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Lei de Hooke

Victor Hugo Freitas Sales


Departamento de Física - Universidade Federal do Ceará
e-mail: vsales@fisica.ufc.br

Resumo. Este relatório baseia-se no estudo e na verificação da Lei de Hooke. Para isso,
analisamos dois procedimentos: o primeiro consistia na determinação da constante elástica de
duas molas diferente, e o segundo, a constante elástica de uma associação de molas. Ao longo
deste experimento, tomando os dados dos procedimentos, podemos, de fato, verificar a Lei de
Hooke.
Palavras chave: experiência, relatório, lei de hooke, constante elástica, associação de molas

Introdução

Deformação de um corpo pode ser conceituada como, ao submetermos este à ação de forças, qualquer
alteração na forma, ou nas dimensões, ou nas duas, desse corpo considerado. Essas deformações podem ser
elásticas, quando a deformação desaparece ao retirarmos as forças que agiam no corpo; ou plásticas, quando há
deformação mesmo após a retirada das forças que a originou.
Consideremos agora o sistema apresentado na Figura 1[1], onde x representa o deslocamento a partir da
posição de equilíbrio da mola, que pode ser visualizada em (b). Em (a), temos uma compressão (x < 0); em (b),
temos um\ distensão (x > 0). Representando a força por 𝐹⃗ = 𝐹𝑥̂, onde 𝑥̂ é o vetor unitário na direção da mola,
em (a), temos 𝐹 > 0, já em (c), 𝐹 < 0. Assim, a força tende a fazer a mola voltar à posição de equilíbrio. Para
um deslocamento (x) suficientemente pequeno, pode-se verificar a Lei de Hooke:
⃗𝑭⃗ = −𝒌𝒙 𝒙
̂ I

Figura 1 – Sistema formado para a verificação da Lei de Hooke

Dessa forma, a força elástica é proporcional ao deslocamento da posição de equilíbrio (linear); e a constante k
representa a característica da mola. É importante observar que, se tivermos uma deformação da mola muito
grande, a Lei de Hooke deixa de valer.
O objetivo deste trabalho é justamente a verificação da Lei de Hooke, bem como o estudo de um sistema
massa-mola por meio da determinação da constante elástica de uma mola helicoidal, do valor de um peso
desconhecido e da constante elástica de uma associação de molas.
Procedimento Experimental

Para o primeiro procedimento, submetemos duas molas, uma de cada vez, a diferentes forças, por meio da
incrementação de variadas massas. Em seguida, suspendemos, a cada uma dessas molas, um peso desconhecido,
com o objetivo de, através da análise de dados, determiná-lo.
Então, para o segundo procedimento, montamos um sistema composto de duas molas semelhantes em série,
no qual o modelo pode ser visualizado na Figura 2; logo após, um sistema, agora com as molas semelhantes em
paralelo, cujo modelo pode visualizado na Figura 2.1, foi montado. Assim, associamos diferentes massas à esses
dois sistemas, para a determinação da constante elástica k para cada um.

Figura 2 – Modelo em série para o segundo procedimento Figura 2.1 – Modelo em paralelo para o segundo procedimento
Resultados e Discussão

Para a primeira parte do primeiro procedimento, a partir dos dados obtidos, montaremos um gráfico da força
em função do deslocamento para cada mola. E sabendo, pela Equação I, que a relação entre força e
deslocamento é linear, da forma 𝑦 = 𝑎𝑥. Deduziremos uma expressão para a e o determinaremos, determinando,
também, automaticamente a constante elástica das molas (k1 e k2).

Para a primeira mola (M1):

Massas Acopladas à Mola (m) Forças-Peso [N] Alongamentos (x) [m] (todos
[kg] 0,001)
0,98
0,1 0,02
1,47
0,15 0,03
1,96
0,2 0,035
2,45
0,25 0,045
2,94
0,3 0,052
3,43
0,35 0,061
3,92
0,4 0,075
4,41
0,45 0,08
4,9
0,5 0,088
5,39
0,55 0,096
Tabela 1 – Dados das massas acopladas à mola 1, das forças-peso e dos alongamentos respectivos

A partir dos dados da Tabela 1:

Figura 3 – Gráfico das Forças em função dos Alongamentos em relação à primeira mola
Para a segunda mola (M2):

Massas Acopladas à Mola (M1) Forças-Peso [N] Alongamentos (x) [m] (todos
[kg] 0,001)
0,098
0,01 0,02
0,196
0,02 0,04
0,294
0,03 0,061
0,392
0,04 0,081
0,49
0,05 0,1
0,588
0,06 0,12
0,686
0,07 0,14
0,784
0,08 0,161
Tabela 2 - Dados das massas acopladas à mola 2, das forças-peso e dos alongamentos respectivos

Com os dados da Tabela 2:

Figura 3.1 - Gráfico das Forças em função dos Alongamentos em relação à segunda mola

Para o coeficiente a, temos, para a primeira mola:

𝒂𝟏 = 𝒌𝟏 = 𝟓𝟒, 𝟕𝟐𝟓𝟎 ± 𝟎, 𝟓𝟕𝟑𝟕 𝑵⁄𝒎

Para a segunda mola:

𝒂𝟐 = 𝒌𝟐 = 𝟒, 𝟖𝟕𝟗𝟔 ± 𝟎, 𝟎𝟎𝟖𝟖 𝑵⁄𝒎


Para o peso desconhecido aplicado em cada mola, temos:

Alongamento da Primeira Mola Alongamento da Segunda


(M1) Para o Peso Desconhecido Mola (M2) Para o Peso
[m] (± 0,001) Desconhecido [m] (± 0,001)

0,124
0,012
Tabela 3 – Alongamentos para as massas desconhecidas acopladas às molas

Utilizando a Equação I:

𝐹 = 𝑘𝑥

Onde F será dado em Newtons (N). E assim:

Massa desconhecida aplicada em M1 = 67 ± 7 g


Massa desconhecida aplicada em M2 = 61,7 ± 0,6 g

Para o segundo procedimento, com as molas semelhantes associadas em série:

Massas Acopladas às Molas em Forças-Peso [N] Alongamentos (x) [m] (todos


Série (Mser) [kg] 0,001)
0,098
0,01 0,018
0,196
0,02 0,04
0,294
0,03 0,065
0,392
0,04 0,09
0,49
0,05 0,115
0,588
0,06 0,141
0,686
0,07 0,168
Tabela 4 - Dados das massas acopladas às molas em série, das forças-peso e dos respectivos alongamentos
A partir dos dados da Tabela 4:

Figura 3.2 – Gráfico da Força-peso em função dos Alongamentos do sistema em série

Para a determinação experimental da constante elástica desse sistema (kser), devemos utilizar, novamente, a
Equação I, da seguinte forma:

𝐹
𝑘= II
𝑥

E verificar ser k permanece constante para diferentes valores de F e de x:

𝐹1 𝐹2 𝐹3 𝐹4
𝑘= = = = …
∆𝑥1 ∆𝑥2 ∆𝑥3 ∆𝑥4

Como há pequenas variações entre as razões, apresentamos a médias destes resultados como o valor mais
próximo de kser:

𝒌𝒔𝒆𝒓 = 𝟒, 𝟓𝟑 ± 𝟎, 𝟓𝟕 𝑵⁄𝒎
Para as molas em paralelo:

Massas Acopladas às Molas em Forças-Peso [N] Alongamentos (x) [m] (todos


Série (Mser) [kg] 0,001)

0,02 0,196 0,008


0,04 0,392 0,018
0,06 0,588 0,029
0,08 0,784 0,043
0,1 0,98 0,055
0,12 1,176 0,068
0,14 1,372 0,083
0,16 1,568 0,091
0,18 1,764 0,108
0,2 1,96 0,121
Tabela 5 - Dados das massas acopladas às molas em paralelo, das forças-peso e dos respectivos alongamentos

Dos dados da Tabela 5:

Figura 3.3 – Gráfico da Força-peso em função dos Alongamentos do sistema em paralelo

Usando o pensamento análoga ao de cima, temos a constante elástica do sistema (kpar):

𝒌𝒑𝒂𝒓 = 𝟏𝟖, 𝟔𝟐 ± 𝟎, 𝟕𝟏 𝑵⁄𝒎


Conclusão

A partir da análise de todos os gráficos apresentados, principalmente os da Figura 3 e Figura 3.1, cujo os
dados foram tratados através do Método dos Mínimos Quadrados, pode-se perceber que, de fato, a força elástica
tem uma relação linear com o alongamento de uma mola, como prevê a Lei de Hooke. Ainda, no primeiro
procedimento, foi determinada uma massa desconhecida associada a duas molas diferentes, e temos que esse
resultado é preciso, uma vez que, ao tomarmos a massa desse corpo através de uma balança de precisão, temos:
62,5 ± 0,1.
Daí, temos que o experimento atingiu os seus objetivos, uma vez que verificamos a Lei de Hooke, além de
determinamos as constantes elásticas de uma mola helicoidal, de uma associação de molas e de uma massa
desconhecida.

Referências

[1] NUSSENZVEIG H. MOYSÉS. Curso de Física básica, 1. 5. ed. São Paulo: Blucher, 2013. 394 p.

[2] TAYLOR, John R. Introdução à análise de erros – O estudo das incertezas em medições físicas. 2.
ed. Porto Alegre: Bookman, 2012. 330 p.
Anexo: Deduções de incertezas e fórmulas
Para o cálculo do coeficiente a, temos a seguinte fórmula[2]:

(𝒚𝒊 − 𝒂𝒙𝒊 )𝟐
𝑿𝟐 = ∑
𝝈𝟐 𝒚

Que minimizaremos em relação à a a fim de encontrarmos uma expressão que determine esse coeficiente:

𝜕𝑋 2 2(𝑦𝑖 − 𝑎𝑥𝑖 )(𝑥𝑖 )


=
𝜕𝑎 𝜎 2𝑦

𝜕𝑋 2
=0
𝜕𝑎

2(𝑦𝑖 − 𝑎𝑥𝑖 )(𝑥𝑖 )


=0
𝜎 2𝑦

∑ 2(𝑦𝑖 − 𝑎𝑥𝑖 )(𝑥𝑖 ) = 0

2 ∑ 𝑥𝑖 ∑ 𝑦𝑖 − 2𝑎 ∑ 𝑥𝑖 2 = 0

∑ 𝒙𝒊 ∑ 𝒚 𝒊
𝒂=
∑ 𝒙𝒊 𝟐

Utilizando os seguintes valores:

Forças-Peso (yi) [N] Alongamentos (xi) [m]


0,98
0,02
1,47
0,03
1,96
0,035
2,45
0,045
2,94
0,052
3,43
0,061
3,92
0,075
4,41
0,08
4,9
0,088
5,39
0,096
∑ 𝑦𝑖 = 31,85 ∑ 𝑥𝑖 = 0,582

∑ 𝑥𝑖 2 = 0,03996
Tabela 6 – Dados da Tabela 1
E:

Forças-Peso (yi) [N] Alongamentos (xi) [m]


0,098
0,02
0,196
0,04
0,294
0,061
0,392
0,081
0,49
0,1
0,588
0,12
0,686
0,14
0,784
0,161
∑ 𝑦𝑖 = 3,528 ∑ 𝑥𝑖 = 0,723

∑ 𝑥𝑖 2 = 0,082203
Tabela 7 – Dados da Tabela 2

Ainda, para a incerteza do coeficiente a:

𝑵
𝝈𝒂 = 𝝈𝒚 √
𝑵 ∑ 𝒙𝒊 𝟐 − (∑ 𝒙𝒊 )𝟐

Onde N = número de amostras e

1
𝜎𝑦 = √ ∑(𝑦𝑖 − 𝑎𝑥𝑖 )2
𝑁−2

Para a incerteza da massa desconhecida (md), primeiramente, temos a Equação I, dela, encontraremos a
força elástica, neste caso, dada em Newtons. Daí, transferiremos esse valor para kilograma-força (kgf), e como 1
kgf = 1 kg, teremos aí o valor da massa desconhecida, bastando transformar kg em g, e sempre carregando as
incertezas, dessa forma:
Incerteza da força elástica:

𝜕𝐹 2 2 𝜕𝐹
𝜎 2𝐹 = ( ) 𝜎 𝑘 + ( )2 𝜎 2 𝑥
𝜕𝑘 𝜕𝑥

𝑘 𝑥
𝜎 2 𝐹 = (𝑥 )2 𝜎 2 𝑘 + (𝑘 )2 𝜎 2 𝑥
𝑘 𝑥

𝝈𝒌 𝝈𝒙
𝝈𝟐 𝑭 = 𝑭( )𝟐 + 𝑭( )𝟐
𝒌 𝒙
Com o auxílio da equação acima, obteremos um resultado da forma:

𝐹 = 𝐹 ± 𝜎𝐹

Onde, como foi mencionado, F está dado em Newtons. Para transformar em kgf, basta apensa dividir os
valores por 9,8 (inclusive as incertezas), deixando o resultado dessa forma:

𝐹 𝜎𝐹
𝐹= ±
9,8 9,8

O resultado acima está automaticamente em kg, e como o apresentamos na forma de gramas:

𝑭 𝝈𝑭
𝒎𝒅 = 𝒙𝟏𝟎𝟑 ± 𝒙𝟏𝟎𝟑
𝟗, 𝟖 𝟗, 𝟖

E temos, assim, o valor da massa desconhecida e sua incerteza, todos em gramas.

No segundo procedimento, para a incerteza da constante elástica (k), temos a Equação II:

𝐹
𝑘=
𝑥

𝜕𝑘 2 2 𝜕𝑘
𝜎 2𝑘 = ( ) 𝜎 𝐹 + ( )2 𝜎 2 𝑥
𝜕𝐹 𝜕𝑥

1𝐹 𝐹
𝜎 2 𝑘 = ( )2 𝜎 2 𝐹 + ( 2 )2 𝜎 2 𝑥
𝑥𝐹 𝑥

𝝈𝑭 𝟐 𝝈𝒙
𝝈𝟐 𝒌 = 𝒌( ) + 𝒌( )𝟐
𝑭 𝒙

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