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A descoberta do DNA
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4. Procura explicar o surgimento de bactérias vivas do tipo S, no sangue dos ratos do lote 4.
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Griffith verificou que as bactérias do tipo R não eram patogénicas, enquanto que as do tipo S
provocavam pneumonia que conduzia os ratos à morte (a cápsula polissacarídica das bactérias S
protege-as do sistema imunitário dos ratos). Quando sujeitas ao calor, as bactérias do tipo S eram
mortas e, por isso, deixavam de conseguir provocar pneumonia.
O que mais espantou este investigador foi observar que, ao inocular os ratos com uma mistura
de bactérias vivas do tipo R com bactérias do tipo S mortas pelo calor, os ratos contraíam pneumonia e
morriam.
Griffith verificou ainda que surgiam bactérias vivas do tipo S no sangue destes últimos ratos. Este
facto sugeria que as bactérias do tipo S conseguiam transmitir a sua virulência às bactérias do tipo R,
que se tornariam patogénicas e capazes de provocar pneumonia.
Griffith não conseguiu explicar o fenómeno. Contudo uma possível explicação era a de que as
bactérias mortas do tipo S transmitiam alguma informação às bactérias do tipo R, de tal forma que estas
eram capazes de produzir uma cápsula, tornando-se, assim, virulentas. Essa informação deveria ser
transmitida por uma substância química, que ficou conhecida por princípio transformante, pelo facto
de transformar um tipo de bactérias noutro.
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Avery e os seus colaboradores suspeitavam que o DNA pudesse ser o “princípio transformante”.
Ao tratarem o DNA proveniente das bactérias tipo S com proteases e RNAases, não conseguiram evitar
a transformação das estirpes não virulentas em virulentas. Mas, ao fazerem o tratamento com enzimas
que degradam o DNA, a transformação foi impedida. Desta forma, estes investigadores concluíram que
o DNA era o princípio transformante, que passa das bactérias do tipo S mortas para as bactérias do tipo
R, dando-lhes a informação necessária para que estas produzam cápsula e se tornem virulentas.
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DNA ocorreu a transformação das bactérias R (Figura 1). Estes investigadores deduziram que o DNA
corresponde ao princípio transformante, que contém a informação genética.
Figura 1
Os trabalhos de Avery e seus colaboradores foram importantes para comprovar que o DNA era o
material genético das células. Contudo, tal não foi amplamente aceite pela comunidade científica de
então porque:
• O DNA, quando comparado com as proteínas, era quimicamente menos complexo, pelo que os
cientistas consideravam que eram as proteínas que continham a informação genética.
• a genética bacteriana ainda não estava desenvolvida, não sendo óbvio, na altura, que as
bactérias possuíam genes.
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No início da década de 50 do séc. XX, foram produzidos trabalhos que conduziram à descoberta
da estrutura da molécula do DNA:
• Entre 1944 e 1950, Erwin Chargaff e os seus colaboradores analisaram amostras de DNA de
diferentes espécies, tendo verificado que existem diferenças entre espécies mas que para cada
espécie a quantidade de adenina era semelhante à de timina e a quantidade de citosina próxima
à de guanina (Figura 2)– regra de Chargaff.
• Em 1950, Maurice Wilkins e Rosalind Franklin, utilizando a difracção de raios X, bombardearam
amostras de DNA cristalizado, tendo obtido padrões que permitiram concluir que a molécula
deveria ter uma estrutura helicoidal (Figura 3).
Em 1953, com base nos resultados das experiências anteriores, James Watson e Francis Crick,
apresentaram na Universidade de Cambridge, o modelo da dupla hélice para o DNA (Figura 4).
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Erwin Chargaff – 1905-
2002
Bioquímico austríaco –
judeu que emigrou para os
EUA durante a era Nazi.
Figura 2
Figura 3
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