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Experimento 5
Ouro Branco
Junho de 2015.
1. INTRODUÇÃO
Muitos dispositivos incorporam circuitos em que um capacitor é carregado e
descarregado, alternadamente. Dentre eles estão os marca-passos, semáforos,
pisca-piscas automotivos e unidades de flash eletrônico (HALLIDAY, 2007).
O circuito elétrico característico desses tipos de dispositivos é denominado circuito
RC, tais circuitos recebem esse nome por apresentarem em sua estrutura somente
uma resistência e um capacitor ligados em série ou em paralelos entre si,
alimentados por uma fonte de tensão (HALLIDAY, 2007).
Os circuitos RC são usados como temporizadores de sinais, eles controlam quando
um determinado dispositivo é acionado ou não. Isso acontece, pois nesses circuitos
é possível variar o tempo de sua carga dependendo da capacitância e da resistência
usados (HALLIDAY, 2007).
A resistência elétrica (R) é uma medida da oposição ao movimento dos portadores
de carga, ou seja, a resistência elétrica representa a dificuldade que os portadores
de carga encontram para se movimentarem através do condutor. Quanto maior a
mobilidade dos portadores de carga, menor a resistência elétrica do condutor
(HALLIDAY, 2007).
A resistência elétrica é uma característica do condutor, portanto, depende do
material de que é feito o mesmo, de sua forma e dimensão e também da
temperatura a que esta submetida ao condutor (HALLIDAY, 2007).
O cálculo da resistência R de um dispositivo é feito através do quociente entre a
tensão V e a corrente elétrica 𝑖 nos terminais do dispositivo:
𝑉
𝑅=
𝑖
Equação 1 – Calculo da resistência.
Carga de um capacitor
Considere um circuito RC em série, onde o capacitor, no qual a corrente varia com o
tempo, esta inicialmente descarregado e que a corrente não flui quando a chave
esta aberta. Se a chave for fechada, a carga começa a fluir criando uma corrente no
circuito, fazendo com que o capacitor seja carregado:
Substituindo na equação
𝑑𝑄 𝑞 𝑑𝑄 𝑞 𝜀
𝑅 + = 𝜀 ⇒ + =
𝑑𝑡 𝑐 𝑑𝑡 𝑅𝐶 𝑅
Esta equação diferencial descreve a variação com o tempo da carga no capacitor da
Figura 1. Utilizando as técnicas de resolução de equações diferenciais e tomando
como condição inicial a carga q = 0 no instante t = 0 chega-se a seguinte conclusão
para a carga de um capacitor:
𝑡
𝑞 = 𝐶𝜀(1 −𝑒 −𝑅𝐶 )
Equação 5 – carga q de um circuito carregado.
Pode-se fazer o caminho inverso para mostrar que a equação acima é solução da
equação diferencial, derivando a mesma e aplicando na equação diferencial. Assim,
tem-se:
𝑑𝑄 1 𝑡 𝜀 𝑡
= 0 − ( ) 𝐶𝜀 (𝑒 −𝑅𝐶 ) = (𝑒 −𝑅𝐶 )
𝑑𝑡 𝑅𝐶 𝑅𝐶
𝜀 −𝑡 𝜀 𝑡 𝜀
(𝑒 𝑅𝐶 ) + (1 − 𝑒 −𝑅𝐶 ) =
𝑅 𝑅 𝑅
Assim, prova-se que a equação da carga é a solução da equação diferencial obtida
pela regra da malha (HALLIDAY, 2007).
Graficamente, para a carga de um capacitor, temos:
Descarga de um capacitor
Considerando um circuito inicialmente aberto, constituído de uma resistência e um
capacitor totalmente carregado potencial nas placas do capacitor, e uma diferença
de potencial nula no resistor já que a corrente no circuito é nula.
𝑑𝑄 𝑞
𝑅+ =0
𝑑𝑡 𝐶
Note que a fonte não esta mais na malha e por isso a ausência dela na formula.
𝑡
𝑞 = 𝑞0 𝑒 (−𝑅𝐶)
Equação 6 – carga q de um capacitor descarregado
Sabendo que 𝑞0 = 𝐶𝑉0 e 𝑞(𝑡) = 𝐶𝑉(𝑡) é possível realizar tal substituição na equação
da descarga do capacitor, chegando-se a:
𝑡
𝐶𝑉(𝑡) = 𝐶𝑉0 𝑒 (−𝑅𝐶) ⇒ 𝑉(𝑡) = 𝑉0 𝑒 (−𝑡/𝑅𝐶)
𝑅𝐶
𝑉(𝑅𝐶) = 𝑉0 𝑒 −𝑅𝐶 = 𝑉0 𝑒 −1 = 0,37
Assim decorrido um tempo τ o valor da tensão será 37% do valor da tensão inicial.
𝑞
Fazendo manipulação matemática chegamos em RC = que nos mostra que a
𝑖
2. OBJETIVOS
Obter curvas de cargas e descargas de um capacitor em um circuito RC.
Determinar constantes de tempo capacitivas dos circuitos analisados, teoricamente
e empiricamente.
3. MATERIAL
Resistores com valores: 100kΩe 10kΩ;
Capacitores com valores: 10μF e 4.7μF ;
Protoboard para montagem dos circuitos;
Cabos-banana;
Interface de aquisição de dados LabPro;
Software de análise LoggerPro;
Fonte de tensão.
4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
Primeiramente conectamos em serie capacitores e resistores em uma placa, ligamos
ainda uma fonte de tensão em série ao circuito, variando valores ao longo da pratica.
A chave S não estava disponível no laboratório adotamos então outro método para
descarregar o circuito. A alternativa adotada foi retirar os cabos da fonte e uni-los o
mais rápido possível. Quanto menor o tempo entre tirar os pinos e uni-los, melhor o
gráfico obtido. Com o circuito montado, conectou-se as pontas de medida do LabPro
em serie com o capacitor para medi de tensão. Com o programa já configurado foi
ligado a fonte com as tensões ajustadas para o valor determinado no roteiro. Após o
carregamento completo do capacitor, ou seja, quando a curva atingiu o pico e ficou
constante, realizou-se a operação descrita acima para descarregar.
5. RESULTADOS
Na tabela 1 abaixo os valores coletados são mostrados e compararam os valores
obtidos com os valores teóricos:
C (𝜇F) R (k𝛺) V(v) τ(s) 1/τ (Hz) V(v) τ (s) 1/τ (Hz)
10 100 2,5 1 1 2,7 0,950 1,05
10 100 7,4 1 1 7,47 0,969 1,03
10 10 2,5 0,1 10 2,52 0,245 4,08
4,7 100 2,5 0,47 2,1 2,56 0,817 1,2
C (𝜇F) R (k𝛺) V(v) τ (s) 1/τ (Hz) V(v) τ (s) 1/τ (Hz)
10 100 2,5 1 1 2,7 0,917 1,09
10 100 7,4 1 1 7,47 0,898 1,1
10 10 2,5 0,1 10 2,52
4,7 100 2,5 0,47 2,1 2,56
Os gráficos abaixo mostram a curva de carga e descarga do capacitor em diferentes
tensões
Figura 3 – Gráfico com tensão de 2,7 v, resistência de 100 k𝛺, capacitor 10 𝜇F.
1 1
Carga: 𝜏𝑐 = 1,052 = 0,950 Descarga: 𝜏𝑐 = 1,029 = 0,971
Figura 4 – Gráfico com tensão de 7,47v, resistência de 100 k𝛺 e capacitor de 10 𝜇F.
1 1
Carga: 𝜏𝑐 = 1,031 = 0,969 Descarga: 𝜏𝑐 = 1,113 = 0,898
Figura 5 – Gráfico com tensão de 2,5v, resistência de 10 k𝛺 e capacitor 10𝜇F.
1
Carga:𝜏𝑐 = 4,079 = 0,245
Figura 6 – Gráfico com tensão de 2,5, com resistência de 100 k𝛺 e capacitor de 10 𝜇F
1
Carga: 𝜏𝑐 = 1,223 = 0,817
6. CONCLUSÃO
Com esse experimento obteve-se os resultados experimentais bem próximos do
empírico, sendo coerente com a teoria abordada. Além disso, observou-se que a
chave S altera pouco o valor e que pode-se realizar normalmente o experimento
com a ausência da mesma.
7. REFERÊNCIAS
HALLIDAY, David; RESNICK, Robert; WALKER, Jearl. Fundamentos de Física. 7ª. ed. Rio
de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 2007. Vol.3.