Segundo a legislação atual quais espécies de contrato de trabalho tem como
prazo de duração, existem no Brasil
A CLT prevê o contrato de trabalho por prazo determinado e indeterminado, no entanto, é comum vermos outras relações profissionais que podem, ou não ser mais vantajosas para o seu negócio. Este é o caso, por exemplo, dos trabalhadores temporários, autônomos e estagiários, que são regidos por legislações específicas. Nesta seção, vamos entender melhor sobre cada uma delas Trabalho por prazo indeterminado É o modelo de contrato mais convencional. Isto é, o funcionário tem o registro do emprego em sua Carteira de Trabalho e Previdência Social - CTPS, com data de início para começar as atividades, ficando em branco o campo onde consta a data de término. A menos que sejam feitas anotações na carteira profissional que deixem claro que o contrato tem prazo determinado de encerramento - por contratação de mão de obra para um projeto específico ou quando se tratar de contrato de experiência - por regra geral o contrato de trabalho é por tempo indeterminado. A rescisão pode ocorrer a qualquer momento desde que haja aviso prévio de uma das partes. A seguir, vamos analisar os principais direitos previstos na CLT e que merecem atenção especial dos empresários. Carteira assinada: Todo contrato deve estar formalizado na CTPS do trabalhador, com os dados da empresa, valor do salário de contratação, data de admissão, cargo ocupado e eventuais anotações que forem necessárias. Salário: O salário mínimo nacional é o mais baixo valor de salário que os empregadores podem legalmente pagar aos seus funcionários. Alguns estados têm o seu próprio salário mínimo regional (maior que o mínimo nacional). No entanto, é importante ficar atento à base salarial da categoria profissional do empregado, definidas nas convenções coletivas dos sindicatos. Prevalecerá, portanto, o maior valor apurado. Jornada de Trabalho: A CLT estabelece que a jornada do trabalhador não deve exceder 8 horas, sendo possível realizar, no máximo, 2 horas extras diárias. O valor do acréscimo varia conforme acordo ou convenção coletiva de cada categoria. O mesmo vale para os trabalhos noturnos. Fundo de Garantia por Tempo de Serviço – FGTS: Como o próprio nome já diz, é obrigatório ao empregador recolher mensalmente o equivalente a 8% do valor do salário do empregado para a constituição de um fundo para garantir alguma segurança ao trabalhador que por ventura ficar desempregado. Este fundo pode ser sacado pelo empregado em casos de demissão, aposentadoria, para aquisição do primeiro imóvel entre outros. Vale lembrar que em caso de demissão sem justa causa, o saldo é acrescido de 40% pago pela empresa a título de multa pela rescisão do contrato. Férias: Todo trabalhador tem direito a 30 dias corridos de férias após 12 meses de trabalho, desde que não tenha mais do que cinco faltas não justificadas. Cabe ao empregador decidir a data de saída do funcionário para as férias, desde que 12 meses antes do período de descanso. Vale destacar que o trabalhador tem o direito de converter 1/3 do salário de férias em abono pecuniário, ou seja, pode “vender” 1/3 de suas férias. 13º salário: O pagamento do 13º salário é feito em duas parcelas, e equivale à fração de 1/12 por mês trabalhado, considerando o mês trabalhado a fração igual ou superior a 15 dias no mês. A primeira, até 30 de novembro e a segunda, até 20 de dezembro. A lei também permite que o trabalhador receba o 13º salário com as férias, mas ele deve fazer a solicitação à empresa sempre em janeiro. Licença maternidade: Este é um ponto importante. Toda funcionária que se tornar mãe, seja por ter dado à luz ao seu bebê, seja por ter adotado uma criança, tem direito à licença maternidade de 120 dias corridos. Pensando cada vez mais sem ser socialmente responsáveis, muitas empresas hoje já oferecem a licença maternidade de 180 dias. A extensão por mais 2 meses faz parte do programa Empresa Cidadã. As empresas que optarem pela ampliação, que é facultativa, recebem incentivos fiscais do governo. É importante destacar que outros benefícios como assistência médica, odontológica, vale refeição, cesta alimentação, entre outros, são muitas vezes negociados no momento da contratação por estarem previstos não na CLT, mas na Convenção Coletiva de Trabalho. Trabalho por prazo determinado O trabalho por tempo determinado não deve ser confundido com o trabalho temporário. A principal diferença entre esses dois contratos diz respeito ao tempo de duração que no contrato por prazo determinado é de, no máximo, dois anos, podendo pode sofrer sucessivas prorrogações, mas, uma vez alcançado o prazo de dois anos, ele deve ser substituído por um contrato de prazo indeterminado. Já no trabalho temporário é de 90 dias, prorrogável por igual período nos termos da lei. A CLT prevê três hipóteses de contrato individual de trabalho por prazo determinado: fixando data para a realização de um determinado serviço (Ex.: montagem de uma máquina industrial); para execução de obra certa (Ex.: construção de um prédio); e para a realização de acontecimento suscetível de previsão aproximada, pois depende de condições climáticas, por exemplo.
Direito a verbas rescisórias
Os trabalhadores temporários também têm direito ao recebimento de verbas rescisórias, em caso de demissão sem justa causa ou término do contrato, como o pagamento de férias com adicional de um terço e 13º salário proporcionais, calculados à razão de 1/12 do último salário, por mês trabalhado, considerando-se como mês completo a fração igual ou superior a 15 dias. Outros direitos Finalmente, os profissionais também têm direito ao repouso semanal remunerado, adicional por trabalho noturno, seguro contra acidente, proteção previdenciária, vale-transporte, cadastramento no PIS e depósitos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS, sendo que esse último pode ser sacado pelo trabalhador após a rescisão do contrato, embora a multa rescisória de 40%, nesse caso, não lhe seja devida pela empresa, já que, por se tratar de trabalho temporário, as regras em relação ao FGTS são diferentes.