta, se for o caso,
marque local, dia e hora a fim de ser ouvida.

3.21 - DECISÃO DO CONSELHO

A decisão do Conselho, tomada por maioria de votos de seus membros, deverá


declarar expressamente se o acusado:
a - É ou não é culpado da acusação que lhe foi feita;
b – Está, ou não, incapaz de permanecer na ativa ou na situação em que se encontra
na atividade, quando o mesmo houver sido condenado pela prática de crime a que se
refere o inciso III do Decreto nº 2.155 de 13 de outubro de 1982. *

* Decreto nº 2.155, III - Condenada por crime de natureza dolosa, não previsto na
legislação especial concernente à Segurança Nacional em tribunal civil ou militar, à
pena de liberdade individual até 02 (dois) anos, tão logo transite em julgado a
sentença;

3.22- DECISÃO DA AUTORIDADE NOMEANTE

O Comandante-Geral da Polícia Militar, após receber os autos do


Conselho, e no prazo de 20 (vinte) dias, aceitando, ou não, seu julgamento e, nesse
último caso, justificando o motivo de seu respectivo despacho, deverá:

I – O arquivamento do processo, se não julgar o acusado culpado ou incapaz de


permanecer na situação em que se encontra, na ativa ou na inatividade;

II – A aplicação de pena disciplinar, se considerar transgressão disciplinar a razão pela


qual o acusado foi julgado culpado;
III – A remessa do processo à auditoria de justiça militar do Estado, caso considere
crime a razão pela qual o acusado foi julgado culpado;
IV – A exclusão a bem da disciplina, na forma regulada pelo estatuto da Corporação.

3.23- PUBLICAÇÃO E DECISÃO FINAL

O despacho final proferido no processo pelo Comandante Geral será publicado


no Boletim Interno da Corporação e deverá ser transcrito nos assentamentos do
acusado.

3.24- FATOS SURGIDOS NO PROCESSO SEM LIGAÇÃO COM O OBJETIVO


DETERMINANTE DO CONSELHO.

Os fatos surgidos no curso do processo, que merecem maiores


investigações, e desde que não estejam ligados ao motivo determinante do Conselho,
deverão ser participados, imediatamente, à autoridade nomeante, para as
providências cabíveis.

3.25- DO RECURSO

Ocorrendo a interposição de recurso contra decisão final do Comandante


Geral, o requerimento e os autos do Conselho de Disciplina serão reexaminados pelo
Comandante-Geral, que nos termos do Art. 47 § 2º da Lei Estadual nº 443 de 01 de
julho de 1981, constitui a ultima instância para julgar o Conselho de Disciplina.

3.26- FORMULÁRIO

Todos os formulários para uso do Conselho de Disciplina na Corporação


deverão ser aprovados pelo Comando-Geral.

4 - Comissão de Revisão Disciplinar

PORTARIA / PMERJ nº 0168 / 95

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO


ATO DO COMANDANTE-GERAL

PORTARIA / PMERJ nº 0168, de 06 de janeiro de 1995:


Reedita a Portaria nº 0167 de 26 de Dezembro de1994, com a redação abaixo,
para corrigir erros materiais e adequar a nova estrutura da PMERJ.

Dispõe sobre a constituição e funcionamento da Comissão de Revisão Disciplinar


da Polícia Militar do Estado de Rio de Janeiro e dá outras providências.

O COMANDANTE-GERAL DA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO no uso


de suas atribuições:

RESOLVE:

Art. 1º - A Comissão de Revisão Disciplinar (CRD) é destinada a julgar a


capacidade das Praças da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, sem estabilidade
assegurada, permanecerem na ativa, bem como da necessidade de serem submetidas
a reciclagem profissional, criando-lhes, ao mesmo tempo, condições para se
defenderem.

Art. 2º - A Comissão de Revisão Disciplinar é composta de 03 (três) Oficiais da OPM da


Praça a ser julgada.

§ 1º - O Presidente da Comissão de Revisão Disciplinar é o Subcomandante da OPM,


tendo como membros o Oficial P/1 e 01 (um) Comandante de Subunidade, ou Oficiais
correspondentes em OPM que não tiver tais funções.
§ 2º - Não podem fazer parte da Comissão de Revisão Disciplinar:

O Oficial que formulou a acusação;


Os Oficiais que tenham com o acusador ou com o Revisionado, parentesco
consanguíneo ou afim em linha reta ou até o 4º Grau de consanguinidade colateral ou
de natureza civil; e, Os Oficiais que tenham particular interesse na decisão da Comissão
de Revisão Disciplinar.

§ 3º- Em caso de impedimento, a substituição do Oficial nessa situação, far-se-á em


consonância com o seu correspondente hierárquico na OPM.
§ 4º- A Comissão de Revisão Disciplinar é nomeada pelo Comandante-Geral ou pelo
Comandante da OPM.
§ 5º - Quando a submissão à CRD ocorrer por ordem do Comandante-Geral
determinará este, discricionariamente, à OPM, cabendo ao Comandante da Unidade
designada, na qualidade de Autoridade instauradora, nomear a Comissão processante
prevista na Portaria nº 0168/95 e praticar os demais atos cabíveis.

* Parágrafos 4º e 5º insertos no Art. 2º de acordo com a Portaria/PMERJ nº 210, de 06


de junho de 2001.*

Art. 3º - A Comissão de Revisão Disciplinar funciona sempre com a totalidade de seus


membros.

Art.4º - Reunida a Comissão de Revisão Disciplinar, convocada previamente por seu


Presidente, em local, dia e hora designados com antecedência, presente o Revisionado
e seu Defensor, o Presidente manda autuar os documentos que deram origem a
instauração do Procedimento Disciplinar, e, em seguida, ordena a qualificação e o
interrogatório do Revisionado, o que é reduzir a Termo, assinado por todos os
membros da Comissão, pelo Revisionado e seu Defensor, fazendo-se a juntada de
todos os documentos por este oferecidos.

Art. 5º - Aos membros da Comissão de Revisão Disciplinar é lícito reperguntar ao


Revisionado e às testemunhas sobre o objeto da acusação e propor diligências para o
esclarecimento dos fatos.

Art. 6º - Por ocasião do Interrogatório do Policial Militar submetido à CRD, na presença


dos Membros da CRD, e seu defensor, ser-lhe-á entregue o Libelo, do qual constarão,
resumidamente, os fatos imputados , a transgressão decorrente, os dispositivos legais
definidores da transgressão, além das normas que determinaram a submissão à CRD.

§ 1º - Ao Revisionado á assegurado ampla defesa, tendo ele, após o Interrogatório, 03


(três) dias para oferecer suas razões de defesa.

§ 2º - Em sua defesa, pode o Revisionado requerer a produção, perante a Comissão de


Revisão Disciplinar, de todas as provas permitidas no Código de Processo Penal Militar.
§ 3º - É facultado à defesa inquirir, através da CRD, as testemunhas eventualmente
arroladas.

Art. 7º - É submetida à Comissão de Revisão Disciplinar, ex officio, a Praça, referida do


Art.1º:

I - acusada oficialmente ou por qualquer meio lícito de comunicação social de ter:

 procedido incorretamente no desempenho do cargo;


 tido conduta irregular; ou,
 praticado ato que afete a honra pessoal, o pundonor policial militar, ou o
decoro da classe.

II - afastada do cargo, na forma do Estatuto dos Policiais militares, por se tornar


incompatível com o mesmo ou demonstrar incapacidade no exercício de funções
policiais militares;

III - condenada por crime doloso, qualquer que seja a pena ou, por crime culposo, a
pena superior a 01 ( um ) ano, tão logo transite em julgado a sentença;

*IV - que ingressar pela Segunda vez no comportamento “mau”;

* V - que, ingressando no comportamento “mau” pela primeira vez, venha a ser punido
com pena de prisão, desde que classificada como grave.*

* Boletim da PMERJ nº 70 de 20 de abril de 1995.*

§ 1º - Os Alunos-Oficiais PM não serão submetidos à CRD, ficando sujeitos ao


preconizado no Regimento Interno.

§ 2º - Em nenhuma hipótese, dois ou mais Policiais Militares, serão submetidos a um


mesmo Processo Administrativo de CRD.

*§ 3º - Não se aplica o parágrafo anterior quando, pelos mesmos fatos, os policiais


militares envolvidos forem da mesma OPM.*

* Bol da PMERJ nº 054 de 01 de setembro de 2000.*


Art. 8º - A Praça da ativa da Polícia Militar, ao ser submetida à respectiva Comissão de
Revisão Disciplinar passará a executar atividades internas, determinadas pelo
respectivo Comandante, da OPM.

Parágrafo único: Submetido a CRD, o Revisionado terá sua carteira de identidade


funcional recolhida pela OPM, até que a CRD seja solucionada.

Art. 9º - O Revisionado e seu defensor devem estar presentes a todas as sessões da


Comissão de Revisão Disciplinar, exceto à sessão de parecer.

Art. 10º - O Revisionado poderá se defender diretamente ou através de Advogado


constituído.

§ 1º - No caso de a defesa ser produzida pelo próprio Revisionado a mesma poderá ser
orientada por um Oficial indicado por ele ou pela autoridade instauradora.

§ 2º - Na falta de nomeação de Advogado ou do ânimo da autodefesa, ser-lhe-á dado


defensor.

§ 3º - Caso o Revisionado não deseje que a sua defesa seja orientada por Oficial, tal
circunstância deverá ser tomada a Termo.

Art. 11º - A Comissão de Revisão Disciplinar pode inquirir o acusador ou receber, por
escrito, seus esclarecimentos, ouvindo posteriormente, o Revisionado.

Art. 12º - A Comissão de Revisão Disciplinar dispõe de um prazo de 20 (vinte) dias, a


contar da data de sua instauração ou do recebimento da respectiva documentação
para conclusão de seus trabalhos, inclusive a remessa de parecer.

Parágrafo único: A autoridade instauradora, por motivos excepcionais, pode


prorrogar, até 10 (dez) dias, o prazo de conclusão dos trabalhos.

Art. 13 Realizadas todas as diligências, a Comissão de Revisão Disciplinar passa a


deliberar, em Sessão de Parecer.

§ 1º - Ao emitir parecer final, a CRD deverá considerar, além de outros julgados


convenientes, os seguintes fatores:
I motivo da submissão;
II tempo de serviço (PM, Forças Armadas e Corpo de
Bombeiro);
III elogios e outras recompensas;
IV estado de saúde (física e mental);
V idade do faltoso;
VI conceito emitido pelo comandante imediato;
VII ficha de antecedentes criminais (FAC);
VIII análise das provas colhidas, para dirimir quaisquer
dúvidas, de forma a permitir ao Comandante uma decisão justa;
e
IX Pesquisa Social.

§ 2º - O Parecer elaborado pela Comissão de Revisão Disciplinar e assinado por todos


os membros deve decidir se a Praça:

a ) está ou não capaz de permanecer na ativa;


b ) necessita ser submetida a reciclagem profissional.

§ 3º - Antecedendo a Sessão de Parecer, a CRD abrirá vistas aos autos ao Revisionado,


na Secretaria da OPM, por 48 (quarenta e oito) horas, a fim de que, ao término desse
prazo, apresente alegações finais por escrito. Caso não sejam apresentadas, será
aberta a vista ao Defensor dativo.

§ 4º - A decisão da Comissão de Revisão Disciplinar é tomada por maioria dos votos de


seus membros.

§ 5º - Elaborado o parecer, a Comissão de Revisão Disciplinar remete o Processo à


Autoridade Instauradora, para fins do Art. 14.

Art. 14 - Serão solucionadas pela autoridade instauradora, publicados em Boletim


Interno e arquivados na própria OPM os autos da CRD em que o revisionado tenha o
parecer favorável por sua permanência na Corporação. Toda vez que a Autoridade
Instauradora discordar do parecer da CRD deverá justificar sua decisão, remetendo os
autos para solução do Comandante Geral, a qual não estará vinculada à decisão
anterior.

§ 1º - Poderá ainda o Comandante Geral, motivadamente, avocar qualquer processo


de CRD para fim de revisão e posterior solução, não ficando adstrito à decisão anterior.

§ 2º - Nos casos em que o revisionado receba parecer desfavorável a sua permanência


na Corporação, os autos da CRD serão encaminhados à CGIPM/SJD para decisão do
Comandante-Geral e publicação em Boletim da PM, após o que, será os autos serão
devolvidos à OPM de origem para arquivamento.

§ 3º - Quando policiais militares com e sem estabilidade se envolverem em um mesmo


fato, passível de submissão a processo administrativo disciplinar serão aplicadas as
disposições do Decreto Estadual nº 2.155/78.

Art. 15º - Recebidos os autos do processo da Comissão de Revisão Disciplinar, o


Comandante Geral, dentro do Prazo de até 60 (sessenta) dias, aceitando ou não, seu
julgamento e, neste último caso, motivando sua decisão, determina:

I - o arquivamento do processo, se julgar o revisionado capaz de permanecer na Ativa


e, se for o caso, a submissão do Revisionado a reciclagem profissional;

II - a aplicação de pena disciplinar, caso ainda não tenha havido punição, quando se
tratar de transgressão disciplinar;

III - instauração de IPM ou comunicação ao Ministério Público, se for o caso, quando


houver indícios de cometimento de crime; ou,

IV - o licenciamento, a bem da disciplina, quando o Revisionado for julgado incapaz de


permanecer na ativa.

Art. 16º - O Revisionado, seu defensor ou o Oficial Orientador de Defesa, podem


interpor recurso da decisão da Autoridade instauradora.
Parágrafo único: O prazo para interposição de recurso é de 10 (dez) dias, contados a
partir da data na qual o Revisionado tenha ciência da decisão da autoridade
instauradora ou da publicação da solução do Comandante-Geral.

Art. 17º - Caberá ao Comandante-Geral julgar os recursos que forem interpostos da


decisão da CRD, no prazo de 15 (quinze) dias, a contar da data de recebimento do
Processo.

Art. 18º - No caso de pena acessória, de perda da função pública, com trânsito em
julgado, dispensar-se-á a submissão à CRD.

Art. 19º - Os Comandantes, Chefes e Diretores, quando decidirem pelo arquivamento


ou punição disciplinar na CRD, comunicarão à CGIPM / SJD, remetendo cópias do
Parecer e da Decisão, para fins de análise e de controle.

Art. 20º - Publicada a submissão à CRD, o revisionado será encaminhado incontinenti à


Junta de Inspeção de Saúde, para ser inspecionado.

Art. 21º - Os membros da CRD, se movimentados para outras Unidades, só serão


apresentados após a remessa dos autos, para solução pela Autoridade instauradora.

Art. 22º - A Autoridade instauradora, ao receber o processo para solução, no caso de


lacunas ou omissões, retorná-lo-á a CRD para, no prazo de 10 (dez) dias,
complementá-lo.

Art. 23º - Aplicam-se a esta Portaria, subsidiariamente, as normas do Código de


Processo Penal Militar.

Art. 24º - Prescrevem em 06 (seis) anos, computados da data em que forem


praticados, os casos previstos nesta Portaria.

Art. 25º - No curso do Procedimento Administrativo de que trata esta Portaria, se o


revisionado adquirir estabilidade, o Processo terá seu curso normal.
Parágrafo único: Os casos também previstos no Código Penal Militar como crime
prescrevem nos prazos nele estabelecidos.

Art. 26º - Permanecem válidos os modelos que vem sendo adotados para confecção de
CRD, podendo a CGIPM/SJD alterá-los quando julgar conveniente.

Art. 27º - Esta Portaria entrará em vigor na data de sua publicação, revogada
especialmente a Portaria PMERJ nº 0125, de 14 de junho de 1991.

Rio de Janeiro, 06 de janeiro de 1995.

DORASIL CASTILHO CORVAL - CEL PM


COMANDANTE-GERAL

CPPM - DECRETO-LEI Nº 1.002, DE 21 OUT 1969


DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL MILITAR E DA SUA APLICAÇÃO NO IPM.

8- INQUERITO POLICIAL MILITAR

8.1 -FINALIDADE DO INQUÉRITO

Art 9º - "O inquérito policial militar é a apuração sumária de fato, que, nos termos
legais, configure crime militar, e de sua autoria. Tem o caráter de instrução provisório,
cuja finalidade precípua é a de ministrar elementos necessários à propositura da ação
penal".

Parágrafo único - São, porém, efetivamente instrutórios da ação penal os exames,


perícias e avaliações realizadas regularmente no curso do inquérito, por peritos
idôneos e com obediência às formalidades previstas neste Código. Modo por que pode
ser iniciado:

Art 10º - O inquérito é iniciado mediante Portaria:

a) de ofício, pela autoridade militar em cujo âmbito de jurisdição ou Comando haja a


infração penal, atendida a hierarquia do infrator;
b) por determinação ou delegação da autoridade militar superior que, em caso de
urgência, poderá ser fita por via telegráfica ou radiotelefônica e confirmada,
posteriormente, por ofício;
c) em virtude de requisição do Ministério Público;
d) por decisão do Superior Tribunal, nos do Art.25;
e) a requerimento da parte ofendida ou quem a represente, ou em virtude de
representação devidamente autorizada de quem tenha conhecimento da infração
penal, cuja repressão caiba à Justiça Militar;
f) quando, de sindicância feita em âmbito de jurisdição militar, resulte indício da
existência de infração penal militar.
Superioridade ou igualdade de posto do infrator.

§ 1º - Tendo o infrator posto superior ou igual ao do Comandante, diretor ou chefe de


órgão ou serviço, em cujo âmbito de jurisdição militar haja ocorrido à infração penal
será feita a comunicação do fato à autoridade superior competente, para que esta
torne efetiva a delegação, nos termos do Art. 7º § 2º.

Providências antes do inquérito


§ 2º - O aguardamento da delegação não obsta que o Oficial responsável por comando,
direção ou chefia, ou aquele que o substitua ou esteja em dia, de serviço ou de quarto,
tome ou determine que sejam tomadas imediatamente as providências cabíveis,
previstas no Art. 12, uma vez que tenha conhecimento de infração penal que lhe
incumba reprimir ou evitar.

Infração de natureza não militar


§ 3º - Se a infração penal não for, evidentemente, de natureza militar, comunicará o
fato à autoridade policial competente, a quem fará apresentar o infrator. Em se
tratando de civil, menor de dezoito anos, a apresentação será feita ao Juiz de Menores.

Oficial-General como infrator


§ 4º - Se o infrator for Oficial-general, será sempre comunicado o fato ao Ministro e ao
Chefe de Estado-maior competente, obedecidos os trâmites regulamentares.

Indícios contra oficial de posto superior ou mais antigo no curso do inquérito.


§ 5º - Se no curso do inquérito, seu encarregado verificar a existência de indícios
contra oficial de posto superior ao seu, ou mais antigo, tomará as providências
necessárias para que as suas funções sejam delegadas a outro oficial, nos termos do §
2º do Art. 7º.

Escrivão do inquérito
Art. 11º - A designação de escrivão para o inquérito caberá ao respectivo encarregado,
se não tiver sido pela autoridade que lhe deu delegação para aquele fim, recaindo em
Segundo ou Primeiro-Tenente, se o indiciado for Oficial, e em Sargento, Subtenente ou
Suboficial, nos demais casos.

Compromisso legal
Parágrafo único - O escrivão prestará compromisso de manter sigilo do inquérito e de
cumprir fielmente as determinações deste Código, no exercício da função.

Medidas preliminares ao inquérito


Art. 12º - Logo que tiver conhecimento da prática de infração penal militar, verificável
na ocasião, a autoridade a que se refere o Art. 10 § 2º deverá, se possível:

a) dirigir-se ao local, providenciando para que se não alterem o estado e a situação das
coisas, enquanto necessário;
b) apreender os instrumentos e todos os objetos que tenham relação com o fato;
c) colher todas as provas que sirvam para o esclarecimento do fato e suas
circunstâncias.

Formação do inquérito
Art. 13 - O encarregado do inquérito deverá, para a formação deste:

a) tomar as medidas previstas no Art. 12, se ainda não o tiverem sido;


b) ouvir o ofendido;
c) ouvir o indiciado;
d) ouvir testemunhas;
e) proceder a reconhecimento de pessoas e coisas, e acareações;
f) determinar, se for o caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a quaisquer
outros exames periciais;
g) determinar a avaliação e identificação da coisa subtraída, desviada, destruída ou
danificada, ou da qual houver indébita apropriação;
h) proceder a buscas e apreensões, nos termos dos Arts 172, 184,185 a 189;
i) tomar as medidas necessárias destinadas à proteção das testemunhas, peritos ou do
ofendido, quando coactos ou ameaçados de coação que lhes tolha a liberdade de
depor, ou a independência para a realização de perícias ou exame.

Reconstituição dos fatos


Parágrafo único - Para verificar a possibilidade de haver sido a infração praticada de
determinado modo, o Encarregado do Inquérito poderá proceder à reprodução
simulada dos fatos, desde que esta não contrarie a moralidade ou a ordem pública,
nem entre contra hierarquia ou a disciplina militar.

Assistência de procurador
Art 14 - Em se tratando da apuração de fato de excepcional importância ou de difícil
elucidação, o encarregado do inquérito poderá solicitar do Procurador-Geral indicação
de Procurador que lhe dê assistência.

Encarregado do Inquérito. Requisitos


Art 15 - Será encarregado, sempre que possível, Oficial de posto não inferior ao de
Capitão; e, em se tratando de infração penal contra a segurança nacional, sê-lo-á,
sempre que possível, Oficial Superior, atendida, em cada caso, a sua hierarquia, se
Oficial o indiciado.

Sigilo do Inquérito
Art 16 - O inquérito é sigiloso, mas seu encarregado pode permitir que dele tome
conhecimento o advogado do indiciado.

Incomunicabilidade do Indiciado. Prazo.


Art 17 - O encarregado do inquérito poderá manter incomunicável o indiciado, que
tiver legalmente preso, por três dias no máximo.
Detenção de indiciado
Art 18 - Independentemente de flagrante delito, o indiciado poderá ficar detido,
durante as investigações policiais, até trinta dias, comunicando-se a detenção à
autoridade judiciária competente. Esse prazo poderá ser prorrogado, por mais vinte
dias, pelo Comandante da Região, Distrito Naval ou Zona Aérea, mediante solicitação
do Encarregado do inquérito e por via hierárquica.

Prisão preventiva e de menagem-solicitação


Parágrafo único. Se entender necessário, o encarregado do inquérito solicitará, dentro
do mesmo prazo, ou sua prorrogação, justificando-a, a decretação da prisão preventiva
ou de mensagem do indiciado.

Inquirição durante o dia


Art 19 - As testemunhas e o indiciado, exceto caso de urgência inadiável, que constará
da respectiva assentada, devem ser ouvidos durante o dia, em período que mede das
sete às dezoito horas.

Inquirição assentada de início, interrupção e encerramento


§1º - O escrivão lavrará assentada do dia e hora do início das inquirições ou
depoimentos; e, da mesma forma, do seu encerramento ou interrupções, no final
daquele período.

Inquirição. Limite do tempo


§ 2º - A testemunha não será inquirida por mais de quatro horas consecutivas, sendo-
lhe facultado o descanso de meia hora, sempre que tiver de prestar declarações além
daquele tempo. O depoimento que não ficar concluído às dezoito horas será
encerrado, para prosseguir no dia seguinte, em hora determinada pelo encarregado do
inquérito.
§ 3º - Não sendo útil o dia seguinte, a inquirição poderá ser adiada para o primeiro dia
que o for, salvo caso de urgência.

Prazos para terminação do inquérito


Art 20º - O inquérito deverá terminar dentro em vinte dias, se o indiciado estiver
preso, contado esse prazo a partir do dia em que se executar a ordem de prisão; ou no
prazo de quarenta dias, quando o indiciado estiver solto, contado da data em que se
instaurar o inquérito.

Prorrogação de Prazo
§ 1º - Este último prazo poderá ser prorrogado por mais vinte dias pela autoridade
militar superior, desde que não estejam concluídos exames ou perícias já indiciadas, ou
haja necessidade de diligências, indispensáveis à elucidação do fato. O pedido de
prorrogação deve ser feito em tempo oportuno, de modo a ser atendido antes da
terminação do prazo.

Diligências não concluídas até o inquérito


§ 2º - Não haverá mais prorrogação, além da prevista no § 1º, salvo dificuldade
insuperável, a juízo do Ministro de Estado competente. Os laudos de perícias ou
exames, não concluídos nessa prorrogação, bem como os documentos colhidos depois
dela, serão posteriormente remetidos ao juiz, para a juntada ao processo. Ainda, no
seu relatório, poderá o encarregado do inquérito indicar, mencionando, se possível, o
lugar onde se encontram as testemunhas que deixaram de ser ouvidas, por qualquer
impedimento.

Dedução em favor dos prazos


§ 3º - São deduzidas dos prazos referidos nesse artigo as interrupções motivadas do
Art 10 § 5º (indiciado superior ao encarregado).

Reunião e Ordem das Peças do inquérito


Art 21 - Todas as peças do inquérito serão, por ordem cronológica, reunidas num só
processo, e datilografadas, em espaço dois, com as folhas numeradas e rubricadas pelo
escrivão.

Juntada de documento
Parágrafo único - de cada documento junto, a que precederá despacho do
encarregado do inquérito, o escrivão lavrará o respectivo termo, mencionando a data.

Relatório
Art 22 - O inquérito será encerrado com minucioso relatório, em que o seu
encarregado mencionará as diligências feitas, as pessoas ouvidas e os resultados
obtidos com indicação do dia, hora e lugar onde ocorreu o fato delituoso. Em
conclusão, dirá se há infração disciplinar a punir ou indício de crime, pronunciando-se,
neste último caso, justificadamente, sobre a conveniência da prisão do indiciado, nos
termos legais.

Solução
§ 1º - No caso de ter sido delegada a atribuição para a abertura do inquérito o seu
encarregado enviá-lo-á à autoridade de que recebeu a delegação, para que lhe
homologue ou não a solução, aplique penalidade, no caso de ter sido apurada infração
disciplinar, ou determine novas diligências, se as julgar necessárias.

Avocação
§ 2º - Discordando da solução dada ao inquérito, a autoridade que o delegou poderá
avocá-lo e dar solução diferente.

Remessa do inquérito à autoridade de circunscrição


Art 23º - Os Autos do inquérito serão remetidos ao Auditor da Circunscrição Judiciária
onde ocorreu a infração penal, acompanhado dos instrumentos desta, bem como dos
objetos que interessam à sua prova.

Remessa as auditorias especializadas


§1º - Na circunscrição onde houver Auditorias Especializadas da Marinha, do Exército e
da Aeronáutica, atender-se-á, para a remessa, à especialização da cada uma. Onde
houver mais de uma na mesma sede, especializada ou não, a remessa será feita à
Primeira Auditoria, para a respectiva distribuição. Os incidentes ocorridos no curso do
inquérito serão resolvidos pelo juiz a que couber tomar conhecimento do inquérito,
por distribuição.
§ 2º - Os Autos de inquérito instaurado fora do território nacional serão remetidos à 1ª
Auditoria da Circunscrição com sede na Capital da União, atendida, contudo, à
especialização referida no § 1º.

Arquivamento de Inquérito. Proibição


Art 24º - A autoridade militar não poderá mandar arquivar de inquérito, embora
conclusivo da inexistência de crime ou de inimputabilidade do indiciado.

Instauração de novo inquérito


Art 25º - O arquivamento de inquérito não obsta a instauração de outro, se novas
provas aparecerem em relação ao fato, ao indiciado ou a terceira pessoa, ressalvados o
caso julgado e os de extinção da punibilidade.
§ 2º - O Ministério Público poderá requerer o arquivamento dos autos, se entenderem
inadequada à instauração do inquérito.

Devolução de autos de inquérito


Art. 26º - Os autos de inquérito não poderão ser devolvidos à autoridade policial
militar, a não ser:

I - mediante requisição do Ministério Público, para diligências por ele consideradas


imprescindíveis ao oferecimento da denúncia;
II - por determinação do juiz, antes da denúncia, para o preenchimento das
formalidades previstas neste Código, ou para complemento de provas que julgar
necessário.

Parágrafo único - Em qualquer dos casos, o juiz marcará prazo, não excedente vinte
dias, para restituição dos autos.

Suficiência do auto flagrante delito


Art 27º - Se, por si só, for insuficiente para a elucidação do fato e sua autoria, o auto de
flagrante delito constituirá o inquérito, dispensando outras diligências, salvo o exame
de corpo de delito no crime que deixe vestígios, a identificação da coisa e a sua
avaliação, quando o seu valor influir na aplicação da pena. A remessa dos autos, com
breve relatório da autoridade policial militar far-se-á sem demora ao Juiz competente,
nos termos do Art. 20.

Dispensa do inquérito
Art 28º - O inquérito poderá ser dispensado, sem prejuízo de diligência requisitada
pelo Ministério Público:

a) quando o fato e sua autoria já estiverem esclarecidos por documentos ou outras


provas materiais;
b) nos crimes contra honra, quando decorrerem de escrito ou publicação, cujo autor
esteja identificado;
c) nos crimes previstos nos artigos 341e 349 do Código Penal Militar.

CONSIDERAÇÕES FINAIS.

Desta foram, consiste no conjunto de procedimentos a serem adotados, em


conformidade com as formalidades previstas no Código Processo Penal Militar e
demais regulamentos e normas vigentes que tratam do assunto, que tenham por
finalidade servir de suporte básico para a confecção dos procedimentos apuratórios
elaborados em âmbito de Corporação, sendo estes instrutivos da Ação Penal Militar,
pois servirão de embasamento para que o Ministério Público ofereça a denúncia a
Autoridade Judiciária Militar competente, dando início a Ação Penal Militar, para os
casos de crimes de competência da Justiça Militar.

FIM

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